Meu nome é José Américo C. Medeiros, tenho 61 anos e sou gaúcho de São Luiz Gonzaga. Tirei meu brevê no Aeroclube do Rio Grande do Sul (ARGS) e me aposentei após ter acumulado mais de 16 mil horas de vôo, trabalhando nas empresas Varig e Vasp, onde operei aeronaves do tipo Boeing 707, 727 e 737, além de outras de médio e pequeno portes, como o Beechcraft C-45, Aerocomander e uma vasta relação de monomotores. Fui instrutor de vôo elementar no ARGS, na Escola Livre de Aviação (ELA), de Belo Horizonte, e na Escola Pégasus, do Rio de Janeiro.
Desenvolvi meu interesse pela Ufologia de maneira direta, sendo testemunha de UFOs em diversas ocasiões, o que me assegura, independente de uma posição científica indagadora, que se tratam de naves materiais, embora permaneça mistério sua procedência, quem as tripulam e quais são seus objetivos. Considero irresponsável ignorar a realidade do Fenômeno UFO e os milhares – talvez milhões – de testemunhos consistentes de observações destas naves, principalmente vindos de membros da aviação civil e militar.
Mas minha interação com a Comunidade Ufológica Brasileira veio em 2007, através do site de relacionamento Orkut, quando descobri que existiam comunidades ufológicas bem elaboradas e públicas, e passei a ser um debatedor do tema. Enfim, tornei-me um ufófilo e nas comunidades do referido site reparti minhas experiências com outros usuários. Porém, confesso que foi chocante constatar – o que não imaginava existir – um clima de contenda entre os crentes e céticos quanto aos discos voadores. E não foi fácil lidar com espíritos armados e dedicados à desconstrução de relatos testemunhais, inclusive agindo contra a reputação de quem os apresenta.
O disco voador posicionou-se à nossa frente, a cerca de 20 ou 30m, quando pudemos observar que era dotado de janelas similares às de navio, e notamos que em uma delas havia um ser com a silhueta bem destacada. A criatura também era parecida com aquelas em imagens típicas da literatura. O alien nos olhava atento
– José Américo Medeiros
De qualquer forma, em um sentido amplo, ingressar na Ufologia foi, e ainda é, uma experiência fascinante, que me aproximou, às vezes sigilosamente, de outras pessoas com significativos conhecimentos, algumas mais qualificadas e com mais fatos ufológicos a narrar. A elas descrevi que minha ligação com a fenomenologia ufológica se iniciou em 1970, quando fazia um vôo de instrução noturno de pouso e decolagem em um modelo Cessna 172, no Aeroporto Santos Dumont. Estávamos em quatro ocupantes na aeronave, sendo eu no comando. Comigo estavam o também Instrutor de vôo Celso Medeiros, e os nossos alunos, o atual comandante em helicópteros Orlando Rafael – que é um dos atuais dirigentes do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) –, e o piloto Paulo Gerson, falecido em um acidente aeronáutico nogarimpo.
Objeto discóide sobre aeroporto
Era cerca de 00h30 de uma noite clara e estrelada, quando manobrava o avião na “perna do vento” [Trajetória paralela à pista e contrária à direção de pouso] da pista 20 do Santos Dumont e observamos uma luz intensa se aproximando de nossa aeronave, em trajetória descendente. Prontamente perguntamos à torre de controle sobre a existência de tráfego aéreo naquela área, o que foi negado. O artefato então se aproximou ainda mais e pudemos vê-lo claramente, com todos os detalhes, e identificá-lo como semelhante a fotos e desenhos de casos testemunhados por outras pessoas. O UFO tinha a forma de um prato de sopa invertido e uma luz circular em seu bojo, de cor clara intensa, e girava sob seu eixo a cada segundo, aproximadamente.
O disco voador posicionou-se à nossa frente, a cerca de 20 ou 30 m, em posição lateral ao Cessna, quando pudemos observar que era dotado de janelas similares às de navio, e notamos que em uma delas havia um ser com a silhueta bem destacada. A criatura também era parecida com aquelas em imagens típicas da literatura ufológica. O alien nos olhava sem curiosidade, mas atento. O interior da nave era iluminado por uma luz branca, similar à nossa doméstica. Chamou-me particular atenção a cabeça do ser, que tinha tamanho avantajado, além dos olhos, que eram oblíquos e grandes.
Após alguns segundos, o objeto tomou o rumo da Praça 15, onde está o terminal das barcas que fazem a travessia entre o Rio de Janeiro e Niterói. Decidimos tomar o mesmo caminho para tentar segui-lo, e alertamos a torre de controle sobre isso, mas o controlador não conseguiu observar o disco. Em seguida, a nave imprimiu altíssima velocidade, aliada a uma curva de 90 graus, desaparecendo de nossa visão como se tivesse entrando em outra dimensão. O interessante foi que a trajetória final, em alta velocidade e em altitude aparentemente abaixo de 150 m, o conduziria a um choque inevitável com o Pão de Açúcar, o que não ocorreu. Pergunto-me se teria entrado em algum portal, mas não sei responder.
Após pousarmos, encontramos o controlador de vôo, que nos disse excitado que, na área terminal do Rio de Janeiro – um espaço de quase 90 km de circunferência em torno do aeroporto – não havia outra aeronave em vôo senão a nossa. Nada sentimos a bordo, nenhuma forma de interação física ou na aparelhagem eletrônica de bordo. Também não observamos anomalias, tais como rádios emudecendo ou dificuldades no motor. Por incrível que pareça, também não houve assombro nem medo por parte de qualquer um dos ocupantes do Cessna, e pouco conversamos sobre o fato quando aterrissamos. Ainda hoje, quando encontro os companheiros daquele vôo, não tocamos no assunto. Mas esta não foi minha única experiência.
Outro caso surpreendente ocorreu durante um vôo internacional diurno, quando eu já voava para a Varig em um Boeing 707, ocupando a função de segundo oficial de bordo, hoje equivalente a co-piloto. O fato aconteceu em 1974 e fazíamos um vôo partindo do Aeroporto do Galeão, o agora Maestro Antonio Jobim, do Rio de Janeiro, para Roma. O avião era cargueiro e estava sendo pilotado pelo comandante P, já falecido [Nome resguardado a pedidos], um dos mais experientes aviadores da época. O Boeing estava em vôo de cruzeiro, passando ao largo de Marrocos, quando, às 17h00, com o céu claro e visibilidade ilimitada, avistamos, à direita, uma nave de grande porte cujo formato lembrava um Zeppelin. Estava a cerca de 20 graus de nossa posição e em torno de 10 a 20 km, aparentemente na mesma altitude, ce
rca de 10.000 m. O mais interessante era que de seu interior saíam e depois retornavam naves menores.
Naquele instante, estávamos em contato por rádio com os controladores de vôo do Marrocos, em freqüência HF, e notificamos a ocorrência. Fomos então alertados para o fato de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) já estava ciente do que acontecia e nos orientava a desviar o Boeing 30 graus à esquerda, pois aeronaves bélicas haviam sido acionadas para se dirigirem ao local, para identificação do objeto. Assim aconteceu e logo cruzamos com duas esquadrilhas de jatos militares.
Nave-mãe sobre o Oceano Atlântico
Olhando para trás, ainda percebíamos o intenso movimento de naves não identificadas na área, mas as que tínhamos visto – a nave-mãe com os objetos menores – já estavam tão longe que pareciam insetos à distância. De qualquer forma, as dimensões do objeto maior eram assombrosas, quase do tamanho do Estádio do Maracanã. Passadas algumas horas, pousamos em Roma e praticamente nada foi noticiado pela imprensa naqueles dias.
Como na época estávamos no amargo período da Ditadura Militar, e reinava muito preconceito e escárnio contra testemunhos de avistamentos ufológicos, decidimos nada divulgar sobre o ocorrido, pois qualquer menção ficaria prejudicada pelo ambiente hostil da época. Lembro-me, no entanto, que todos nós, na cabine de comando do Boeing, reagíamos entre controladamente incrédulos e vislumbrados, como se assistíamos a algo numa tela de cinema. Não me recordo se houve interferências na operação de vôo ou nos instrumentos.
Anos mais tarde, através de um site ufológico, no qual entrava com pseudônimo, recebi a mensagem de uma senhora que se dizia portuguesa e ex-controladora aérea de uma base da OTAN. Ela me disse que as aeronaves militares baseadas em Portugal haviam retornado com farta documentação fotográficas e filmes daquela nave-mãe, e que todo material foi exposto em um hangar fechado aos militares, sem mais explicações, “como se quisessem outras testemunhas além dos pilotos e controladores envolvidos diretamente”, segundo declarou. Disse-me também, noutra ocasião, que não sabia para onde as tais evidências haviam sido levadas.
Pelo que se sabe, naquela época havia muito cuidado governamental com a questão ufológica. A França recém admitira, em 1976, ter iniciado pesquisas oficiais sobre os casos ocorridos naquele país, e talvez alguma informação sobre este episódio possa estar contida nas mais de 100 mil páginas de documentos que o Grupo de Estudos e de Informação de Fenômenos Aeroespaciais Não Identificados [Groupement d’Etude et de Information des Phénomènes Aérospatiaux Non Identifiés, GEIPAN] tornou públicos recentemente [Veja edição UFO 133].
Outro caso que vivi pessoalmente ocorreu simultaneamente a um vôo da extinta companhia aérea Transbrasil, em 1977. Foi um evento que teve muita notoriedade, tendo sido exibida uma gravação da conversação entre os pilotos envolvidos e os controladores de vôo no programa Fantástico, da Rede Globo. Tudo começou no então Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro. Eu pilotava um vôo da Varig que estava prestes a decolar para Porto Alegre, apenas três minutos após o vôo da Transbrasil, e iríamos usar a mesma pista, a 14, e o mesmo perfil de subida. Após a decolagem, tivemos perda total de comunicação por rádio e não conseguíamos escutar sequer a orientação da torre de controle. Passamos para a freqüência específica do controle de subida, e também nada.
Perseguição aérea na Região Sudeste
Achamos aquilo muito incomum, mas, mantendo o perfil da subida autorizada, somente conseguimos contatar o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), de Brasília, quando estávamos próximos de atingir 6.700 m de altitude. Neste momento, começamos a captar pelo rádio a fonia da tripulação da Transbrasil com o controle de Brasília. Eles mantinham um impressionante diálogo sobre um objeto intensamente iluminado próximo ao Boeing daquela companhia. O piloto e o controlador se referiam a uma verdadeira “brincadeira de gato e rato” com o UFO. Ora o objeto ficava na cauda da aeronave, ora à direita, ora à esquerda, rumando algumas vezes para o alto-mar e voltando em alta velocidade, realizando manobras absurdas, sendo descritas pelos tripulantes como uma intensa luz.
Da nossa posição, não muito distante, víamos apenas aquela forte luz executando movimentos incompatíveis com os de uma aeronave convencional, mesmo militar, além de uma velocidade surpreendente – O Cindacta chegou a registrar velocidades superiores a 2.000 km/h. Logo depois, o Transbrasil iniciou descida para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que era seu destino, e nós continuamos em rota para Porto Alegre. Quando trocamos de freqüência, passando do controle de Brasília para o de Curitiba, ação mandatória, perguntamos aos operadores o que se passava. O controlador respondeu: “O UFO está estacionado em alto-mar. Sua velocidade detectada é zero e altitude não definida. O objeto está no través da Restinga de Marambaia”.
Este foi um caso extraordinário, mas também não sentimos qualquer interação do objeto com nossa aeronave, exceto o que eu presumo que tenha sido uma influência da presença próxima do artefato, ou seja, a completa perda da comunicação eletrônica de nosso avião, tanto na freqüência em VHF quanto em UHF. Nem o transponder [Aparelho que responde ao radar do controle de vôo, enviando dados como velocidade, altitude, rumo e identificação do avião] funcionava. Isso confirma afirmações de que a proximidade de tais naves gera campos magnéticos que bloqueiam emissões de rádio e interferem em aparelhos eletrônicos em geral. O que me chama a atenção é que o UFO fez todo tipo de manobras e seus ocupantes pareceram se interessar apenas pelo Boeing da Transbrasil, e não pelo nosso, que estava apenas poucos quilômetros atrás. Por quê? O que haveria naquela aeronave que tenha despertado tal atenção?
Este fato lembra muito o Caso Vasp Vôo 169, de 08 de fevereiro de 1982 [Veja edição UFO 130], e a chamada Noite Oficial dos UFOs no Brasil, de 19 de maio de 1986, pelo envolvimento do contro
le de tráfego aéreo e também pela proximidade dos objetos voadores não identificados com os aviões. Também estive envolvido neste segundo episódio. Naquela noite, por volta de 20h00, eu era um dos tripulantes em um Boeing 737-200 da Vasp que rumava para São Paulo. Era uma noite estrelada, com raras nuvens no céu e ampla visibilidade horizontal e vertical. Aproximávamos da divisa entre o Paraná e São Paulo quando percebemos que o nosso radar meteorológico apresentava diversos pontos de contatos, o que é raro, pois detecta principalmente formações meteorológicas.
Flotilla de UFO sobre São Paulo
Naquela hora, ao acompanharmos as comunicações de outras aeronaves civis com o Cindacta, em Brasília, soubemos que vários objetos voadores não identificados estavam se deslocando em alta velocidade sobre diversas áreas da Região Sudeste, gerando muitas detecções pelos radares de diversos aeroportos. Nossa reação foi diminuir as luzes internas da cabine do Boeing para melhor observarmos a noite em busca de alguma daquelas luzes. E as encontramos! Eram muitas e de diversas cores, todas em alta velocidade e com direções de vôo aleatórias, com mudanças bruscas de rota. Naquele instante, o Cindacta nos informou que aeronaves militares estariam decolando para averiguar o fato, e, assim, silenciamos as comunicações e apenas observamos o que viria.
O movimento continuou intenso nos céus de São Paulo, até iniciarmos a descida e posterior aproximação para pouso no Aeroporto de Guarulhos. Ainda não havia sido dada a notícia dos avistamentos em massa e, assim, não houve movimentação de repórteres em nosso desembarque. Mas, se houvesse, e se eu fosse perguntado sobre o fato, acredito que pensaria duas vezes antes de responder. Tudo o que aconteceu naquela noite foi real e impactante. Por várias ocasiões estive pessoalmente com o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Moreira Lima, inclusive em seu gabinete, e ele jamais modificou as declarações que deu à imprensa na época. Tampouco foi além da versão oficial, a de que algo não entendido e inconcluso sobrevoou o país, apesar de confirmar o que todos sabemos: a presença maciça de objetos não identificados com desempenho além de nossa imaginação. A atitude de Moreira Lima, de divulgar oficialmente o acontecido, foi corajosa. Precisamos de posturas iguais em nosso país [Veja edição UFO 140].
Além de minhas próprias experiências com UFOs, sei de muitos acontecimentos ocorridos com meus colegas de aviação. Mas são histórias que pertencem a eles, que eu não me sinto confortável para narrar. São eles que devem fazê-lo. Mesmo porque, há ainda muito preconceito e ironia, e até mesmo agressão, a quem se propõe a divulgar fatos estranhos e ainda não assimilados pela ciência. De qualquer forma, pilotos de linhas regulares se calam quanto às suas experiências, temerosos da possibilidade de terem as suas profissões prejudicadas, mesmo após a manifestação pública do ministro da Aeronáutica, confirmando como reais os eventos de maio de 1986.
UFO sobre a ponte Rio-Niterói
Infelizmente, atitudes de deboche, ironia e descrença quanto ao Fenômeno UFO, por parte de movimentos céticos destrutivos, fazem com que os profissionais de aviação se recusem a revelar suas experiências, selando testemunhos valiosos. De qualquer forma, entre os fatos descritos por meus colegas de aviação, só me sinto à vontade para relatar o que ouvi de um comandante da Varig em uma noite de longas conversas no cockpit de um Boeing. Ele me revelou que fazia parte de um grupo de estudiosos, de reduzido número, que mantinham contatos de terceiro grau com entidades alienígenas, em épocas previamente determinadas, na Serra da Cantareira, em São Paulo. Disse-me que, quando se reuniam no local, eram ministrados diversos ensinamentos. Apesar do convite recebido, não participei desse grupo.
Também tive experiências com UFOs a partir do solo, e uma delas ocorreu em agosto de 2007, ao cruzar a ponte Rio-Niterói. Estava com minha esposa, Sílvia, e ambos avistamos um objeto que, à primeira vista, pareceu uma aeronave convencional em manobras de aproximação para o Aeroporto do Galeão ou Santos Dumont. Se fosse, estaria em uma posição paralela e afastada da parte mais alta da ponte, em alinhamento com a pista de decolagem 14 do Galeão, a não mais do que 1.500 m de altura. Porém, apesar de estar dirigindo, prestei mais atenção e percebi que não se tratava de uma aeronave, e muito menos de um balão. Era algo estacionário que emitia um flash intenso em padrão não linear. Não havia outras fontes de iluminação no aparelho.
Enquanto dirigia, eu olhava e prestava atenção naquilo, e ficava cada vez mais próximo de sua posição lateral. Não sei se outros motoristas também estavam observando o objeto, mas percebi mais de uma decolagem da pista 09 do Galeão, o que configurava que a pista 14 não estava sendo utilizada naquele instante. Isso não significa que o objeto pudesse estar interditando os procedimentos de decolagem nela, pois poderia ser simplesmente uma questão de ventos, limitações de peso em relação à pista ou mesmo preferência dos comandantes das aeronaves pela pista maior, de número 09. Mesmo assim, concluo que, se um UFO estivesse nas telas do radar do Aeroporto do Galeão, certamente a torre de controle deveria estar tomando providências para conduzir o tráfego em subida por outra área.
Enquanto me aproximava do artefato, pude perceber, com segurança, que o padrão do flash configurava a emissão dos seguintes grupos de letras em Código Morse: H-I-S-5 e M-O-0. Após passar pelo pedágio da ponte, surgiu um segundo objeto no céu, com as mesmas características, porém mais baixo. Também este UFO passou a emiti
r o mesmo sinal. Em seguida, infelizmente, os perdi de vista, pois foram ocultados pelos prédios de Niterói. Pesquisei intensamente o significado daquela emissão, inclusive inquirindo ufólogos brasileiros e estrangeiros. Porém, jamais compreendi seu significado. Como resultado de minhas pesquisas, no entanto, obtive a indicação de que ambos os grupos de letras estão relacionadas ao Projeto Genoma, sendo M-O-0 uma variante do molibdênio.
Fenômeno celeste colossal
Outro evento ufológico que testemunhei – e que considero o mais marcante em minha vida – ocorreu próximo de onde resido, em Visconde de Mauá (RJ), na Serra da Mantiqueira, apesar de estar sozinho e não poder compartilhar o fato com ninguém. Um bom exemplo do que fui testemunha pode ser visto nas clássicas séries de ficção científica, como Perdidos no Espaço [1965], Star Wars [1977] etc, onde são mostrados sistemas de teletransporte, geralmente através de feixes de luz multicolorida. O que eu vi foi muito parecido com isso. Aconteceu na referida cidade, precisamente sobre a Vila de Maringá, terra que amo por sua natureza bela, encantada por suas cachoeiras e matas preservadas.
Certa noite fria e estrelada de inverno, ao sair de um restaurante, vi um tubo multicolorido descendo dos céus, em silêncio e a partir de elevada altitude, entre 30 a 60 km. Aquilo se alongou verticalmente do seu ponto inicial em direção ao solo. Em certo momento, creio que a 10 km de altitude, iniciou em sua base um movimento circular crescente, mantendo-se o formato do tubo e suas cores. Para se ter idéia do que viria a seguir, imagine o leitor uma pedra jogada em um lago e a circunferência crescente provocada pelo impacto, propagada durante certo tempo. As bordas desta circunferência eram revoltas, como ondas ou nuvens de tempestade, e cinzas.
Tendo a circunferência atingida certo diâmetro, iniciou-se um movimento contrário, voltando para a base do tubo e, chegando a este ponto, o mesmo foi subindo verticalmente, consumindo-se como num filme em reversão, até desaparecer em um ponto final. Pela atitude, diria que seria um tubo imenso, com mais de 10 km de comprimento, e o círculo deve ter atingido pelo menos 20 km em diâmetro. Todo esse fato não durou mais de alguns segundos. Não sei de outras testemunhas deste caso, pois a vila estava deserta, eu e minha mulher tínhamos sido os únicos clientes do restaurante. Porém, o fato não foi presenciado por ela, pois havia ficado para trás pagando a conta. Ainda a chamei, mas, quando chegou lá fora, o evento havia terminado. O que seria esse fenômeno? Não sei, mas acho difícil explicá-lo em termos naturais, como o ingresso de um meteorito na atmosfera, raios ou explosões aéreas de outras causas conhecidas.
Após todas as experiências, que narro pela primeira vez a uma publicação ufológica, tendo escolhido a Revista UFO para fazê-lo, pretendo continuar a perscrutar este mistério, principalmente mantendo contatos com outros buscadores pela internet, escrevendo e debatendo. Há iniciativas de alto nível da Ufologia Brasileira, que pleiteiam reconhecimento por parte da ciência acadêmica, oferecendo a ela a prova definitiva de que não estamos sós. Eu separo bem minhas experiências pessoais, que me levam a afirmar categoricamente que estamos sendo visitados por outras civilizações em veículos avançados, os UFOs ou discos voadores – mesmo que ainda não saibamos sua origem, qual é a intenção de seus tripulantes e seu interesse em nosso planeta –, e as necessidades científicas de uma prova material.
Entendo que o ceticismo científico é proveitoso para a Ufologia, mas o que não é desejável é o ceticismo destrutivo, que nada acrescenta e que a tudo nega, sem base alguma, apenas o desejo de rechaçar algo que não se conhece. Da mesma forma, julgo como muito prejudicial à Ufologia o fanatismo e o misticismo exagerado. Dentro deste conceito pessoal, apóio a busca de evidências conclusivas seguindo metodologias já consagradas e outras a serem desenvolvidas, e considero apropriado o enfoque do Centro Nacional de Registros Aeronáuticos de Fenômenos Anômalos [National Aviation Reporting Center on Anomalous Phenomena, NARCAP], dirigido pelo ufólogo e engenheiro norte-americano Richard Haines e pelo pesquisador Ted Roe. A NARCAP se dedica a analisar os casos ufológicos em que estariam envolvidas questões de segurança de vôo – a entidade trata os UFOs como UAPs, sigla em inglês para fenômenos aéreos não identificados.
“Eles estão aí, sem dúvidas”
Considero que temos no Brasil uma disposição ao debate ufológico construtivo, através da Revista UFO, que é um veículo democrático e aberto a todas as vertentes ufológicas, além de muitos pesquisadores respeitáveis, como Claudeir Covo, Ubirajara Rodrigues, Rogério Chola, A. J. Gevaerd, Milton Aloísio etc, além de intenso intercâmbio internacional. Concordo com grandes pensadores desta área, como Jacques Vallée e o citado Haines, quando dizem que ainda temos muito o que progredir nesta busca de respostas sobre quem são e o que desejam nossos visitantes. Que estão aí, disto não resta dúvidas. Ainda que não possam, não queiram ou não os deixam que sejam vistos de forma clara e definitiva.