Recentemente, um grupo de cientistas alemães decifrou o segredo de uma das descobertas arqueológicas mais espetaculares dos últimos tempos: um disco celeste, encoberto pelo fascínio e pelo mistério. Retrata o céu de Nebra (na Alemanha Oriental) há aproximadamente 4000 anos atrás. Trata-se de um disco de bronze, com 64 centímetros de largura e com aplicações em ouro representando o Sol, a Lua, e as estrelas, trata-se da representação visual a mais velha do cosmos conhecido que se pode datar.
Um conjunto de sete pontos vem sendo interpretado como a constelação de Plêiades da maneira como era vista há 3.600 anos. O babilôneos só viriam a representar o céu mil anos depois. Um grupo dos estudantes de arqueologia alemães que o estudavam descobriu a evidência que sugere que o disco foi usado como um modelo astronômico complexo para sincronizar calendários solares e lunares.
Ao contrário do calendário solar, que indica a posição da terra enquanto gira em torno do sol, o calendário lunar é baseado nas fases da lua. Um ano lunar (354 dias) é onze dias mais curto do que o ano solar de 12 meses (365 dias). O disco do céu de Nebra foi usado para determinar, se e quando, um décimo terceiro mês – o mês que foi chamado de “intercalary” – deve ser adicionado a um ano lunar para sincronizar as estações.
“Este modelo de sincronização foi conhecido por muito pouca gente”, diz o arqueologista Harald Meller. Como souberam? Quem os ensinou? Aprederam sozinhos? Qual o motivo que levou este conhecimento a se perder? Pense no calendário Maia também ligado às pleiades e ao ano lunar de 13 meses… Amor tenet omnia.