Dentro da problemática representada pelo Fenômeno UFO, o Grupo Ufológico de Guarujá (GUG) dá uma maior ênfase à pesquisa de campo e às vigílias, que são à base deste fascinante estudo. Nossa área de maior atuação é o litoral norte e sul do Estado de São Paulo, tendo em vista uma grande incidência de observações de UFOs nestas regiões, especialmente no que diz respeito a objetos entrando e saindo do mar – também conhecidos como Objetos Submarinos Não Identificados (OSNIs). Tudo nos leva a acreditar que haja próximo desta região uma base submarina desses objetos, o que, no momento, sem termos como provar sua existência de fato, é uma hipótese razoável. Outra de nossas atividades é realizar viagens ao interior do Estado e às serras da região leste de São Paulo em busca de casuística e no intuito de fazermos vigílias.
O material apresentado neste trabalho vem de nossas últimas pesquisas de campo, realizadas na cidade de Iporanga, sul do Estado de São Paulo, onde vários avista mentos de UFOs vêm ocorrendo com significativa regularidade. Nossa Equipe de pesquisa esteve várias vezes no local, de novembro de 1990 a abril de 1992, e coletou uma impressionante quantidade de informações sobre UFOs. Neste artigo, procuraremos sintetizar o histórico de nossa pesquisa e seus resultados extraordinários.
Iporanga situa-se no Alto do Ribeira, sul de São Paulo, numa região montanhosa com altitudes que variam de 100 a 1.000 metros e grandes riquezas minerais no subsolo. Por ser uma área considerável de mata pluvial tropical (mais conhecida como Mata Atlântica) que ainda resiste às constantes agressões humanas, sua beleza natural encanta os visitantes. A criação da cidade deu-se no século XVIII (mais ou menos em 1.730), quando então os fundadores da antiga povoação se estabeleceram às margens do rio Ribeira de Iguapé. Ainda hoje Iporanga – que na linguagem da tribo que outrora viveu no local, nheengatu, quer dizer água ou rio bonito – guarda na arquitetura de suas construções a memória viva da época das antigas explorações de minérios da região, feitas principalmente pelos portugueses. A cidade e toda a região é cercada de mistérios que vão desde o surgimento insistente de bolas de fogo até o contato com estranhas criaturas.
Um homem que teve seu primeiro contato com ETs com 4 anos de idade e foi curado de leucemia
Nesta cidade, por exemplo, reside um senhor que se diz contatado por UFOs. Nascido na região e filho de lavradores, o Sr. Nadier Jorge da Mota, de 54 anos de idade, nos dá impressionantes detalhes de suas experiências, através das quais tomamos conhecimento dos fenômenos luminosos ali existentes e passamos a investigá-los. O Sr. Nadier nos conta que suas experiências de contato se dão há mais de 50 anos, quando era criança. “Meus primeiros contatos ocorreram em julho de 1941, quando tinha 4 anos de idade. Eu estava condenado à morte, pois sofria de leucemia, uma doença que era chamada de anemia profunda na época. Numa certa noite, acordei sem saber por que e percebi que estava tudo claro no rancho onde morava. Resolvi então sair e brincar no terreiro, pensando que já era dia, já que uma luz clareava a área”. Com uma impressionante lucidez, o Sr. Nadier narra tudo com a maior naturalidade, já que os UFOs são coisa de rotina da região. Concluindo a história de seu primeiro contato, o homem disse que ao sair para brincar no terreiro, para sua completa surpresa, viu 4 seres que andavam flutuando a poucos centímetros do chão. “Próximo dali, havia uma nave voadora parada (uma espécie de cabine), com aproximadamente 2,50 metros de altura por 2,50 metros de largura e uns 5 metros de comprimento”.
O Sr, Nadier ainda viu, em cima daquela cabine, um globo de luz que, vários anos mais tarde, os seres que o visitam com regularidade lhe diriam tratar-se da força ou meio que impulsiona a tal cabine. “Os 4 seres gostaram de ver meu carrinho de carretel de linha, um brinquedo que foi construído peto meu irmão e que gostava muito, e se identificaram como habitantes de um planeta chamado Letuvira. Depois conversaram de coisas sobre o futuro, no campo político, religioso e até científico. Fiquei assustado com tudo aquilo e gritei chamando meus pais. Mas de repente, ficou tudo escuro de novo e os seres se foram. Mais tarde, tentei explicar aos meus pais o que tinha acontecido, mas eles não me compreenderam. Durante aqueles minutos em conversa com os 4 seres, eles prometeram que me libertariam da leucemia e me ensinariam a leitura de qualquer livro sem precisar freqüentar a escola. E foi o que ocorreu”, conclui o Sr. Nadier.
Radical e inexplicavelmente curado, o contatado escolheu a Bíblia e começou a lê-la sem ter freqüentado escola. Em agosto de 1953, o Sr. Nadier teve outro encontro com os seres, que voltou a repetir-se em 1954. Porém, em 1965, em um novo contato, os seres o incumbiram de, segundo ele, dar início a uma pregação precursora da segunda vinda à Terra de dois personagens bíblicos, Elias e Enoch, precedendo assim à volta também pela segunda vez de Jesus Cristo. Hoje, o Sr. Nadier é um pastor evangélico e se diz mensageiro dos extraterrestres no sentido de alertar a Humanidade de eventos futuros, explicando, assim, todos os fenômenos que presenciou a luz de sua crença e de seus conhecimentos religiosos.
Fenômenos luminosos que podem ser vistos em toda a serra enganam pesquisadores precipitados
Um dos primeiros fenômenos luminosos pesquisados pela Equipe do GUG, quando esteve pela segunda vez na cidade, em abril de 1991, trata-se de folhas e gravetos secos que só encontramos naquela região e que, no escuro, passam a ter uma luminescência esverdeada, como a que observamos no espelho de interruptores de luz na escuridão. Esta luminescência tanto pode ocorrer em clareiras na mata fechada como no interior de residências, quando se coleta uma porção deste material e o transporta para aquele local, desde que haja ausência de luz e as folhas estejam úmidas.
Cada habitante do local tem sua explicação – quase sempre ignorante e supersticiosa – para o fenômeno. O Sr. Nadier, por exemplo, dá uma explicação de cunho bíblico ao fenômeno. Reúne pessoas (seguidores) em sua volta e estas se ajoelham com as mãos em direção às folhas, provocando sua luminescência como que por encanto. Notamos que a tal luminescência, aliás, surge mesmo quando ele não está presente fazendo a invocação, como constatamos posteriormente e registramos com rigor científico.
À medida em que a visão acostuma-se à escuridão da noite, gradativamente a luminescência vai surgindo em partes das folhas e gravetos, que às vezes chegam quase a incandescer-se por completo. Entrevistando várias testemunhas sobre este fenômeno, algumas afirmaram que para ele ocorrer é preciso ter fé e mentalizar o resultado esperado, numa atitude religiosa e sem buscar maiores explicações, apenas bastando crer que se trate de luz de orig
em divina. No entanto, pelo que pudemos constatar, na cidade não existe uma explicação oficial sobre o fenômeno que possa ser oferecida pelas autoridades locais, embora nos foi dito que \’pessoas públicas\’ coletaram o material para a análise.
O GUG coletou um pouco desse material e o submeteu à análises em um laboratório de uma firma idônea de São Paulo. O método usado foi a espectrometria de absorção atômica, utilizando-se para isso um espectrômetro Perking-Elmer, modelo 5000. As análises resultaram em que o material tem uma quantidade de 0,016% de P2O5 (pentóxido de fósforo), para o que o professor de física Ariones Gomes Pereira Filho nos deu a seguinte explicação: “Como o solo da região possivelmente possui quantidade considerável de composto de fósforo, as plantas concentrariam pequenas quantidades desta substância através da seiva e, quando exposta ao ar, calor, ou suor, tal substância reagiria quimicamente, oxidando-se e emitindo luz esverdeada”.
O pesquisador afirma que este fenômeno, absolutamente natural, embora raro, é chamado de químio-luminescência e é um aspecto do fenômeno de emissão de luz denominado fosforescência.
Iniciamos nosso relatório sobre estranhas ocorrências em Iporanga com este exemplo, de algo natural, para que o leitor avalie a necessidade de termos os pés no chão quando tratamos de Ufologia. Muitos pesquisadores que subiram a serra e lá viram, pela noite, manchas luminosas esverdeadas à distância, na mata, julgaram apressadamente tratar-se de UFOs ou sondas. Mesmo os habitantes do local dão explicações absurdas para o fenômeno, que, como vimos, é natural. Isso serve de lição para os novatos em Ufologia que, naquela exuberante região, vêem UFOs em todos os lugares e todos os dias: a pesquisa ufológica deve ser feita com rigor científico e mente isenta de conceitos pré-concebidos. Quando estudamos as luminescências e descobrimos que eram emanadas de folhas e arbustos, imediatamente partimos para uma análise de sua ocorrência. A questão dos UFOs naquela serra e em Iporanga não tem nada a ver com isso e é bastante real – como também apuramos com o mesmo rigor e descreveremos a seguir.
Em nossas já muitas pesquisas e vigílias pela região de Iporanga, o GUG detectou um segundo fenômeno luminoso, desta que em movimento e de observação em intervalos irregulares, Os nativos o chamam de “bolas de fogo”, e afirmam que são freqüentemente avistadas na região. Há centenas de testemunhos de todos os tipos de pessoas sobre essas bolas. Praticamente não há na região quem nunca as tenha visto, assim como também é comum encontrarmos pessoas que já as observaram várias vezes.
Alguns jornais daquela área, como a Tribuna do Ribeira e o Cruzeiro (este de Sorocaba), já divulgaram matérias sobre estas bolas de fogo, mas não se aprofundaram na questão, o que se espera de um grupo ufológico. Tais bolas são popularmente conhecidas com uma variedade de nomes míticos e folclóricos, tais como “tocha”, “mãe-do-ouro”,”boitatá”, “fantasma” etc. Essas denominações surgem a partir das lendas regionais.
Fenômeno luminosos que se movem pelas montanhas: UFOs autênticos que impressionam
Muitos casos interessantes associados à tais bolas foram coletados pelo GUG, entre eles o do sumiço de dona Sebastiana, um grande mistério para a comunidade local. Contam os moradores que, no dia 16 de outubro de 1978, nas proximidades do Morro do Castiçal, dona Sebastiana Rui Pontes, mãe do Sr. Pedro Rui, estava pegando cipó junto com sua neta quando, na volta para casa, com a menina uns poucos metros à sua frente, algo estranho aconteceu. A certa altura do caminho, a neta perguntou qualquer coisa à dona Sebastiana mas não obteve resposta.
Mais para frente, a menina novamente conversou com a velha, mas de novo não ouviu sua voz. Olhando para trás, a menina então notou que sua avó não estava mais lá, que havia simplesmente sumido no ar. A menina então voltou apavorada para casa e avisou aos vizinhos. No dia seguinte foi feita busca completa no local, no intuito de se localizar a mulher ou seu corpo, caso tivesse morrido sem a neta ver. Porém, não se achou absolutamente nenhum vestígio dela, mesmo nos dias seguintes, com novas e intensivas buscas.
Algumas pessoas da cidade estão convencidas que deve ter sido algum disco voador que raptou dona Sebastiana e nunca mais a devolveu à Terra, já que nem um fio de seu cabelo foi achado até hoje. Infelizmente, ainda não temos nada de concreto para acreditar nesta afirmação, já que ninguém, nem a neta da desaparecida, viu alguma luz ou qualquer coisa diferente naquela fatídica caminhada. Apenas permanece até hoje o mistério insolúvel. [Editor: se formos procurar nos registros de delegacias e cartórios em cidades pequenas de todo o Brasil, especialmente no interior, encontraremos com certeza dezenas, talvez centenas ou milhares, de casos de pessoas simplesmente sumidas sem qualquer explicação. Muitas vezes, pessoas absolutamente normais, pertencentes à famílias estáveis, com filhos, emprego, patrimônio etc, simples e inexplicavelmente desaparecem e nunca mais são vistos por décadas. E o que é mais impressionantes: nenhum par de roupas, nenhum pertence ou dinheiro é levado com elas. Estas pessoas, caminhando por algum lugar ou fazendo alguma coisa, apenas deixam de existir para sempre. Somem da face da Terra por completo! Onde estará dona Sebastiana agora?].
Sitiante se assusta e chicoteia uma sonda sem piedade na região de Iporanga
Outro caso interessante que colhemos no Alto do Ribeira se passou em um sítio na região das Bombas e envolveu o sitiante Pedro Basílio. Numa noite, de volta para o seu sítio, o Sr. Pedro “topou” com um globo de luz parado na estrada. Desceu de sua mula, lançou mão de seu chicote e surrou aquele objeto luminoso a exaustão. Na hora das pancadas, subitamente um pedaço daquele objeto caiu no chão, mas em poucos segundos aquilo logo se juntou ao globo luminoso e o recompôs. O Sr. Pedro é uma pessoa simples e prática. Sua história nos foi narrada também de forma muito simples e sem qualquer sinal de exagero. Em seu depoimento, o sitiante nos disse que a bola parecia ser gelatinosa. Então, depois de se despedaçar, eu surrei novamente o objeto e de novo ele partiu-se e se recompôs em seguida. Não havia ruído algum, porém, na terceira reiada [Editor, golpe com um reto ou relho, espécie de chicote] que eu dei, fui jogado a uns 25 metros dali, em um banhado. O que me jogou tão longe foi um ser de uma força descomunal”, concluiu o Sr. Pedro Basílio, que no dia seguinte voltou ao local para ver se encontrava algum sinal, porém nada foi achado. Podemos ver com esse caso o tamanho da ignorância e da coragem dos nativos do lugar ante aos fenômenos: coragem para brigar com o desconhecido e ignorância total pelos possíveis resultados que isso traria.
Bolas de fogo e fatos estranhos estão por toda a parte naquelas lindas e ainda quase intocadas serras. O Sr. Nadier, o contatado sobre quem já nos referimos, tem uma boa história para contar. No dia 8 de julho de 1988, estava ele com a parteira local, Luzia da Serra, o padeiro João, o farmacêutico Pedro Ribeiro e ainda o mecânico Leolfo, quando todos observaram a revoada de um objeto luminoso a uns 😯 metros de distância, próximo ao Morro do Castiçal. Disseram que o UFO parecia a lua cheia. Outra ocorrência, desta vez na zona urbana de Iporanga, próximo às casas, aconteceu com o Sr. Francisco José Leandro, no ano de 1990. Conta ele que, num sábado, estava apagando a luz de sua residência quando de repente viu a uns 50 metros de distância, vindo por cima das copas das árvores, uma bola de fogo bem vermelha.
“Ela ficou a uns 2 metros do chão, em cima do ar. Depois baixou e caminhou silenciosamente por dentro do mato, quando chegou mais à frente e parou, sumindo no ar. Então eu perguntei a 3 crianças que estavam perto de mim se elas também tinham visto a bola de fogo. Elas responderam que não e que poderia ser a luz de uma casa próxima. Porém, a luz da casa é azul e não vermelha…”
Casos como esse são inúmeros e praticamente incontáveis. Entrevistando o pesquisador local Luiz Gonzaga Nestlener, de 55 anos, ouvimos várias narrativas de interessantes casos que investigou, entre eles o seguinte: “Há muito tempo o pessoal daqui comenta sobre luzes estranhas. Em uma ocasião, descendo de Apiaí para Iporanga numa noite, paramos o cano para observar uma luminescência, pois era muito grande, como se tivesse um holofote naquele abismo. A intensidade da luz era tão forte que pudemos ver as formigas correndo pelo tronco das árvores”.
Pessoas simples, sem instrução e que conhecera bem pouco a civilização convivem com o fenômeno
O Sr. José de Oliveira, morador antigo de Iporanga, já viu fenômenos luminosos em 3 ocasiões. O mais recente aconteceu às 5h40 de um dia de setembro de 1990, na região de Furnas, onde há mineração de chumbo. O Sr. José nos conta que, sendo guarda noturno da empresa de mineração, presenciou vários “causos” estranhos. “Um deles”, conta o guarda, “aconteceu naquele dia, quando eu vi uma bola de fogo de uns 10 cm de diâmetro e cor de lâmpada. Ela veio da Serra em trajetória inclinada rumo à casa do Sr. Rael Bota Cirande. O Sr. Dito, que também trabalha aqui em Furnas e que naquela hora ia ligar o gerador de luz, também avistou o objeto indo longe”. Mas casos como esse não são novidade. Se pararmos nossas demais atividades para coletar descrições semelhantes a essa, basta falar com todos os (poucos) habitantes dos vilarejos e preencher dezenas de cadernos de anotações. “Isso por aqui é muito comum, e em outra ocasião uma bola de fogo passou por cima do acampamento de Furnas. E passou bem baixinho”, completou o guarda noturno.
Em fevereiro de 1991, a Sra. Lídia Soares da Silva estava sentada na frente das cabanas que caracterizam os vilarejos, em uma bifurcação da estrada Iporanga-Barra do Turvo, quando observou dois objetos luminosos. Conta ela que “o céu estava estrelado e de repente eu vi, no morro à minha direita, uma bola de fogo. Era uma luz muito forte e no meio desta luz linha uma bola que acendia e apagava lentamente. Na mesma direção, só que no morro à minha frente, apareceu outra bola de fogo. As duas eram avermelhadas e tinham aproximadamente 20 centímetros de diâmetro. Foi isso o que vi. Realmente era um fenômeno diferente de tudo o que conhecia”. Dona Lídia não está sozinha: observação de objetos múltiplos, as vezes voando sincronizadamente, noutras aleatória e independentemente, são muito comuns.
Em maio de 1991, UFOs apareceram no centro da cidade de Iporanga, causando comoção. Era entre 25 e 29 de maio de 1991 e uma luz brilhante pôde ser vista por várias pessoas, em pleno dia. A Sra. Antônia Pedroso, moradora antiga da cidade, conta como aconteceu. “Eu e outras pessoas vimos tudo, inclusive lá da pensão e os que estavam passando pelas ruas do centro. Era uma espécie de luz brilhante como se fosse um Sol ou um farol que acendia e apagava, piscando várias vezes. De vez em quando, ficava parada sem piscar e, em certo momento, aquilo sumiu e apareceu noutro local. Quer dizer: a luz se moveu para outro local”.
Um UFO acompanha ônibus pelas estradas desertas e assusta passageiros atônitos
Segundo a observadora e demais testemunhas do inusitado fenômeno, no momento em que a luz se deslocou ficou a dúvida se era um ou dois objetos no ar. Estes fenômenos ocorreram nos dias descritos, entre 14h00 e 15h00. “Pensei que poderia ser alguém com uma lata que refletia a luz do Sol. Porém, o lugar onde apareceu o fenômeno é de difícil acesso. Mas na verdade eu não sei o que era aquilo”, encerrou sua descrição.
O Sr. João Dias Muniz também presenciou um fenômeno insólito em maio de 1991, quase na mesma data da ocorrência de dona Antônia. Ele nos contou que viu uma bola de fogo vermelha que saiu do topo de uma árvore e desceu na estrada. “Pensei que era um lampião. Tinha 20 centímetros de diâmetro e não tinha barulho algum. Chegando numa encruzilhada na estrada, aquilo parou e ficou por lá muito tempo”, disse-nos. O Sr. César Severino Abrantes, que vinha da cidade pela mesma estrada, topou com aquela bola no meio do caminho, mas voltou para trás com medo, só retornando à sua casa no dia seguinte. Ambos os senhores concordam em suas descrições da bola que os amedrontou. Até nos sentimentos as pessoas têm suas particularidades: umas convivem com o fenômeno sem problemas, inclusive nem se importam com sua presença sobre suas terras. Outras já são afoitas e incautas o suficiente para atacá-las, como o sitiante que chicoteou uma sonda – felizmente, essa categoria de pessoas não é muito numerosa. E outras, ainda, têm medo tio que essas luzes podem ser ou trazer para sua dia-a-dia.
eandro e João Dias Muniz, simples moradores da serra que já encontraram UFOs
Um caso surpreendente que o GUG coletou na região ocorreu em dezembro de 1989 e envolveu um UFO acompanhando um ônibus. Próximo à Jacupiranga, pelas 23h00 de um dia daquele mês de dezembro, a Sra. Irene Weler de Holanda voltava de Registro para sua casa quando um objeto estranho passou a seguir o ônibus em que estava. “Conforme o ônibus andava ou fazia uma aura, o UFO o acompanhava. Em uma bola de fogo de cor alaranjada e forma circular, de 3 a 4 metros de diâmetro. Aquilo estava a aproximadamente 2 km de distância do ônibus, mas quase todos os passageiros viram a luz”, declarou-nos a Sra. Irene. No outro dia, a testemunha voltou ao local para ver se tinha algum vestígio de queimado no chão ou na vegetação, porém nada encontrou onde o objeto teria supostamente pousado, num momento em que os passageiros viram o mesmo descer verticalmente. É difícil determinar se houve o pouso, pois com áreas íngremes de montanha e a densa vegetação, penetrar na floresta é um trabalho exaustivo.
Noutra ocorrência em Jacupiranga, no dia 27 de fevereiro de 1992, exatamente às 19h40, o Sr. Marcelo Paulo da Costa estava trafegando pela estrada que dá acesso ao seu sítio quando observou um UFO. Conta ele que tudo aconteceu à uma certa altura do caminho, quando encontrou dois amigos seus, Benedito Régis e Genésio Pinto. “Durante a conversa que tivemos, percebi uma luminosidade vermelha que piscava sucessivamente, mas não chamei a atenção dos meus colegas ainda. Fiquei observando aquilo durante uns 30 segundos, quando a luz começou a descer vagarosamente e a mudar repentinamente de cor. Aí avisei-os e os dois logo desceram do carro e ficaram perplexos com o show de cores”. Segundo as testemunhas, a luz vermelha do objeto dava fundo às cores verde clara e amarela, que giravam em torno de si mesmas. Tudo aconteceu durante cerca de 3 minutos e o Sr. Marcelo calculou que a luz estava a cerca de 2.000 metros. “Em seguida, me despedi dos colegas e fui correndo à minha casa pegar um binóculo. Mas ao chegar lá, minutos depois, a luz sumira”, concluiu desanimado em perder a oportunidade.
Toda a região de Iporanga e cidades vizinhas são visitadas regularmente por discos voadores
Nas estradas de toda a região há casos de UFOs que acompanham automóveis ou causam a parada no funcionamento de seus motores, rádios, faróis etc. E um tipo de efeito eletromagnético (EM) que ocorre com abundância em todo o mundo e tem sido descrito das mais variadas formas. Mas existem ainda relatos de seres luminosos que perambulam pelas estradas da região de Iporanga pelas noites, histórias que são geralmente associadas à fantasmas ou almas penadas pelos nativos sem instrução ou alfabetização. O folclore brasileiro (como o de muitos países) está repleto de casos como esses e há até estudos importantes a respeito. [Editor: um deles e o trabalho desenvolvido em uma região semelhante ao Alto do Ribeira, mas em Minas. Trata-se de Passa Tempo, uma cidadezinha onde o ufólogo Antonio Faleiro detectou uma série de ocorrências em que UFOs vistos à noite, e as vezes de dia também, fazem as pessoas criarem lendas e mitos que vão desde o negrinho “saci-pererê” até a “mula-sem-cabeça”. O trabalho de Antonio Faleiro é denominado Discos Voadores e Extraterrestres no Folclore Brasileiro, foi editado pelo CBPDV].
Muitas localidades vizinhas a Iporanga estão acostumadas a vários tipos de fenômenos ufológicos, como as localidades de Jacupiranga, Cajati, Barra do Turvo, Barra do Braço, Pariquera-açu, Miracatu, Registro, Eldorado Paulista etc. Em todas essas cidades o GUG se fez presente para coletar informações afim de poder formar uma espécie de quadro geral da situação do Alto do Ribeira. No local chamado Serra do André Lopes, em Eldorado Paulista, conversamos com o taxista Ilo Lobo, que nos contou que bolas de fogo aparecem nos céus da região do Batatal, rondam a região e depois entram em um riacho próximo.
O Sr. Pedro Zeferino Oliveira, 62 anos e morador antigo e respeitado da tal serra, nos relatou que há muitos casos desses sem explicação. “Há vinte e três anos atrás eu mesmo vi no céu, de noite, uma “tocha de rabo” de cor alaranjada e muito brilhante. A tocha sobrevoou toda a região do André Lopes, aqui em Eldorado Paulista”, disse-nos entusiasmado com a presença inédita de ufólogos dispostos a realizar uma pesquisa séria sobre as ocorrências da região.
Outro morador antigo da Serra do André Lopes é o Sr. João Maciel, que mora perto da Caverna do Diabo e afirma ver o fenômeno com certa freqüência. Conta ele que no mês de agosto de apareceu uma luz azulada muito brilhante sobre a área, durante várias noites. Os filhos do Sr. João, pensando se tratar da mãe-do-ouro, chegaram até a cavar buracos no local do avista-mento, na expectativa de encontrarem algum minério precioso, como diz a lenda. Porém, como era esperado, nenhum vestígio desse material foi encontrado. Mesmo assim, depois deste intento o fenômeno não voltou a ocorrer. Relatos como esse, de pessoas que passam a cavar em locais onde UFOs são observados, são comuns no interior do Brasil. [Editor: crê-se que ver uma mãe-do-ouro é sinal de boa sorte e que quem cavar onde ela tocou e solo ficará rico com veios do meta! ali escondidos. Outra lenda diz que quem ver uma “virgem-de-7-metros” – outro nome que o Fenômeno UFO recebe quando aparece em forma de bola branca com um feixe de luz para baixo – estará comprometido para casamento logo, logo…].
Vigílias na região quase sempre dão bons resultados, desde que se saiba onde e o que procurar
Um dos funcionários do parque florestal onde está localizada a Caverna do Diabo, em Eldorado Paulista, também contou-nos fatos estranhos. Um deles é o de que o nome desta caverna foi dado após um acontecimento estranho ocorrido durante o governo de Paulo Egídio Martins. Em um buraco próximo à essa caverna observava-se, durante as noites a existência de uma estranha luminosidade no que se imagina ser o fundo do poço. Essa pessoa nos relatou uma bizarra experiência feita com um gato, baixado ao fundo do buraco em uma cesta presa à um cabo de aço. A certa altura, os curiosos que realizavam a malvadeza com o bicho sentiram um puxão forte no cabo e imediatamente a linha foi recolhida. Para surpresa do grupo, o cabo havia sido precisamente cortado, como que por um forte alicate. Ainda segundo o narrador da história, por superstição ou medo, posteriormente o buraco foi fechado com terra e construiu-se sobre ele um jardim, talvez na tentativa de dar esquecimento ao fato.
Há também relatos de UFOs ou das mesmas bolas de fogo que, de cor alaranjada, alternam-se para o verde. Muitos desses relatos dão conta de que os objetos saem do interior das muitas cavernas da região, especialmente na cidade de Miracatu. O mesmo fenômeno tem sido observado já com menor freqüência nas cavernas próximas à Iporanga. Isso mo
tivou nossa Equipe a realizar vigílias noturnas em pontos selecionados da serra, mas concentrados em Iporanga. O local de maior incidência de fenômenos ufológicos na região – segundo constatamos – é o topo de uma serra denominada Alto da Boa Vista, uma espécie de mirante a aproximadamente 25 km de Iporanga pela estrada de terra que liga esta cidade à Apiaí. À partir do entardecer, as bolas luminosas surgem transitando sobre o vale em trajetórias aleatórias, alterando vez ou outra sua velocidade e intensidade de luz. Muitas vezes notamos que acendem e apagam rapidamente suas luzes, como que piscando.
Fotografias e até filmes em vídeo confirmam a existência de um mistério além de nossa compreensão
Geralmente, a tonalidade desses objetos é de laranja claro ou azulado, e pudemos avaliar sua magnitude – em momentos de máxima intensidade – em algo perto de 4, ou seja: uma magnitude equivalente ao brilho do planeta Vênus. Como adendo a forma de seu movimento, embora apresentem trajetórias sinuosas e baixa velocidade, os objetos de repente deslocam-se bruscamente em determinada direção. Essas mudanças de comportamento são curiosas e merecem maior atenção. Em algumas vezes, de esparsos e vagarosos movimentos aleatórios, as luzes ora mergulham sob a copa das árvores, mostrando sua irradiação por entre os arbustos e a relva, ora deslocando-se logo acima delas. A partir desse local que escolhemos para nossas vigílias, no alto do mirante, podemos avistar com clareza o Vale do Bethary, no Alto da Boa Vista, um local igualmente de grande incidência ufológica – embora ainda inexplicada.
Nas várias vigílias que realizamos foram avistados UFOs. Porém, nas vigílias noturnas realizadas em abril e junho de 1991, tivemos muito mais sorte: conseguimos obter várias fotografias dessas naves e até filmá-las por duas vezes em equipamento de vídeo amador. Segundo o Sr. Nadier, a quem sempre recorremos para ficarmos informados do movimento de UFOs na área, o fenômeno que aparece a tantas décadas no Alto do Ribeira nunca havia sido documentado desta forma, embora outros ufólogos já tivessem tentado. Todas as fotografias que obtivemos – algumas das quais estão neste artigo – foram feitas por um dos membros de nossa Equipe, o artista plástico Jamil Vila Nova.
Já as filmagens em vídeo foram efetuadas por Edison Boaventura Júnior. Estas foram prontamente entregues ao engenheiro e ufólogo Claudeir Covo, diretor do Centro de Estudos e Pesquisas Ufológicas (CEPU), para análises técnicas do material. Não é trabalho fácil tentar registrar luzes à distância e em plena escuridão: é preciso olhos bem atentos, mãos muito firmes e uma quantidade cavalar de paciência!
Mas, conseguimos! As análises fotográficas e videográficas realizadas por Claudeir Covo com o material que lhe fornecemos ainda não estão totalmente concluídas, embora muitas diferentes técnicas já tenham sido empregadas. De qualquer forma, as análises preliminares indicam que não há qualquer tipo de riscos no negativo ou eventuais manchas químicas que possam dar o efeito que as fotos registraram. Evidentemente, estão excluídas as possibilidades de fraudes e fotomontagem no material, já que foi nossa própria Equipe que o obteve e o repassou ao CEPU, sem intermediários. A conclusão até o momento, sobre tudo o que se registrou no Alto do Ribeira, aponta inequivocamente para o fato de que há um fenômeno autêntico ocorrendo regular e insistentemente na região, um fenômeno cujas particularidades são extremamente coincidentes com o Fenômeno UFO. Não restam dúvidas de que objetos extraterrestres de pequeno e médio portes estão visitando aquela serra – e já há muito tempo. Estão convivendo com seus moradores e fazendo parte do cenário, já que não se preocupam em ocultar-se.
Para se ter uma idéia da extensão da coisa, pesquisadores de vários grupos e cidades brasileiras já vieram à região e muitos tiveram êxito em ver os fenômenos. O caso chamou tanto a atenção dos pesquisadores que até o engenheiro Claudeir Covo, que recebeu de nós o material fotográfico para análise, foi pessoalmente ao local para averiguações ainda mais completas. Covo foi à Iporanga em julho de 1991 e em diversas outras vezes, onde obteve suas próprias fotografias do fenômeno e constatou o movimento escancarado de UFOs na região. Com novas fontes de material, o pesquisador terá ainda mais chances de analisar as fotos e filmes, comparando os seus com os do GUG. Aliás, em breve o GUG, juntamente com o CEPU, irá completar um vídeo-documentário intitulado As Luzes de Iporanga, que estará disponível aos interessados [Editor: UFO publicará informações a respeito assim que as tiver].
Hipótese intraterrestre: pesquisas cada vez mais profundas revelam fatos impressionantes
Através de uma pesquisa aprofundada na região de ocorrências dos fenômenos, inclusive com verificação \’in loco\’ de todas as suas características (estradas e picadas na mata, entradas de cavernas, atividade de caçadores etc) o GUG chegou a conclusão de que existem 4 tipos de fenômenos distintos e interativos em toda a área do Alto do Ribeira e circunvizinhanças. Primeiramente, é importante salientar que do lado direito do vale está localizada uma estrada sobre a qual podem ser vistas luzes de carros que por lá trafegam raramente, oferecendo um espetáculo interessante e inusitado especialmente por detrás das árvores. Estas luzes de veículos são muito confundidas com UFOs por pessoas desavisadas ou sem instrução em Ufologia. Por outro lado, e em segundo lugar, as lanternas dos inúmeros espeleólogos que andam pela serra, entrando e saindo das cavernas próximas, ou ainda andando em picadas, também podem ser mal interpretadas. Em terceiro lugar, há, sem dúvidas, fenômenos naturais (energia telúrica, gases, energia das pontas etc) que muito freqüentemente são confundidos com UFOs.
Por fim, em quarto lugar, há também a manifestação de uma fenomenologia ufológica intensa e autêntica ocorrendo na região. Além das manobras que estes engenhos executam em frente de seus observadores, as características incomuns que eles apresentam e sua alta incidência – tudo isso aliado às provas fotográficas e videográficas do fenômeno – podemos concluir que toda a região está entre as mais ativas no mundo em casuística ufológica. Simultaneamente, sem medo de errar, podemos também garantir que em poucos lugares de nosso planeta se conhece uma área onde sondas extraterrestres convivam tão integradamente com o meio ambiente e sua população. Assim, a partir dos fenômenos observados e documentados, e levando-se
em conta a ampla casuística coletada no local, passamos a aceitar como razoável a idéia (pelo menos em nível de possibilidade) da existência de uma base de operações destes UFOs na serra.
Só uma base explicaria a freqüência com que estas bolas luminosas em suas inúmeras e complexas variações são observadas na região desde década de 40 (ou talvez antes disso). Acreditamos que é mais provável, se tal instalação de fato existir, que esteja localizada no subterrâneo de Iporanga, tendo em vista que o Parque Estadual e Turístico do Alto Ribeira (PETAR) já tem cadastrado mais de 205 cavernas na região. No entanto, entre certezas, evidências e hipóteses, em que pese a vivacidade das descrições e narrativas populares, só uma pesquisa ainda mais profunda e constante nos trará luz total sobre os mistérios dos fenômenos luminosos de Iporanga. É isso, exatamente isso, que o GUG tem como meta para os próximos anos.
O que é o grupo ufológico do Guarujá
O Grupo Ufológico de Guarujá (GUG) foi fundado em 4 de agosto de 1.985 para pesquisar e divulgar o Fenômeno UFO. A Entidade é umas das poucas do gênero registradas oficialmente em cartório, tem cunho científico, sem finalidades lucrativas e segue uma linha objetiva de pesquisa ufológica. “Embora conserve sempre mente aberta, procurando desenvolver suas pesquisas de maneira científica e desapaixonada”, diz o presidente do grupo, Edison Boaventura Jr. Compõem atualmente o GUG pessoas das mais variadas profissões e credos, unidas pelo mesmo interesse comum. A Entidade também possui uma biblioteca para consultas com vasto material ufológico e trimestralmente edita o boletim Supysáua, expressão em idioma nheengatu (tribo indígena brasileira) que significa \’a verdade, somente a verdade\’. Este informativo muito bem elaborado, com tiragem de 500 exemplares, visa divulgar os trabalhos da Entidade e a Ufologia em todos os seus aspectos, e é distribuído entre grupos e pesquisadores espalhados pelo Brasil e exterior.
O grupo ainda mantém a Ação Ecológica Unificada (AUE), uma organização que tem o objetivo de conscientizar a população de Guarujá e região através de pequenas ações e caminhadas que organizam, “pois acreditamos que o contato com locais naturais e saudáveis pode ampliar a consciência pública da importância de se preservar a região em que vivemos”, dizem seus integrantes. O forte do GUG são as pesquisas de cunho histórico e arqueológico, que preenchem uma lacuna existente na Ufologia e tornam a Entidade reconhecida nacionalmente.