Uma bandeira para a Terra
Estive no dia 05 de março na residência de nossa maior e mais importante pioneira, a “matriarca” da Ufologia Brasileira Irene Granchi, no Rio de Janeiro. Sempre fiz questão de mencionar que boa parte da inspiração que sempre recebi para fazer a Revista Ufo, desde 1985, veio dessa senhora, hoje com 90 anos, que verdadeiramente chocou o país na década de 40 quando começou a fazer suas investigações de um fenômeno que a inquietava desde a adolescência. Dona Irene, como é chamada essa querida senhora, foi uma desbravadora que, através de incansável campanha de divulgação da Ufologia, acordou a nação para a realidade das visitas extraterrestres e preparou uma geração de estudiosos para dar continuidade ao seu trabalho. Hoje, aposentada da Ufologia, sem forças físicas para subir e descer morros atrás de testemunhas e bons casos, dona Irene conserva a força intelectual que cultivou em suas mais de cinco décadas de pesquisas, período em que tornou a Ufologia Brasileira conhecida e respeitada em todo o mundo.
Na visita que lhe fiz, para rever quem tanto admiro, ouvi dela uma expressão que me surpreendeu. Referindo-se à exploração de Marte pela NASA, que acompanha como pode, ela disse: “Gevaerd, agora que estamos indo cada vez mais a outros planetas, é hora de termos uma bandeira para a Terra, que as futuras equipes de exploradores possam apresentar em suas missões, e não mais bandeiras de seus países”. É verdade. Norte-americanos ou russos, chineses ou franceses, indianos ou paquistaneses, perante o espaço exterior todos esses astronautas são, antes de tudo, terrestres. O raciocínio de nossa matriarca está absolutamente certo. Porém, receio que não será ouvido. Pelo menos enquanto não nos desfizermos de nossas limitações e egos humanos, fronteiras e limites planetários, obstáculos e barreiras espirituais. De qualquer forma, se um dia conseguirmos vencer tanto atraso e adotarmos a idéia da bandeira mundial, que fique claro: ela é mais uma grande contribuição de nossa ufóloga!