Em 1975, seis lenhadores de Snowflake, Arizona, relataram às autoridades locais que encontraram um disco voador e que um deles, Travis Walton, teria pulado do caminhão e corrido em direção a ele, apenas para ser derrubado no chão por um feixe de luz. Pensando que ele estivesse morto, eles o deixaram lá. Walton apareceu cinco dias depois com a história de ser abduzido e levado para uma nave espacial, encontrando duas espécies de alienígenas e sendo largado a alguns quilômetros de distância. Agora, mais de 45 anos depois, uma das testemunhas se retirou da história.
Por Paul Seaburn
As testemunhas, especialmente o amigo de Walton, líder da equipe madeireira e motorista de caminhão Mike Rogers, persistiram em suas histórias e passaram nos testes do polígrafo. Walton escreveu “The Walton Experience”, que se tornou a base para o filme “Fogo no Céu”, de 1993 e continuou a contar sua história. Porém, Rogers recentemente surpreendeu a todos: “Eu, Michael H. Rogers, sendo de mente sã e racional, por meio deste aviso que não devo mais ser considerado uma testemunha do suposto sequestro de Travis C. Walton em 05 de novembro de 1975.”
Essa postagem apareceu na página de Rogers no Facebook em 19 de março de 2021. Depois de todos esses anos, estaria ele dizendo que o sequestro alienígena de Travis Walton, que ele disse ter visto em 1975, nunca aconteceu e ele, Mike Rogers, seria um mentiroso sensato? Os comentários nesta postagem e nos dias subsequentes podem servir para outro livro – ou melhor ainda, um roteiro de novela – mas não respondem realmente à pergunta. Em uma resposta a uma pergunta semelhante, Rogers disse: “Não, não foi uma fraude ou farsa, até onde eu sei. Mas quem vai saber?”
“Até onde ele sabe?” “Quem vai saber?” Isso é muito vago – como um comentário feito para chamar a atenção em vez de liberar novas informações ou fazer uma confissão. As respostas e contrarrespostas nas postagens – especialmente as idas e vindas entre Rogers e o próprio Travis Walton – sugerem que algum tipo de vingança pessoal está na origem. E essa vingança, não surpreendentemente, parece ser sobre dinheiro.
Ilustração do próprio Mike Rogers, do momento em que Travis Walton foi atingido pelo feixe de luz que saiu do UFO.
Fonte: Michael H. Rogers
Parece que se fala em uma refilmagem de “Fogo no Céu” nas postagens e elas implicam que essa é a raiz dessa grande – pelo menos no mundo da ufologia – luta. O dinheiro tem sido parte dessa história desde o início, com o The National Enquirer dando a Walton e seus colegas de trabalho um prêmio de US$5.000 pelo “melhor caso ufológico do ano”, depois que eles passaram nos testes de polígrafo administrados pelo Enquirer.
“Esperei muito tempo para dizer isso… Estou muito cansado de segurar isso.” Isso soa como alguém procurando por um pedaço maior do bolo ou alguém lidando com encobrir uma mentira por 45 anos? Travis Walton mantém sua história, que não mudou esses anos todos. Isso, mais as testemunhas, é o que deu à sua história tanta credibilidade e durabilidade. Até o momento desta matéria, não apareceu mais ninguém se retirando como testemunha.
Postagens subsequentes na página de Rogers no Facebook indicam muito mais comentários do tipo “ele disse” e, deve-se notar, de promoções de um livro de ilustrações em que Rogers está trabalhando. Será que uma novela da vida real derrubará um dos casos mais duradouros e consistentes de UFOs e abduções alienígenas de todos os tempos? Nunca se sabe. É seguro dizer que isso está longe de terminar.
ATUALIZAÇÃO: A postagem foi bloqueada e uma nova publicada, onde Rogers afirma que está em processo de “fazer as pazes com Walton”. Saberemos o que se passou, afinal?