Segundo o Diário do Sul, um objeto misterioso surgiu na Praia da Vila, em Imbituba, litoral de Santa Catarina. A secretária Camila Hemília Ricinski postou no Facebook a foto que obteve do fenômeno, e obteve diversas respostas nos comentários feitos. De ilusões de ótica, passando pela ilha de Itacami vista em condições extraordinárias, até submarinos e visões alienígenas, as teorias apresentadas foram as mais díspares.
A própria Camila explica o caso: “Meu pai foi buscar o almoço em um restaurante na frente da praia e quando estava saindo o garçom chamou e perguntou há quanto tempo ele morava em Imbituba. Ele respondeu 30 anos e o garçom perguntou se ele já tinha visto aquela ilha e apontou para o mar. Ele ficou surpreso porque nunca tinha visto aquilo e o garçom disse que ficava coberto pelo mar e aparecia na maré baixa. Meu pai disse que não podia ser, porque era muito grande e, se fosse coberto na maré alta, o mar avançaria pela praia”.
Ambos seguiram para a praia a fim de obter fotos, mas a secretária afirma que estava muito nervosa e somente uma ficou com nitidez apropriada. Retornaram depois, aproximadamente as 15 horas, mas não havia mais nada. Camila e seu pai concordam que a ilha de Itacami se situa em um ponto bem mais distante, e ficaram impressionados com a desaparição da “ilha misteriosa”.
O caso motivou inclusive uma reportagem da filial local da Rede Globo, onde se aventou a possibilidade de se tratar de ilusão de ótica ou uma miragem, alterando a imagem da já mencionada ilha de Itacami. E de fato o mais provável que seja esse o caso, de acordo com o professor de Física Cléder Schulter. Conforme ele explica: “A refração é o fenômeno onde um raio de luz muda de direção ao passar de um meio para o outro. Isso ocorre porque a luz apresenta velocidade diferente em diferentes meios. No caso da imagem formada no mar, o raio de luz não passou de um meio para outro, mas ali a refração pode ter sido causada devido à formação de “camadas” de ar de diferentes temperaturas, sendo que a temperatura do ar deve crescer com o aumento da altura em relação à superfície do mar”.
Com as condições climáticas que se observava na ocasião do avistamento, baixas no começo do dia e subindo com o correr das horas até cerca de 30 graus, o ar ficou dividido em camadas, cada uma com um índice de refração diferente. Daí que a imagem da ilha Itacami tenha aparecido com um formato diferente do normal, e segundo Cléder, mais visível e aparentemente mais próxima da praia.
Confira a reportagem no portal G1