3.1- Há provas de que a Terra está sendo visitada?
Infelizmente, mesmo diante do trabalho de inúmeros pesquisadores sérios de muitos países, ao longo de praticamente 60 anos, ainda não existe uma prova concreta e irrefutável de que a Terra esteja sendo visitada por uma ou mais civilizações extraterrestres.
Existem, contudo, evidências contundentes no sentido de que boa parte daqueles 5 ou 10 por cento de casos inexplicáveis, mencionados no tópico anterior, podem ser relacionados a presença de inteligências alienígenas. Existem fotos que comprovadamente não são produto de fraude, e que mostram objetos muito grandes e distantes da câmera, objetos esses que não são produto de nossa tecnologia. Existem registros de radar, documentos oficiais como os que têm sido divulgados por algumas das principais nações – como França, Inglaterra, Itália, Canadá, e recentemente o Brasil – e testemunhos de pessoas altamente preparadas como pilotos de aeronaves e astronautas…
Mas essas são evidências, não provas concretas. Obter estas últimas permanece sendo o objetivo maior da Ufologia.
3.2- Existem extraterrestres?
Nem a Ufologia nem a Ciência em suas vertentes astronomia e exobiologia, conseguiram ainda comprovar além de qualquer dúvida que exista vida extraterrestre. Mas, conforme postulou o grande astrônomo e divulgador científico, Carl Sagan, “a ausência de evidência não é evidência de ausência”.
Vida extraterrestre, na forma de criaturas simples semelhantes a bactérias, já pode até mesmo ter sido descoberta. Em agosto de 1996, a NASA, a agência espacial norte-americana, anunciou haver descoberto estruturas no interior de um meteorito, identificado pela sigla ALH 84001, que se assemelham a bactérias. O meteorito foi encontrado na Antártida em 1984, e depois de analisado comprovou-se além de qualquer dúvida que veio de Marte, como resultado de uma grande colisão de um asteróide com o planeta vizinho, há alguns milhões de anos. Ainda hoje, na comunidade científica, é intenso o debate sobre se são ou não fósseis de bactérias as estruturas encontradas pela NASA.
É um fato científico irrefutável que o carbono, a água, os hidrocarbonetos e outros compostos que formam a vida na Terra, existem em abundância em todo o Universo conhecido. É bastante provável – e admitido pelos cientistas – que a vida extraterrestre pode também ser baseada em carbono e possuir um elemento de transmissão de características hereditárias similar ao nosso DNA.
Por outro lado, a Terra e o Sistema Solar ocupam um dos braços espirais na periferia de nossa galáxia, a Via Láctea. Galáxias são imensas estruturas formadas por milhões ou bilhões de estrelas. A Via Láctea tem uma população estimada entre 200 a 400 bilhões de estrelas, e os astrônomos, a partir de 1995, têm localizado planetas em torno de outras estrelas. Mais de 460 desses exoplanetas foram encontrados até hoje, comprovando que quase todas as estrelas possuem planetas.
O número total de galáxias no Universo visível é também da ordem de centenas de bilhões. Sabendo que não existem exceções nas leis naturais – as mesmas leis que permitiram o surgimento e evolução da vida na Terra – é praticamente certeza de que sim, exista vida lá fora, que tanto pode ser simples, como bactérias e outros germes, como ter tido a oportunidade de evoluir em criaturas complexas dotadas de inteligência e que desenvolveram tecnologia, como nós humanos.
3.3- De onde eles vêm?
Extraterrestres na forma de microorganismos podem de fato existir em nosso próprio Sistema Solar. Sondas espaciais têm explorado Marte com bastante regularidade nos últimos anos, e realizado extraordinárias descobertas. É praticamente certeza de que o planeta possuiu água, rios, lagos e oceanos nos primórdios de sua história, tendo perdido esse ambiente agradável por causas desconhecidas. As sondas inclusive localizaram ambientes em Marte onde a vida pode existir nos dias de hoje, como imediatamente abaixo da superfície, onde existe água congelada.
Sondas como as Voyager e a Galileu, que visitaram Júpiter e investigaram seu complexo sistema de luas, encontraram provas de que um desses pequenos mundos, o satélite Europa, é coberto por uma capa de gelo. Por baixo desse gelo, as informações disponíveis indicam que pode existir um imenso oceano, onde seres extraterrestres poderiam existir. Titã, lua de Saturno visitada pela sonda Huygens em 2004, lançada pela nave Cassini, igualmente é suspeita de possuir os elementos básicos para a existência de vida. Existem muitas outras missões espaciais sendo projetadas para investigar todas essas possibilidades.
Quanto aos representantes de civilizações extraterrestres que a Ufologia defende que têm nos visitado, possivelmente desde milênios atrás, tudo que podemos especular é que devem provir de outros sistemas solares, já que não encontramos qualquer prova de civilizações existindo em alguns de nossos mundos vizinhos. Tudo o que se pode fazer com nosso conhecimento atual é especular.
3.4- Quais os tipos de extraterrestres?
Ao longo das décadas, a Ufologia mundial tentou estabelecer diversos critérios para classificar os extraterrestres que estariam nos visitando. Um dos exemplos mais recentes foi criado pelo ufólogo brasileiro Thiago Luiz Ticchetti e hoje uma das mais aceitas no meio ufológico mundial por ser simples e ao mesmo tempo ampla e aberta a atualizações e inclusões. É um sistema de classificação baseado estritamente na aparência dos seres, que são divididos em quatro grandes grupos: Humanóide, Animália, Robóticos e Exóticos:
– Humanóides: Dessa classe fazem parte aqueles extraterrestres que apresentam o mesmo tipo de corpo dos seres humanos, com tronco, cabeça, dois braços ligados aos ombros e duas pernas ligadas à cintura. Dentro da classe humanoide há cinco tipos de entidades. A primeira é a HUMANA, constituída por seres que poderiam andar entre nós sem chamar a atenção. Esses seres foram subdivididos em seis grandes variantes. Delas, a que mais prevalece refere-se aos extraterrestres do tipo nórdico, bem conhecido na literatura ufológica. São seres altos, com 1,8 m ou mais, de olhos azuis e belos como anjos, segundo as testemunhas. Outra variante são as entidades que se parecem conosco, mas que necessitam de roupas espaciais ou capacetes para permanece- rem em nossa atmosfera. Depois temos seres também parecidos com os humanos, mas com uma feição enrugada, a quem chamaremos de “velhos”. As outras variações são menos comuns. O segundo maior grupo do tipo humanoide são os PEQUENOS GREYS. Alguns usam capacetes ou algum tipo de aparelho para respirar, enquanto outros têm traços que lembram insetos. Os pequenos greys que não se encaixam no molde clássico constituem o terceiro maior grupo de humanoides, os PEQUENOS NÃO GREYS. As variantes aqui incluem: homenzinhos verdes, pequenos humanoides com rosto cheio de pequenos furos, seres muito peludos que se parecem mais com um ser humano do que com um animal e entidades com poucos centímetros de altura, que, independentemente de seu tamanho, têm o aspecto humanoide. As entidades extremamente altas ou GIGANTES formam o quarto tipo de humanoides. Uma variável aqui é uma criatura com mais de dois metros de altura e três olhos. O quinto tipo, chamado de NÃO CLÁSSICO, é um apanhado de todos os seres que não se encaixaram em nenhum dos outros tipos.
– Animália: Aqui se incluem entidades que tenham pelos ou escamas, aquelas que se movem em quatro pernas e as que têm asas. Apesar de sua aparência animal, as ações e comportamentos desses alienígenas estão muito mais próximos do humano do que de um animal. A classe é composta por cinco tipos de seres. O primeiro tipo é o MAMÍFERO PELUDO, que se diferencia dos humanoides em virtude dos pelos que lhe cobrem todo o corpo ou, ao menos, parte visualizada pela testemunha. São criaturas parecidas com o pé grande ou yeti, animais com quatro patas ou seres com caras de morcego. O segundo tipo são os REPTILIANOS, que incluem as criaturas verdes com escamas no lugar de pele e grandes olhos ovais, duendes prateados e criaturas do pântano. O nome do tipo se refere somente ao fato de as criaturas não terem pelo. Já o terceiro tipo, os ANFÍBIOS, é reservado às entidades com aspecto de sapo. O nome do tipo se refere ao fato de as criaturas terem a pele lisa e nada tem a ver com capacidades respiratórias. No quarto tipo, INSECTÓIDES, encontram-se os extraterrestres com características de insetos, tronco comprido e olhos multifacetados. Dentro desse grupo, temos as variantes que incluem seres com asas, que muitos chamam de fadas, como também gafanhotos e louva-deuses. O quinto tipo na classe animália são os AVIÁRIOS, que compreende criaturas com asas de pássaros. São poucos, mas importantes, os relatos sobre eles.
– Robóticos: A terceira classe exibe uma natureza mecânica e está dividida em dois tipos de alienígenas. O primeiro tipo, METÁLICOS, são os robôs que parecem ser feitos de algum tipo de meteal. O segundo tipo são os CORPULENTOS, e nele estão os seres androides, que podem ter aparência humana, animal ou de robôs com braços e pernas de aparência humana ou apresentando uma pele escamosa entram nesse tipo.
– Exóticos: A quarta classe é denominada exótica e abrange todas as entidades não humanoides, não animálias e não robóticas. São dois tipos. A APARIÇÃO é constituída por seres fantasmagóricos e criaturas não humanas. Sua manifestação não é completa, como se metade do corpo, por exemplo, estivesse em outra dimensão. O outro tipo exótico chama-se FÍSICO, que são seres realmente estranhos, por exemplo, em forma de cérebro ou de uma bolha.
Importante salientar que algumas entidades podem ser enquadradas em mais de uma categoria e existem transições de formas, ou seja, humanoides que agem como robôs e humanoides peludos que lembram animais.
3.5- São hostis?
Existem relatos inconsistentes de supostas agressões a seres humanos, e outros casos em que aparentemente as testemunhas foram vítimas de agressão, tendo experimentado desde dores e paralisia, até graves transtornos psicológicos e até morte. Mas tais casos são uma minoria entre os milhares de relatos de supostos contatos de terrestres com alienígenas.
Na maior parte dos casos, os extraterrestres se mostram indiferentes com as testemunhas. Existem relatos em que o contato foi amistoso, havendo troca de informações e até mesmo longas conversas.
Pode-se mencionar novamente Carl Sagan, que sempre defendeu em seu trabalho científico que civilizações hostis, agressivas e conquistadoras, costumam se autodestruir antes de ameaçar outras culturas. Dessa forma, somente povos que houvessem conquistado sua própria paz conseguiriam realizar o descomunal esforço de desenvolver as viagens interestelares, necessárias para vencer as imensas distâncias no Universo.
Assim, e levando em conta a ainda colossal distância entre nossa tecnologia e a de nossos visitantes, ainda não ocorreu qualquer agressão ou invasão por parte destes, portanto a idéia que surge é que a maioria das civilizações que podem estar nos visitando não possuam intenções hostis para conosco.
3.6- O que são abduções?
Abduções são sequestros de testemunhas pelos seres extraterrestres. Uma abdução ocorre quando uma testemunha é trazida a bordo de uma nave, a fim de passar por uma série de aparentes exames clínicos. A testemunha tanto pode ser convidada para entrar no veículo, quanto ser paralisada e trazida, ou até mesmo ser levada à força.
O perfil das vítimas é variado, pertencendo a qualquer classe social, credo religioso, ou sexo. A pessoa normalmente é deitada em uma mesa, e os seres utilizam uma série de equipamentos desconhecidos em seu exame. Amostras de cabelos, unhas, pele e sangue são normalmente retiradas pelos abdutores, e existem casos em que a testemunha é levada a manter relações com seres, nesses casos similares aos humanos.
Terminado o processo, os alienígenas devolvem a testemunha, às vezes nas proximidades onde esta foi apanhada, podendo porém acontecer de a vítima ser devolvida em um lugar muito distante do ponto onde foi abduzida.
3.7- O que querem?
Os objetivos dos alienígenas são desconhecidos, e como existem apenas evidências indiretas de seus motivos e métodos, só podemos especular a respeito da razão de sua presença aqui. Alguns dos estudiosos das abduções defendem a teoria de que os alienígenas estão fazendo um longo trabalho de pesquisa, no sentido de criar uma raça híbrida, cruzando nossa espécie com a deles.
Outros defendem que eles estão na verdade protegendo a raça humana, procurando acelerar nossa evolução fazendo mudanças genéticas nos abduzidos.
A teoria mais aceita diz que, diante do quadro geral da presença extraterrestre estudado pela Ufologia, nossos visitantes são exploradores, tais como nós mesmos. Diversos países da Terra lançam missões espaciais, no sentido de estudar o Universo. Os extraterrestres podem estar fazendo a mesma coisa, com a vantagem de possuir uma tecnologia centenas ou milhares de anos mais adiantada em relação a nossa.