Um dos assuntos mais comentados desde o começo do ano, tanto por cientistas quanto por catastrofistas, teóricos da conspiração, estudantes de profecias e teóricos do caos, foi a mudança na intensidade do brilho da gigante vermelha Betelgeuse.
Como noticiamos aqui, é normal que gigantes vermelhas passem por períodos de instabilidade de brilho em seu caminho para se tornar uma supernova, mas o caso de Betelgeuse chamou muito a atenção porque a variação chegou a incríveis 25%, um forte indicativo de que, talvez, a grande explosão estivesse realmente próxima.
Brilho que se vai
Constelação de Orion e a Gigante Vermelha Betelgeuse
Mas, segundo indicam novas medições, ainda não foi dessa vez. Em algum momento, a estrela se tornará uma supernova e seu brilho será tão absurdamente forte, que poderá ser visto aqui da Terra inclusive durante o dia, porém talvez não em nosso tempo de vida. De
Acordo com a última rodada de observações o escurecimento que se achava precursor de uma supernova parou, e agora há evidências de brilho. Isso significa que Betelgeuse não está chegando a um fim pré-maturo, mas os cientistas ainda estão muito confusos sobre porque a estrela escureceu tanto.
Nuvem de poeira
Medindo o brilho da estrela. Credito: ESO
Uma das possibilidades tem a ver com o resfriamento da superfície estelar, mas algo muito estranho teria que acontecer para que isso acontecesse, mas segundo os astrônomos, não é impossível.
Outra hipótese e que a estrela tenha ejetado uma nuvem de poeira em nossa direção. Grandes quantidades de material são ejetadas por gigantes vermelhas antes de se tornarem supernovas, e imagens infravermelhas mostram Betelgeuse cercada por nuvens de poeira. Ambas as explicações seriam consistentes com a assimetria do escurecimento, vista em imagens obtidas em dezembro de 2019.
Supernova
Estrela explodindo em supernova. Crédito: NASA
Betelgeuse está a 700 anos-luz de distância do Sol, tem entre oito a 8,8 bilhões de anos e há 40.000 anos esfriou e explodiu tornando-se uma gigante vermelha. A estrela ficou sem hidrogênio em seu núcleo e agora está fundindo hélio em carbono e oxigênio.
Eventualmente, ela fundirá elementos cada vez mais pesados, resultando em um acúmulo de ferro que causará o colapso do núcleo, antes de se recuperar em um dos eventos mais incríveis do universo, uma explosão que poderia ser mais brilhante que a Lua cheia e nos deixaria a todos deslumbrados: uma supernova.
Portanto, se você faz parte da turma que acredita que estamos perto do fim e que a explosão de Belgeuse marcaria uma série de eventos catastróficos, melhor pensar de novo. Não parece ser esse o caso.
Fonte: Science Alert
Veja abaixo um video do canal Space.com sobre a estrela: