Extraterrestres sequestram soldado dentro de quartel

Considerado como um dos mais excepcionais casos de contato direto com extraterrestres já investigados no Brasil, o Caso do Seqüestro no Exército, em que um soldado em pleno turno de guarda é vitima, apresenta-nos uma das faces mais contundentes do Fenômeno UFO: o rapto de seres humanos para experiências no interior de discos voadores

Ubirajara Franco Rodrigues
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O Caso Bichara é, pérola que brilha na Casuística Ufológica brasileira, e que ao contrário do que certos enganados gostariam de ver, deve ser anali sado profundamenteO Caso Bichara é, portanto, pérola que brilha na Casuística Ufológica brasileira, e que a
Créditos: Patrick Claeys

INTRODUÇÃO – A complexidade dos chamados Contatos Imediatos de Graus Elevados (CI-4 e 5; veja a seção Editorial desta edição) torna-se cada dia mais evidente no meio ufológico.

Analisar ocorrências desse gênero são as principais chaves para a decifração do Fenômeno UFO. Assim, examinar e poder relatar a ocorrência de seqüestro ufológico – “abdução” – com o Sr. Geraldo Simão Bichara é tarefa para especialistas credenciados não só na área ufológica quanto também, e principalmente, talvez, nos campos da Psicanálise e outros afins, como se qualifica o autor neste trabalho. Ocorrido em agosto de 1962, até o presente momento o “Caso Bichara” apresenta-se como fonte inesgotável de pesquisa e discussão, com o agravante de ter ocorrido dentro de instalações militares brasileiras.

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Como se verá a seguir, o Caso Bichara apresenta dois aspectos importantes e fundamentais que devem atrair a atenção dos ufólogos e estudiosos do assunto: 1º) o depoimento humano, manifestação de realidade subjetiva, força-nos a uma análise profunda de toda a questão, à luz de preceitos psicológicos embasados na complexa linha aconselhada por C. G. Jung. E 2º) essa mesma complexidade permite concluir-se que ocorrências de abdução ocupam destaque especial na relação dos fenômenos mais interessantes ao estudo científico da Ufologia.

A testemunha – e vítima – do caso que apresentamos nesse trabalho oferece dados importantes e sugere valiosos sintomas psicológicos que nos conduzem à consideração de aspectos sociológicos profundos, inerentes ao envolvimento com UFOs de maneira tão próxima. Por exemplo, sentindo-se ofendido física moralmente por seus “seqüestradores\’\’ aqui colocados como verdadeiros agressores, Bichara diz palavrões e ameaça-os com um fuzil, tentando defender sua individualidade, forçando-os a protagonizarem uma típica e estranha cena humana, quando, coagidos, seus seqüestradores tentam “acalmar-lhe os ânimos”, inclusive solicitando que deponha as armas…

O Caso Bichara é, portanto, pérola que brilha na Casuística Ufológica brasileira, e que ao contrário do que certos enganados gostariam de ver, deve ser anali sado profundamente. Inicialmente divulgado apenas através de boletins ufológicos de grupos privados de pesquisas, e com isso com tiragem bem restrita, o Caso Bichara vem agora ser levado ao conhecimento da Comunidade Ufológica Nacional em sua totalidade, através da Revista UFO.

É particularmente interessante observar-se que os depoimentos mais contundentes prestados pelo seqüestrado, ocorrem sob forte transe hipnótico, onde está excluída a possibilidade de fraude ou mesmo alucinação.

Sob hipnose regressiva – técnica esta bastante comum na pesquisa ufológica e que se caracteriza por induzir o investigado ao sono profundo e, a partir de determinado estado de relaxamento, fazer com que o mesmo passe a reviver importantes fases de sua vida, “regredindo” mentalmente (não apenas lembrando) as datas e horas exatas em que ocorreram -, Geraldo Bichara dá detalhes impressionantes sobre o UFO, como máquina, e de sua tripulação, como seres interessados em realizar uma análise, um estudo médico de suas condições.

Os pesquisadores deste caso, habituados a trabalhar com situações extremas dentro da Ufologia, onde a hipnose tem lugar comum, impressionaram-se com a contundência das declarações dadas pela testemunha sob estado de transe. Em alguns casos, Geraldo Bichara praticamente “reviveu” com as mesmas emoções que ao vivo, as fases de sua experiência. Aliás, esta é uma das funções da hipnose: como terapia, além de permitir o tratamento do paciente via liberação de “informações” guardadas no inconsciente, faz com que o mesmo reviva com impressionante naturalidade tudo o que viveu, pela primeira vez, quando do momento que se pretende escrutinar. Assim, por exemplo, um indivíduo que seja hipnotizado ao seu 10º aniversário, para ter sua experiência validada, deverá se comportar como se realmente estivesse nesta ocasião, ou seja, numa festa ou celebração, onde, se existiu em sua época, reviverá sob hipnose tudo o que viveu então, estourando balões, lambendo os dedos sujos de bolo, coisas do gênero…

No caso de Gera Ido Bichara, o tratamento hipnótico não só o curou de inquietações para as quais não tinha explicações, todas originadas na experiência de contato com ETs guardada em sua memória, como também deu nítida informação aos pesquisadores de como agiu dentro do UFO. Em determinada seqüência de declarações, chega a exaltar-se com seus raptores, que parecem não dar atenção aos seus pedidos, e passa a reconhecer entre esses aquele que possivelmente seja seu líder, que, ao contrário dos demais, tem “mais interesse” por suas sofríveis condições de raptado e auxilía-o a obter o que deseja, inclusive postando-se comó compreensivo e preocupado com sua vítima.

É nesse contexto que Bichara contribui enormemente com a pesquisa ufológica, ao submeter-se a tratamento e a investigações. E temos a satisfação de podermos publicar na íntegra os primeiros relatórios desta fantástica e traumática experiência, muito comum, aliás, em nosso país.

No fim deste trabalho, aproveitamos para fornecer algumas fontes de referência sobre o processo de hipnose regressiva, para os interessados em aprofundar-se no assunto.


O CASO BICHARA –
Em 8 de julho de 1980, Geraldo Bichara prestava-nos seu primeiro depoimento. Já nosso conhecido permaneceu guardando seu segredo por quase 3 anos, até que se sentisse à vontade e tivesse certeza de que daríamos ao seu caso a devida atenção. Em 1962, com apenas 18 anos de idade (já possui 44), ao montar guarda na 13ª Circunscrição Militar de Três Corações (MG), na Escola de Sargentos das Armas (ESA), foi paralisado momentaneamente por um foco de luz que se projetava no chão e nas árvores. Seu depoimento revelou a ocorrência de um CI-2 ou contato imediato de segundo grau, com efeitos físicos marcantes; mas desconfiáramos que, ao invés de poucos minutos, um lapso de quase duas horas dera lugar a algum acontecimento que ele desconhecia. Então, Geraldo foi submetido, por livre e espontânea vontade. E com excelente disposição, a três sessões hipnóticas de regressão de memória. Era absolutamente certo: o então soldado fora seqüestrado para o interior de um UFO e submetido a uma série de “estudos”. Naquele dia 26 de agosto – data só descoberta com a primeira sessão hipnótica – às 24:05h, a presença próxima de um UFO fez Bichara observar e sentir interessantes efeitos físicos.

Na primeira fase de depoimentos conscientes, a testemunha registrou tais efeitos. Ao ser submetido à primeira sessão hipnótica, n&at
ilde;o revelando nada de concreto, apenas abrindo-se uma porta para a lembrança de alguns fatos esquecidos, demonstrou vagamente a ocorrência de “algo mais”: de tirara serviço de guarda próximo ao paiol de munições da guarnição e observou quando a luz da cidade acabou de repente. Onde estava (e naquelas localidades) ficou tudo escuro. Segundo supõe, por um minuto a dois surgiu, acima de sua cabeça, uma luminosidade muito forte, uma espécie de farol. Teve então a idéia de dar um tiro de alarme, com o fuzil. Quando quis fazê-lo, notou que não tinha forças para se mover. Tentando andar, o corpo não mexia, porém a visão e audição ficaram normais.

“Pensei em gritar mas não teve jeito. Via e ouvia perfeitamente tudo. Por isso notei que as portas de aço da grande garagem da Seção Engenharia sofreram uma vibração muito grande, como se estivesse ocorrendo uma ventania forte sobre elas. No outro barracão, que ficava à minha retaguarda, onde estavam uns canoões metálicos, tais objetos vibraram muito, como se um tipo de \’\’atrito\’\’ fizesse eles baterem uns aos outros, dentro do barracão. Ouvi os cavalos das baias bufarem, raspando as ferraduras no chão como se quisessem fugir, batendo os peitos na madeira, apavorados, relinchando. Todos os cavalos ficaram assim”, declarou-nos Bichara.

Dessa forma, ainda naquele estado, a testemunha notou o foco de luz saindo afastando-se de cima de si, lento. Seu pescoço estava duro, não podia olhar para cima. A luz continuou para os lados da porteira da Seção de Veterinária, passando perto das árvores, indo rumo ao potreiro e à estrumeira, que fica próxima à beira do Rio Verde. Quando parou quase no leito do rio, apagou-se e imediatamente as luzes da cidade tornaram a acender. Eis que então chegaram os guardas que o renderiam no serviço, pois cada guarda ficava no posto por DUAS HORAS (cada um fazia quatro horas de descanso, após prestar serviço por duas horas, assim por diante). Chegou logo depois ao local o sargento, perguntando se tudo estava em ordem. Disse-lhe Geraldo que o serviço acusara uma alteração e lhe contou tudo, não recebendo atenção.

A testemunha resolveu procurar o oficial de dia, às seis horas da manhã. Este tratou de atribuir o fato à “energia da terra”, “Acontece que no dia seguinte descobriram cavalos que escaparam devido ao fato da noite passada… Vi perfeitamente, de manhã, cavalos soltos andando perto da enfermaria, perto do corpo da guarda, e inclusive perto do saguão, sendo que os cavalariços tiveram que recolhê-los no dia seguinte”, disse Bichara, contrapondo-se ao seu interlocutor.

SINTOMAS FISIOLÓGICOS – Geraldo fica em dúvida quanto ao tempo de duração da ocorrência, achando que tudo se passara por cerca de dois minutos apenas. Crê que, assim que começou a tirar o serviço de duas horas, teve início o incidente, logo aparecendo os dois guardas substitutos. Vê-se pela lógica que o fato durou cerca estas duas horas, mas a testemunha acha que tudo se dera por uns dois minutos. No quartel, não aceitaram o ponto de vista da testemunha, achando que sofrerá alucinações (segundo ele próprio nos informou).

A luz do foco, que era constante, desapareceu sem nenhum ruído, lentamente, como uma projeção que caminhasse para o lado do rio, apagando-se, tendo então a testemunha recobrada seu controle motor. O foco possuía circunferência de uns 12 metros e era bem claro, de um azul claro. Insistindo na hipnose para que Geraldo recordasse mais detalhadamente suas sensações, colhemos os seguintes sintomas: a) paralisação, sem perda aparente de consciência; b) visão e audição permaneceram supostamente normais; c) sem dificuldades de respirar; d) nenhuma alteração notável de temperatura ou cheiro estranho.

crédito: ubirajara rodrigues

Geraldo Simão Bichara, seqüestrado pelo UFO, reconstitui sua experiência aos pesquisadores

Geraldo Simão Bichara, seqüestrado pelo UFO, reconstitui sua experiência aos pesquisadores

Finalmente não se recordava a testemunha se por acaso o fato fora registrado na escola, nem se a ocorrência chegara ao conhecimento do comandante, oficialmente. Interessante é o fato de que nenhum oficial o procurou para elucidações, nem lhe foi exigido qualquer relatório…

REGRESSÕES DE MEMÓRIA – A primeira sessão a que Geraldo se submeteu foi, a princípio, puramente psicológica. Posteriormente, ao regredir até o dia do acontecimento, tornou-se efetiva, mas houve falha no aspecto da canalização inconsciente: somente “reviveu” aquilo de que ainda se lembrava. Notando isto, induzimo-lo no sentido de, ao voltar ao normal, seu inconsciente continuasse aflorado novas informações, o que ocorreu com o passar dos dias.

Em sonhos posteriores, Bichara regredia periodicamente ao momento do seqüestro e assim nos trouxe informações anotadas nas manhãs seguintes à regressão. Inclusive voltou a reviver as sensações fisiológicas, como se notará.

Chegamos à conclusão de que outra regressão hipnótica deveria ser feita para que as informações posteriores fossem confirmadas. Agora, já retiradas do inconsciente essas declarações, a regressão posterior foi bem mais autêntica. Dela registramos tais informações: a) o dia do fato foi 26 de agosto de 1962; b) o objeto que emitia luz foi precariamente observado e possuía o formato de um disco com saliência superior; c) sob ele, a luz emitida foi emanada em forma de cone, saindo da parte de baixo do objeto; d) e, o que nos inspirou a prosseguir nas regressões: ALGUNS HOMENS COM TRAJE MARROM FORAM VISTOS SUBINDO E DESCENDO POR ESCADAS QUE SE RECOLHIAM PARA O INTERIOR DO OBJETO.

LEMBRANÇAS CHOCANTES AFLORAM – Geraldo Bichara continuou a anotar os fatos que continuaram a vir à tona, nos dias posteriores, e nos forneceu por escrito: “A entrada do objeto parece a boca de um “caramujo”, virado para baixo. O lado esquerdo é despontado e ficando bem maior ao meio. O lado direito vi muito escuro. A entrada é mais clara na beirada e mais escura ao meio; a área interna (no desenho da testemunha – ver no texto) era bem clara e iluminada”.

“O homem da esquerda era bem mais alto e suas costas bem quadradas, já com a cabeça na entrada da abertura do objeto. O seu macacão, bem melhor do que o do homem da direita, brilhava mais. Entre todos, este era o único que tinha o uniforme marrom (entrando aqui em choque, por confusão, com o dado de que vários homens no interior do UFO trajavam marrom). Sua escada parece ter subido primeiro. O outro era mais baixo, com o macacão mais gasto e alaranjado. Sua escada era mais comprida e seu corpo tinha mais contorno. Pareciam segurar nas escadas com as mãos para o lado do peito, na altura da clavícula. Ambos estavam de costas quando vi. Antes disso, notei bem claro: num lugar plano, uns homens só trajados com macacões cor de laranja (não p&
ocirc;de a testemunha afirmar se isso fora avistado no chão ou em qualquer outro local ou interior)”.

“Dia 29 de Janeiro de 1980 – um dia depois de uma sessão de regressão -à noite, não consegui dormir com aquilo tudo na idéia, sendo que o que mais se repetiam eram duas cenas: uma sede danada e a garganta arranhando, com os olhos ardendo e chorando sem querer; e o olho esquerdo que doía bastante, e a cabeça também, do mesmo lado e para trás. Levantei bem tonto e meio leve. Vou para meu trabalho a pé, porque com este corpo eu não vou arriscar ir de bicicleta. O trânsito é perigoso. Trabalhei com dificuldades. Já pensei duas vezes em pedir ao patrão para voltar para casa e tomar um remédio. Já tomei dois comprimidos e a dor de cabeça não está melhorando. À noite, estou com muita queimação no estômago e a perna direita dói na altura do joelho”.

“Dia 30 de Janeiro. Senti um cheiro de fumaça e veio na minha cabeça tudo da regressão. À noite, eu vinha de meu trabalho para casa e quando senti um cheiro de fumaça de lixo queimando em uma horta, na hora veio na minha cabeça aquele drama da regressão. Então pensei bem e descobri que, perto de onde eu estava, no dia do acontecimento, tinha uma grande rampa, em que um senhor idoso todos os dias queimava lixo. Quando chegava a noite, ficava ainda fumegando”.

Após esta altura da pesquisa, fizemos alguns comentários em forma de relatório. Isso, antes das sessões que realmente iriam trazer o depoimento de um seqüestro. Devido à importância das observações, seguem alguns comentários, para depois chegarmos ao ponto principal.

CONDIÇÕES DA PESQUISA – As regressões de memória foram induzidas pelo então presidente do Centro Varginhense de Pesquisas Parapsicológicas, prof. José Júlio Rodrigues, e conduzidas pelo autor desta matéria. A época, eram consultores de nosso centro de pesquisas os Drs. Francisco de Paula V, Pereira, psiquiatra, Dr. José Marcos O. Rezende, cardiologista, e Dr. Málius de Figueiredo, engenheiro eletricista.

Geraldo Bichara apresentou-nos um caso cujos aspectos psicológicos são importantes. Inicialmente, acusou a presença de um encontro de segundo grau, tendo avistado intensa “luz” que o paralisou. No entanto, ao assumir o posto de guarda, ás 24 horas, ali deveria ficar até o período completo de duas horas, quando seria substituído no posto. A luz pairou sobre ele poucos minutos após ter assumido a guarda, ou seja, uns três ou quatro minutos posteriormente. Assim que recobrou as faculdades motoras, tendo desaparecido o UFO, já surgiram os guardas substitutos, que deveriam vir somente duas horas depois. Portanto, a experiência, encarada pelo aspecto objetivo, deu-se pelo espaço de duas horas. Naturalmente deveria ter a vítima presenciado algo mais do que aquilo que se lembrava.

Com a regressão, notamos que os fatos canalizados em seu inconsciente assim ficaram por força de um condicionamento forte, ou talvez em conseqüência do impacto psicológico sofrido. Por isso, a primeira sessão não foi suficiente para fazer aflorar todos os detalhes da ocorrência. Mas em dias seguintes, Geraldo começou a sentir fortes sintomas fisiológicos e a ter lembranças melhores de seu drama. A regressão surtira, assim, efeito retardado, coisa muito observada pelos estudiosos, e de forma gradativa,

Na primeira sessão só pudemos “tirar” dele a data correta do acontecimento. Tudo está gravado em duas fitas de mais ou menos duas horas de duração cada. Num certo momento, ele acusa “alguma coisa subindo e descendo… marrom…”. Nas declarações posteriores, quando se recordava aos poucos a ocorrência, informou que observou enorme objeto do qual saía a luz e que subiam para ele dois homens de costas, em escadas móveis. Também crê que presenciou as atividades de vários outros seres, no solo. Isso pode ter sido conseqüência de um inconsciente confuso, pelo grande e exagerado número de seres observados, quando não uma realidade. Não podemos descartar coisa ou outra. Um exemplo de que a regressão pode ter servido de “estopim” para as recordações, está onde vemos nas declarações escritas em 30 de Janeiro: \’\’Senti um cheiro de fumaça e veio na minha cabeça tudo da regressão”. O cheiro fez aflorar as lembranças do contato, que para ele foi um verdadeiro drama.

Quando um indivíduo vive algo chocante, alguma coisa que caracteriza o local pode trazer do consciente as lembranças do evento ocorrido naquele lugar. Mas, o caso de Geraldo, além de ter em si a presença de fatores psicológicos como conseqüência da própria experiência, é ainda forçado no sentido do próprio quadro psicológico e mental da testemunha. Geraldo, extremamente honesto, colocou-nos a par disto: quatro anos depois de sair do Exército, começou a beber até se tornar dependente do alcoolismo, o que durou até 1969. Entrara para o Exército em 12 de janeiro de 1962, dando baixa em 16 de dezembro do mesmo ano. De 1964 a 1969 ficou dependente do álcool, chegando a ser atacado de delírio. Hoje, com força de vontade, está recuperado graças ao trabalho feito pela organização “Alcoólicos Anônimos”, o que se deu definitivamente em 1969. Assim, vemos pouca possibilidade de seu contato ter sido conseqüência de delírios alcoólicos, ocorridos quase seis anos depois. Poder-se-ia pensar numa fantasia ou alucinação de seu inconsciente, latente numa fase mental de “tempo errado”, ou seja: durante o alcoolismo ele teria imaginado todo o seu contato, que se gravou de maneira confusa, com pontos esquecidos, tudo indo parar no seu inconsciente numa fase diferente de tempo, ao passo em que se gerara durante o período de alcoolismo. Isso pode ocorrer, mas leve-se em conta sua raridade.

VOLTANDO NO TEMPO – Iniciamos a primeira sessão às 20:33h. Induzimo-lo a um relaxamento físico e mental por quinze minutos. Quase nove da noite, começamos a regredi-lo sob hipnose vagarosamente, até que se situasse de fato em cada período de seu passado, até chegar no segundo semestre de 1962, na data de sua baixa.

Respondendo às perguntas do indutor, lembrou-se então da data do provável seqüestro. Situado nela, apenas acusou os fatos de que se recordava conscien-temente. Viveu tudo, mas permaneceu quase todo o tempo sem narrar o que se passava, totalmente paralisado, suando copiosamentee derrubando lágrimas. No momento em que o objeto teria desaparecido em sua reconstituição hipnótica, pôde explicar as coisas melhor, porém muito aflito.

Temos indícios para mesclarmos à ocorrência o lado puramente psicológico e até paranormal de Geraldo, como adiante mostraremos. Porém, um ponto deve ser observado: naquela noite, Geraldo estava de guarda e, ao contar sua experiência aos superiores, não recebeu qualquer atenção. Limitaram-se em representar uma rápida e injustificada interpretação, para mandá-lo dormir. Há que ser perguntado: como é que, dentro de uma circunscri&cced
il;ão militar, um guarda de noite passa o serviço com alteração e nem se registra uma ocorrência? Outro fato: vários cavalos fugiram, arrebentando as baias e fazendo algazarra, ao ponto de alguns “cavalariços” terem que recolhê-los pela manhã?

O fato não foi levado aparentemente ao conhecimento do comandante, nenhum relatório é dado, ou exigido, nem mesmo uma rápida investigação. Será que naquela época, e ainda hoje, o sigilo sobre fatos envolvendo UFOs imperava também no Exército? Ou seria um tanto mais cômodo o desprezo?

crédito: geraldo s. bichara

Reconstituição da experiência de Geraldo Simão Bichara: seus seqüestradores descem por meio de escadas móveis embutidas no UFO

Reconstituição da experiência de Geraldo Simão Bichara: seus seqüestradores descem por meio de escadas móveis embutidas no UFO

Na segunda regressão de memória que realizamos, a testemunha foi mais fortemente induzida ao sono hipnótico. Ao “situarmos” Geraldo no dia 26 de agosto de 1962, fizemos com que ele nos descrevesse minuto por minuto de sua missão de guarda, a partir do momento em que saía para o posto. Em certo momento ele nos narra que encontrava-se perto da caixa d\’água, sozinho, passando por perto da seção de veterinária, quando o incidente começou e a “luz” de foco intenso, se aproximou dele. Passemos à narrativa da própria testemunha, sob hipnose: “Oh! Acabou a luz! Da Nestlê também! (o bairro onde se instala a fábrica da Nestlê era avistado da posição onde se encontrava)”. Assim, por dois bairros de Três Corações se dava um “black out”. De repente, seu rosto, transtornado, assume uma expressão de pavor: “Uma luz forte azul!… Os cavalos vão escapulir! Ali, tem uma coisa escura em cima, é marrom! Parece um caramujo com a boca para baixo e um bico na esquerda. .. mais em cima tem uns canos por dentro. Pro lado direito… estou com o pescoço duro, não consigo andar! Estou meio duro. Ali! Uns homens de roupa cor de abóbora!”.

A esta altura, Geraldo misturou seu depoimento, descrevendo uma situação que, para nós, até aquele instante, estava sendo ilógica: “Este gordinho baixinho… está com muita pressa… estou deitado numa prateleira com a cabeça em cima dela! O chão é muito limpo, eu vejo tudo. Essa prateleira sai da parede. E uma porta deitada que sai da parede…”. Geraldo leva, com muita dificuldade, as mãos até a cabeça: “Estou com a farda… meu cinturão… está um movimento danado ali na frente. Parece um exército. O pescoço deles parece como tartaruga… todos com roupa cor de abóbora!”.

ESTRANHOS SERES FARDADOS – Apesar de havermos notado que Geraldo não descrevia a experiência na seqüência correta, pedimos que falasse de tais seres com pormenores: “Tem uma carapuça. Cabelo baixinho, um pouco arrepiado e avermelhado. O rosto é rosado, com um nariz pontudo para baixo, tampando a boca”. Notamos aí que ele descrevia um ser que se encontrava próximo.

“Parece um enfermeiro. Não é bom nem mau. Ali ó… uma porta pequena do lado esquerdo. Igual a porta de geladeira, com um friso em volta. Perto do pé parece vidro “. A testemunha se cala e volta a falar, sussurando: “Tem uma outra porta ali na direita, mas não estou escutando nada! Não posso me mexer direito e está muito frio. Minha cabeça está normal. Um cheiro de amoníaco… mas não é não”. E não consegue trazer ainda à tona o que se passa, na seqüência lógica: “Olha lá! Um caramujo com um foco de luz em cima dos eucaliptos!”.

crédito: ubirajara rodrigues

Geraldo Simão Bichara, sob transe hipnótico profundo,

Geraldo Simão Bichara, sob transe hipnótico profundo, “revive” sua experiência em detalhes

Pergunta o condutor da experiência hipnótica, bruscamente: “Quantos anos você tem, Geraldo?” Geraldo responde: “Dezoito! Um caramujo com a bocapra baixo. Está meio dentro dos eucaliptos e a outra metade em cima da rua! Estou sentindo bem agora. Não tem ninguém aqui… Tá subindo! Ê marrom…”. Nova pergunta: “Onde você está?”. Resposta: “Aqui na guarda, É marrom sem tinta… Lá está o gordinho… o da esquerda. Estão voltando pra dentro!”. De novo o condutor: “Qual a estatura deste homem?”. Bichara: “Um metro e quarenta, não sei. A roupa é meio cintilante. Está em pé numa escada de circo. Já colocou a cabeça dentro do caramujo. Não consigo mexer! A escada tem uns 40 cm de largura e é coberta. É ela que sobe e não o homem que… a porta da seção de engenharia treme! As canoas também! Os cavalos estão raspando a ferradura no paralelepípedo!…”

E assim a”luz” pára sobre o rio próximo, apagando-se. Geraldo percebe que a energia elétrica volta ao bairro e todo o barulho cessa. Ainda ouve gritos de pessoas ao longe, possivelmente em botequins afastados, pela voltada energia elétrica. Grita então várias vezes por um certo cabo. Aqui acaba a segunda narrativa, sob hipnose: “Vou dormir um pouco. Estou com o corpo ruim, e com uma moleza… tirar guarda e depois ferrar cavalo não é fácil. Seis por dia. Melhor é arrumar jardim.”

O CONTATO NA VIDA DA TESTEMUNHA – Anos após o incidente, Geraldo teve algumas experiências de cunho aparentemente paranormal. Deu-nos as declarações por escrito: “1969, Hospital da Bahia, em Beto Horizonte: estando eu arrumando os documentos para internar minha filha com urgência, por ter ela engolido soda cáustica, um senhor no hospital, com pouca vontade, não me deu atenção. Fiquei um pouco desapontado, olhei para um crucifixo que estava pregado na parede à minha frente e acima da cabeça dele. Foi nesse momento que a cruz caiu e se espatifou em cima da mesa dele. Muito desapontado, chamou a secretária para limpar. Meio trêmulo, arrumou os papéis num instante para mim.

“1970, estando meu pai operado, fui visitá-lo. Durante a visita, cheguei em frente de um espelho, em sua casa, para pentear o cabelo. Quando olhei no espelho, meu rosto e minha cabeça eram os de meu pai.

“1973, rua José Limborço, bairro Biquinha, Varginha (MG): estando meu irmão e eu conversando sobre assuntos espirituais, entre zero e uma hora, nós vimos uma quantidade de fumaça que aumentava entre nós. Como não sabíamos do que se tratava, paramos a conversa e a fumaça logo desapareceu. Fomos dormir.

“1979: um senhor, tendo levado sua filha para extrair um dente, passou em minha frente apressado. Quando olhei na cabeça dele, estava saindo uma faixa muito grande de fumaça, escura.

“1979: um dia acordei e vi um quadro do “Padre Victor” que é de meu filho, e o meu rosto no lugar do do padre. Fiquei preocupado e logo recebi notícias d
e que um grande amigo meu tinha morrido. Este amigo trabalhou comigo numa obra espiritual, no dia da Festa do Padre Victor, em Três Pontas. A transcrição desses depoimentos foi feita aqui para a análise de psicólogos e parapsicólogos.

A última regressão de memória que efetuamos deu-se no dia 10 de agosto de 1980. No período que se sucedeu à primeira sessão, Geraldo notou que sua vida começou a sofrer influências inconscientes de “algo” que a primeira sessão desvendara. Sobre isto, disse ele, antes um pouco de o submetermos à hipnose pela terceira e última vez: “Sofri certas modificações no meu modo de ser. Antes, eu gostava de uma determinada série de coisas e, de uns tempos para cá, comecei a gostar de outras quase contrárias daquilo que me atraia. Passei a encarar as condições de vida e a vida por outro lado; acreditar em certas coisas e a desacreditar de outras. Então houve uma modificação, mas eu mesmo não sabia porque. O meu comportamento passou a ser diferente e hoje, agora que estou observando, estou sóbrio e tranqüilo; parece que está havendo um reflexo das coisas que ocorreram comigo. Tenho tempo suficiente, “cabeça fresca\’\’ para poder ir refletindo sobre as coisas que estou observando comigo. Por exemplo, no dia de hoje já posso pensar…

Em outros aspectos, materiais, o problema está na cor de panos! A cortina de minha casa é cor de abóbora, a caneca em que tomo café é cor de abóbora, a cesta onde coloco lixo, no meu serviço, écor de abóbora e uma infinidade de outras coisas, objetos, que fui comprando e cujas cores mais me atraem. Esse tipo de cor de abóbora. Não me lembro se eu gostava muito dessa corantes daquele dia. Peguei amostras de panos (em poder do Autor) para distinguir qual dos tons mais me atraía. Se era essa cor de abóbora mesmo ou se um a parecida. Notei, assim, que tudo o que eu comprava era daquela cor! Sinto uma atração e um gosto muito grande por taI cor, apesar de eu achar que ela “cai” mais em mulher. Minha camisa, meias, lenços, tudo assim. Aliás, nãoé muito fácil achar camisas dessa cor. Agora, depois das primeiras regressões, cheguei à conclusão que o meu gosto é devido à cor da roupa que usavam aqueles “homens” que subiam por aquelas escadas. Liguei uma coisa com a outra.

Outro ponto que me preocupou foi que um certo sonho, há tempos atrás, me acompanhou durante muito tempo: de vez em quando, eu sonhava que tinha comido uma coisa parecida com uma gosma; parecia melado de rapadura, ou como se espremêssemos uma “bucha” que solta aquele melado, aquela meleca! O gosto era muito ruim, muito enjoativo. Esse sonho se repetia constantemente. O gosto era picante, nunca comi nada parecido, que nem caqui verde, amargo. E quando me lembro do gosto, até fico enjoado, parece que as g lândufas da boca se juntam (aqui Geraldo ficou com náuseas, só de comentar). Só que no sonho não sei onde estava comendo aquilo; se na minha casa, se alguém me deu… não sei. Como o sonho se repetia em dias diferentes eu comecei a pensar se era possível eu sonhar uma coisa só repetidas vezes… Devo ter sonhado com aquilo umas seis vezes no mínimo, e eu “comia” aquilo contra a minha vontade. Era empurrado, socado”.

COMO SE DEU O SEQÜESTRO — O que apresentamos agora foi deposto por Geraldo Bichara sob transe hipnótico e reproduz o trecho por ele vivido a partir do momento em que o situamos no dia 26 de agosto de 1962, à meia-noite, quando montava guarda próximo ao paiol:

“Oh! Acabou a força! Na Nestlé também! Oh! (fica quase um minutosem respirar, músculos retesados, expressão fisionômica de terror e mal estar). Os cavalos… estão bufando… uma luz me parou aqui… (com a voz chorosa e a boca enrijecida). As portas estão todas chacoalhando! (ele grita por dois soldados, que nãoo atendem). Olha ai, Mauro! Já vem vindo! Uma coisa clareando! Está clareando a porteira da seção de veterinária! Passando por ela! Agora iluminou o po-treiro. Os cavalos estão bufando e raspando a ferradura no chão, muito assustados! A luz vai indo do lado de lá du cerca, perto da estradinha das árvores. Está chegando perto da beira do rio. Engraçado… estou vendo uma coisa! (com muita atenção). Um negócio com o lado claro. Transparente… está uns seis metros acima de mim e um pouco prafren te. O lado direito dele está meio escuro. Estou virado um pouco pra trás, aponta dessa coisa parece uma espécie de caramujo, vai desde o meio da rua da engenharia. O outro lado tá um pouco escuro, por trás dos eucaliptos. Équenem um caramujo de boca pra baixo, com cor inteiriça. Nãoé pintado. Borracha, não sei com que se parece. Está tudo escuro agora. Alguém está pegando no meu braço! Uma mão meio quente! Tô sentindo… (com a voz quase imperceptível e mole). Tem um homem com um macacão cor de abóbora (falando muito baixo, sussurando). E baixo e tem uma carapuça na cabeça. Ela é um pouco enrugada no pescoço. Está me levando para uma escadinha. Estou no ar! A escadinha está ali. Aqui do lado esquerdo tem um outro, também com ma-çacão cor de abóbora, vigiando. O rosto dele… tem olhosfundos, olha para mim! A testa deste aqui é curta e “morre” logo para trás, curvando. Do “pé” do nariz dele até a ponta da testa é muito curto. Nariz comprido… Acho que ele não tem dentes. Está muito sério. A boca parece que é emendada com a gengiva. Estápas-sando, batendo a mão na própria roupa. Ele bateu na roupa dele sim, Estou pondo um pé num degrau. Ele está me segurando de lado. O outro está lá embaixo ainda, tudo quieto. Ele me segura pela costela. A escada, enrugada, tem um couro cor de abóbora também. Ele me seguraepega na escada com uma mão só. A pele do rosto é rosada. Estamos subindo… tem um cabelo grosso e preto, com uns cabelos vermelhos no meio.”

“Estou me sentindo dentro de um salão! Estão me ajeitando aqui n uma coisa, parecendo uma prateleira. Tô deitado. O meu fuzil! Meu cinturão está aqui mesmo… No meu pé, do lado esquerdo, tem uma porta, com um filete e parece de geladeira. No meio do filete… tá trancada. Ainda não abriu. Tô sozinho (falando baixinho)! Esse homem mais gordo sempre vem aqui, não sei de onde ele sai; fica do meu lado. Naquele canto, lá, era para ler outra porta, porque esse homem vem que nem enfermeiro, só no canto, não chega na minha frente. Estou vendo a cara dele! Érosado! Cabelo curtinho… Tudo quieto aqui. Ali tem um quadrado na parede, parece de vidro mas não é vidro. Dá uns quarenta por sessenta, parece um visor (faJa sussurando). Parece de matéria plástica, mas não é vidro. O homem saiu de novo. Um vidro comprido.., Do outro lado está um “movimentão” danado, lodo mundo com aquela roupa, mas tudo quieto. Uma coisa que nem o formato de um “prédio”do outro lado. Só estou conseguindo ver a “esquina” daquela coisa. Eles transitam muito. Passam de um lado para o outro. Sem falatório sem nada. Tô deitado aqui”.

A TESTEMUNHA É ANALISAD
A —
Geraldo então descreve, com maxilar e íábios quase paralisados e falando muito baixo, um “aparelho” que se aproxima de sua cabeça: “Tem uma coisa mexendo na minha cabeça. Um negócio pra trás… parece uma caixa de marimbondo. Um “chuveiro” com uma porção de bicos. Estou sen tindo um cheiro de folha de café queimada! Parece agora amoníaco… um cheiro de folha de café verde mesmo… aumentando!”

A partir deste momento, Geraldo fica alguns segundos como se estivesse com náuseas e se contorce muito: \’ \’Minha boca está amargando!… (mais náuseas). Uma coisa ruim na minhá boca… (cospe algumas vezes). Água! Me dá um gole d\’água! Quero lavar a boca. v EU! (torna-se de repente agressivo). ÁGUA! Arrume água! Faça o favor! Me arrume água (ele está, ainda bravo, dirigindo-se aos “seres”). Faça o favor! FAÇA O FAVOR! (extremamente agressivo). Filho da puta! FILHO DA PUTA! (começa também a ficar choroso, histérico). Pedi água pra ele três vezes, para lavar esta bosta aqui! Um melado misturado… amargoso! Estou descendo dessa merda dessa mesa aqui… Vou descer sim! Olha o meu fuzil ali ó! Eles estão chegando de novo. ..eu pego a minha baioneta aqui!… Estou segurando meu fuzil, deitado no chão, no outro canto. Os três estãopedin-pra eu entregar o fuzil. Estão pedindo com a mão. Batendo na minha costa… Espera! E a água? Na hora da água vocês não me deram! O do meio está sem carapuça agora (sussura novamente). Ele é mais “inteligente” e melhor de tratar. Só pede o fuzil, mas os outros vieram para me tirar duas vezes. Agora ele está conversando com os outros dois. Eu xinguei eles, porque pedi água pra tirar aquele negócio da minha boca e eles não deram. Ê um melado amargo e frio. Nem sei quem colocou aquilo na m inha boca. Quando notei, já estava com aquela porcaria… (e se açaima). Agora vou deixar ele guardar. Vou dar o fuzil pra vocês, graças a esse aí do meio! Eu que não estou podendo mexer direito ainda, mas faço bagunça com esta baioneta aqui!

Estou sentado no chão. Em cima daquele vidro tem um desenho… parece uma cruz… mas não é. Émais quadrada do que cruz (?). Esto u vendo uma luzinha branca. Uns rabiscos na frente dos meus olhos… está ficando escuro… (quase paralisado novamente)”.

Então Geraldo Simão Bichara desce pela mesma escada pela qual entrara no objeto. É devolvido um pouco “abafado”, segundo sua própria expressão ao posto de guarda. Ainda vê o objeto, em formato de “caramujo”, que desaparece e dá lugar à mesma “luz” de antes, que se apaga sobre o rio.

NOVAS INFORMAÇÕES — Com O passar do tempo, empreendemos investigações paralelas, inclusive com oficiais da época que prestaram serviços no ESA. Em contato com alguns deles, o pesquisador e nosso correspondente, Sr. Luiz Felipe, de Três Corações (MG), obteve depoimentos confirmando que algo parecido com um disco voador causara transtornos e se manifestara no mesmo local citado por Bichara. No entanto, alguns pontos causam dúvida, porque os oficiais depoentes recordam-se vagamente que Bichara era um soldado que sempre “dava alterações”.

No meio das vagas lembranças, surgiu a figura de um tal soldado Moreira, da mesma turma de Geraldo e que, pelos depoiméntos, os oficiais acabam por con-
fundir com nosso protagonista. Moreira teria sido encontrado numa manhã, próximo ao paiol de munições, em 1962, paralisado ao chão, com a lingua enrolada e sem marcas de espancamento, pois, segundo ele próprio, avistara uma pequena luz no solo (sondas, tão conhecidas nos meios ufológicos, que se comportam como pequ enos telegu iados de o bservação e prospecção) e, ao tentar atingi-la com a baioneta, sofreu tremendo choque, caindo desacordado.

Posteriormente, localizamos o oficial de dia, a quem Geraldo se refere no depoimento, e que não deseja ser nomeado. Reside atualmente em Varginha e informou-nos, com segurança, que os oficiais da época estão confundindo Geraldo com outro soldado. Nosso protagonista não dava alterações e, de fato, naquela incrível noite algo de estranho ocorrera na Escola. Recorda-se ele muito bem do “black-out”, que os técnicos não puderam explicar e que causou tensão e grande movimentação naquelas instalações. Talvez receioso, ainda, o oficial de dia, hoje civil, mostrou-se visivelmente preocupado e lacônico, sem dúvidas omitindo detalhes mais diretos. O relatório do pesquisador Luiz Felipe encontra-se em nosso poder, especificando os nomes dos então oficiais consultados. É uma fonte de observações paralelas interessante e concisa, que publicaremos futuramente. Enquanto isso, o fenômeno ufológico aí está, despreocupado, inclusive com nossas áreas de segurança, como instalações militares.

TÓPICO(S):
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