A UFOLOGIA E O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA
Nos tempos atuais, diversificados pela intensa parafernália da Cibernética, faz-se necessária uma urgente tomada de consciência individual. Assolados, como somos, por uma total falta de cultura holística, tendemos a tomar atitudes fragmentárias ante os propósitos mais essenciais da existência.
O propósito dos discos voadores, ao meu ver, está sorrateiramente fazendo com que nós – os pesquisadores – consigamos despertar uma inteligência que teima em ficar num estado semi-letárgico. Com “o despertar de uma consciência planetária” compreendemos que já se faz imperioso esse tipo de atitude por nossa parte, ainda que, como prejuízo, venhamos a lamentar a falta de estrutura que o próprio Fenômeno UFO nos lega, e tem feito isso através dos anos. Veja-se as dificuldades encontradas em todos os setores de pesquisa privada e também governamental de dar uma equação plausível para o fenômeno extraterrestre.
Podemos, sem hesitação, dizer que os três patamares fundamentais QUEM SÃO, O QUE DESEJAM e DE ONDE VÊM, foram parcialmente decifrados, embora já tenhamos obtido uma grande quantidade de informação subliminar, que por si só é um grande prêmio à pesquisa séria.
Na minha opinião – e o leitor talvez concorde – o maior obstáculo que se antepõe à nossa compreensão do Fenômeno UFO se relaciona essencialmente com a sua enigmática natureza. A vista de um fenômeno tão misterioso e complexo, uma pessoa inteligente deveria sentir somente desânimo e admiração. Devemos reconhecer que todos os conhecimentos e teorias referentes ao Fenômeno UFO apenas podem ser considerados pontos de vista provisórios. Um exemplo é a descoberta de singularidades no fenômeno, mais comumente chamados de “aspectos paranormais”, cujas tentativas práticas e teóricas para explicá-los têm sido insuficientes.
Independente de como se tenta resolver essa controvérsia, uma realidade parece estabelecida: de que o Fenômeno UFO é estranho à espécie humana, seja em partes, seja no seu todo. Mas, se isto constitui uma verdade, estamos numa situação esquisita e melindrosa, porque é absolutamente impossível estabelecer a verdadeira natureza de algo que é periférico aos nossos conhecimento conceituais.
Deixemos agora o domínio dos “não identificados” e vamos situar-nos nas fronteiras do conhecimento do homem. Nossa precária situação irá piorar ainda mais, porque este – homo sapiens – é inequivocamente mais complexo do que o próprio disco voador a ser estudado. Todas as pessoas que têm interesse por este tema, recordam com particular satisfação as agruras de lidar com a honestidade humana, nos seus princípios éticos e morais. E isto toma-se a verdadeira problemática insolúvel para muitos que tentam levar adiante um trabalho e apreciar uma possível conclusão.
Quando, em conferências, mostramos aos nossos ouvintes certos aspectos do Fenômeno UFO, muitos deles se manifestam categoricamente: “Parece irreal” afirmam. E eles o são em verdade, pois estamos aqui lidando com um universo próprio onde a presteza humana e o relatório final de um possível contato, tornam-se confusos e contraditórios.
Porém, o leitor verá que, nesta revista, o impossível é uma inteligente maneira de abordar o tema, baseando-nos na honestidade de princípios mais elevados. Esta revista é o resultado de árduos anos de trabalho, através da colocação de eméritos estudiosos, que no mínimo se dispuseram a apreciar o irreal do fenômeno como algo plausível de ser analisado, intuído e pensado.
Um editorial é sempre uma maneira cálida de exemplificar o início de um vasto horizonte. Uma singela maneira de dizer ao leitor que, em grande parte, não possuímos a resposta à todas as perguntas formuladas. Mas, sem dúvida, é um meio de esbarrar nas sensíveis metas propostas, no sentido de darmos a todos os que nos lêem o incentivo para pensar globalmente sobre o disco voador que emerge das brumas seculares e se antepõe à nossa mente inquiri-dora e desejosa de uma solução. Por vezes, chego a acreditar que esse momento está próximo: nas próximas páginas, todos verão que o “criar estímulos” é uma tônica constante, que facilitará o ingresso da nossa inteligência no mundo supranatural e mágico dos Objetos Voadores Não Identificados.
O problema é simples: somos a única espécie vivente neste universo incomensurável ou temos a companhia de outras civilizações inteligentes? As alternativas são assustadoras, pois para qualquer lado que optemos, não haverá meio termo, ou será profundamente decepcionante ou magistralmente dignificante.