Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet. Os visitantes poderão ver imagens de mais de metade do manuscrito Codex Sinaiticus, escrito em grego e em folhas de pergaminho no século IV. O projeto envolveu especialistas da Grã-Bretanha, Alemanha, Egito, Rússia e, segundo eles, apresenta muitas possibilidades de pesquisa no futuro. “O Codex Sinaiticus é um dos maiores tesouros escritos do mundo“, afirmou Scot McKendrick, diretor de manuscritos ocidentais da Biblioteca Britânica, em Londres.
“Este manuscrito de 1,6 mil anos é uma janela para se entender o desenvolvimento do início do cristianismo, e se trata de uma evidência em primeira mão de como o texto da Bíblia foi transmitido de geração a geração“, disse McKendrick. “A disponibilidade do manuscrito virtual para estudiosos de todo o mundo cria oportunidades para trabalhos conjuntos de pesquisa que não seriam possíveis até o momento“. Segundo o especialista, a versão original continha cerca de 1.460 páginas, cada uma medindo 40 cm por 35 cm.
Por 1,5 mil anos, o manuscrito ficou preservado em um mosteiro na Península do Sinai, no Egito. Em 1844, foi encontrado e dividido entre Egito, Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha. Acredita-se que o documento resistiu ao tempo porque o ar do deserto é ideal para a conservação do pergaminho e devido ao mosteiro permanecer intocado por todos esses anos. Para marcar o lançamento do site, a Biblioteca Britânica está realizando uma exposição em sua sede, em Londres, que incluiu vários artefatos históricos ligados ao manuscrito. Para acessar o link, em inglês, clique aqui.