O que falta para o contato
À medida em que nós humanos crescemos, vamos tendo a ampliação de nossos pensamentos e idéias. E aí que me sinto diferente da grande maioria. Sei que existem milhares de pessoas que pensam como eu, mas infelizmente são uma minoria em relação à Humanidade. Todos nós temos nossas crenças, fantasias e paranóias. E quando nos referimos aos discos voadores, geralmente a maioria das pessoas nos vêem como malucos. Mas num planeta onde só se vive de dinheiro e sexo, não poderia ser diferente – especialmente tendo-se em vista que é dificílimo provar a existência de seres alienígenas e facílimo ignorar o assunto.
O ser humano é uma raça que está sempre em evolução, seja mental, espiritual ou tecnologicamente. Mas quanto mais dinheiro temos, maior será nosso prazer e nossa evolução? Imagine-se dentro de uma cápsula espacial que tivesse a capacidade de voar à velocidade da luz. Você liga os motores e num piscar de olhos está a muitos anos-luz de casa. Olha pela janela e observa o infinito de estrelas e planetas que deixou para trás. Você decide ir em frente repetindo o mesmo trajeto e observando estrelas e planetas. Faz isso milhares de vezes e mesmo assim, nunca se aproximará do final do universo. E aí que terá que chegar a uma conclusão: a de que não estamos sós no Cosmos. Mas se temos companhia, por que não a conhecemos?
Aprendemos no estudo das religiões que o homem nasceu de Adão e Eva. Já a Ciência diz que nossa origem vem dos macacos. Se a primeira hipótese é correta, como se explica que do cruzamento de irmão com irmã nasceram filhos perfeitos? Mas se for correta a segunda suposição, por que nem todas as raças de primatas evoluíram? Penso que somos criaturas descendentes de outros humanos ou simplesmente de uma mistura de diversas raças originárias de fora do planeta Terra. Analisando estas três hipóteses apresentadas, vê-se claramente que esta última é a mais viável.
Muito se ouve falar sobre pessoas que tiveram contatos com ETs ou que são mensageiros de seres estelares. Verdade ou mentira? Com certeza os dois!É possível que existam muitos seres híbridos infiltrados ou mensageiros extraterrestres que afirmam ter mantido contato com extraterrestres. O grande problema são os mentirosos e sensacionalistas que querem aparecer ou tirar proveito de tais situações. Nisso se vê que o papel do ufólogo não é provar que UFOs existem, já que se tem certeza disso, mas sim desmascarar as farsas criadas em torno do assunto.
Mas resta a pergunta derradeira: por que tais seres estão vindo à Terra? Acredito que venham buscar alguma coisa que possuímos aqui em abundância, que eles talvez não tenham mais.É possível que sejam seres dispostos a conhecer a vida e a emoção terrestres. Ou talvez sejam tão emotivos que queiram nos mostrar sua forma de sentir. Se são agressivos, por que ainda não invadiram nosso planeta, tendo em vista possuírem tecnologia tão elevada?É difícil responder a estas perguntas, mas acho que o que nos impede de um contato mais próximo com os seres alienígenas são os governos terrestres. Se essas criaturas chegassem à Terra e nos ensinassem a viver sem dinheiro, religiões, sistemas políticos, guerras etc., o que seriam dos órgãos privados, das entidades governamentais, igrejas, partidos políticos e bancos?
Infelizmente, por sermos muito atrasados espiritualmente, totalmente ligados ao lado material de nossa existência, tais seres estão chegando devagar à Terra – talvez para não entrarmos em pânico. Ou, quem sabe, estejam vendo tanta bagunça e ódio na Terra que preferem se manter a distância, já que nem toda a Humanidade teria imenso prazer de conhecê-los… Como ufólogo, quero ter esta honra um dia. E o que todos os pesquisadores que estudam o Fenômeno UFO querem! Por isso, vejo que a Ufologia deveria ser intensamente propalada por quem a pratica, de forma a atingir principalmente os governos, para que nossas autoridades percebam que temos o direito de saber da verdade, independentemente dela ser boa ou ruim. Talvez seja esta a chave para o nosso progresso físico e espiritual. Além, é claro, de continuarmos com fé em Deus.
Roosevelt Luiz Machado Tristão,
Rua Onofre Mendes 101, Casa 2,
36026-370 Juiz de Fora (MG)
Astronomia e Meteorologia
Terminando de ler a UFO 58, percebi estupefato a arrogância de seu editor, auxiliado pelo consultor Ricardo Varela, ao criticar publicamente o parecer dado pelo astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão sobre a sonda de Capão Redondo [Observada em 2 de janeiro de 1998]. O editor desta conceituada revista, valendo-se de sua posição, dispara várias críticas ao doutor Mourão, fazendo comparações esdrúxulas e – o que é o mais grave – completamente equivocadas.
Ao contrário do que pensa o editor de UFO, que certamente não deve ser um cientista, a Astronomia não está a léguas de distância da Meteorologia, embora, à primeira vista, essa possa ser a impressão causada.É certo que cada ciência tem sua área primordial de atuação. Porém, muitas vezes uma ciência detém conhecimentos de outras áreas. Também é necessário que se saiba que nem por causa das suas especificações e propósitos, um cientista de uma determinada especialidade não possa emitir seu parecer em uma questão que aborde assuntos ligados a outras áreas do conhecimento. No caso particular das ciências em questão, é necessário que se saiba que ambas são ramificações da Física que, no caso específico de cada ciência, foram direcionadas para a análise de fenômenos particulares: a análise espacial (no caso da Astronomia) e a análise atmosférica (no caso da Meteorologia).
Ainda é necessário que se saiba que os astrônomos, de forma geral, são profundos conhecedores de Física. Normalmente, os astrônomos se formam primeiramente em Física e depois seguem o seu curso de Astronomia. E os físicos são, embora se pense o contrário, bons conhecedores dos aspectos físicos meteorológicos. No caso particular do doutor Mourão, este, além de excelente astrônomo, é um profundo conhecedor de Meteorologia, possuindo diversos livros e artigos já publicados sobre o tema. Certamente o editor de UFO também desconhece esse fato, pois em determinado trecho de sua crítica quanto à opinião do astrônomo, que se refere ao fenômeno visto em Capão Redondo como sendo um possível relâmpago globular, diz que “…nem os meteorologistas ousariam usar tal teoria para explicar o UFO”. Sinto muito que o editor da maior publicação nacional (e quiçá internacional) sobre Ufologia tenha uma visão tão acanhada da Ciência atual, achando que um cientista de uma determinada especialidade não possa deter conhecimentos noutras áreas.
A pensar tão restritamente, pergunto: o que um técnico em computadores, um advogado, um jornalista ou até mesmo uma professora de inglês podem dizer a respeito de um fenômeno tão complexo como os UFOs? Garanto que a maioria dos ufólogos não possui sequer os conhecimentos básicos em muitas das disciplinas necessárias ao perfeito entendimento do tema e, a despeito de tal fato, ainda assim são capazes de produzir excelentes matérias sobre o mesmo.É preciso saber que há muito tempo a chamada Ciência ortodoxa ou oficial vem se livrando de seus preconceitos especificativos para tentar buscar suas conclusões no conjunto das disciplinas, e não isoladamente.
Há muito tempo a Ciência oficial vem se livrando de seus preconceitos para tentar buscar suas conclusões no conjunto das disciplinas
Assim, é normal que uma determinada ciência invada a área de estudo de outra para completar sua teoria. A Astronomia e a Geografia são duas das disciplinas pioneiras neste aspecto, pois dependem dos conhecimentos de várias áreas para finalizarem suas próprias teorias.
Quero deixar claro nesta crítica que em momento algum estou pondo em discussão o fato do incidente ocorrido em Capão Redondo ser ou não uma sonda ufológica. O que sustento é o fato de que, para tal caso, a Ciência forneceu uma explicação plausível nas pessoas dos doutores Ronaldo Mourão, Osmar e Iara Pinto. Creio que seja nossa obrigação respeitar a opinião desses cientistas, mesmo que se prove o contrário. Também creio que o Caso Capão Redondo mereça uma análise mais detalhada. Existem ainda vários fenômenos naturais que não foram satisfatoriamente estudados e há muitos ainda por serem descobertos. Os ufólogos não devem sair por aí alegando que tudo o que é visto, não se enquadrando dentro dos fatos conhecidos, deve necessariamente ser um disco voador. Por exemplo, há um fenômeno luminoso ainda pouco conhecido da Ciência, embora provavelmente natural, que pode durar tempos superiores a uma hora e serem confundidos com UFOs.
Por fim, alerto os editores de UFO para o fato de que, antes de dispararem suas críticas em cima de mim, eu também tenho formação científica em nível superior e técnico, e também sou pesquisador do Fenômeno UFO há vários anos. Assim, não creio que seja prepotência de minha parte saber que tenho respaldo para emitir críticas sobre eventuais erros que por ventura possa perceber nesta publicação. Espero que recebam esta crítica de forma construtiva e que vejam que a atitude mais sensata a ser tomada seria uma retração pública em relação ao tão qualificado cientista.
Luciano Álvaro de C. Cunha,
Rua Dr. Mário Magalhães 177,
31710-360 Belo Horizonte (MG)
A sonda de Capão Redondo e a falta de bom-senso
A Revista UFO mantém sua posição crítica quanto ao astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, expressada na matéria mencionada. Embora seja evidente que as disciplinas científicas se interliguem e seus praticantes tenham que buscar respostas noutros campos, ainda assim deve-se no mínimo respeitar o bom-senso.É bastante comum que um astrônomo tenha conhecimentos de Meteorologia. Mas este definitivamente não pareceu ser o caso do doutor Mourão, que aventou para o Caso Capão Redondo uma explicação simplesmente absurda. Ou seja: além de fugir da área de sua especialidade, cometeu um erro grotesco.
Entretanto, o mais absurdo no procedimento do astrônomo defendido pelo leitor foi o fato de que este cientista sequer compareceu ao local dos fatos ou entrevistou os envolvidos, para que pudesse fazer alguma análise séria da situação. O doutor Mourão limitou-se a assistir uma reportagem sobre o assunto na tevê e dar uma opinião leviana e sem embasamento sobre ocorrido.
Como se não bastasse, em inúmeras ocasiões anteriores o doutor Mourão tentou imputar descrédito à Ufologia desmerecendo casos que, mais tarde, foi obrigado pela opinião pública e a Imprensa a admitir como autênticos. Nestes casos, foi o astrônomo quem valeu-se de sua posição para fazer comentários esdrúxulos e completamente equivocados.
A. J. Gevaerd, editor,
em resposta à opinião acima