Marinheiro da reserva, o corumbaense Waldir Padilha, 59, conduzia um grupo de 15 pessoas em uma Van com destino a Campo Grande (MS), na madrugada de 25 de março deste ano, quando percebeu um zumbido muito forte naquela noite iluminada apenas pelos faróis do ônibus. O barulho intrigante deixou-o ainda mais pasmado com a súbita perda de velocidade do veículo numa reta plana da BR-262.
Padilha pediu para um passageiro sentado no banco a seu lado olhar pela janela e tentar desvendar o que estava acontecendo. O rapaz, com semblante de espanto, perdeu a voz e apenas apontou para cima com o dedo indicador. O motorista parou o veículo no acostamento e, ao sair dele, teve um sobressalto: um objeto grande e luminoso, em forma oval, cruzava lentamente a rodovia no sentido sul-norte.
Conforme o relato de Padilha e dos demais passageiros, que acordaram com o zumbido, a ocorrência não deixa dúvidas de que se tratava de um objeto voador não identificado. O fenômeno ocorreu às 02h45, no km 584 da BR-262, próximo a entrada da fazenda e pousada São Francisco, em Miranda.
“Eu era um incrédulo em relação a essa história de disco voador, jamais acreditaria se não tivesse visto”, disse Padilha. “Mas agora sou obrigado a acreditar. Existe mesmo, e não fui apenas eu quem viu”, afirmou. Ao comentar com os amigos, de forma desinteressada, o fato espalhou-se e um ufólogo africano, que mora em Corumbá, iniciou pesquisa associada a outras ocorrências na região.
Descendente de portugueses e nascido em Luanda (Angola), na África, o ufólogo Luis Vieira Matos, 60, colheu o depoimento de Padilha e ouvirá outras testemunhas do ocorrido. Mas está convicto, no início de sua pesquisa, de que realmente se trata de um UFO, descrito em sua forma clássica. “São informações precisas, substanciais, as quais não deixam dúvidas de que esta região é um manancial”, disse ele.
Luzes no silo
Padilha contou ao Correio do Estado que viaja com freqüência entre Corumbá e Campo Grande e o local onde avistou o UFO, distante 30 km de Miranda, sempre chamou a atenção por ser desabitado e silencioso. Naquele 25 de março, o zumbido e seu som diferente e alto, semelhante ao de uma furadeira elétrica, vindo do nada, era um mistério. “Olhei pelo retrovisor, tava tudo escuro”, lembrou.
O motorista dirigiu a Van por mais um quilômetro e parou. “Podia ser alguma coisa no motor do ônibus, sei lá”, contou. Ao olhar para o alto, viu aquele objeto voador, com cerca de 10 a 12 m de comprimento, por três metros de altura, em movimento lento a uma altitude de 80 m. “Havia umas dez janelas laterais com luz fraca”, descreveu. O fenômeno foi presenciado pelos 15 passageiros.
O objeto foi em direção a uma área onde fica um dos silos da fazenda, que tem plantação de arroz irrigado. “Aquela coisa parou alguns segundos em cima do silo e acendeu três holofotes em sua extremidade, iluminando tudo em volta, parecia dia!”, relatou Padilha, ainda assustado com o que viu. “Depois, inclinou-se, veio um zumbido mais forte e deslocou-se velozmente”.
Bola de fogo
Cruzando a mesma região com a família uma semana depois, o administrador de empresas em Corumbá Milton Bezerra da Silva, 42, também presenciou algo estranho que deixou a todos no carro atônicos. Em meio àquela escuridão e o céu estrelado do Pantanal, surgiu do alto, no horizonte, uma luz forte em queda. Milton parou o carro esperando o impacto daquela bola de fogo no chão.
“Meu sobrinho, assustado, escondeu-se no banco traseiro, com as mãos nos ouvidos”, contou ele. Houve o choque com a superfície, contudo sem explosão, apenas silêncio naquele campo aberto. “Cara, foi muito louco aquilo, até arrepia a gente”, lembrou o sobrinho de Milton, Felipe Bezerra, 16. O fato ocorreu por volta de 21h00, antes do silo onde Padilha e os turistas viram o que pode ser um UFO. Leia também:
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