ALGO DE PODRE NO REINO DOS CÉUS – Estamos atolados em várias questões e parece que, à medida em que raciocinamos na solução delas, afundamo-nos cada vez mais em nosso mar de ignorância, certificando-nos dolorosamente da nossa pequenez e limitação. Debatemo-nos como um náufrago para nos manter à tona no mar de incompreensões, e o pavor aumenta quando por vezes somos puxados para o fundo nos momentos em que nossas forças parecem nos abandonar. Mesmo os agnósticos oram nestas horas, e muitos se entregam, sendo sugados para baixo, deixando de viver na razão ao ouvir o canto das sereias que os tragam para o fundo. Temos a todo custo que nos manter sobre esta água, acima do nível mínimo da vida, no mundo da razão, mesmo tendo que ouvir o lamento da casuística que envolve contatos com seres alienígenas, verdadeiras sereias a nos confundir e ludibriar.
É dificílimo deixar de ouvir este canto, entoado há gerações, perdidas no tempo. Quem são estas sereias que vêm do céu em seus carros celestiais, “VIMANAS”, “GLÓRIA DO SENHOR” e discos voadores? Em passado remotíssimo é bem provável que intervieram no processo natural de evolução dos primatas que habitavam a Terra. Mais recentemente foram responsáveis por muitas das leis de manutenção ética da espécie, cuidando para que o homem não se comportasse como um animal, mas atualmente estão se apresentando de modo muito estranho, levando-nos a pensar que provavelmente estes não têm qualquer vínculo com aqueles que um dia partiram prometendo voltar. Têm se apresentado de diversas formas, algumas extremamente bizarras, outras tão semelhantes à nossa que nada os denunciaria se estivessem convivendo no meio de nós. Mas, a forma mais comum tem sido aquela baixinha, de até 1 metro e meio, com grande cabeça, nua, desproporcional ao corpo, a chamada forma ALFA. Será que este carnaval de aparências é natural, proposital ou fantasia dos contatados?
Suas atitudes são mais estranhas do que suas aparências. Ora evidenciam um programa de contato, ora lhes faltam estratégia até para uma simples abordagem ao terrícola. Na maioria das vezes parecem se comportar inteligentemente; em outras, inexplicavelmente imbecis. Verdadeiras charadas infantis: Quem são eles? Com certeza não são os mesmos que foram confundidos com deuses no passado, pois, na maioria, suas aparências atuais estão mais para demônios do que para anjos.
Nesta confusão de formas e na irrelevância de suas pseudo-relações lógicas, de onde poderiam vir estes alienígenas? Nada pôde, até hoje, indicar com certeza um local de origem. Há tantas hipóteses que, entre as absurdas e as prováveis, não se tem descartado nenhuma. Parece que carecemos de alguma coragem para analisarmos racionalmente este aspecto, cancelando de vez algumas centenas dessas hipóteses para, então, podermos trabalhar com maior dedicação naquelas que sobrarem à bateria de testes conceituais. Todos os ufólogos sabem muito bem de onde poderiam ter partido (ou estarem partindo) essas coisinhas asquerosas que vêm pertubar nosso sono e puxar nossas pernas para o fundo do oceano. Seria insano enumerá-las, mas é bom citar os grupos das que deveriam ser descartadas “a priori”:
1) Centro da Terra e correlatos: Atualmente nem mesmo uma criança acredita mais nas histórias de Alice no País das Maravilhas.
2) Viajantes do tempo: Para vender filme de ficção parece saudável, mas precisa de todo amparo científico-lógico e só tem espaço nas mentes menos providas de cultura científica acadêmica mínima.
3) Do nosso sistema planetário: Adoradores de Ganimedes que me perdoem, mas não podemos considerar racional qualquer ufólogo sério que ainda acredite (a palavra deve ser esta mesma – crença) em vida civilizada e suficientemente apta a nos visitar em qualquer dos planetas ou satélites do nosso sistema.
4) De estrelas próximas: É provável, com um grau de 3% de possibilidades, conforme informações de radioastrônomos mais liberais que pesquisam e tentam contatar outras formas de vida no cosmo.
5) Universo Paralelo e outras dimensões: Verdadeira terra de ninguém. Parece resistir a tudo e pode assumir o papel de tábua de salvação para explicar muito mais coisas do que a existência e origem de seres extraterrestres. Merece atenção e cuidado. Pode ser unia sereia muito bonita e mortal.
Todas estas origens, entre possíveis e improváveis são fomentadas pelo comportamento dos próprios ETs. Como exemplo de algo estranho está o caso Adamski, que não merece discussão agora, mas parece indicar alguma coisa quanto o ET que mantinha contato com ele se dizia venusiano; e outros casos da mesma época também referenciavam Vênus, como sua origem. Depois que se descobriu a imponderabilidade da vida neste planeta, mais nenhum ET se identificou como tendo partido de lá. Algo não está cheirando bem…
NO PASSADO – Na década de cinqüenta, alguém disse ter mantido contato com um ser de Saturno. Hoje este ser provocaria risos se apontasse esse planeta como sendo seu lar. Os marcianos invadiram a Terra durante muito tempo, quando se confirmou a inexistência de vida em Marte; agora eles desapareceram. Há algo de podre, muito podre por aqui!
Parece que somos visitados desde tempos imemoriais, acompanhados por toda classe de fenômenos, e recebendo variadas formas de intervenção. Ora, se somos alvos de outras civilizações, provavelmente até antes de existir a vida animal aqui na Terra, não parece lógico que ELES deveriam nos conhecer tão bem ou melhor do que nós nos conhecemos? Se foram deuses de um passado e olham por nós lá das alturas, como explicar a total falta de conhecimento de nossas posições geográficas básicas, vasculhando e perscrutando a Terra como se fosse sua primeira abordagem? Como é que eles pousam numa quinta) de uma residência no populoso bairro da Mooca, em São Paulo, e quando surpreendidos saem correndo, sem demonstrar objetivos mínimos para aquele pouso? (ver revista PSI-UFO nº 5) Como explicar o Fenômeno CHUPA-CHUPA no Pará, uma verdadeira onda de pesquisa arbitrária de pessoas, solo e água, num mundo que é dado a exploração universal desde tempos inimagináveis? Quem são estes ETs que perambulam por nossos céus? Serão novatos? Pode ser, mas parece que se analisarmos a casuística das aparições, eles têm agido sempre assim! Sempre colhendo pedrinhas, raptando seres humanos, colhendo sangue, sobrevoando instalações de segurança ou meras e inofensivas fazendas, vilas ou cidades, O odor da podridão destas contínuas e idênticas atitudes revelam pelo menos três tendências:
1) Somos visitados constantemente por povos diferentes que quase nunca voltam;
2) São estereótipos de uma história psíquica dos seres humanos, que sempre começa da mesma maneira, mas que em poucas oportunidades tem continuaç&a
tilde;o. São gerados pela psique humana e portanto não existem de fato;
3) Alguém ou algo está querendo nos confundir por algum motivo incógnito e nada interessante para nós.
DUALIDADE – Paródias à parte, a realidade do fenômeno é incontestável, mas será assim tão incontestável a existência dos ETs? Até hoje, tudo nos leva a concluir que existe uma lógica e ela é universal. Os parâmetros da dualidade devem reger a orquestra universal e por este caminho devemos observar o fenômeno; caso contrário, continuaremos a manter a irrealidade e a impossibilidade de certos aspectos dos ETs e seus OVNIs. Com pouca chance de errar, afirmo que o mistério que nos cerca deve ter respostas muito simples, embora não tão conservadoras, mas mantendo o princípio da lógica dual. Temos que usar o SIM e o NÃO. Chega de talvez. Se não pudermos optar por um ou outro, vamos pesquisar.
A crença ou o ceticismo explícito podem comprometer profundamente um trabalho sério sobre o fenômeno. Se os ETs possuem um comportamento ilógico, temos que encontrar uma razão. Fechar os olhos será pior; orar, de nada adiantará. Crer nos ETs nos coloca à sua mercê, como ficaram nossos antepassados, sendo conduzidos de modo a servirem aos deu-se. Foram explorados! Creio que ainda hoje continuamos a servir aos senhores do espaço, de maneira mais sutil, quase imperceptível. Como dizia Paulo Coelho Neto, “somos um celeiro do universo”. Até que ponto as duas classes de seres humanos crentes e céticos estão beneficiando a distribuição gratuita do material terrestre aos ETs? Será que não interessa a eles manter este aspecto irreal? Isso também não cheira bem.
Tudo indica que os ETs fazem parte de uma civilização mais evoluída do que a nossa. Sendo assim, possuem um cabedal de conhecimentos muito maior do que o nosso e sabem muito mais sobre a natureza das sociedades do que nós. Devem ter aprendido, por exemplo, que uma sociedade somente absorve outra quando esta segunda necessita disputar as características da primeira para poder sobreviver a nível de indivíduos, e quando possui minoria quantitativa. A história nos mostra que um povo não subjuga outro, de etnias diferentes, para sempre. O período de dominação tem seu fim. Se a Terra fosse invadida pelos ETs seria exatamente isso que ocorreria, pois estaríamos, aqui em baixo, em maioria. Mesmo que alguns de nós se transferisse para as esferas do poder extraterrestre, as vozes da libertação se fariam ouvir cedo ou tarde. Sabedores disso, os ETs não querem correr o risco de ter que digladiarem-se com a malícia do ser humano. Para eles, é preferível roubar-nos do que conquistar-nos. Por decorrência de uma lógica universal, mas que nossos governantes imperialistas ainda não entenderam, a conquista é uma empresa falida e desta forma inviável a médio e longo prazos.
Assim, os ETs nunca tentarão manter contato com os humanos. Se quisermos conhecê-los temos que ir lá. Talvez de igual para igual possamos fazer parte da comunidade estelar.
Dentro desse quadro de usurpação do que nos pertence, algumas táticas são empregadas com grande êxito pelos ETs. Uma delas é a enxurrada de bestiais mensagens que alguns “contatados” têm recebido. Caracteristicamente messiânicas, estas mensagens possuem um conteúdo paupérrimo e pouco original. Como dizia um grande amigo ufólogo: “É muita viagem para pouca mensagem!”
Os seres humanos mais necessitados de amparo espiritual e descontentes com as doutrinas atualmente disponíveis no mercado da fé, se contagiam e se envolvem com profundo ardor na divulgação e preleção destas mensagens ridículas e tendenciosas, fazendo o jogo dos ETs, que nada mais querem do que um rebanho calmo e passivo. Por isso, afirmo que as mensagens recebidas são perigosas para a espécie humana. E o mesmo ópio usado pela religião católica para dominar o mundo. Velha estratégia, mas que ainda funciona.
O SIGNIFICADO DAS MENSAGENS – Se as mensagens tivessem o real significado de preparar um contato, deveriam possuir informações específicas de tal forma que nossos cientistas e estudiosos pudessem absorvê-las e utilizá-las de maneira a comprovar a existência dos ETs e preparar a humanidade, como um todo, para um mundo melhor ou até – quem sabe – para a possibilidade futura de um contato global, quando chegarmos até ELES. Mas, infelizmente, estas mensagens são sempre vagas e de explícito possuem somente a capacidade de nos dar a certeza de que um novo culto está sendo fomentado do espaço.
Estas mensagens têm um odor insuportável e não nos parece desconhecido. Onde foi que já sentimos este cheiro antes?
O que temos aprendido com a casuística ufológica? O que os ETs têm aprendido conosco? A revolução do pensamento humano, sobre as questões universais se devem em grande parte à presença do Fenômeno UFO, principalmente a partir de 1947.
Vastas áreas do conhecimento começaram a ser vasculhadas e parece haver uma participação extraterrestre em muitos fatos e momentos históricos da humanidade. Esta constatação somente foi possível através da análise comparativa, um princípio lógico, uma metodologia científica. Porém nosso arsenal de métodos ainda não nos propicia concluirmos sobre trabalhos, estudos e hipóteses – algumas brilhantes – sobre a nova versão da história humana na Terra. O evento UFO foi o vetor multidimensional que nos empurrou para novas fronteiras do mar de indagações. A ciência caminha atrás, assentando as pedras da estrada oficial do saber e os paracientistas continuam com seus facões abrindo as picadas nesta selva do incógnito. Estamos evoluindo, aprendendo e principalmente consolidando estes conhecimentos; mas e os ETs, estarão também aprendendo alguma coisa conosco? Parece que somos tratados por eles como meros animais num vasto mundo desordenado, assim como uma criança que remexe um formigueiro.
Um comportamento desconexo com aparições ora exclusivas, ora para grandes massas, os OVNIs e seus tripulantes somente conseguem confundir a mente humana. UFOs por todas as partes! Um comportamento típico de invasão?
Este aspecto teórico da invasão não é novo, mas merece uma atenção maior por parte dos estudiosos. Há algo de pobre no fenômeno UFO, e não podemos nos contentar em aguardar que este se dissipe por si. Já é hora de reavaliarmos posições decanas. Creio que a casuística
, embora tenha contribuído sobremaneira para nos informar sobre as características do Fenômeno UFO, também nos legou um “ruído de fundo\’\’ responsável por todos os índices de incertezas que ora presenciamos em nossos anais, Este “background” está nos despistando de forma grotesca. Temos que rever o acervo da casuística por um novo prisma. Algo importante nos tem escapado, e é isso que está cheirando tão mal.