Para pôr ordem nas prioridades pela busca de sinais extraterrestres, um grupo de astrofísicos propôs agora, na revista científica International Journal of Astrobiology, a criação de uma nova escala para classificar os sinais detectados: a Escala Rio 2.0. Trata-se de uma espécie de escala Richter para detectar possíveis sinais extraterrestres. A medição é classificada de zero a dez, sendo que zero “não representa nada” e dez é equivalente a “um extraterrestre apertando a sua mão”, disse Duncan Forgan, que trabalhou no projeto, da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido.
A Rio 2.0 é uma proposta de atualização da Escala do Rio, que já é usada pela comunidade de pesquisa ufológica – e foi criada no Brasil. Ela atribui pontuações aos sinais do Programa Search for Extraterrestrial Intelligence (SETI) e não considera fenômenos naturais do planeta ou provocados pelo ser humano, com a intenção de não sustentar alarmes falsos. Segundo Forgan, ao avaliar um potencial sinal extraterrestre, é preciso analisar explicações alternativas. “Pode haver um problema com o telescópio ou uma frequência de rádio vindo de algo na Terra. Você pode achar que encontrou um extraterrestre, mas na verdade encontrou um ponto de táxis”, ele comentou.
Jill Tarter, co-fundadora do SETI Institute e uma das autoras do artigo, disse que a Rio 2.0 poderia ser usada como a escala Richter, que mede a gravidade de terremotos. Um novo sinal seria registrado imediatamente e atualizado à medida que novos dados fossem chegando. Com isso, espera-se dar mais credibilidade às descobertas da nova escala. A nova escala foi submetida ao Comitê Permanente da Academia Internacional de Astronáutica do SETI para ratificação oficial.
Veja o relatório dos cientistas publicado no International Journal of Astrobiology
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