O professor de ciências de Harvard, Avi Loeb, acredita que podemos identificar vida alienígena em outros planetas que possam estar emitindo de luz artificial de maneira semelhante à Terra.
O físico teórico Avi Loeb se inspirou para sua teoria em uma entrevista com o comandante da Estação Espacial Internacional, Terry Virtz, que observou o brilho de luzes artificiais no lado noturno da Terra. O autor do livro “Extraterrestrial” afirma que os astrônomos poderiam aplicar essa observação ao procurarem por outros planetas que possam ter vida inteligente semelhante à nossa.
Ele escreveu ao Medium: “Nossa melhor chance de captar luzes de cidade fora do sistema solar é em torno da estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri, uma anã vermelha localizada a 4.25 anos-luz de distância. Esta estrela é quase 600 vezes mais fraca que o Sol e, portanto, um planeta precisa estar 20 vezes mais próximo da fornalha dessa estrela do que a Terra está do Sol, para que possa suportar a vida baseada em água líquida.”
Em agosto de 2016, os astrônomos descobriram um planeta pesando 1.3 massas terrestres nesta zona habitável. Por causa de sua proximidade com a estrela, acredita-se que este planeta – Proxima b – esteja travado por forças de maré, mostrando o mesmo lado para a estrela o tempo todo – assim como a Lua faz em relação à Terra. Ou seja: os lados noturnos e diurnos de Proxima b são permanentes, tornando o lado escuro ideal para se observar a presença de luzes de cidades.
O telescópio espacial James Webb poderia observar a luz em planetas distantes.
Fonte: NASA
“Minhas filhas dizem que, se algum dia nos mudarmos para lá, elas querem uma casa na faixa que separa os dois lados, onde possam ver o pôr do sol para sempre.” Loeb ainda complementou: “Se Proxima b já é habitada por uma civilização tecnológica, seu lado diurno pode ser revestido com células fotovoltaicas para gerar eletricidade que iluminaria e aqueceria o lado noturno, que de outra forma é muito frio e escuro para uma vida confortável.”
Ele acrescentou que o recém-lançado telescópio espacial James Webb poderia detectar luzes artificiais no lado noturno permanente de Proxima b. No entanto, o Webb só poderá detectá-las enquanto estiver limitado a uma faixa de frequência mil vezes mais estreita que a luz da estrela. Loeb acrescentou: “A NASA deveria considerar a construção de um telescópio maior que rastrearia essas luzes fracas para aprender sobre os continentes e a possível organização neste planeta distante.”