PRÉ-VENDA
Ad image

Há vida na Lua, mas foi a China que acabou de plantar

China alcança o sucesso no primeiro experimento biológico da humanidade na Lua com a germinação de uma semente de algodão. A conquista faz parte dos experimentos da Sonda Chang'e 4, que pousou com sucesso na face oculta do satélite este mês. Este é o primeiro ser vivo a nascer na Lua!

Tainá M. Costa

cb1f3cae47b5af9000ba7b4a4a005af21547569826

Ilustração
Créditos: Getty imagens

A China conseguiu que uma semente de algodão brotasse na Lua pela primeira vez, o que significa o sucesso de um dos experimentos da sonda Chang’e 4, a primeira a pousar na face oculta do satélite, informa a agência estatal de notícias Xinhua nesta terça-feira, 15. Segundo uma equipe de cientistas da Universidade de Chongqing (sudeste da China), esse feito representa a primeira “miniexperiência” bem-sucedida em solo lunar.

Ad image

A sonda Chang’e 4, que no último dia 3 fez o primeiro pouso da história da humanidade na face oculta da Lua, levou consigo sementes de algodão, colza (planta usada na fabricação de óleos), batatas e arabidopsis (uma flor muito usada em experiências genéticas), além de ovos de drosófilas (mosca-da-fruta) e algumas leveduras, com a intenção de poder criar uma “minibiosfera simples”, segundo a Xinhua. Nesse sentido, as imagens enviadas pela Chang’e 4 mostraram nesta terça um broto de algodão que tinha crescido com sucesso, a única semente que germinou até agora.

Esse cultivo não é nada fácil: as temperaturas sobre a superfície lunar podem superar os 100 graus Celsius durante o dia lunar, e cair a menos de 100 negativos de noite, além de receber uma maior radiação solar e de apresentar uma menor gravidade do que na Terra. Xie Gengxin, cientista encarregado do experimento com plantas na Lua, contou ao jornal South China Morning Post, de Hong Kong, que sua equipe havia desenhado um recipiente que manteria a temperatura entre 1 e 30 graus, permitindo a entrada de luz natural e o fornecimento de água e nutrientes para as plantas.

Segundo o jornal, esse dispositivo, um cilindro de alumínio de 18 centímetros de altura e 16 de diâmetro, pesa 3 quilos e teve um custo de mais de 10 milhões de yuans (5,5 milhões de reais). Porém, essas plantas não foram as primeiras a crescer no espaço: uma equipe da NASA já desenvolveu em 2016 um sistema de zínias (uma flor) na Estação Espacial Internacional. O Yuyu 2 leva uma câmera 3D, um radar de penetração capaz de identificar alvos a 100m de profundidade, espectrômetros e um analisador para identificar a interação entre o vento solar e a superfície lunar. A sonda de pouso leva vários outros experimentos, o mais interessante deles é o LEM – Lunar Micro Ecosystem, esta latinha aqui:

15101749e1f255d40b7a123f6c69c3d2

(LEM – Lunar Micro Ecosystem. Crédito: ANEC)

A China anunciou nesta segunda-feira (14), sua intenção de continuar ampliando seu programa de exploração espacial, com uma missão de recolhimento de amostras na Lua neste ano e outra em 2020 cujo objetivo será Marte, segundo o subdiretor da Agência Nacional Espacial da China (ANEC), Wu Yanhua.

.

.

Assine até 01/03 e receba um dos livros da Revista UFO em PDF.

TÓPICO(S):
Compartilhe