A história da hipnose sempre despertou muito fascínio e curiosidade nas pessoas. Em parte pelo misticismo que sempre permeou o assunto e pela eficácia desse perfil de abordagem, quando utilizado de forma correta e por bons profissionais qualificados. O próprio Freud, pai da psicanálise, que não foi um real adepto da prática, falou em 1938 sobre a legitimidade de certos fenômenos hipnóticos no seu livro Esboço de Psicanálise [Editora Imago, 1998].
O grande psicanalista também falou sobre a possibilidade de se juntar o ouro da psicanálise ao bronze da sugestão hipnótica: “Seria um equívoco pensar que é muito fácil praticar a hipnose com fins terapêuticos. Pelo contrário, a técnica de hipnotizar é um método médico tão difícil como qualquer outro. Um médico que deseja hipnotizar deve tê-lo aprendido com um mestre nessa arte, e mesmo depois disso deverá ter tido bastante experiência própria, a fim de obter êxitos em mais do que alguns poucos casos”.
Hipnose na Ufologia
No Brasil não existe uma legislação específica sobre a utilização de hipnose profissionalmente e nos dias de hoje qualquer pessoa pode se proclamar hipnólogo sem que tenha qualquer ligação com alguma graduação superior ou curso específico de formação. Temos notícias de indivíduos que, após assistirem a alguns vídeos no YouTube, acreditam que se tornaram mestres na arte de hipnotizar. Não é tão simples assim.
A condução do estado alterado, independentemente do propósito da sessão hipnótica, deve ser feito de maneira apropriada para não macular o resultado com as expectativas do hipnólogo — a mente inconsciente é literal em seu entendimento e no estado alterado de consciência ou transe, sem as barreiras analíticas questionadoras em funcionamento, as palavras ditas pelo operador podem criar falsas memórias ou até mesmo novos sintomas.
Da mesma forma que um inquérito policial deve ter um protocolo de perguntas bem elaboradas para não induzir a pessoa a responder erradamente, na hipnose toda e qualquer condução deve ter uma estrutura de conteúdo verbal assertivamente construído. Principalmente quando estamos provocando uma hiperamnésia no paciente, com intenção investigativa no âmbito da Ufologia.
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