QUANDO FICÇÃO SE TORNA REALIDADE
Marco Túlio N. Chagas
Desde os primórdios da civilização humana na Terra, registros deixados através de pinturas rupestres dão conta da existência de seres que, em suas máquinas voadoras, pousavam e passavam informações aos habitantes daquela época que, de alguma forma, sabiam, mediante vagas lembranças, de seu longínquo parentesco com tais seres. Com o passar dos tempos, novas evidências foram se incorporando ao vasto conhecimento da casuística ufológica que temos hoje no planeta. Indícios da presença extraterrestre no Monte das Oliveiras, há dois mil anos, e em quadros de vários pintores – famosos ou não – são mais do que registros, são provas de que nunca estivemos sós.
Livros e filmes também são excelentes pontos de referência para quem quiser saber um pouco mais sobre nossos irmãos espaciais. Através desses meios, pessoas que tiveram acesso a documentos secretos dão sua versão sobre o que, de fato, vem ocorrendo ano a ano conosco (como é o caso de Whitley Strieber). Todavia, tanto a arte literária como a cinematográfica estão sujeitas a chacotas por parte da população. O maior exemplo disso é o famoso filme sobre o Caso Roswell, divulgado ao grande público recentemente, alvo de grandes críticas por causa da polêmica causada em torno da autópsia dos seres capturados na nave acidentada na cidade norte-americana. Naquela época, não se dispunha ainda de um aparato humano e mecânico, visando dar fim a todas as provas da presença extraterrestre em nosso planeta, mas este fato motivou a criação do chamado Projeto Majestic-12, responsável justamente por essa omissão.
A partir de então, quaisquer notícias de fatos semelhantes eram mais do que depressa acobertadas, de maneira que nenhuma pista pudesse denotar o pouso ou queda de qualquer objeto não produzido na Terra. Foi assim em Socorro e em Towsand, nos EUA, e em outros locais, não só dentro do território norte-americano, como também em outros pontos, inclusive no Brasil. Mas, por que tudo isso? Vejo que a pesquisa da verdade seria um bom motivo para se esconderem provas de coisas que há muito gostaríamos de saber.
Esta é a hora de firmarmos a Ufologia definitivamente como um estudo sério. Sabemos que é, mas boa parte da população nem sabe de sua existência, e aqueles que a conhecem superficialmente, sem medir conseqüências, a recriminam e discriminam
Ora, como permitir que a verdade venha à tona se, com ela, viriam também as provas de nossa descendência extraterrestre? Como falar para a população que as fábulas de dinheiro gastas com segurança aérea de nada valem, quando pequenas ou grandes naves cruzam os céus de ponta a ponta, em velocidades astronômicas, e nada pode ser feito para contê-las? Como sustentar que viagens através do tempo são coisas para amantes da ficção científica? Dizer, então, que teremos que mudar nossos valores e que a convivência com nossos irmãos espaciais será, a partir de agora e para sempre, solidificada seria a mais absurda das revelações.
Coreografias no céu – De qualquer forma, o fato é que, em algum ponto de um passado não muito distante, desviamo-nos de nossa verdadeira missão no planeta – e a hora é chegada para que retomemos a direção correta. A cada dia, mais e mais naves espaciais, oriundas de diversos pontos do nosso universo e de outros, são vistas fazendo os mais variados tipos de coreografias no céu, como que nos preparando para algo de maior vulto.
Como dizer à população que o fictício é real e que a utopia é completamente realizável? Mas, tudo nos será revelado em breve, e quem quiser se sintonizar com esta Nova Era terá que mudar radicalmente sua conduta. Não temos mais tempo para lamentações, nem para fazermos vistas grossas aos fatos, pois a verdade será simplesmente insuportável para aqueles que a omitiram até hoje. O grande centurião que envolve a Terra, protegendo-nos de invasões hostis, irá colocar seu plano de transmutação para funcionar de uma maneira mais maciça. O momento de comunhão se aproxima. Temos que dar as mãos e pesquisar, juntos, novas formas de alinhamento, para que este novo tempo de luz venha carregado de emoção e amor.
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UFOLOGIA LEVADA A SÉRIO
Leandro B. da Silva
A Ufologia ainda É considerada no meio científico como uma pseudo-ciência, ou seja, uma área em que tudo parece mas não é. E para mudarmos esse conceito, o estudo ufológico precisa ser acreditado, e não visto como mais uma seita. O número de pessoas que crêem em vida fora da Terra está em torno de 80% – bem maior que há 10 anos atrás – e continua crescendo. A soma de pessoas que acreditam em UFOs está em torno de 45%, e isso independente de classe ou nível social e cultural. Mesmo sem oficializar, muitas autoridades políticas, militares e até mesmo sacerdotais de várias religiões vêm se interessando pelo assunto.
Com tudo isso a nosso favor, precisamos nos empenhar no sentido de popularizar mais a Ufologia como uma ciência com os pés no chão. Se o misticismo tomar conta, perderemos a credibilidade que conseguimos a tanto custo e jamais chamaremos a atenção dos céticos. Não tenho nada contra as práticas místicas, nem contra qualquer religião, afinal tenho a minha e sou fiel a ela. Possivelmente os ETs também devem ter seu lado místico.
A chamada Ufologia Mística pode se tornar, em poucos anos, uma espécie de seita ou uma irmandade intocável, em que seus valores tornar-se-ão incontestáveis por seus membros [Editor: vide matéria à página 16]. E esse tipo de manifestação é muito perigoso. Temos que ter em mente que o propósito das visitas extraterrestres ainda está além de nossa compreensão. Mas uma coisa é certa: eles não vêm até aqui para discutir religião.
Esta é a hora de firmarmos a Ufologia como um estudo sério (sabemos que o é, mas boa parte da população nem sabe de sua existência, e aqueles que a conhecem superficialmente, sem medir conseqüências, a recriminam e discriminam – além de chamar todos os ufólogos de lunáticos). Sei das dificuldades financeiras que envolvem a Ufologia, mas para que ela se torne popular, periodicamente deveria haver pequenos simpósios ou palestras gratuitas em escolas e universidades. Só assim, a Ufologia deixará de ser mera ficção para povoar a mente das pessoas como uma séria reflexão.
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HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA
Maria M. de Queiroz Stateri
A pesquisa ufológica sempre pôde contar com o auxílio da cultura popular. Essas histórias, que se contam de pai para filho, vão passando de geração a geração e acabam por se tornar conhecidas de toda uma comunidade. Muitas pessoas se empenham em coletar e anotar histórias de contato com UFOs, com o objetivo de registrar tais fatos. Por exemplo, tenho guardado durante anos “causos” de Aparecida do Taboado, cidade onde moro no interior de Mato Grosso do Sul. Entre eles está a experiência de Leonardo, um peão baiano que viu “dois sóis”.
Certo dia, numa fazenda de minha família, às margens do Rio Paraná, conversei por algumas horas com Leonardo. Ele contou-me que numa determinada tarde, quando o sol já se punha, teve uma visão estarrecedora: havia um sol no poente e outro no nascente. Poderia ser normal que o sol estivesse se pondo, porém, não tinha cabimento outro sol nascendo simultaneamente! O peão, correndo desesperado, trancou-se dentro de casa até desaparecer o clarão. Tempos mais tarde, voltou para a Bahia e, embora ainda seja sempre lembrado, nunca mais ouvimos falar do “rapaz que viu dois sóis”.
O caso de Maurinho também é um exemplo de como a pesquisa ufológica pode apresentar subsídios culturais. Em seu caminhão, Mauro Inácio de Lima levava madeira da cidade de Sorriso (MT) até Aparecida do Taboado. Na estrada, o caminhoneiro viu no horizonte um foco de luz imóvel que não emitia som algum. Resolveu, então, parar no acostamento e observá-lo por uns dez minutos. Até hoje, o motorista relembra seu avistamento tentando encontrar, em vão, uma explicação.
Outro “causo” que ilustra muito bem este resgate da rica casuística do interior brasileiro é o de João Parreira e seu amigo Badinho. Os dois companheiros saíram de carro a trabalho, tomando um atalho por uma velha estrada, onde avistaram uma “condução” – como dizem os moradores locais. À pouca distância do objeto, mesmo com os faróis do carro apagados, nada constataram e, toda vez que tentavam estabelecer contato, as luzes sumiam.
No fim de 1993, quando João Parreira estava a trabalho na Fazenda Anjo da Guarda, presenciou um clarão em forma de tocha que se espalhava por todos os lados. A luz se movimentou rente ao chão e por onde passou deixou um rastro: a vegetação ficou toda retorcida, como se fosse vendaval. O suposto UFO mudou de velocidade e de altura várias vezes até parar sobre um tronco no curral e, numa velocidade espantosa, desapareceu no céu. Alguns vizinhos também presenciaram e lembram até hoje as evoluções do UFO.
Não considero esses casos como coisas do passado, mas uma perspectiva para o futuro. Na Ufologia, como na memória das pessoas, não podemos separar o ontem do hoje. Temos que resgatar e preservar esses contatos, divulgando-os aos leitores. Todas as curiosidades envolvendo o Fenômeno UFO despertam o interesse de qualquer um. No entanto, se não documentada, toda a informação relativa ao cotidiano e às experiências de contatados irão se perder. E a verdadeira casuística – aquela do caboclo, do matuto brasileiro – não pode se dispersar.
Endereço da autora: Rua José Antônio de Carvalho 4348,
79570-000 Aparecida do Taboado (MS)