Uma das causas da imensa extensão territorial do Brasil é o fato de que, nos tempos em que Portugal e Espanha dividiram o Novo Mundo, não se dispunha de instrumentos precisos para o cálculo de medidas geográficas. Todos conhecem o famoso Tratado de Tordesilhas, cujo meridiano se encontraria à 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde. As terras a leste do meridiano caberiam a Portugal e, as do oeste, à Espanha. Mas nos anos, décadas e séculos seguintes ao descobrimento, não se fazia idéia sobre onde passava esse meridiano, devido principalmente à falta de um método preciso para se determinar a longitude. Por esta razão nosso país tem agora sua grande extensão territorial.
Em 1714 chegou a ser instituído um prêmio, pelo parlamento britânico, para aquele que conseguisse determinar com precisão o conceito de longitude, definida como a distância em graus a leste ou oeste de determinado meridiano. A latitude – ou a posição a norte ou a sul – era determinada desde a antiguidade relacionando-se a posição do Sol e o dia do ano. Para calcular a longitude era necessário um relógio extremamente preciso. Medindo-se a posição de corpos celestes em determinado lugar, e repetindo a medição à mesma hora em outro, pode-se conhecer a longitude desse segundo local.
Apenas em 1761, graças aos trabalhos de John Harrison, foi ao mar um relógio suficientemente preciso para o cálculo da longitude. Contudo, Harrison, carpinteiro de profissão e relojoeiro por vocação, não fazia parte da comunidade científica da época. Assim, teve que esperar até 1773 para receber o prêmio inglês, pois além da inveja, questões internacionais e intrigas políticas, as regras para sua concessão eram mudadas com o intuito de que um cientista qualquer concebesse um método melhor. Isso não aconteceu. Finalmente, a partir da década de 1770, os relógios de Harrison passaram a ser largamente utilizados, tornando mais fácil a orientação dos navios no mar. Contudo, se tal conquista técnica se produziu em nossa civilização em tempos tão recentes, é de se notar que alguns documentos da época do descobrimento, cujas fontes datam provavelmente de milhares de anos atrás, parecem mostrar que o cálculo da longitude já estava ao alcance de culturas sobre as quais quase nada se sabe hoje.
Redescobrimento — O conhecido mapa de Piri Reis, por exemplo, que exibe a costa ocidental da África, a costa oriental da América do Sul e a costa norte da Antártida, é um desses documentos. O mapa foi confeccionado em 1513, mas o próprio autor reconheceu que, para tê-lo compilado, necessitou de informações muito mais antigas. Ele exibe aspectos geográficos da Antártida descobertos apenas nos anos 50, evidenciando que o trabalho inicial de levantamento topográfico ocorreu antes que o continente fosse coberto de gelo. Ainda mais, Piri Reis mostra com precisão a costa brasileira, os Andes e o Rio Amazonas descendo até a foz do Rio Pará – embora não contenha a Ilha de Marajó. Esse detalhe parece mostrar que os originais dos mapas foram desenhados há mais de 15 mil anos, quando realmente o Pará era a única foz do Rio Amazonas e a ilha ainda fazia parte do continente. Tudo parece indicar que usar o termo “descobrimento” para definir a chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, há 500 anos, é equivocado. Sem falar na viagem de Colombo à América, em 1492…
Exploradores chegaram à Antártida apenas em 1818, e já foi determinado cientificamente que, de fato, pelo menos partes do continente permaneceram livres de gelo até próximo do ano 4000 a.C. Ocorre que, de acordo com os cientistas mais ortodoxos, nesse período não havia qualquer civilização com o conhecimento e a necessidade de mapear a Antártida. Mais um aspecto extraordinário no mapa de Piri Reis é a exibição da América do Sul e da África, em suas latitudes e longitudes relativas corretas. Como a Terra é uma esfera, passar os dados relativos a posições geográficas para uma folha plana requer o uso de certos tipos de cálculos e projeções de alta precisão, para que o mapa não resulte incorreto ou impreciso. Esse tipo de característica aparece tanto no mapa de Piri Reis como em outros semelhantes, que também exibem a Antártida muito antes de seu descobrimento oficial.
O falecido professor Hapgood, que praticamente descobriu o mapa de Piri Reis, também destacou em seu trabalho as características de outros incríveis documentos. Por volta de 1960, ele descobriu um mapa mundi produzido por Oronteus Finaeus, em 1531, que mostrava o hemisfério sul. Nesse mapa, também copiado de fontes muito anteriores, cordilheiras, o contorno da costa e as cadeias de montanhas estavam perfeitamente representados, bem como rios e bacias hidrográficas de um tempo em que as regiões costeiras da Antártida apresentavam-se livres de gelo. No interior do continente, porém, a falta de detalhes no mapa de Finaeus leva à conclusão de que, na época em que fez seu trabalho, já havia a formação da cobertura de gelo lá definida. Segundo Hapgood, que foi professor de História da Ciência no Keene College de New Hampshire (EUA), o documento sugere que a Antártida havia sido visitada e talvez colonizada em uma época de clima bem mais quente que hoje, por uma civilização com avançados conhecimentos técnicos e contemporâneos do final da última era glacial.
Outro aspecto impressionante do mapa de Finaeus é que o Mar de Ross, que hoje está totalmente tomado por gelo, mas anteriormente apresentava estuários, baías e rios. Novamente, estas são indicações de um trabalho de levantamento ocorrido há muito tempo, possivelmente mais de 10 mil anos. Uma expedição realizada em 1949 encontrou diversas classes de sedimentos no fundo do Mar de Ross, que mostravam camadas de estratificação bastante nítidas, concomitantes com as diferentes condições ambientais de diversas épocas. Havia vários graus de depósitos glaciais, mas encontrou-se também no local sedimentos variados e idênticos aos que são trazidos ao mar por rios fluindo de terras temperadas. Usando métodos de datação, pôde-se comprovar que rios assim existiram de fato há perto de seis mil anos, sendo que apenas nesse período iniciou-se o depósito de sedimentos glaciais no Mar de Ross.
Península Antártida — O mais famoso cartógrafo do século XVI, Gerard Kremer, realizou um Atlas em 1569 do qual fazia parte o mapa de Oronteus Finaeus, bem como vários outros de sua autoria. Entre as partes da Antártida que figuram em seu mapa constam os cabos Dart e Herlacher, os mares de Amudsen e Weddell, a península antártica e a cordilheira Regula, na Terra da Rainha Maud, entre muitos outros acidentes geográficos. Alguns deles estavam reproduzidos mais claramente no mapa de Kremer do que no de Finaeus, provando, segundo Hapgood, que também teve acesso a registros primários muito anti
gos. Esse personagem, inclusive, visitou as pirâmides de Gizé, em uma viagem sem explicações datada de 1563.
Outro cartógrafo, um francês do século XVIII chamado Philippe Buache, também publicou um mapa da Antártida em 1737, o qual deve ter sido inspirado em mapas originais muito anteriores, pois mostra o continente completamente livre de gelo. Este conhecimento apenas foi obtido por nossa cultura após 1958, quando foi feito um levantamento sísmico da região durante o Ano Geofísico Internacional. Da mesma forma, o mapa de Buache mostrava a Antártida como um arquipélago, com colossal via navegável cortando o atual continente gelado e ligando os mares de Ross, Weddell e Bellinghausen. Assim, o que se vê claramente ao examinar tais documentos, é que os mapas de Piri Reis, Finaeus, Kremer e Buache mostram que a Antártida foi continuamente visitada, explorada e mapeada por um período de tempo consideravelmente longo. Tal fase abrange desde a época em que o continente estava livre de gelo e apresentava um clima temperado até por volta de 4000 a.C., quando já se encontrava no estado que conhecemos hoje. As implicações disso são tremendas, pois parecem provar, sem sombra de dúvidas, que existiu, há perto de 13.000 anos antes de Cristo, uma cultura avançada o bastante para empreender longas viagens de navegação e pesquisa, possuindo ainda avançados conhecimentos cartográficos e matemáticos para produzir mapas com o nível de precisão dos que serviram para a elaboração dos anteriormente citados.
Existem ainda outros mapas enigmáticos, que mostram também condições glaciais no norte da Europa, ilhas no Atlântico e no Mediterrâneo, etc, que não conhecemos hoje. Um deles apresenta uma ponte natural entre a Sibéria e o Alasca, que de fato existiu no passado, numa época em que o nível do mar era muito mais baixo do que nos dias atuais. O aumento do nível do mar aconteceu durante o degelo da calota polar norte, por volta de 10000 a.C. Determinar a longitude e latitude geograficamente precisas, como nos citados mapas, só teria sido possível se os responsáveis pelo levantamento original possuíssem conhecimentos extremamente avançados. Triangulação geométrica seria necessária para determinar a localização de continentes, e as correções necessárias para levar a curvatura da Terra em conta no caso de grandes distâncias demandam o uso de Trigonometria esférica.
Encontrar explicações sobre a identidade dos autores dos originais desses documentos mostra-se muito difícil, visto que, além dos avançados conhecimentos necessários para sua manufatura, não temos mais qualquer informação a respeito. A Ciência ortodoxa ignora tais flagrantes evidências da existência de uma cultura mais avançada que a egípcia ou a grega, já que oficialmente a civilização terrestre se iniciou sobre o planeta há menos de cinco mil anos. Tais mapas poderiam continuar a ser ignorados, se fossem as únicas evidências de uma cultura avançada em plena pré-história. Afortunadamente não o são, e talvez esteja aí, em diversos fatos incongruentes do remoto passado, a chave para a verdade.
Batalhas Aéreas — Que seres ajudaram nossos antepassados a coletar as informações que os permitiram compilar os mapas? Seriam eles os deuses mencionados em tantos livros históricos e até na Bíblia, que travavam batalhas em naves aéreas usando artefatos em tudo semelhante a armas nucleares, conforme descritos no poema épico hindu Mahabarata? Que seres ergueram a estrutura claramente artificial que se vê sob a água no litoral japonês de Yunaguni, que cobriu essa extensão de terra há mais de 10 mil anos? De que fonte teriam bebido os sábios que ensinaram civilidade aos povos pré-colombianos, que eram caucasianos barbudos e chamados de Viracocha, Kukulkan ou Quetzalcoatl, respectivamente nas culturas inca, asteca e maia? Igualmente, que cultura inspirou as muito parecidas civilizações egípcia e maia? Quem construiu, por exemplo, as muralhas de Sacsayhuaman, com pedras pesando mais de 100 toneladas?
Todas essas construções e feitos maravilharam e intrigaram muitos historiadores, que não compreendiam como aqueles povos antigos, sem conhecer a roda, teriam manuseado equipamentos e leis físicas para obterem os resultados descritos acima. Relatos dos próprios incas, de que as estruturas de Sacsayhuaman já existiam quando da criação de seu império, foram ignoradas pelos que mais tarde escreveram a História, que lhes atribuíram a obra e tudo ficou por isso mesmo. Mas o problema persiste, pois em Baalbeck encontramos também colossais pedras que foram trabalhadas e transportadas por quilômetros. Seu peso, de 500 toneladas, representaria uma tarefa duríssima mesmo para nossa atual tecnologia de construção. Como esses, são inúmeros os exemplos de que algo muito além do que os cientistas ortodoxos admitem de fato existiu no período que chamamos de pré-história.
Órion e Drako — As pirâmides de Gizé reproduzem o formato da Constelação de Órion, enquanto os templos de Angkor, no Camboja, o fazem com a Constelação de Drako. Em ambos os locais, a posição em que as estrelas estão representadas só poderia ter sido apreciada há mais de 10000 a.C. Diversos outros aspectos de ambos os monumentos provam que seus construtores conheciam o fenômeno da precessão, a variação da posição das constelações devido ao fato de que o eixo de rotação da Terra não é vertical, mas balança como um pião. Angkor e Gizé estão separadas por 72º de longitude, sendo que 72 anos é o tempo em que o movimento precessional avança em um grau. Esse sutil movimento só pode ser observado com uma sofisticada aparelhagem – e em alguns outros lugares é evidente que, há milhares de anos, esse fato era conhecido pelos antigos, entrando novamente em confronto com o conhecimento atual.
Junto ao relato de Ezequiel na Bíblia, por outro lado, há diversas citações sobre deuses que vieram do céu para civilizar o homem. Como também, ao lado da versão bíblica do dilúvio, há literalmente centenas de outras histórias e lendas a respeito de uma colossal inundação que atingiu o mundo inteiro. Os relatos são surpreendentemente similares, parecendo inclusive indicar que a versão cristã não é a original. Contudo, citá-los, e as descrições de como eram os deuses, tornaria este texto por demais longo, para além do que a maioria absoluta é plenamente conhecida. Ficam como testemunho de uma época cujas evidências apenas agora começamos a desvendar.
Está provado cientificamente que, de fato, houve um aumento global no nível dos mares ao redor de 12 ou 10 mil anos passados, como conseqüência do final da Era Glacial. Quanto aos deuses misteriosos que habitavam o céu, usando armas de inimaginável tecnologia, as evidências começam a aparece
r cada dia mais sólidas, dados os exemplos mencionados neste artigo. Um saber muito mais avançado que o admitido pelos ortodoxos foi de fato usado para compilar os citados mapas, e um conhecimento talvez comparável ao nosso ergueu as colossais construções que maravilharam os europeus no Novo Mundo, quando do descobrimento – que, na verdade, pode muito bem ter sido apenas um reencontro. Assim, não nos restam muitas opções para explicar tais enigmas. Conhecimentos tão avançados, descritos em lendas e tradições antiqüíssimas, substanciadas por documentos inexplicáveis e achados recentes, aumentam cada dia mais o quebra-cabeças histórico que temos que desvendar. Tornam-se cada vez mais incompreensíveis em termos do pensamento convencional, e parecem mostrar que o caminho para explicar esses fatos ainda misteriosos é dar atenção aos relatos dos deuses que vieram dos céus.
Nesse ponto, a teoria da presença extraterrestre no passado da Terra, defendida por tantos estudiosos que buscam uma resposta mais eficaz para os enigmas de nossa História, parece encaixar-se perfeitamente com tais relatos. E convergem também com as provas à nossa disposição, que mostram um conhecimento muito além do que teria sido possível para os humanos há milênios, a menos que toda a História, a Geologia e a Paleontologia estejam incrivelmente erradas, o que obviamente não é o caso. As visitas extraterrestres do passado são as mesmas que se prolongam até hoje, talvez para confirmar se fizemos bom uso dos conhecimentos transmitidos milênios atrás a nossos ancestrais.
Professor de História revelou o mistério
O falecido Charles H. Hapgood foi o pesquisador que praticamente revelou ao mundo as surpreendentes características do mapa de Piri Reis e outros similares. Em carta datada de 06 de julho de 1960, o tenente-coronel Harold Z. Ohlmeyer, do 8° Esquadrão de Reconhecimento Técnico da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), garantia que as afirmações do professor a respeito do mapa tinham fundamento. A carta dizia que os resultados do exame feito eram coincidentes com o fato da Antártida haver sido mapeada antes que a capa de gelo se formasse, e que não faziam idéia de como compatibilizar os dados do mapa com a data em que foi confeccionado, em 1513.
A teoria de Hapgood, que parece fundamentada pelos mapas citados no artigo, é de que houve um deslocamento da crosta terrestre, responsável pelo continente gelado ocupar sua posição atual, havendo deslizado para a mesma de sua posição original, 3.600 km mais ao norte. Nesse local, fora do círculo polar, o clima na Antártida seria temperado. Isso parece explicar porque os vestígios geológicos apontam para a formação da atual capa de gelo somente após o ano 4000 a.C. Por seu trabalho, que contraria a cronologia ortodoxa, um verdadeiro dogma que não resiste à análise das evidências disponíveis, Hapgood sempre foi ignorado. Talvez no futuro ele seja reconhecido como o homem que deu início a uma completa revisão da História mundial.