No início dos anos 80, foi publicada uma série de livros levantando uma nova hipótese a respeito da criação da raça humana. Idéias revolucionárias neles contidas demonstravam que nunca estivéramos sós no universo e nossa evolução tem sido conduzida desde o princípio por outras espécies cósmicas que aqui vieram e se propuseram a gerar e a monitorar nossa humanidade, por razões que ainda desconhecemos. O autor destes trabalhos — embora não tenha sido o primeiro a levantar tais questões — tratou do assunto com tamanha propriedade que, naquele momento, duas décadas antes de atingirmos o terceiro milênio de nossa existência, estabeleceu-se uma linha divisória em nosso conhecimento sobre a origem da raça humana terrestre e passamos a ver o futuro com novos olhos. Este homem foi Zecharia Sitchin, falecido em 09 de outubro passado, e esta entrevista, publicada postumamente, é um tributo merecido a ele, uma das figuras que mais contribuíram para o crescimento da consciência planetária.
Renomado autor e conferencista, reconhecido especialista em história e arqueologia do Oriente Médio e intérprete de línguas antigas e extintas — como a escrita cuneiforme —, Zecharia Sitchin é o que podemos chamar de astroarqueólogo, que estuda vestígios físicos da milenar presença alienígena na Terra. Ele foi a primeira pessoa que, através da tradução das tábuas e outros manuscritos dos antigos sumérios e babilônios, encontrou a chave perfeita para compreender a origem da humanidade, a combinação para decifrar inúmeros mistérios que sempre existiram e conhecer a realidade que se esconde por trás de cada mito e lenda de antigas culturas, que até então desorientavam os estudiosos.
Foi no final dos anos 70, após três décadas de pesquisa, que ele finalmente publicou seu primeiro livro seminal, O 12º Planeta [Best Seller, 1978], no qual expôs sua teoria sobre os anunnaki ou nefilim, como eram chamadas nas culturas sumérias, acádias e babilônicas seres sobre-humanos que se relacionaram com nossos antepassados e mudaram sua existência e a de todo o planeta. Sua origem? Sitchin sempre defendeu o que muitos hoje crêem: eram seres extraterrestres.
A Terra foi colonizada por avançados seres que vieram do espaço. Somos seus descendentes diretos, e assim como os ETs fizeram aqui, um dia também iremos a outros planetas, seja para exploração ou necessidade. Neles criaremos vida e a ajudaremos a evoluir, dando à ela um aspecto similar ao nosso
Abalando estruturas do conhecimento
A edição em capa dura original recebeu relativamente pouca atenção na época. Com estilo denso e erudito, foi preciso algum esforço para os estudiosos se acostumarem com as novas idéias, especialmente por sua contundência. Mas a obra acabou se consagrando e tendo continuação em novos trabalhos que a mente criadora de Sitchin emitia regularmente, como resultado de suas constantes descobertas. Livro após livro lançado, novas revelações abalavam as estruturas do conhecimento ortodoxo.
Terra, colônia de extraterrestres?
A abordagem de Zecharia Sitchin para a origem da raça humana e seu relacionamento com outras espécies cósmicas é diferente da de Erich von Däniken e outros defensores da teoria dos antigos astronautas ou paleocontato, que, no Brasil, é conhecida como Ufoarqueologia. Ao contrário deles, Sitchin tinha uma teoria completa e consistente da história da Terra, que explicava até mesmo lacunas indecifráveis. Ele não apenas afirmou que alienígenas de algum lugar do cosmos visitaram a Terra em tempos antigos, como já se supunha, mas informava exatamente que eram eles, de onde e quando vieram para a Terra e porque estavam aqui. E mais: com base nas traduções de escritos históricos, Sitchin sugeria qual fora a razão para tais seres — os chamados anunnaki [Grafias alternativas para a palavra são annunaki, anunna, anunnaku e ananaki] — decidirem migrar para nosso planeta e criar uma colônia aqui e uma estação em Marte.
Sitchin foi ainda mais além e expôs sua teoria sobre como tais seres manipularam geneticamente a humanidade em seus primórdios, a partir da chamada raça adâmica, situando e explicando porque ocorrera o dilúvio bíblico e outras catástrofes descritas nas escrituras. Seu pensamento juntava peças de várias áreas do conhecimento humano consagrado com informações ocultas em registros de civilizações extintas, e assim explicou porque os visitantes eram vistos como deuses e como se relacionaram com os reinos terrestres, numa combinação que, antes dele, era vista apenas como mitológica. As idéias do astroarqueólogo rapidamente atraíram um público sedento de informações e os olhares de uma cética comunidade acadêmica, que aos poucos foi cedendo às evidências. Suas principais obras foram publicadas em muitos países e idiomas.
O falecimento de Zecharia Sitchin pegou a todos de surpresa [Veja edição UFO 173]. Como era um homem muito privado, que pouco falava sobre sua vida pessoal e tinha um reduzidíssimo círculo de amizades — inversamente proporcional ao seu círculo de admiradores —, foi sepultado pela família em Nova York sem qualquer cerimônia de despedida. Seus amigos mais próximos ficaram chocados, esta entrevistadora inclusive. Sua memória se perpetuará para sempre, além de sua expressiva coleção de livros publicados e por entrevistas que ele concedeu. Sua biografia integral foi resgatada por outro amigo pessoal do pesquisador, o ufólogo e conferencista chileno radicado nos Estados Unidos Antonio Huneeus. “Sitchin era um homem tímido e calado, mas sua capacidade de unir dados de diversas fontes, como um enorme quebra-cabeças sobre a origem e história da humanidade, era notória”, declarou.
Escavações arqueológicas na Palestina
Sitchin nasceu em julho de 1920 na fronteira entre Europa e Ásia, em Baku, capital do Azerbaijão, então uma república soviética. Seus pais eram judeus russos e emigraram para a Palestina controlada pelos britânicos durante os anos 20. Participou ainda jovem de algumas escavações arqueológicas naquela área, rica em antiguidades. Freqüentou universidades na Inglaterra, estudando na prestigiada Universidade Londrina de Ciências Políticas e Econômicas e formando-se no final dos anos 30 na Universidade de Londres, com especialização em história econômica. Serviu durante a Segunda Guerra Mundial no Comando Aliado em Jerusalém e, depois, trabalhou como jornalista e editor por vários anos no recém-criado Estado de Israel. Mais para frente, decidiu fixar-se em Nova York, onde trabalhou no comércio e continuou sua investigação histórica quando tinha tempo livre.
Descobri que existe mais um planeta no Sistema Solar, não a anos-luz de nós, mas aqui mesmo ao lado — e nele existe vida inteligente. Seus habitantes começaram a visitar a Terra há uns 450 mil anos, retornando a cada período de 3.600 anos. São os anunnaki, que significa ‘aqueles do céu que vieram à Terra’
Embora as pesquisas de Sitchin fossem realizadas independentemente de universidades e instituições científicas, ele foi membro da Sociedade de Exploração de Israel, da Sociedade Americana Oriental e da Associação de Estudos do Oriente Médio da América do Norte. Na década de 90, Sitchin tornou-se uma espécie de referência cultural dos tempos modernos, mantendo grupos de estudos e expedições ao Egito, Israel, Jordânia, Turquia e outros países com importantes monumentos arqueológicos. Chegou-se a realizar os chamados Dia de Estudos Sitchin [Sitchin Studies Day], sendo o primeiro na cidade de Denver, no Colorado, em 1996, como parte do Fórum Internacional sobre a Nova Ciência. Entre os oradores estavam o engenheiro aeronáutico Neil Freer, a historiadora Marlene Evans, a estudiosa Madeleine Briskin, o ufólogo Huneeus e o cientista Charles Moore, entre outros. Um livro do evento, editado com uma introdução de Sitchin, foi publicado com o título Of Heaven and Earth [Do Céu e da Terra, The Book Three, 1996].
Jesus também era um alien?
Das muitas histórias conhecidas sobre o autor, uma das mais interessantes ocorreu em uma noite de 1988 no apartamento de Shirley MacLaine, em Manhattan. Shirley estava dando um de seus seminários sobre a chegada da nova era em um hotel de Nova York e pediu ao astrólogo Marcello Galluppi para marcar uma reunião com Sitchin e sua esposa Rina, após o seminário. Também estiveram presentes a deputada Bella Azbug e Ian Ballantine, fundador das editoras Ballantine Books e Bantam Books. A maior parte da noite se passou com Shirley questionando Sitchin sobre sua pesquisa, até que, em determinado momento, ela quis saber como Jesus se encaixava no cenário que apontava a vinda dos nefilim à Terra. Sitchin, que era bastante cuidadoso, se recusou a responder. Mas Shirley MacLaine, que obviamente não estava acostumada a ouvir alguém recusar seus pedidos, continuou pressionando o autor. Como ele não cedia, Shirley disse que o que respondesse seria mantido em sigilo. “O que eu disser nesta sala hoje à noite vai ser repetido amanhã em outro quarto. Não faço segredos do que descobri”, disse Sitchin.
Não estamos sós nem no Sistema Solar
Dentre suas pesquisas, Zecharia Sitchin concluiu que aproximadamente 50 discos voadores com tripulações nefilim teriam pousado no Golfo Pérsico há cerca de 430 mil anos, oriundos de um planeta ora conhecido como Marduk, ora como Nibiru [Veja edições UFO 148 e 169, agora disponíveis na íntegra em ufo.com.br]. Foi a partir de então que estes ETs elaboraram uma raça através de engenharia genética, especificamente para trabalhar em minas de ouro no sul da África. Eles precisariam do metal para uma espécie de campo de proteção que existiria sobre o planeta deles. Para criar os tais seres, que viriam a ser os humanos, conforme o autor, os nefilim fizeram complexas manipulações biológicas numa espécie hominídea pré-existente. E no processo deixaram para trás evidências disso, que podem ser encontradas em várias culturas antigas, tais como esculturas e tapeçarias, jóias e moedas e principalmente registros escritos — que, entre tudo que é nele contundente, descreve uma destruição nuclear no planeta. O controle da “Missão Terra” e suas naves estariam baseadas numa localidade onde atualmente está Israel, área que já teve no passado importância tão significativa quanto hoje. Assim, em tom de homenagem, iniciamos a entrevista com o saudoso buscador da verdade.
Com tanta atividade investigativa e tantas obras dela resultantes, que impacto suas descobertas afetaram sua vida? Minha busca começou quando eu ainda era estudante, no colégio, perguntando-me o porquê da palavra nefilim, que significa “aqueles que desceram do céu à Terra”, traduzido no capítulo 6 do Gênesis como “gigantes”. Levei 30 anos procurando a resposta e encontrei: eles eram as mesmas figuras descritas como anunnaki pelos sumérios. Quando entendi e filtrei este dado, escrevi O 12º Planeta [Best Seller, 1978], o que me custou cinco anos. O alcance de minha procura por respostas se expandiu e meu próprio entendimento dos textos antigos e das ilustrações ancestrais se incrementou. Não parei mais.
O que aconteceu com sua pesquisa, então? O senhor viajou muito? Conheceu muitos países? Viajei a praticamente todos os lugares do que chamo de Mundo Antigo, exceto Iraque, e conheci muitos países modernos também. Vi monumentos, esculturas e símbolos impressionantes, de milhares de anos de idade, e não me continha: precisava estudá-los. Para isso, adquiri conhecimentos em astronomia, genética e áreas afins, e comecei a comparar todos os dados que tinha sobre aquelas evidências arqueológicas com os descobrimentos e informações tecnológicas atuais. O resultado é que não voltei mais a perguntar as coisas que me perguntava no colégio, mas muitas outras…
Para alguém não familiarizado com suas teorias, qual seria a principal mensagem que contêm? Posso resumir meu trabalho da seguinte forma: descobri que existe mais um planeta no nosso Sistema Solar, não a anos-luz de nós, mas aqui mesmo ao lado — e nele existe vida inteligente. Seus habitantes começaram a visitar a Terra há uns 450 mil anos, retornando a cada período de 3.600 anos. São os chamados anunnaki, palavra que significa “aqueles do céu que vieram à Terra”, praticamente o mesmo que nefilim. Segundo os sumérios, o Sistema Solar teria 12 corpos, e não dez, como acreditamos — o Sol e nove planetas. Para eles havia o Sol, a Lua e dez planetas — eles consideravam a Lua parte importante do conjunto. Tal informação está impressa num selo cilíndrico datado de 4.500 anos, que foi encontrado por um arqueólogo e está hoje em um museu de Berlin. O planeta que é o 12º membro deste sistema se chamou Nibiru, também conhecido pelos sumérios como “planeta de trânsito”. Seu símbolo é a cruz, ele possui grande órbita elíptica, como um cometa, e se aproxima da região celeste onde estamos, entre Marte e Júpiter, aproximadamente a cada 3.600 anos.
Como foi possível descobrir isso? Através de muita pesquisa e cruzamento de dados, para o que foi fundamental ter a capacidade de interpretar escritos redigidos em línguas já extintas. Um dado também importante é considerar que a civilização suméria apareceu há 6.000 anos, sem que se saiba como, em uma área onde agora se conhece como o sul do Iraque. Este acontecimento se deu não apenas de forma inexplicada, mas também dentro de um processo em que praticamente todas as características de uma civilização avançada estavam presentes. Ou seja, os sumérios desde o seu surgimento já tinham adiantada tecnologia, florescente cultura, refinada arte, uma definida estrutura social etc. Como é possível isso? Um de seus mais notáveis avanços era a escrita, então pouco praticada no mundo. Tudo o que faziam era registrado em tábuas de argila com uma espécie de escrita cuneiforme, como, por exemplo, casamentos e divórcios, transações comerciais, oferendas aos templos, pagamento de impostos etc.
O livro bíblico Gênesis narra exatamente como os textos sumérios a forma como o céu e a Terra se criaram, como se desenvolveu a vida em nosso planeta, como Adão foi criado e os acontecimentos desde o Éden até Noé, o herói do dilúvio. Curioso é que o relato do dilúvio também aparece numa placa suméria milhares de anos antes que no Antigo Testamento em sua versão hebréia. Coincidência?
Quais foram os registros escritos que mais o impressionaram e o que continham? Em placas maiores do tipo descrito os sumérios construíram sua literatura, ricamente composta de contos heróicos, poemas e provérbios, narrativas cotidianas etc, e também fizeram registros históricos e pré-históricos do que encontraram na Terra, ao aqui se instalarem. Um dos textos mais longos dos sumérios, escrito em várias placas, é o chamado Enuma Elish, ou Epopéia da Criação, que nos conta a história da Terra como no livro bíblico do Gênesis. Outros textos registram como os anunnaki chegaram ao nosso planeta, de onde vieram e por que, quem era seu líder e o que queriam etc. Enfim, se quisermos saber como é nossa verdadeira história, temos que ler os escritos sumérios.
Poderíamos dizer, então, que parte da Bíblia também está contida na história ancestral suméria e vice-versa? A Bíblia consiste de muitos livros que narram os acontecimentos terrestres ao longo dos milênios. A comparação perfeita seria entre o livro Gênesis, que é um de seus primeiros capítulos, e os textos sumérios de como o céu e a Terra se criaram, como se desenvolveu a vida, como foi criado Adão e os acontecimentos desde o Éden até Noé, o herói do dilúvio. Na verdade, o relato do dilúvio aparece numa placa suméria milhares de anos antes que no Antigo Testamento em sua versão hebréia.
E em outras culturas antigas, como a egípcia, há esta inter-relação? Embora pareça que os deuses que os egípcios veneravam fossem totalmente diferentes dos que os sumérios e babilônicos adoravam, na verdade eram os mesmos seres, os anunnaki. Enfim, resumindo, os anunnaki vieram de fora e aqui implantaram uma raça, e ela derivou-se mais tarde em várias extintas civilizações, que por isso tinham os mesmos valores e os mesmos deuses.
Mas como e por quais meios o senhor chegou a esta conclusão? Não foi fácil, mas foi possível através da interpretação dos textos ancestrais de várias civilizações e do cruzamento de informações. Deixe-me explicar. A deidade chamada Ptah na mitologia egípcia não era outra senão a suméria Enki, que dirigiu o primeiro grupo de anunnaki que veio à Terra e liderou com êxito o processo de engenharia genética aqui realizado para transformar rudimentares hominídeos em Homo sapiens. No Egito, este deus tem o mesmo papel. Outro exemplo: seu filho, o grande deus Rá, era na Mesopotâmia a mesma entidade que o filho de Enki, Marduk. E Thoth, o arquiteto divino e guardião dos segredos dos deuses, conhecido na Suméria como Ningishzidda. As mitologias — ou histórias, como preferir — destes povos ancestrais têm as mesmas raízes porque eles descendem dos mesmos seres.
Impressionante. E tais mitologias, ou histórias, também descrevem um planeta distante chamado Nibiru? Sim, descrevem. Os antigos egípcios falavam do “planeta de um milhão de anos”, uma forma diferente de chamar Nibiru. Os sumérios o tratavam como “planeta de trânsito”. Hoje sabemos que seria o 12º membro do Sistema Solar. Interessante é ver na literatura egípcia que Nibiru é o orbe para onde os faraós tinham a esperança de ir quando morressem, para se encontrarem com os deuses em seu próprio planeta e obter a imortalidade. A mitologia egípcia e as viagens faraônicas a outra vida, como eram descritas, são o tema central de meu segundo livro, A Escada para o Céu [Best Seller, 1980], que mostra e explica textos e ilustrações que comprovam tais fatos. Ou seja, mesmo a belíssima tradição dos faraós egípcios está ligada à vinda de outras espécies cósmicas à Terra.
E o que ocorreu com as demais civilizações antigas? Como elas se encaixam neste cenário que o senhor descreve? Sua situação é bastante curiosa e estão todas relacionadas de uma forma ou de outra. Para tanto, basta ver o que ocorre quando se decifra o significado de alguns dos nomes de deuses dos hititas, assírios, cananeus etc, por exemplo. Constatamos que, ainda que sejam diferentes, os nomes significam exatamente a mesma coisa, são as mesmas divindades em todas as línguas. O mesmo que ocorria antigamente em bem mais recentes civilizações sul, centro e norte-americanas.
Como assim? Poderia detalhar? Em meu livro Os Reinos Perdidos [Best Seller, 1984] mostro as conexões e similaridades entre as deidades de civilizações sul, centro e norte-americanas, e determino as datas em que tiveram início seus reinados terrestres. Exponho, por exemplo, que o deus supremo da América Central e México, Quetzalcoatl — cujo nome significa “a serpente alada” —, não é outro senão o deus egípcio Thoth. Mostro também que a primeira civilização a existir na América Central, os olmeca, de aparência africana, teve início precisamente em 3.113 a.C., quando conta a lenda que Thoth foi expulso do Egito. Coincidência?
Muitos pesquisadores conhecem suas arrojadas idéias. Mas por que, então, se surpreendem com elas? Claro que muitos conhecem essas informações, mas a maioria dos colegas as consideram apenas mitos. Eles tratam dessas informações como uma espécie de mitologia imaginada. E insisto dizendo com contundência: tudo isso ocorreu realmente. Basta fazer a leitura certa das escrituras ancestrais de cada povo, interpretar os dados obtidos e relacioná-los.
O senhor está tão seguro desta afirmação? Não há chance de erros em sua avaliação? Sim, certamente estou seguro, mas chances de erros sempre há. No entanto, seriam detalhes. Desde que escrevi meu primeiro livro, todo descobrimento científico ocorrido em cada campo científico atual foi corroborado pelos textos antigos — pelo menos como eu os traduzo e os interpreto. Tudo o que vemos acontecer hoje foi previsto pelos antigos em suas escrituras. Em astronomia, por exemplo, a existência do Cinturão de Asteróides entre Marte e Júpiter se encontra descrita no Enuma Elish, de que falei há pouco. Assim como muitos fatos sobre as fases da Lua, a rotação de Vênus, as explosões solares, a inclinação de Urano etc. É evidente que aqueles homens da Antigüidade tinham uma origem fantástica, que os permitia saber tudo sobre o Sistema Solar milhares de anos antes que nossa ciência atual descobrisse tais fatos. Veja que a recente decodificação do genoma humano estabeleceu que temos 223 genes “alienígenas”, não esclarecidos, em nossa constituição. Isso corrobora diretamente o processo de engenharia genética descrita nos textos antigos e confirma a origem extraterrestre dos deuses que vieram à Terra e aqui se fixaram. E poderíamos continuar aqui dando muitos outros exemplos.
É surpreendente, mas como compreender exatamente o que os livros antigos continham, se eram escritos por homens de uma cultura tão diversa da nossa? O que é incompreensível é que nossa visão do passado seja sempre a mesma. Ora, temos que entender as coisas dentro das condições de cada época. Por exemplo, quando se observa uma pintura antiga de homens-águia saudando um objeto com forma de foguete, hoje podemos dizer: “aquilo é um foguete”. Mas há 100 anos alguém diria: “estão venerando um lápis muito comprido”. Enfim, os textos antigos nos descrevem em detalhes fatos que conhecemos apenas há poucas décadas, como a engenharia genética, por exemplo. Eles chegam ao detalhismo de dizer que a essência disso foi misturada com a essência daquilo, dando o resultado tal. Soam histórias de bruxas ou de ficção científica, eu sei, mas são verdadeiras. E agora que decodificamos o genoma humano, isso pode ser confirmado. A propósito, homens-águia, como me referi há pouco, era como os sumérios chamariam os atuais astronautas.
Onde se podem encontrar referências sobre estas comparações? Trato disto em outro de meus livros, O Código Cósmico [Best Seller, 2003], em que esclareço que somos prisioneiros de nossa própria tecnologia. Os sumérios escreveram há milênios que existiam pequenos objetos que guardavam os segredos científicos. Como entender isso hoje? Bem, eu os compararia com objetos atuais. Assim, é evidente que os sumérios falavam de chips de computadores. O que são pequenos objetos que guardam segredos científicos senão chips? Esta é nossa tecnologia atual, que era conhecida por uma civilização há muito extinta. Claro que em 10 ou 15 anos teremos uma tecnologia ainda mais avançada e a comparação então poderá ser outra. Talvez troquemos chips de computadores por informações de nosso DNA…
Em que o senhor está trabalhando agora? Algo novo que poderia revelar ao nosso leitor? Estou sempre buscando algo novo [Lembre o leitor que a entrevista foi feita antes da morte do entrevistado]. Há uma constante melhoria na compreensão dos dados obtidos em escritas antigas, levando-se em conta as contínuas descobertas semanais da ciência. Hoje, entre a pesquisa que realizo e a redação de meus livros, dou seminários e conferências mundo afora. Mas agora estou interessado em algo que preocupa a maioria das pessoas: o prelúdio do regresso de Nibiru. Há uma confusão no mundo sobre isso, que poderia ser o indício da consumação de todas as antigas profecias.
Como assim? O senhor está de acordo com as tendências apocalípticas atuais, que dizem que Nibiru trará destruição em 2012, quando passar novamente perto da Terra? Não. Tendo estudado este tema há décadas, estou certo de que o astro existe e que está se aproximando de nós, e pode, sim, causar algumas perturbações visíveis em nosso planeta, como seria de se esperar em qualquer evento astronômico de tais proporções. Mas catástrofes como as descritas, não creio.
Desde que escrevi meu primeiro livro, todo descobrimento ocorrido em cada campo científico atual foi corroborado pelos antigos textos — pelo menos como eu os traduzo e interpreto. Tudo o que vemos acontecer hoje foi previsto pelos antigos em suas escrituras. Em astronomia, por exemplo, a existência do Cinturão de Asteróides entre Marte e Júpiter se encontra descrita no Enuma Elish. Assim como muitos fatos sobre as fases da Lua, a rotação de Vênus, as explosões solares, a inclinação do planeta Urano etc
O senhor tem muitos livros publicados e quase todos tratam do mistério dos deuses da Antigüidade. Para o senhor, afinal quem eram eles? Eram entidades sobre-humanas que vinham de outros orbes. Em meus livros O Código Cósmico, já citado, O Livro Perdido de Enki [Best Seller, 2003] e Encontros Divinos [Best Seller, 2007] deixo claro que entre nossos antepassados sempre houve o reconhecimento de uma autoridade maior, de um ser superior por trás da criação do homem, o gerador de um universo inteiro. E há hierarquias entre eles. Por exemplo, os deuses anunnaki acreditavam em um criador universal. Eu também.
Após a destruição de milhares de artefatos do Museu Nacional de Bagdá, durante a Guerra do Iraque, deve ter sido difícil continuar sua pesquisa, pois entre eles havia muitas peças dos anunnaki. Isso acabou com o legado deixado por nossos ancestrais? Não. A questão do destino dos objetos arqueológicos remanescentes do museu deveria preocupar qualquer um interessado na preservação da arte, da cultura e da história, é claro. Mas há um interesse especial meu e de meus leitores, em todo o mundo, quanto à sua destinação. Os artefatos que se perderam na destruição e os que restaram são evidências arqueológicas da antiga Mesopotâmia, iniciando com a civilização suméria e continuando com a acadiana, babilônica e assíria, englobando as demais que as precederam. O Museu Nacional do Iraque é o maior repositório de tais materiais, mas felizmente não é o único. Muitos dos objetos descobertos nestas regiões também foram levados para museus de cidades onde residem os principais arqueólogos do mundo, como Londres, Paris, Berlim e Milão.
Então, a perda não é total. Não, longe disso. Já sabemos que dos 170 mil itens catalogados no Museu de Bagdá, apenas 29 objetos importantes para nossa pesquisa se perderam — e já haviam sido estudados e fotografados, sendo então bem conhecidos dos estudiosos. As centenas e talvez milhares de outros artefatos que se perderam não eram tão relevantes para a apuração da antigüidade da presença alienígena na Terra. E embora a perda não tenha sido tão grave quanto a relatada inicialmente, a pilhagem que se instalou no país no início dos anos 2000, a destruição das galerias do museu e danificação de seu conteúdo, além da quebra de grandes monumentos que não puderam ser carregados pelos vândalos, foram situações terríveis. Puros atos de barbárie, um comportamento imperdoável. Todavia, o legado que essas coleções do museu representam não foi e nunca será destruído. Ele vive em outras instituições e nos livros, vídeos e documentários sobre o assunto.
Poderia existir alguma relação obscura entre a Guerra no Iraque e a existência dessas antiguidades tão importantes justamente lá? Sob o ponto de vista arqueológico e levando-se em conta a localização geográfica do conflito, você está tocando em outros dois assuntos importantes. O primeiro diz respeito ao solo iraquiano, considerado sagrado por muitas etnias e religiões, e o outro trata de uma profecia. Se você viajar pelas terras bíblicas, perceberá que as mesquitas foram geralmente construídas onde antes existiam igrejas bizantinas, e estas foram erguidas onde outrora existiam sinagogas — e estas últimas foram construídas exatamente ali porque a região era reverenciada desde remotas eras. Nos milhares de anos da civilização mesopotâmica — desde o início do reinado sumério, em 4.000 a.C., até a conquista de Alexandria e da Selêucida, nos últimos séculos d.C. —, registros da realeza de cada era declaram repetidamente que uma tradição e um dever dos reis deviam ser mantidos sempre: o de reconstruírem os templos exatamente onde existiram antes. Assim, conquistador após conquistador da Antigüidade, todos aderiram a estas tradições — mas nem os britânicos ou os norte-americanos tiveram a compulsão de construir locais de adoração sobre locais antigos, quando invadiram o Iraque.
E a profecia a que o senhor se referiu, qual era? Ah, isso é interessante. Embora Bagdá seja uma cidade relativamente nova e não uma continuação da Babilônia, e nem tenha sido construída sobre ela, existem profecias bíblicas sobre sua queda como parte de um plano divino. A questão é saber até que ponto tais predições eram únicas, específicas à Babilônia do sexto século a.C. apenas, ou se seriam eternas e cíclicas, ocorrendo de tempos em tempos. Eu acredito na última hipótese: que as profecias se repetem. Tenho declarado freqüentemente que o passado é o futuro, porque o povo anunnaki e a civilização que ele trouxe para o planeta Terra é assunto sério e de grande repercussão em um grande ciclo histórico.
Em seus trabalhos, o senhor menciona uma explosão nuclear que teria destruído os sumérios. Qual tipo de armas acha que eles empregaram? Os textos antigos não especificam qual armamento exato fora utilizado, mas acredita-se que tenha sido de natureza atômica. Agora, o uso de artefatos nucleares em 2.024 a.C. é muito sério e nos leva a questões ainda mais preocupantes. Por que existem guerras na Terra hoje? E desde quando elas ocorrem? Em meus livros, quando trato das guerras entre deuses e homens — que eram constantes no passado — levanto uma questão relevante: a de que antes das guerras dos homens contra os homens existiram também as guerras de deuses contra deuses. De acordo com textos egípcios, foi durante um conflito entre os deuses Hórus e Seth que foram dadas armas aos humanos e eles foram engajados na luta, inicialmente ao lado de Hórus. E foi neste conflito entre dois clãs de anunnaki que armas nucleares foram utilizadas para varrer da face da Terra o espaçoporto do Monte Sinai — um evento refletido na Bíblia como o conto de Sodoma e Gomorra. Antes disso, havia uma guerra internacional ligada ao local, onde desciam naves alienígenas constantemente. É a tão falada guerra dos reis do Gênesis, em seu capítulo 14. A nuvem nuclear resultante da explosão no Sinai foi levada pelos ventos para o oeste da Mesopotâmia, e numerosos textos das Escrituras das Lamentações a descrevem como um “vento demoníaco”. E é verdade, porque a nuvem nuclear aniquilou toda a vida na Suméria.
Esse dado muda bastante a informação inicial que tínhamos sobre a extinção do povo sumério, não? Sim, pois se pode agora entender que a explosão não ocorreu na Suméria. Suas cidades e demais construções permaneceram intactas, mas as pessoas, animais e plantas morreram. E é interessante observar que os ventos levaram a nuvem venenosa para a Suméria e apenas ela foi afetada, não a Babilônia, mais ao norte. Assim, já na Antigüidade foi ponderado que aquilo parecia um sinal divino, a mão do destino. Até mesmo os anunnaki contrários a Marduk, o instigador da guerra, consideraram aquilo como uma manifestação do destino e aceitaram sua supremacia. E como se vê, tudo teve a participação direta de seres que vieram do espaço, que estão em nosso planeta há milênios e já produziram até guerras atômicas aqui.
O que o senhor acha que aconteceu aos sobreviventes do conflito? O texto sumeriano Escrituras das Lamentações indica que os deuses teriam percebido, assim que a explosão ocorreu, que uma calamidade poderia atingir os sumérios a centenas de quilômetros dali. E descreve uma partida apressada deles para fora da área, além de avisos que teriam dado para que seus seguidores pudessem também escapar. Há passagens no texto que são emblemáticas, como aquela em que os deuses avisam os meros mortais para não tentarem se esconder, pois não haveria como se proteger da nuvem radioativa, mas que deveriam fugir para o norte e para o oeste — áreas que eles sabiam que não seriam afetadas. O resultado disto foi o primeiro registro da diáspora, e os remanescentes, guiados por seus deuses, encontraram seu caminho a tempo.
Após a diáspora, que foi dispersão daquele povo mundo afora, para onde foram os sobreviventes do conflito? Eles foram principalmente para onde hoje fica o Irã e a Índia, e é justamente por isso que existem os mesmos contos de guerras entre deuses e explosões atômicas ancestrais nos textos sânscritos daqueles países. Outros foram para o Extremo Oriente, dando origem às escrituras chinesas, coreanas e japonesas, também baseadas na escrita cuneiforme suméria. Alguns migraram para o Leste Europeu, terras do deus cujo símbolo é uma águia com duas cabeças, e para a região do Danúbio, onde temos as mesmas lendas em idioma húngaro. Tudo se encaixa, tudo tem raiz na ação de outras espécies cósmicas na Terra. Basta saber interpretar os registros antigos.
Se é assim, os anunnaki então teriam colonizado o planeta inteiro. Mas onde estão os vestígios disso? Estão por todo lado! Fora os locais e povos que mencionei, também se acomodaram em povoados erguidos nas então distantes Américas. Em meu livro Os Reinos Perdidos [Best Seller, 1984], dedicado aos povos americanos, eu mostro as conexões e as evidências disso. Você encontra os mesmos deuses sumérios sendo chamados até pelos mesmos nomes nos idiomas locais. Por exemplo, Ningishzidda era o mesmo egípcio Thoth e o mesoamericano Quetzalcoatl. Também encontra na cultura dos povos americanos as mesmas lendas sobre a criação, o reconhecimento dos equinócios e solstícios como um guia para a orientação dos tempos, variações climáticas, efemérides astronômicas etc.
Vamos voltar ao polêmico tema de Nibiru. Em sua opinião, o que seria seu retorno? Nibiru, que é o planeta natal dos anunnaki, de acordo com os sumérios, tem uma grande órbita elíptica que dura um ano para os seus habitantes e equivale a 3.600 anos terrestres. A questão é saber com exatidão quando ele estará novamente em nossas vizinhanças, passando entre Marte e Júpiter, e o que encontramos na literatura é que isso ocorrerá a partir de dezembro de 2012. Mas não estou certo. Seja como for, dado que sua órbita elíptica dura 3.600 anos terrestres, bastaria examinar ao certo quando ele esteve por perto da última vez e adicionar 3.600 anos. Certo? Não, não é tão simples…
A forma como Nibiru afetaria a Terra em seu próximo retorno seria semelhante a como ocorreu das vezes anteriores. Entretanto, deve-se entender que a disposição de Júpiter, Marte e Terra não é a mesma em cada passagem de Nibiru, pois a dinâmica do Sistema Solar determina as mudanças. Eu não sei se a Terra agora estará diretamente exposta à sua força gravitacional, como alegam os estudiosos de tons apocalípticos (…) Estou certo de que o astro pode, sim, causar algumas perturbações em nosso planeta, mas não creio em catástrofes
Por que o senhor acha que não é tão simples? Primeiro, temos que saber com exatidão quando foi esta última vez que Nibiru esteve nas redondezas, o que não é possível senão pela interpretação dos escritos sumérios, que não são tão precisos a respeito. E, segundo, considerar que o trajeto de um astro como este, que descreve uma enorme órbita elíptica no firmamento, indo e voltando para os confins do Sistema Solar, certamente envolve grandes variações entre um ciclo e outro. Ou seja, podem, desta vez, não ser exatos 3.600 anos. Tenho feito o que posso em minhas palestras e artigos para explicar que 3.600 — uma unidade Shar em sumério — é apenas um número e não um dado astronômico preciso, porque as órbitas mudam a cada passagem. Temos como exemplo o cometa Halley.
Mas quais seriam, então, as verdadeiras conseqüências do retorno de Nibiru? Imagino que a forma como Nibiru afetaria a Terra neste retorno seria semelhante a como ocorreu das vezes anteriores. Entretanto, deve-se entender que a disposição de Júpiter, Marte e Terra não é a mesma em cada passagem de Nibiru, pois a dinâmica do Sistema Solar determina as mudanças. Eu não sei se a Terra agora estará diretamente exposta à sua força gravitacional, magnética e a outros efeitos, como alegam os estudiosos de tons apocalípticos. Sabemos que em uma de suas passagens Nibiru causou o dilúvio bíblico, mas isso não se repetiu numa passagem seguinte, cerca de 13 mil anos atrás. Também tenho que adicionar aqui que tive que esclarecer, há anos, alegações de que Nibiru passaria próximo à Terra em 2003, o que não ocorreu. Ocorrerá de fato em 2012?
Pelas suas estimativas, quando Nibiru já será visível no céu e em que circunstâncias, caso o ano de 2012 esteja certo como data de seu retorno? Não sei, pois não sou nenhum especialista neste campo e já existem muitas imagens claramente forjadas espalhadas pela internet, sem qualquer valor ou compromisso com a realidade. O que sei é que Nibiru está agora a caminho de seu ponto mais afastado do Sol, chamado de afélio. Em suas pesquisas deste misterioso corpo, o doutor Robert Harrington, do Observatório Naval Americano, concorda comigo sobre onde ele provavelmente estava há poucos anos. O mapa celeste desenvolvido por ele está em meu livro Gênesis Revisitado [Best Seller, 1990], no qual também mostro imagens registradas pelo satélite IRAS, da NASA, que por duas vezes rastreou o planeta em 1983, via luz infravermelha e não por reflexão direta. Muitos astrônomos o chamam de Planeta X. Quero repetir, ainda, o que tenho dito sempre: o retorno dos anunnaki e o retorno de Nibiru podem nem vir a coincidir. Mas eu acredito que o profetizado retorno dos anunnaki — ou sua segunda vinda — é agora mais pertinente.
Alguns estudiosos ligam o retorno de Nibiru ao calendário maia, que para alguns marcaria o final dos tempos para 2012. O que pensa disso? Não tenho dados concretos para poder dizer com segurança em que se baseia a idéia de que estamos na iminência do fim dos tempos. O ano 2012, sim, está baseado no calendário maia, embora o mais correto seria dizer calendário olmeca, pois foi este povo que o construiu. Em 2012 ou um pouco depois, dependendo de como se calcule, a unidade de tempo maia chamada Baktum completará 13 circunferências. Isto é significativo? Há diferentes opiniões a respeito, mas, como baseio minha pesquisa nos textos e dados antigos, tanto proféticos como observações astronômicas do último milênio a.C., me atrevo a pronunciar meus resultados só quando esteja absolutamente seguro de que encontrei a resposta correta [Infelizmente, o entrevistado faleceu antes. Veja detalhes no DVD Os Círculos Ingleses e o Calendário Maia, código DVD-034 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br].
O senhor em seus livros afirmou que Marte teria uma estação ou um posto avançado dos anunnaki. Em que se baseia para fazer esta afirmação? Em muitas informações. Na verdade, esta evidência sobre uma estação anunnaki em Marte é uma das razões de eu estar tão seguro em minhas afirmações sobre o resto. Já não há dúvidas de que existem estruturas artificiais no solo marciano, muito além da chamada esfinge e das pirâmides na Planície Cydonia. As fotos obtidas por sondas da própria NASA, nos anos 70 e posteriores, ainda que a agência tente negar veementemente, mostram com clareza esta realidade [Veja edição UFO 066, agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. Eu incluí tais fotos no citado Gênesis Revisitado. Veja que gradualmente vamos tomando conhecimento de novos fatos sobre Marte. Por exemplo, os especialistas agora admitem — ao contrário das alegações anteriores de que Marte era morto, sem ar ou água e um planeta desabitado — que há água em abundância no planeta, na forma de mares e lagos, além de uma espécie de atmosfera. Portanto, a afirmação suméria de que Marte servia como uma estação avançada entre Nibiru e a Terra agora é admitida como bem provável. Aliás, quando escrevi O 12º Planeta, em 1976, este dado foi julgado pelos acadêmicos como impossível.
Mas qual é a evidência de que isso é verdade? A peça crucial é o que chamei em Gênesis Revisitado de O Incidente Phobos, que ocorreu em 1989, quando uma sonda soviética fotografou pela primeira vez a sombra de um objeto elíptico sobre Marte e foi em seguida destruída por um míssil disparado de Phobos, uma de suas luas — que ainda pode ser futuramente confirmada como um satélite artificial. Eu escrevi então que, mesmo que não sejam os anunnaki que estejam voltando, poderiam ser seus emissários os responsáveis pelo ataque, algum tipo de inteligência artificial. E a destruição da sonda se dera para que não se descobrisse os segredos que ali haviam [Veja detalhes no DVD As Misteriosas Civilizações Marcianas, código DVD-011 da coleção Videoteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br].
Quais são as suas descobertas mais recentes? Primeiro, tenho enfatizado que os vários artefatos na forma de tábuas de argila que uso como evidências para fundamentar minhas teorias não foram descobertos por mim. Eles são o resultado de achados arqueológicos feitos por outros pesquisadores ao longo de mais de um século e meio. São arqueólogos, estudiosos, tradutores, estudantes da Bíblia etc que também se dedicam a estudar as tábuas. A minha principal contribuição está em estudar as evidências com uma ótica própria, enquanto os outros se referem a tudo isto como mitologia. Para mim, não são mitos, mas dados bem reais e concretos. São registros do que realmente aconteceu, como uma espécie de “crônicas da Terra”, como está no subtítulo da minha série de livros. O que eu tenho desvendado tem a ver com as descobertas cotidianas em diversas áreas em que a ciência avança a cada mês, em especial a astronomia, geologia, biologia, genética etc. O que eu faço é inter-relacionar a leitura dos dados ancestrais com as descobertas e inovações atuais. É a ciência moderna resgatando o conhecimento dos antigos, tornando-se mais real e palpável.
Algum dia iremos para outros planetas, seja para exploração ou necessidade, e faremos o mesmo que os ETs fizeram aqui: criaremos vida e a ajudaremos a evoluir. Isso faremos dando a esta nova forma de vida um aspecto muito similar a nossa. Vamos criar uma civilização naqueles mundos. Repetiremos o ciclo, comprovando que tudo é parte de um grande plano. Os planetas também são como entidades vivas, assim como todo o Sistema Solar e as estrelas, como os anunnaki os consideravam
No fundo, todos nós adoramos o desafio representado pelo desconhecido, não é?
Sim, pode-se dizer assim.
Qual é a principal mensagem das chamadas crônicas da Terra que o senhor gostaria de passar aos leitores? A mensagem é esta: não estamos sós. O DNA do planeta Terra, que é a base de todas as formas de vida aqui existentes, desde os micróbios até os humanos, é o mesmo em Nibiru e em qualquer outro lugar do universo. Geneticamente, somos semelhantes aos anunnaki, até porque, como afirma a Bíblia, fomos feitos à imagem e semelhança deles — e não de Deus, como a Igreja interpretou. Naquele versículo bíblico, a expressão “No início criou Deus os céus e a terra” está errada. A palavra Deus deveria estar no plural e com inicial minúscula, deuses, no sentido de seres divinos, sobre-humanos. Ou seja, as anunnaki. Nossas civilizações são parecidas com o que um dia a deles já foi, pois nos deram seu modelo. Nossas guerras, considerando os últimos eventos, são similares às guerras deles, tanto as da Terra quanto as que as precederam, em Nibiru.
Portanto, em muitos aspectos, somos como eles? Sim, com toda razão. E como eu acredito nas profecias bíblicas e penso que são universalmente válidas, não tenho dúvida de que algum dia faremos o que os anunnaki fizeram. Ou seja, algum dia iremos para outros planetas, seja para exploração ou necessidade, e faremos o mesmo que eles fizeram aqui: criaremos vida e a ajudaremos a evoluir. Isso faremos dando a esta nova forma de vida um aspecto muito similar a nossa. Vamos criar uma civilização naqueles mundos. Repetiremos o ciclo, comprovando que tudo é parte de um grande plano. Os planetas também são como entidades vivas, assim como todo o Sistema Solar e as estrelas, como os consideravam os anunnaki. Existe um destino pré-determinado em andamento no cosmos, mas com uma parcela de mudança realizável nele. Somos parte dela. Não estamos sós no universo e nem mesmo em nosso próprio Sistema Solar.