O site holandês NOS afirmou que a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) descobriu uma forma nova de vida. Os cientistas teriam encontrado, em um lago tóxico – onde a vida seria impossível por causa do arsênico presente na água -, na Califórnia, um tipo de bactéria com características diferentes das encontradas em todos os outros seres vivos na Terra. A entrevista coletiva, na sede da instituição em Washington, começa às 17h00 (horário de Brasília) e terá transmissão ao vivo.
De acordo com os holandeses, todas as formas de vida do planeta, do menor microorganismo ao maior animal, têm seis componentes – carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre -, que se combinariam em “blocos”. A bactéria que a NASA teria descoberto, não.
A revelação, afirma o site, aumenta a probabilidade de existência de seres vivos em outro local do universo, já que a vida não depende desses seis componentes básicos, como pensávamos até agora.
Qual é a diferença?
O brasileiro Douglas Galante, coordenador do Laboratório de Astrobiologia da Universidade de São Paulo (USP) afirmou, em entrevista ao Terra, que também acredita na possibilidade do anúncio ser relativo ao achado de um organismo – uma bactéria – capaz de usar arsênico ao invés de fósforo em seu metabolismo.
“O fósforo é um elemento chave no metabolismo de todos os seres vivos terrestres, e está presente no DNA, nas proteínas e no ATP, a molécula de energia celular. Até hoje, achava-se que ela essencial para a existência de vida, junto com carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre (formando a sigla CHONPS). Essa descoberta mostra que a vida é ainda mais versátil do que imaginávamos, e que podem existir seres aqui na Terra completamente diferentes do que conhecemos, verdadeiros ETs vivendo entre nós. E também aumenta a possibilidade de vida fora da Terra, pois agora o arsênico também é uma opção, além do fósforo. Claro, isso vale apenas para alguns microrganismos, por enquanto”, completou.