Com os olhos postos nos valiosos recursos naturais presentes noutros mundos além da Terra, a humanidade está prestes a iniciar a exploração mineira da superfície da Lua. Cientistas europeus anunciaram, recentemente, os seus ambiciosos planos para iniciar a exploração mineira da Lua já em 2025. O objetivo é minerar um material que pode valer milhões de dólares, o regolito.
Foto em cores falsas tirada pela câmera NEAR Shoemaker da NASA da cratera de 5,3 quilômetros de Eros, mostrando a presença do minério no interior. Crédito: NASA / JPL / JHUAPL
O regolito, informou o Universe Today, é uma camada solta de material heterogêneo e superficial que cobre uma rocha sólida. Trata-se, portanto, de um material não consolidado e residual, uma vez que é formado por material originário da rocha fresca imediatamente subjacente. A sua mineração pode extrair água, oxigênio, metais e um isótopo chamado hélio-3, que pode abastecer reatores de fusão nuclear, gerando energia livre de resíduos.
Uma pá bem cheia de regolito marciano realizada pelo lander Phoenix da NASA. Crédito: NASA / JPL-Caltech
A superfície da Lua está coberta por um material fino em pó que os cientistas chamam de “regolito lunar”. Quase toda a superfície é coberta por regolito e o leito rochoso só é visível nas paredes de crateras muito íngremes. Esse pó é o resultado de vários milhões de anos de impactos dos meteoritos e de outros corpos celestes à superfície da Lua. Mas este material é valiosíssimo não só pela produção de energia nuclear, mas também pelo fato de poder ser utilizado na construção de estruturas futuras na superfície lunar.
Segundo o CanalTech, a Europa não é a única que está de olho na exploração mineira da superfície da Lua. Índia, Canadá e China têm também os seus próprios planos para extrair o hélio-3 do nosso satélite natural.
Estima-se que exista um milhão de toneladas de hélio-3 na Lua, ainda que apenas 25% possa ser trazido para a Terra. No entanto, esta quantidade é suficiente para responder à demanda de energia do nosso planeta durante, pelo menos, dois séculos. O hélio-3 pode valer quase 5 mil milhões de dólares por tonelada – e pode mesmo tornar-se no novo “ouro negro”, mas da Lua.
De acordo com o Pplware, a missão, que já se encontra em preparação, estará a cargo da Agência Espacial Europeia, em parceria com o ArianeGroup, e contará também com a participação do Part-Time Scientists, um grupo alemão e ex-concorrentes do Google Lunar XPrize.
Fonte: Oil Price
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