Embora a maioria dos norte-americanos – e o resto do mundo – esteja completamente alienada em relação a este fato, há uma íntima relação entre UFOs e nossos arsenais atômicos, confirmada através de dezenas de casos muito bem documentados de naves alienígenas observadas sobrevoando usinas nucleares para produção de energia, áreas de armazenamento de armas e ogivas atômicas e, principalmente, silos onde estão guardados e prontos para serem lançados mísseis balísticos intercontinentais [Intercontinental ballistic missiles ou ICBMs]. As populações dos Estados Unidos e da Rússia, sobretudo, deveriam saber destes fatos, já que estes são os países onde tais situações são mais constantes.
Os arquivos da Força Aérea Norte-Americana (USAF), do FBI e da CIA, tornados públicos por meio da Lei de Liberdade de Informações [Freedom of Information Act, FOIA], demonstram haver um padrão contínuo, desde dezembro de 1948, nas atividades de UFOs em áreas consideradas de máxima segurança do território norte-americano, por conterem material nuclear. Esta é uma situação que venho investigando há mais de 30 anos, através de entrevistas a ex-funcionários da USAF a respeito de seu envolvimento – direto ou indireto – em casos de avistamentos de UFOs sobre instalações nucleares dos EUA. O resultado foi publicado recentemente em meu livro UFOs and Nukes [UFOs e Armas Nucleares, Author House, 2008], que acaba de ser lançado no Brasil com o título Terra Vigiada [Código LIV-025 da coleção Biblioteca UFO. Veja Shopping UFO desta edição].
Os militares que entrevistei, que vão desde coronéis aposentados até ex-soldados, relatam fatos extraordinários envolvendo veículos extraterrestres sobre as áreas descritas, com óbvias implicações bélicas em nível planetário, uma vez que falhas na detecção dos “intrusos” e na determinação de sua natureza expõem todo o mundo a uma guerra nuclear em escala global. Quando tais incidentes ocorreram, minhas fontes da USAF ocupavam cargos que iam desde oficiais de lançamento de mísseis nucleares a responsáveis pela sua manutenção e segurança. Os fatos descritos ocorreram, principalmente, entre 1963 e 1996, nas bases aéreas de Malmstrom, Minot, F. E. Warren, Ellsworth, Vandenberg e Walker. Outras fontes estavam localizadas nas bases aéreas de Wurtsmith e Loring, onde bombardeiros B-52 eram mantidos durante a Guerra Fria.
Já entrevistei mais de 50 militares envolvidos em dezenas de incidentes com UFOs sobre bases e locais de operação do Comando Estratégico Aéreo [Strategic Air Command, SAC], que controla atividades de defesa em todo o território norte-americano, acionando aeronaves da USAF e os ICBMs em possíveis cenários de guerra. Selecionei e resumi as declarações de alguns deles para apresentar neste trabalho, reservando suas versões integrais e as demais entrevistas para meu livro.
Interesse alienígena constante
Os testemunhos que apresento a seguir têm as experiências pessoais dos depoentes como base. No entanto, foram dados freqüentemente com relutância por pessoas dos setores de operação ou de segurança de armamentos nucleares, gente de confiança do governo dos Estados Unidos, com medo de sofrerem represálias. Assim, cada fonte foi submetida a rigorosas e detalhadas checagens e testes personalizados, especialmente elaborados para apurar, com razoável certeza, sua estabilidade e confiabilidade psicológica. No presente momento, as tensões internacionais decorrentes da época da Guerra Fria estão diminuindo – e, conseqüentemente, Estados Unidos e Rússia estão reduzindo seus arsenais nucleares. No entanto, ainda existe um grande número destas armas e elas podem ser usadas a qualquer momento por tais superpotências e outras, que surgem a cada dia no cenário, como Índia, Irã e Coréia do Norte. São quase todas ogivas atômicas com grande potencial de destruição, muito superiores às usadas em Hiroshima e Nagazaki, em 1945, que põem em risco o futuro da humanidade. Certamente, uma espécie cósmica avançada que nos observe tão detidamente, como já temos conhecimento, teria especial interesse em nossa capacidade bélica de autodestruição, seja para observação ou para impedir que isso ocorra.
Os eventos descritos a seguir não deixam dúvidas de que nosso programa de armamentos nucleares é uma grande fonte de interesse para nossos visitantes alienígenas. Tanto que, de modo significativo, as atividades de discos voadores sobre usinas atômicas, áreas de armazenamento de ogivas e silos de ICBMs transcendem em muito a típica casuística ufológica conhecida e denotam interferências diretas e objetivas em nossos sistemas estratégicos de guerra. Considerando estes e outros casos similares, poderíamos argumentar que a intensificação do Fenômeno UFO na Terra desde o fim da Segunda Guerra Mundial é conseqüência direta do advento da era nuclear. Como se sabe, o aumento nos avistamentos ufológicos se deu logo em 1942, após as primeiras explosões atômicas experimentais no sul dos Estados Unidos.
Os incidentes a que me refiro são significativos, registrados por pessoal militar qualificado e não deixam dúvidas quanto ao interesse dos tripulantes dos UFOs por nossa capacidade bélica. Vejamos, por exemplo, a experiência do primeiro-tenente Robert C. Jamison, ex-oficial de controle de mísseis da USAF, pertencente ao 341º Esquadrão de Manutenção de Mísseis da Base Aérea de Malmstrom, em Montana. Jamison declarou que participou da tarefa de reinicialização dos sistemas operacionais de uma frota inteira de 10 mísseis intercontinentais Minuteman, que simplesmente pararam de funcionar simultânea e inexplicavelmente após um UFO sobrevoar os silos onde estavam mantidos, na noite de 24 para 25 de março de 1967.
O primeiro-tenente nos disse que, enquanto sua equipe se preparava para reinicializar os sistemas de funcionamento dos mísseis, recebeu ordem de não se afastar da base até que todos os relatos de UFOs sobre os silos vizinhos cessassem. Ele declarou também que sua equipe recebeu instrução específica para relatar a presença de qualquer objeto “intruso” sobre o campo de mísseis. No caso do aparecimento de naves alienígenas sobre os silos nucleares durante o procedimento de reinicialização, a equipe teria que se abrigar dentro deles e permanecer no subsolo até que os objetos deixassem a área.
De acordo com Jamison, a guarda de policiamento aéreo que acompanhava seu pessoal ficaria do
lado de fora e retransmitiria informações acerca dos intrusos para o posto de comando da base. Ele ainda disse que sua equipe pôde apenas reinicializar três ou quatro Minuteman, não podendo fazer o mesmo com os demais, naquela ocasião. Enquanto Jamison estava no hangar de manutenção dos mísseis, esperando para ser enviado a campo, ouviu por acaso uma comunicação via rádio entre duas pessoas de um posto de comando temporário da base de Malmstrom, relatando que outro UFO havia sido avistado em um cânion próximo à cidade de Belt. Ele se recorda que um alto comandante do 341º Comando Tático Aéreo estava in loco, juntamente com outro oficial, investigando o caso. Baseado nessas reminiscências, o primeiro-tenente descreveu um dos avistamentos ufológicos mais bem documentados sobre áreas militares norte-americanas, de março de 1967, que se tornaria um clássico.
Panes em larga escala
Imediatamente após a paralisação no funcionamento dos mísseis, Jamison e sua equipe receberam uma instrução especial acerca dos UFOs que rondavam Malmstrom, idêntica à descrita anteriormente. Aproximadamente duas semanas após os primeiros mísseis falharem, seu pessoal atendeu outros ICBMs que também apresentaram problemas, igualmente por ação de UFOs avistados sobre as instalações da base, desta vez sobre a área de controle de lançamento. É importante que se diga que os silos dos Minuteman em Montana, como os de outros estados, estão espalhados às dezenas por uma vasta região e são controlados a partir de uma central, de onde podem ser disparados isolados ou em conjunto.
Não há dúvidas: outras formas de vida mantêm vigilância cerrada sobre nossas ações
Naves foram vistas sobrevoando ora um grupo de silos em dada área, ora outros grupos em pontos diferentes. Jamison se recorda de que este novo incidente ocorreu sobre ICBMs instalados em uma região ao sul ou sudeste de Great Falls, em plena luz do dia. Posteriormente, ele conversou com diversas pessoas – a maioria guardas de segurança dos silos – que testemunharam avistamentos de discos voadores a curta distância, encontrando-as muito abaladas por causa de tais experiências. Cinco oficiais de lançamento de Minuteman da Base Aérea de Malmstrom, hoje na Reserva da USAF, declararam já terem conhecimento da presença de UFOs em casos de panes anteriores, ocorridos em larga escala sobre Montana. Uma dessas pessoas, o então segundo homem em comando da equipe de combate da base, Robert Salas, tem investigado extensivamente esses eventos juntamente com o pesquisador Jim Klotz. Eles publicaram um estudo dos incidentes de março de 1967 para o Center for UFO Studies (CUFOS), que pode ser obtido no endereço www.cufon.org/cufon/malmstrom/malm1.htm. O texto também discute a negação formal da USAF de envolvimento de UFOs com panes de mísseis em Malmstrom, a despeito dos testemunhos dos oficiais de lançamento.
Movimentos em ziguezague
David Gamble, historiador daquela unidade militar, contou a Klotz que enquanto estava compilando material para a versão oficial da história, tomou conhecimento da existência de relatórios sobre UFOs nos campos de mísseis de Malmstrom. Quando perguntou aos seus superiores sobre tais fatos, nada foi lhe dito e todos os fatos foram negados. Gamble acrescentou ainda que oficiais superiores fizeram mudanças em seu texto descrevendo os incidentes, fazendo com que a versão final da história atestasse que “rumores de UFOs nos arredores da área da Base Aérea de Malmstrom durante as panes nos mísseis são infundados”. Esta era e ainda é a posição da Força Aérea Norte-Americana (USAF) quando o assunto é trazido à tona ou novos fatos acontecem, apesar de haver quantidade significativa de depoimentos e documentos que garantem que UFOs efetivamente causaram falhas de funcionamento em mísseis balísticos intercontinentais.
Outro caso importante foi revelado pelo sub-sargento Louis D. Kenneweg, que foi operador dos Minuteman no mesmo 341º Esquadrão de Manutenção de Mísseis da Base de Malmstrom. Ele afirmou que na época dos incidentes das panes, em 1967, tinha entre suas tarefas a emissão de ordens técnicas para outros membros de seu esquadrão, sobre detalhes de manutenção dos mísseis. “Cada equipe tinha um kit de instruções no caminhão com livros e manuais com informações técnicas sobre os ICBMs. Havia também uma supervisão terrivelmente rígida quanto a tudo que se referia às ogivas”. E apesar deste controle, os mísseis falhavam toda vez que UFOs surgiam sobre os silos. Kenneweg se recorda de um caso ocorrido em certa noite, por volta das 23h45, quando seguia para o trabalho e percebeu alguma coisa incomum no céu.
“Conforme eu seguia pelas estradas paralelas à base, vi algo que pensei serem as luzes de um avião particular piscando. Conforme cheguei mais perto, notei que o objeto fazia movimentos em ziguezague, bem mais rápido do que um avião”. O artefato então surgiu sobre a base, mas, antes disso, Kenneweg parou o carro, abriu a porta e saiu para ver aquilo. O brilho do UFO se tornou incandescente e ele tinha o tamanho da Lua. Quando chegou ao hangar onde trabalhava, o sub-sargento já viu uma intensa movimentação de homens e veículos, já antevendo que tinha início ali uma nova operação de manutenção de mísseis que, como antes, falhariam ao serem sobrevoados por discos voadores. Simplesmente, um monte de Minuteman estava sob alerta ao mesmo tempo. No meio daquela agitação, Kenneweg percebeu que não havia dano nos silos e nem nos mísseis, mas toda a parte elétrica dos sistemas estava prejudicada, assim como as baterias instaladas estavam descarregadas.
Posteriormente, o sub-sargento soube que UFOs haviam sido detectados pelo radar sobre os silos dos Minuteman. Os sistemas de lançamento dos mísseis tinham alimentação de energia triplo, sendo a principal fonte uma usina hidrelétrica de Montana, através de postes com transformadores e cabos. A segunda fonte de alimentação era constituída por geradores a diesel, e a terceira era composta por baterias de reserva que ficavam no próprio silo. Caso um sistema falhasse, o outro entraria em ação, e assim por diante, impedindo que os mísseis ficassem inutilizados em caso de guerra. “Apesar de todo este aparato, as três fontes de energia tinham sido comprometidas, e as baterias estavam arriadas quando chegamos aos silos para sua manutenção”. Kenneweg acredita que o incidente não foi isolado, pois em noites seguintes também foram registrados UFOs sobre
os silos e novas equipes foram enviadas, contatando os mesmos efeitos sobre os sistemas.
“Geralmente, os rapazes retornavam abalados com o que viam”, declarou o sub-sargento. Outro soldado que nos deu declaração sobre os fatos de Malmstrom, de janeiro de 1966 até agosto de 1967, é David Hughes, que serviu no controle de lançamento de mísseis em Foxtrot. Hughes era da polícia aérea e operava na Frota B do 341º Esquadrão de Combate e Defesa. Por várias noites ele observou uma luz no céu entre Choteau e Augusta, também no estado de Montana. O objeto podia se mover a incríveis velocidades, fazendo movimentos em ângulos retos por horas. “Sempre que solicitávamos informações ao comando, nos sentíamos insultados quando diziam que o que estávamos vendo era um satélite Telstar”, disse. Em uma ocasião, soube através de colegas que trabalhavam na torre de controle da base que uma aeronave havia sido enviada para procurar e identificar um estranho eco no radar, que havia aparecido nas telas deles e nas do aeroporto local. “Isso foi negado posteriormente, mas um jornal local publicou uma reportagem a respeito no dia seguinte, e também nesta ocasião os ICBMs apresentaram defeito”.
Afetando os mísseis balísticos
Hughes e seus companheiros viam objetos voadores não identificados praticamente todas as noites, enquanto patrulhavam de Augusta até Choteau. “Nós nunca acreditamos naquela história de satélite. De qualquer forma, quando descobrimos que as notícias tinham vazado e sido desmentidas no dia seguinte, soubemos que algo muito sério estava acontecendo”. E de fato, como em casos anteriores – que se repetiriam a seguir –, UFOs surgiam com insistência sobre os silos de mísseis balísticos intercontinentais e afetavam seu funcionamento, seja neutralizando os códigos numéricos de lançamento, seja arriando os sistema de fornecimento de energia ou desestabilizando seu funcionamento de alguma forma.
O também sub-sargento Joseph M. Chassey, ex-técnico de manutenção do 341º Esquadrão de Manutenção da mesma base aérea de Malmstrom, também deu declarações interessantes sobre UFOs em áreas nucleares. Ele disse que numa noite do outono de 1975 ouviu por acaso uma transmissão de rádio entre pessoas alertando a polícia sobre um artefato desconhecido pairando sobre o depósito de armas da base. Chassey também informou que o incidente foi amplamente discutido pelos colegas militares no dia seguinte. Entre os fatos que descobriu está o de que dois helicópteros foram escalados para caçar o “intruso”, que estava sob Belt, a cerca de 16 km de distância. Conforme os helicópteros se aproximavam, o UFO rapidamente deu meia-volta e retornou para Malmstrom, deixando-os para trás. No processo, o objeto pairou sobre os silos atômicos por um curto período e finalmente partiu.
As potências sabem que ETs vigiam o uso que fazemos de energia nuclear
Chassey declarou que o artefato foi descrito com sendo extremamente brilhante e tendo capacidade aeronáutica superior. Ele enfatizou que o UFO “driblou os helicópteros como numa brincadeira de gato e rato. Nós ouvimos pelo rádio que ele veio de Belt para a base quase instantaneamente”. O sub-sargento saiu da USAF no final de outubro de 1975 e apenas mais tarde descobriu que documentos tornados públicos por meio da FOIA confirmavam, além deste, outros avistamentos de UFOs nas áreas de armazenamento de armas nas bases de Wurtsmith, no Michigan, e Loring, no Maine, na mesma época. Naquela ocasião, cada uma daquelas bases servia de hangar para os esquadrões de bombardeiros B-52. Em Wurtsmith, relatórios de avistamentos se referiam aos objetos como sendo “helicópteros não identificados”. Todavia, o operador de radar de uma aeronave KC-135, que estava nas redondezas, rastreou-os viajando a uma velocidade aproximada de 1.600 km/h – muito mais rápido do que qualquer helicóptero conhecido.
Na Base Aérea de Loring, alguns relatórios também mencionavam “objetos não identificados” próximo aos arsenais nucleares. Testemunhas no solo descreveram que os artefatos tinham brilho alaranjado, formato de bola de futebol norte-americano e pairavam silenciosamente sobre os depósitos de armamentos. Uma versão mais detalhada deste caso foi publicada no livro Clear Intent: The Government Coverup of the UFO Experience [Intenção Clara: O Acobertamento Governamental da Experiência Ufológica, Prentice Hall, 1984], de Lawrence Fawcett e Barry J. Greenwood.
O tenente-coronel Robert Peisher, ex-comandante do 5º Destacamento do 37º Esquadrão de Helicópteros de Resgate Aéreo, também da unidade da USAF de Malmstrom, confirmou a veracidade do relato de Joseph Chassey. Contudo, Peisher disse que só ouviu falar da tentativa de interceptação do UFO muito tempo depois de ter sido transferido para outro esquadrão. Ele também relatou que os avistamentos às vezes ocorriam em meio a uma série de casos de mutilações de gado, muitos das quais perto dos locais dos mísseis Minuteman, durante o verão e outono de 1975. Ele disse que o xerife de Cascade Country, Keith Wolverton, registrou mais de 80 de tais mutilações naquela vasta área. É notório que estes casos estejam conectados.
UFO se movendo erraticamente
Em minha pesquisa sobre a relação entre UFOs e nossos arsenais atômicos, detalhadamente descrita em meu livro Terra Vigiada [Código LIV-025 da coleção Biblioteca UFO. Veja Shopping UFO desta edição], tomei conhecimento da experiência do sub-sargento Joseph M. Brown, ex-policial de segurança do 343º Esquadrão se Segurança, também da base de Malmstrom. Brown declarou que em uma noite da primavera de 1994, em março ou abril, ele e seu parceiro de equipe estavam posicionados no silo nuclear A-3 da região conhecida como Alpha Flight, quando algo ocorreu. Devido a um mau funcionamento do sistema de alarme do local, os dois homens ficaram acampados próximos à área de lançamento, um montando guarda enquanto o outro dormia. Brown contou que o sistema principal de segurança do silo havia sido desligado, e que, por volta das 04h30, percebeu uma brilhante luz branca se movendo erraticamente pelo céu.
Aquela luz mudava de direção repentinamente, ora movendo-se muito rápido e ora parando ou disparando em outra direção. Ele observou aquilo por cerca de 15 a 20 minutos. Em seguida, o objeto pareceu se dirigir para perto do silo nuclear. “Comecei a ficar assustado”, admitiu Brown. “Acordei meu parceiro e ambos ficamos observando aquela coisa fazendo suas acrobacias”. Brown decid
iu informar por rádio outra equipe de segurança posicionada no silo A-10, localizada a uns 18 km de distância. Eles responderam que também estavam observando a tal luz. O centro de controle de Alpha Flight aparentemente ouviu essa conversa, porque técnicos inquiriram as duas equipes de segurança sobre o fato, e cada uma delas confirmou que estava observando o estranho fenômeno. A equipe de Brown continuou a acompanhar o UFO das 06h30 às 07h00, quando ele repentinamente seguiu em frente e pairou. “Com binóculos, pudemos ver um contorno meio confuso de uma espécie de triângulo voador”.
De volta a Malmstrom, Brown e seu parceiro relataram os fatos à equipe de segurança posicionada no silo A-10, e todos expressaram preocupação acerca das possíveis repercussões da ação do UFO sobre os silos atômicos. Foi sugerido que não fizessem nenhum comentário sobre o avistamento. Brown se recordou ainda que, dois dias após sua experiência em Alpha Flight, soube que havia ocorrido alguma atividade incomum em local próximo e na mesma noite. Disse que um sargento em Malmstrom lhe garantiu que grande parte do pessoal de manutençãofoi enviada a campo naquela noite, para examinar se os mísseis haviam sido atingidos de alguma forma, ou repará-los caso isso tivesse ocorrido. Enfim, os acontecimentos eram tão constantes que se tornou procedimento padrão checar detalhadamente cada míssil assim que um UFO fosse visto ou detectado sobre a localidade.
Nave vista a baixa altitude
Um técnico de manutenção dos silos de Malmstrom, que pediu para não ser identificado, relatou o avistamento de um UFO ao sargento Jeff Goodrich, ex-chefe da equipe de manuseio de mísseis do 341º Esquadrão. Nas primeiras horas do dia 20 de janeiro de 1995, dois policiais da segurança da base se dirigiam ao centro de controle quando notaram uma estranha luz ao sul. Conforme passavam pelo silo I-4, um dos homens chamou por rádio uma equipe de manutenção que estava trabalhando lá e perguntou ao líder se eles também viam o fenômeno. A resposta foi afirmativa. O técnico disse que avistava um objeto grande cercado de numerosas luzes menores em sua superfície, nas cores vermelha, laranja, amarela, verde e azul. O UFO movia-se bem devagar e a baixa altitude pelo campo de mísseis. Também nesta ocasião alguns Minuteman tiveram mau funcionamento, tendo que ser reparados.
Goodrich declarou ainda que, em 02 de fevereiro daquele ano, ele e outro oficial observaram uma formação de cinco objetos de formato triangular voando sobre Great Falls, a oeste de Malmstrom, ainda no estado de Montana. Na hora do avistamento, ambos estavam trabalhando no prédio de armazenamento e transferência de mísseis, um local remoto a alguns quilômetros da base principal. Os objetos estavam cerca de 75º acima do horizonte, não emitiam som algum e não deixavam rastros. Devido à distância e ao brilho ofuscante, nenhum detalhe da superfície do artefato era visível. Goodrich notou que os aparelhos voavam do norte para o sul em formação. Em duas ocasiões, todos os cinco pareceram se mover lentamente por 10 a 15 segundos. Após a segunda parada, aceleraram repentinamente, fizeram uma mudança de rumo radical para o sudoeste e desapareceram no horizonte.
Casos como este abundam nos registros – oficiais ou não – de avistamentos ufológicos das décadas de 60 e 70. Tanto que, numa determinada noite, vários funcionários da Base Aérea de F. E. Warren, no Wyoming – incluindo seu comandante –, telefonaram para o comando da Força Aérea Norte-Americana (USAF) em Wright-Patterson, no Ohio, para relatar diversas observações de UFOs sobre seus silos de mísseis nucleares. O oficial que registrou as chamadas telefônicas naquela noite era o tenente J. Anspaugh, e um memorando resumindo-as foi publicado em 1972 pelo astrofísico J. A. Hynek, em seu livro OVNI: Relatório Hynek [Editora Portugália, 1984]. O relatório de Anspaugh contém interessantes descrições de graves casos ufológicos sobre áreas estratégicas para a segurança nacional dos Estados Unidos, todos ocorridos numa única noite.
Às 01h30, o capitão Snelling, de um posto de comando próximo a Cheyenne, ligou avisando que de 15 a 20 telefonemas haviam sido recebidos pela estação de rádio local para informar que um enorme objeto circular emitindo luzes de várias cores foi avistado sobre a cidade, sem emitir qualquer som. Dois oficiais e um aviador da base relataram que, após ter sido avistado diretamente sobre a central de operações, o artefato se moveu rapidamente na direção noroeste. Às 02h20, o coronel Johnson, comandante da Base Aérea F. E. Warren, chamou o comandante da USAF em Wright-Patterson para dizer que um alto oficial Exército em Sioux viu cinco UFOs em formação. Às 02h50, nove outras naves alienígenas foram avistadas, e às 03h35 outro militar relatou cinco UFOs indo para o leste. Às 04h05, Johnson fez outros telefonemas para Dayton para avisar que mais nove UFOs haviam sido registrados. Os casos pareciam não ter fim.
Fitas de gravação apagadas
Novamente, às 04h40, o capitão Howell, de um posto de comando da USAF, chamou a Agência de Defesa da Inteligência para relatar que a Equipe de Comando Tático Aéreo reportou um UFO oval e branco diretamente sobre eles, às 03h00. Posteriormente, outro UFO com as mesmas características e piscando uma luz vermelha no centro foi visto 166 km a leste de Cheyenne, movendo-se a alta velocidade e em trajetória descendente. O UFO deve ter aterrissado 18,5 km a leste da área. Múltiplos objetos voadores não identificados foram novamente observados. Sete deles às 03h20 e seis às 03h25, estes alinhados verticalmente. E assim vai. Todos os casos tiveram em comum dois fatos notórios. Primeiro, todas as testemunhas envolvidas eram militares na ativa e operando em bases aéreas. E segundo, os artefatos estavam exatamente sobre áreas de silos nucleares nos estados de Montana e Wyoming.
O primeiro-tenente Walter F. Billings, ex-oficial de lançamento da 90ª Ala de Mísseis Estratégicos da Base F. E. Warren, também narrou em carta detalhes de fatos espantosos que viveu. Billings chegou à base no final de janeiro de 1972, vindo de outra unidade da USAF, a de Vandenberg, na Califórnia, onde tinha sido treinado para operar mísseis Minuteman I e III, instalados durante o ano de 1973. O primeiro evento ocorreu no outono deste ano, quando mais da metade dos centros de controle de lançamentos já tinha sido convertida para o novo sistema de mísseis. Já era bem tarde quando uma conversa de r&aacu
te;dio dava conta de que fatos inusitados estavam acontecendo sobre quase todas as áreas de lançamento. Vários operadores e equipes de manutenção falavam ao mesmo tempo, quando Billings ouviu que um caminhão com técnicos estava indo em direção a um silo quando todos viram um UFO brilhante pairando sobre o local.
O comandante de operações determinou que a equipe parasse o veículo e observasse. Aproximadamente um minuto depois, o UFO se moveu lentamente sobre os silos, acelerou a alta velocidade e sumiu. O caso assumiu proporções drásticas porque os Minuteman III eram muito mais potentes do que os Minuteman I, e temia-se que as inteligências que observavam as manobras também pudessem inviabilizar seu funcionamento, como ocorreu à primeira classe de mísseis. Assim, todas as equipes de serviço naquela noite foram notificadas de que não poderiam tratar do assunto com ninguém e penalidades severas foram impostas aos que infringissem as regras. Entre os fatos mais gritantes está o caso de um míssil que foi sobrevoado longamente por um dos UFOs: quando examinado cuidadosamente, descobriu-se que a fita magnética onde estavam gravadas as coordenadas dos alvos que suas ogivas tinham para atacar, no caso de lançamento em situação de guerra, tinha sido completamente apagada.
Por que as inteligências extraterrestres que observam nossos arsenais atômicos a bordo de UFOs apagariam os registros operacionais das ogivas? Certamente para que jamais atingissem seus alvos, se acionadas. Isso é mais do que alarmante, é algo de grande gravidade, porque, se pretendessem o contrário, como causar uma guerra global, tais intrusos saberiam como fazê-lo. No entanto, por sorte, eles agem justamente ao contrário: quando não inviabilizam o funcionamento dos mísseis, como já descrevemos, apagam os registros de que alvos deveriam atacar. Parece ser uma técnica para nos mostrar que podem intervir numa situação de conflito global, evitando a autodestruição da humanidade por mentes insanas nos gabinetes de Washington ou Moscou.
Interceptação por caças
Outro incidente de igual gravidade também ocorreu em 1973 e envolveu uma equipe inteira de manutenção de mísseis, seis soldados e um oficial. Um Minuteman III estava sofrendo um problema durante uma daquelas noites do final de outono, após um UFO ser observado sobre o silo que o continha. O aparelho voador não identificado parecia espreitar o trabalho da equipe de manutenção, tentando colocar o míssil em atividade após o mesmo ter sido desarmado, e foi visto por cinco minutos manobrando perto do silo. Um terceiro incidente ocorreu no começo da primavera de 1974, quando Billings chegou ao centro de controle de lançamento junto com seu capitão, para ambos iniciarem um turno de alerta. Eles foram informados de que na noite anterior um UFO havia aterrissado próximo ao local, novamente colocando as equipes de policiamento dos silos e de manutenção em alerta. E novamente alterando os dados das ogivas nucleares.
O soldado Thomas Kaminski, então especialista em lançamentos de mísseis do 579º Esquadrão Tático da Base Aérea de Walker, no Novo México, também tem uma experiência aterradora para contar. Ele declarou que esteve em um local de lançamento de mísseis Atlas, ligeiramente diferentes dos Minuteman, em um entardecer de 1964, quando seu comandante pediu-lhe para observar umas luzes inexplicáveis que haviam sido relatadas no local. Kaminski disse que observou dois UFOs a grande distância parecidos com estrelas e movendo-se da mesma forma. A base estava rastreando os objetos pelo radar e já havia acionado dois caças para interceptá-los. Mas os jatos tentaram se aproximar das luzes não identificadas, quando elas aceleraram vertiginosamente e driblavam os interceptadores. Os artefatos então desapareceram em uma nuvem e não foram mais vistos. Na manhã seguinte, ao retornar à base, a equipe de Kaminski foi rotineiramente interrogada por
seus superiores.
Casos como este se avolumam em todos os cantos dos Estados Unidos. O primeiro-tenente Eugene Lamb, também oficial de lançamento do 579º Esquadrão Tático da base de Walker, declarou que nunca testemunhou um incidente com UFOs sobre silos atômicos, mas que seu comandante um dia lhe descrevera um caso assim. O oficial admitiu a Lamb que fora instruído a sair da cápsula de lançamento e ir para o topo observar estranhas luzes que estavam sendo freneticamente relatadas pelos guardas locais. O comandante contou-lhe ainda que as luzes voavam erraticamente, mais rápidas do que jatos, e que em geral causavam problemas nos mísseis que sobrevoavam.
Ainda relacionando UFOs a mísseis balísticos intercontinentais da série Atlas temos o caso do soldado Barry L. Krause, especialista neste tipo de armamento e também lotado no 579º Esquadrão Estratégico da base de Walker, que faleceu em 1973. Em 20 de dezembro de 1964, ele relatou uma série de incidentes com UFOs sobre os locais em que estavam instalados mísseis Atlas. Krause declarou que os casos foram tratados como “altamente secretos” pelo comando da base, e que em determinado ponto os incidentes se tornaram tão numerosos e assustadores que alguns dos guardas chegavam a hesitar irem a campo, com medo de que os tripulantes dos UFOs não se limitassem apenas a desarmar ou paralisar o funcionamento dos mísseis, mas que decidissem atacá-los também.
Sistemas fora de alerta
E assim os casos foram aos poucos surgindo nos mais diversos pontos do território norte-americano, como na Base Aérea de Ellsworth, em Dakota do Sul, onde funciona o 44º Esquadrão de Manutenção de Mísseis. Em uma noite do verão de 1966, o sargento Albert Spodnik, ex-técnico eletromecânico da instalação, e um companheiro de sua equipe foram despachados para o silo nuclear Juliet-3, para corrigirem um defeito elétrico. Por alguma razão, tanto o suprimento de energia convencional quanto o de emergência haviam falhado simultaneamente, tornando o míssil, do tipo Minuteman I, temporariamente inoperante – no jargão da USAF, o míssil estava “fora de estado de alerta”. Após restaurarem a energia, Spodnik e seu assistente iniciaram um procedimento de reinicialização das ogivas, que retornaria o status do míssil ao seu normal. Quando deixaram o subsolo do silo para fazer uma pausa, a escolta de segurança os alertou para um repentino e excitado intercâmbio via rádio vindo da localidade de Crew Cab. Foi quando a dupla tomou conhecimento de que outra equipe tinha sido ordenada a investigar um disparo de segurança nos arredores do silo Juliet-5, cujo míssil tinha saído abruptamente de seu estado de alerta, após um objeto voador não identificad
o ser avistado. Da mesma forma que o Juliet-3, o local havia perdido o suprimento de energia e o gerador a diesel falhou.
Quando a equipe chegou ao local, o UFO estava pousado dentro da cerca de segurança que circunda o silo. Enquanto Spodnik e seus companheiros viam aquilo, ouviram o controle de lançamento ordenar que se aproximassem do objeto. Obviamente contrariado, o líder da equipe respondeu que não poderia fazê-lo, que não iria além de onde se encontrava. Relatou então que o misterioso objeto era redondo, aparentemente metálico, e que estava pousado sobre um trem de aterrissagem em forma de tripé. Havia um intenso reluzir que parecia envolver todo o local, muito mais brilhante do que as luzes de segurança.
Enquanto isso, uma ordem veio para que se abrisse fogo contra o objeto. Em resposta, alguém do centro de controle de lançamento de mísseis gritou: “Negativo! Não atirem até sabermos o que está acontecendo!” Após alguns momentos, o líder da equipe foi informado de que um helicóptero seria enviado ao local, que chegou alguns minutos depois. Mas enquanto se aproximava do local, o UFO emitiu uma luz branca diretamente sobre o silo Juliet-5 e subiu verticalmente em enorme velocidade.
Estranho tipo de neblina
Este caso nos remete a outro incidente, ocorrido na mesma na Base Aérea de Ellsworth, com uma pessoa da manutenção que não será identificada neste trabalho. Este militar relatou ao sargento Jeff Goodrich que, pouco antes da meia-noite de 27 de outubro de 1992, um grupo composto por dois soldados, um controlador de veículos e um técnico eletromecânico da equipe de mísseis Minuteman da base teve um avistamento ufológico. Eles estavam se aproximando do hangar de operações quando viram luzes brilhantes se movendo rápida e organizadamente. Embora nenhum objeto sólido fosse visível, o fato de as luzes não variarem suas posições relativas entre si levou as testemunhas a concluírem que estavam distribuídas pela superfície de um artefato muito grande, embora não perceptível.
Os soldados observaram que a formação se moveu em direção ao hangar de manutenção dos mísseis, pairando sobre ele. Instantes depois, aquilo se moveu para longe, desaparecendo atrás de um aglomerado de nuvens. Os observadores estimaram que o artefato estivesse a cerca 400 m. “Era como um tipo de neblina. Quando o vimos pela primeira vez, pensamos se tratar de um avião, mas ele se movia muito suave e rapidamente sem barulho. Não pudemos acreditar, era uma visão esplêndida. O UFO parecia pairar a cerca de 90 a 150 m do solo e então desapareceu no ar”. Cada um dos militares fez seus desenhos do UFO, bem como o de sua posição no céu relativa ao hangar.
Como se vê nestes relatos, que são apenas alguns entre dezenas existentes em muitos documentos da USAF, do FBI e da CIA, tornados públicos por meio da Lei de Liberdade de Informações, há de fato uma relação muito sólida entre discos voadores e nossos arsenais atômicos, que pode gerar medo ou alívio. Medo se a intenção de nossos visitantes for a de demonstrar superioridade bélica, e alívio se seus propósitos forem mostrar que podem neutralizar nossos arsenais, talvez para nosso próprio bem. Além destes casos, há dezenas de outros muito bem documentados, em que naves foram vistas sobre unidades de armazenamento de armas atômicas e, principalmente, sobre silos onde estão guardados e prontos para serem lançados mísseis intercontinentais. Tendo investigando estes fatos há mais de três décadas, estou convencido de que os governos das superpotências nucleares, em especial dos Estados Unidos e da Rússia, sabem muito bem desta situação. E creio ser urgente que os arquivos que detêm em segredo sejam abertos, para que a população mundial também saiba de tais fatos.