As lendas e mitos das tradições populares de meio mundo narram incontáveis histórias de seres não humanos, como os folletti, que seriam duendes ou espíritos de índole bizarra, criados pela fantasia popular. Alguns são anões, outros elfos, mas todos têm aspecto e comportamento muito parecidos com os pequenos alienígenas atuais, protagonistas de encontros e raptos de humanos. Analisaremos neste artigo as histórias mais significativas desses seres, partindo de muito tempo atrás. Nas tribos pigmeus africanas há a lenda dos akka, que seriam seus antigos e míticos progenitores. Estes seres teriam apenas 40 cm de altura e uma formação corpórea graciosa. Sua cabeça apresentaria várias protuberâncias, os ombros seriam mais estreitos do que a cintura e teriam ainda um longo pescoço. Segundo a lenda pigméia, a pele desses seres seria queimada pelo Sol e sua cabeça recoberta por um escudo que imitaria pequenos chifres.
Os pigmeus dizem que os akka teriam o hábito de aborrecer as belas mulheres que se banham nos rios, as quais, para evitarem ser violentadas e gerar filhos disformes, usam como disfarce um pênis fictício. Tais histórias, de fundo sexual e procriativo, ainda que sobre seres mal-formados, fazem lembrar as atividades nas quais estariam trabalhando os já famosos grays – alienígenas de cor de pele cinza, envolvidos principalmente na criação de uma raça híbrida, segundo defendem vários autores especialistas no tema das abduções. A lenda africana é bastante singular, especialmente no que diz respeito a uma possível identificação dos seres. Sua tipologia coincide com a descrição das criaturas avistadas e depois capturadas em Varginha, Minas Gerais, em 20 de janeiro de 1996. Elas teriam cabeça com três protuberâncias lembrando chifres, além de olhos bastante atrativos.
Outra história interessante é aquela dos duendes de origem italiana, particularmente a lenda dos juffri. Contam os antigos que estas criaturas viveriam nos cantos das estradas e se divertiam montando armadilhas para os viajantes, em geral, buracos camuflados que as pessoas não poderiam ver e, assim, neles cairiam. Às vezes, os juffri se materializavam e começavam a falar muito velozmente, provocando uma perda de direcionamento nas pessoas que os observavam. As vítimas dessa conversa hipnótica não percebiam o tempo passar e somente quando os juffri paravam de falar é que viam que muito tempo havia decorrido.
Seqüestros alienígenas
Esta lenda também nos faz lembrar algumas características típicas dos seqüestros alienígenas, as chamadas abduções – em particular aquelas descritas no livro Missing Time [Balantine Books, 1988], de Budd Hopkins. Uma dessas características é o vazio temporal e o aparente poder hipnótico que os aliens têm sobre a mente humana, além do fato de que estes seres demonstram capacidade de atrapalhar o sono das pessoas, molestar moças, provocar pesadelos e mal-estar físico.
No Brasil existe a lenda dos aneros. Acredita-se que estes seres perturbariam o repouso dos viajantes e provocariam neles desorientação. Os barabahen, na Itália, também são fonte de sonhos bizarros e inquietantes. O batibal, nas Filipinas, inibe a respiração de quem dorme. O calcarot se sentaria sobre o peito das pessoas que estão dormindo, atrapalhando-lhes o sono. Um comportamento parecido é aquele do carchett, na Suíça, que na maioria das vezes provocaria sonhos angustiantes, roubando as cobertas dos infelizes que escolhe para atormentar. Outro exemplo da semelhança dessa lenda com a vida real pode ser observada no depoimento do filho do famoso abduzido norte-americano Whitley Strieber: “Enquanto eu dormia, tive a sensação de que alguma coisa ou alguém tirava minhas cobertas, e algum tempo depois vi o mesmo rosto daquele ser do meu sonho reproduzido na capa do livro do meu pai, Communion [Balantine Books, 1988]”. Todas essas lendas folclóricas apresentam fortíssimos pontos em comum com os aspectos mais importantes das atividades de interferência alienígena na vida de seres humanos.
As conseqüências verificadas por estudiosos de abduções indicam quase sempre distúrbios relacionados à fase do sono. O fato de o fenômeno provocar pesadelos ligados a premonições de grandes catástrofes também é bastante típico dos raptos alienígenas dos dias atuais. Outra característica desses seres mitológicos é seu interesse por mulheres jovens. Os cauzietti, anões peludos com aproximadamente 20 cm de altura, adoram aterrorizá-las roubando-lhes seu bordado. Já os fajetti, da Calábria, Itália, invadem as casas dos camponeses durante a noite e se divertem ao provocar uma ensurdecedora bagunça. Às vezes, escondem as coisas e importunam jovens – sempre mulheres. Os follat entram embaixo das saias das jovens para espiar suas pernas. E o gambastorta – que significa pernas tortas – esconde os objetos, faz tilintar os vidros das casas e desloca as telhas.
Herança sexual dos humanos
Este interesse particular dos duendes por mulheres jovens poderia estar relacionado à herança sexual dos seres humanos e, de maneira específica, pelo sexo feminino. Hoje se trabalha com a hipótese de que os aliens usariam as mulheres que abduzem como provedoras de material para reprodução, em uma espécie de programa de manipulação genética. Isso tem sido comprovado ao longo das últimas décadas, através de intensos estudos da problemática das abduções por extraterrestres. Na região norte da Itália existe há muitos séculos a crença na existência de uma criatura em forma de fada que seria uma mistura de duende e elfo. Essa criatura é chamada Zampa di Gal [Perna de Gal] e era comum que se colocasse na entrada do Vale de Gênova e esperasse a passagem de jovens mulheres para tentar seduzi-las. Outros duendes semelhantes, residentes nos Alpes, seduziriam as belas jovens fazendo-as desaparecer para, logo em seguida, brincarem de procurá-las. Este é um fenômeno que não tem nada de divertido, cuja interpretação pode esconder raptos praticados por alienígenas. Alguns casos de contatos imediatos com ETs foram de fato concluídos com o desaparecimento definitivo da vítima.
Na cidade de Reggio, Calábria, acreditava-se que o fuddettu passasse seu tempo brincando com as crianças que dormiam, colocando-as em posições muito estranhas. As abduções de crianças nos dias atuais, segundo descoberto pelos ufólogos,
se dão com as mesmas sendo encontradas dormindo em posições e lugares diferentes daqueles nos quais haviam se deitado na noite anterior. L’Omino della Rena [Homenzinho da rena] é outro duende que faz as crianças dormirem, porém com um artifício pouco agradável: lança em seus olhos um pouco de areia, forçando-os a fechá-los. Essa fábula não poderia ser a lembrança mal interpretada da atividade conduzida por alienígenas, caracterizada pela colocação dos já tão discutidos implantes? A irritação nos olhos é um dos tantos sintomas que os ufólogos já catalogaram como sintoma de pós-abdução.
Na Itália existe também a antiga lenda do Omino del Sonno [Homenzinho do sono], que é um ser que se comporta exatamente como o citado anteriormente, porém também invadindo as casas através das paredes ou de portas fechadas. Os salvanelli, igualmente italianos, hipnotizam suas vítimas para induzi-las a praticar atos estranhos e impensados. Possuem uma enorme cabeça, mãos e pés disformes e sua altura é de pouco mais de um metro. Os salbanelli, ao contrário, possuem aproximadamente 75 cm de altura, uma estrutura corporal muito fina e magra, e se divertem assustando o gado, invadindo as casas dos camponeses para aterrorizar as crianças na hora de dormir e, finalmente à noite, perturbando os viajantes.
O grogach possui as dimensões de uma criança – cabeça grande e corpo flexível, devido à falta da coluna vertebral. O wichtlein, um anão minerador da região do Piemonte, na Itália, possui um corpo delicado, com pernas pouco desenvolvidas e uma cabeça pontiaguda sobre a qual usa sempre um chapéu negro. Vogghee Lino, com 30 cm de altura, é um duende de aspecto agradável, mas quase totalmente calvo. Os salvani são feios e deformados e à noite se agitam intensamente impedindo o sono dos camponeses. Continuando, o sangmanelli possui aproximadamente 60 cm de altura, formação corpórea muito magra e uma coloração palidíssima e quase espectral. Estes duendes também se agitam na zona rural durante a noite, fazendo sinistras brincadeiras com os pobres peregrinos que por ventura estiverem de passagem por lá.
Lembranças fragmentadas
Todas essas descrições se aproximam muito daquelas que representam os chamados grays, alienígenas acinzentados com enorme cabeça, corpo esguio e baixa estatura. O comportamento dos salbanelli, pelo que testemunham suas vítimas, é facilmente associável aquele dos supostos visitantes extraterrestres de hoje. Alguns pesquisadores afirmam que os implantes, quase sempre inseridos no cérebro dos raptados, possuem justamente esse objetivo: provocar lembranças fragmentadas de suas visitas. Algumas pessoas referiram-se ao fato de terem sofrido estranhas operações no cérebro e, em conseqüência, terem adquirido novos conhecimentos e uma personalidade diferente. Como se sabe, os implantes são geralmente inseridos nos abduzidos como parte do programa que os alienígenas executam de controle e monitoramento de suas vítimas.
Outro aspecto deste grande conjunto de mitos é o pavor sentido pelas crianças durante a noite. Conta-se que os shaquos raptam meninos e meninas deixando em seu lugar um duende decrépito e idoso. Os serval, do nordeste da Itália, desejam assemelhar-se ao homem e – conta a lenda – freqüentemente trocam suas crianças recém-nascidas pelas humanas. Este tipo de substituição é um aspecto encontrado inúmeras vezes nas principais atividades dos grays. Já nas lendas do leste da Rússia aparece a figura do cattivora, um gênio maléfico com olhos hipnóticos e mãos dotadas de longas unhas pontiagudas, adaptadas para agarrar crianças. Acredita-se também que, dentro de algumas cavernas, habitem perigosas criaturas que saem durante a noite para raptar meninos e meninas perdidos, a fim de devorá-los. Na calada da noite se agitam outras criaturas também inquietantes, como as bruxas-vampiro, que se encostam-se nos berços dos recém-nascidos para sugar-lhes o sangue.
Na região de Trento, também ao norte da Itália, conta-se a história de um duende que tem a faculdade de provocar vertigens e visões nos seres que se aproximam da gruta onde habita. Aprisiona qualquer um que ouse pisar sobre a sua pegada e, em alguns casos, rouba a alma das pessoas. Antigamente se cogitava que, sendo um povo em extinção, as fadas procurassem reproduzir-se juntando-se aos seres humanos. Porém, na falta de representantes masculinos disponíveis, substituíam as crianças sadias e belas pelas suas, doentes. Ainda não é claro o motivo pelo qual os antigos acreditavam que as fadas estivessem para extinguir-se. Entretanto, é interessante notar o fato de que, para muitos raptados, era relatado a necessidade urgente desses seres cruzarem a sua raça com a humana, a fim de eliminar a fraqueza genética existente em seus genes.
Para algumas mulheres levadas à bordo de UFOs, foram mostradas imagens de crianças grays como uma forma de solicitarem sua ajuda. Esses seres pareciam a elas estar agonizantes e moribundos, realmente necessitando de seu amparo. Muitos pesquisadores alegam que os aliens estejam colocando em funcionamento um programa de hibridização de humanos com extraterrestres, devido ao eminente perigo da extinção de sua espécie. Talvez por problemas ligados à poluição em seu mundo, ou por uma desordem genética, a raça dos grays estaria em fase de decadência. Outra fábula digna de nota é aquela que narra a história dos anões gigantes – seres que em uma noite raptaram a filha de um rico camponês, colocando em seu lugar uma criatura de sua espécie.
Anões gigantes
No dia seguinte, os pais da garota não conseguiam explicar como, de uma hora para outra, a pele da menina havia se tingido de cinza e seus olhos de negro, quase cor de carbono. Após vários anos, a estranha criatura que havia crescido de maneira selvagem e era capaz apenas de ações maquiavélicas, desaparecera para sempre. Assim como esta fábula popular revela analogias com o fenômeno das abduções, outras lendas apresentam semelhanças com o comportamento e interferência dos alienígenas em nossa realidade. Acredita-se que a presença dos míticos gnomos influa sobre o pensamento e conhecimento dos homens. Seria o caso de Robert L. Stevenson, que escreveu a obra doutor Jekyll e mister Hyde, que
fala desses seres que teriam a capacidade de prever o futuro.
Como não associar a eles, então, a capacidade psíquica dos alienígenas citados pelas vítimas de raptos? Características ainda consideradas próprias de algumas fadas, gnomos ou duendes são aquelas miméticas. Lendas européias que atribuem a certos seres a capacidade de transformar-se em animais, como os puca, de origem irlandesa, ou o massarot e o telchnyii, na Grécia, que podem se transformar em qualquer objeto que queiram, animado ou inanimado. Outra análise interessante desses fatos pode-se fazer tomando-se o relato da experiência de um jovem que chamaremos de Mike, que foi raptado por seres extraterrestres e teve seu depoimento relatado no livro Close Extraterrestrial Encounters [Wild Flower Press, 1994], de Richard Boylan. O relato de Mike apresenta uma analogia com a fábula escocesa Thomas e o Bandolim. Thomas desaparece inexplicavelmente durante um belo dia de verão. Na realidade, foi raptado pela princesa dos elfos e permaneceu preso em seu reino por sete anos, como seu servo.
Advertências e aconselhamento
Mas no momento de ser libertado, foi orientado a obedecer fielmente a regra do silêncio e jamais revelar o que lhe passara. Antes de partir, porém, a rainha doou a Thomas um fruto encantado como recompensa pelos serviços durante os tais sete anos. “A doação que te ofereço”, disse a rainha, “te trará fama eterna e fará com que o nome Thomas Learmont seja lembrado durante o tempo em que a Escócia existir”. A lenda ainda dá conta de que a rainha dos elfos deu mais instruções a Thomas. “Agora você deve voltar ao seu mundo, mas antes ouça bem o que eu tenho para te dizer: ‘chegará um tempo em que te chamarei de volta e você deverá obedecer ao meu chamado, aonde quer que esteja’. Mandarei alguns mensageiros, que você reconhecerá imediatamente, pois não pertencem ao teu mundo”. Por fim, Thomas, voltando seu olhar diretamente para os olhos da rainha, ao receber as instruções, disse que a obedeceria.
Segundos após, foi tomado por uma inesperada sonolência e uma névoa branca descida do céu o envolveu. Quando despertou, encontrou-se deitado à sombra de uma grande árvore e com a sensação de que a sua permanência na terra dos elfos não tinha sido nada mais do que um sonho. Daquele momento em diante, Thomas começou a fazer profecias que se revelaram exatas e tornou-se famoso em toda a Escócia. Graças aos presentes que recebeu dos nobres e ricos pelas suas advertências e aconselhamento, construiu uma torre onde pôde viver. Ainda segundo a lenda, todos os anos ocorria uma grande festa na torre e, durante uma delas, um serviçal entrou correndo e assustado por ter visto dois cervos brancos saírem juntos da floresta em direção à vila. Todos na festa acharam o fato muito estranho, pois os animais da floresta nunca tinham saído em direção à estrada e muito menos em dupla, o que era considerado uma verdadeira raridade. Porém, Thomas sabia que não eram criaturas terrenas, mas sim os dois mensageiros enviados pela rainha dos elfos para chamá-lo. Feliz, voltou-se para a floresta e deixou para trás sua vila.
Confrontando a experiência de Mike com a história acima, podemos definir elementos precisos referentes ao fenômeno das abduções. Vejamos a seguir um resumo do depoimento de Mike: “Estava em um local e levantei-me para voltar para casa, junto de meu irmão, quando vi alguns movimentos entre os arbustos. Era um jovem cervo que vinha em nossa direção, mas quando olhei ao redor, percebi que estávamos rodeados por mais de uma dúzia deles, também jovens, que nos fixavam diretamente nos olhos”. Como vemos, o relato de Mike se assemelha ao de Thomas. E continua: “Meu irmão falou ‘eles chegaram’, como que já sabendo do que se tratava. Eu também senti que sabia quem eram e que aquelas criaturas não poderiam ser cervos, mas sim extraterrestres. Ainda que eu não me considere um grande estudioso da natureza, sei que ver uma dúzia de cervos num mesmo local é algo muito insólito”.
Segundo a tradição dos gnomos, estes sempre usam um curioso e característico chapéu em forma de cone. Identicamente, ainda que não seja muito freqüente, na casuística de contatos imediatos com extraterrestres existem muitos testemunhos de encontros com seres humanóides em que estes usam uma espécie de capacete em forma de cone. Este utensílio, podemos especular, poderia ser um tipo de antena transmissora utilizada como meio de comunicação com sua nave. Tal capacete cônico talvez também contivesse um fone ou um outro instrumento para ser mantido sempre junto aos ouvidos.
Poderes sobrenaturais
Algumas lendas narram que os gnomos, quando perdem seu chapéu, perdem também seus incríveis poderes sobrenaturais. Realmente, se pensarmos na hipótese de que nossos antepassados tenham visto os mesmos alienígenas que vemos hoje, eles poderiam ter entendido que, através desses radiotransmissores, os gnomos se comunicassem entre si e que, perdendo o tal chapéu, seriam privados de tais capacidades. Há ainda dezenas de casos em que extraterrestres são vistos fora de sua nave carregando uma bola de luz ou de cristal, que teria a capacidade de proporcionar comunicação, defesa e até transporte ao seu portador. Existe ainda a lenda das sereias, que poderiam representar a mistificação de criaturas de macacão ou escafandro anfíbio, lembrando as escamas dos peixes, ou ainda em forma de robô ou andróide anfíbio, enviados para executar observações científicas nas nossas bacias hidrográficas.
Nesse ponto, podemos criar um paralelo entre as sereias e alguns humanóides, como aqueles observados em todo o mundo. Num caso específico, ocorrido em 1954, na localidade de Parravicino d’Erba, Itália, a criatura, além de estar usando um macacão de escamas, apresentava a parte inferior de seu corpo cônica e em um único bloco, igual ao de uma sereia. Segundo acreditavam os antigos marinheiros, as sereias eram interessadas no líquido seminal e no sangue humano. Essas criaturas teriam a capacidade de, com seu canto melódico e hipnótico, obrigar homens e mulheres a manterem relações sexuais com elas. Se for verdade que os alienígenas responsáveis pelos rapto
s às vezes parecem interessantes para certos raptados, aparentemente por motivo de reprodução, é ainda possível que o mito das sereias represente a lembrança ancestral de raptos alienígenas no passado.
Outro elemento típico das histórias de fadas e magos é aquele da varinha mágica ou de condão, utilizada para produzir magias, encantamentos e prodígios. O escritor Whitley Strieber, já mencionado, durante seus encontros com aliens, teria observado que tais seres portavam um bastão muito sutil, como uma baqueta da cor de estanho. Segundo Strieber, os seres usavam tal bastão como instrumento para produzir algum efeito ainda não determinado. O mesmo fato tem sido relatado por abduzidos em todo o mundo, que observam seus raptores manejar estranhas varetas. Noutras palavras, objetos semelhantes a estes se encontram também descritos às vezes como armamento alienígena.
Sete círculos concêntricos
Num exemplo clássico, em 23 de julho de 1947, o agrimensor José Higgins foi abordado por três seres muito altos que desceram de uma nave espacial que estacionou próximo de onde trabalhava junto aos seus comandados, na localidade conhecida como Colônia Goio-Bang, próxima da cidade de Pitanga (PR). Um dos seres apontou em sua direção um tubo metálico, que depois usou para desenhar sete círculos concêntricos no chão. Em 28 de novembro de 1954, dois caminhoneiros venezuelanos bateram de frente numa esfera luminosa que estava postada sobre o asfalto, da qual saíram dois anões. Um dos anões cegou os homens usando um raio luminoso vindo de um pequeno tubo metálico.
Também na França, há descrições de eventos similares em que ETs aparecem portando bastões ou tubos. Em 1954, um homem viu um pequeno ser usando um escafandro e manuseando um objeto afunilado semelhante a uma barra metálica. A testemunha foi paralisada em meio às suas atividades e recobrou os movimentos apenas após o ET partir. Em Valensole, também na França, temos a ocorrência de 1° de julho de 1965, em que uma testemunha viu um objeto pousado no solo, do qual saíram duas criaturas. Um dos seres se virou para a vítima, apontando contra ela uma espécie de lápis que a paralisou.
Na Suécia, em 1967, dois rapazes viram um objeto luminoso e um ser com aproximadamente 1,30 m de altura. A criatura tinha uma grande cabeça, andava com movimentos bruscos, quase saltitando e levando nas mãos um tubo brilhante. Na Bélgica, em janeiro de 1974, uma testemunha viajando de carro contou que, inexplicavelmente, parou o veículo e viu dois seres dirigindo-se para o seu lado. Um deles empunhava um objeto curto e semelhante a uma régua, com uma ponta em forma de pirâmide, que mantinha apontado para o carro. A testemunha ouviu um som irritante e sentiu uma suave dor na cabeça que durou até quando os dois desconhecidos se distanciaram, voltando a entrar no UFO.
Estes casos são apenas alguns exemplos de um vasto universo casuístico que apresenta analogia no que diz respeito aos numerosos seres mitológicos saídos de livros de tradições populares ou folclóricas. Em todos estes episódios, as criaturas empunham objetos estreitos, longos e semelhantes a tubos. Em vista disso, temos que nos perguntar se as varas de condão ou os bastões mágicos atribuídos a seres sobrenaturais e presentes em nossas tradições populares, não seriam os mesmos instrumentos descritos pelos abduzidos dos dias de hoje, portados por extraterrestres. Não seriam tais objetos a característica de uma fase particular de eventos que tanto nossos antepassados quanto os abduzidos atuais tenham vivido?
Feitos estes interessantes paralelos entre os mitos relacionados ao que chamamos carinhosamente de “Povo Pequeno” e as aparentes características dos alienígenas, tais analogias passam a ser muito consistentes para serem consideradas apenas fruto da casualidade – tanto em número quanto em circunstâncias. Pode-se concluir que as interferências alienígenas, conforme investigações sendo conduzidas em todo o mundo, não são um fenômeno novo nem representam episódios exclusivamente de nossos dias. Na realidade, parece que este tipo de interferência – abduções, criações de híbridos, implantes etc – tem sido conduzido pelo mesmo grupo de inteligências extraterrestres, pelo menos nos últimos séculos. Os mitos e tradições populares indicam que aquilo que os antigos chamavam de fadas e gnomos são as mesmas criaturas que nós hoje chamamos de alienígenas.
O nosso tempo e o ‘deles’
Os recentes estudos por parte de ufólogos de todo o mundo e a difusão de livros e informações inerentes às abduções têm permitido a muitíssimas pessoas reconhecer que viveram experiências parecidas com a de nossos antepassados. Esse fato faz com que, erroneamente, tenhamos a impressão de que as atividades alienígenas estejam se intensificando nos últimos tempos. Porém, em nosso parecer, é justamente a ampla e abrangente difusão e circulação de notícias sobre o assunto que agiganta a realidade dos raptos. Assim, reiteramos que o programa de abduções conduzido pelos alienígenas utilizando-se da raça humana é vasto, complexo e não se limita apenas a manipulações genéticas ou cruzamentos de raças.
Tudo indica que a ‘agenda’ de nossos visitantes ainda não está terminada. Ao mesmo tempo, dada a notável diversidade no transcorrer do ‘nosso’ tempo e tempo ‘deles’, parece que os alienígenas têm efetuado esses experimentos há séculos – mas isso é estimado apenas com base na nossa medida do tempo. Se pensarmos que no mundo de nossos visitantes o tempo pode passar de maneira bem diferente, mais veloz ou mais lento, aquilo que para nós é um século pode, para eles, talvez, ser apenas um dia.
Não podemos esquecer ainda que a lógica de nossos visitantes pode ser muito diferente da nossa. Os seres humanos que os viram, ao longo dos séculos, os descrevem invadindo suas casas, interferindo em suas vidas e depois desaparecendo através de paredes – um comportamento que nos parece ilógico. A observação mais relevante na interpretação que fazemos desses fatos é, talvez, a de que nos tempos antigos não se buscavam explicações óbvias ou científicas a qualquer custo, mas aceitavam-se os eventos paranormais apenas p
elo que eram. Por isso nos vem à mente a figura de nossa querida e terna avó, que sempre nos contava bonitas histórias de duendes que, em determinadas noites, sentavam-se aos pés de nossas camas para fazer-nos companhia.