Por Rafael Cury, co-editor
Lá se vão 50 anos do avistamento de Kenneth Arnold, em 24 de junho de 1947, quando observou uma formação de nove pires voadores sobre o Monte Rainier, no estado de Washington (EUA). E muitos consideram este avistamento como o marco inicial da Ufologia. Estamos agora a poucos meses de completar 50 anos de atividades nesta área, mas já se faz necessária uma avaliação de tudo que foi feito neste meio século de pesquisa e divulgação do Fenômeno UFO.
Quantas vezes um ufólogo se deparou com perguntas como: quais as provas da existência dos discos voadores? Por que os governos não reconhecem sua existência? Se realmente existem, por que não descem nas praças públicas? Para responder a estas perguntas, devemos primeiro analisar quais as respostas que necessitamos para o nosso instinto de crença. Para uns é necessário ver para crer, outros porém não precisam nem disso, simplesmente acreditam na existência de ETs e UFOs.
O fato de crer ou não é irrelevante, pois o que precisamos é analisar este aspecto por um ângulo mais objetivo. Atualmente, estamos vivendo um momento importante da Ufologia mundial. Cerca de uma dezena de filmes ufológicos estão sendo produzidos em Hollywood com variados objetivos. Outros tantos já ocuparam as telas de cinema. Recentemente, tivemos o sucesso de bilheteria de Independence Day. Estes filmes apresentam vários aspectos do fenômeno, mas sem dúvida nenhuma, o verdadeiro propósito destas produções está diretamente ligado a um processo de conscientização da Humanidade com relação a algo muito mais revelador, ou seja: a existência de extraterrestres em nosso meio.
Há quem diga, hoje, que os próprios governos estão por trás de tais produções. Constantemente, a imprensa mundial destaca matérias ufológicas em seus noticiários e programações. Será que este tema é comercial ou existe um outro propósito embutido nisso? Pesquisas demonstram claramente que grande parte da população já aceita a existência de outras formas de vida visitando a Terra. Há um considerável número de cientistas, governantes e militares que estão se manifestando favoráveis à liberação de informações que permanecem em sigilo nos arquivos dos governos há décadas. Com essas iniciativas, que papel deve ocupar o ufólogo no processo de tal liberação?
Com um propósito mais objetivo, há poucos meses o Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), com o apoio da Revista UFO, iniciou uma campanha com o título: “Discos Voadores: Reconhecimento Oficial Já”. Baseamo-nos principalmente no fato da Organização das Nações Unidas (ONU) ter desenvolvido, em duas oportunidades, discussões em torno da Ufologia. E em ambas as vezes os resultados foram positivos, mas infelizmente pouco divulgados. Por causa disso, entendemos que seria necessária a realização de um Fórum Mundial de Ufologia.
E assim, através deste fórum, reunir cientistas, governantes, militares e pesquisadores civis gabaritados e dispostos a avaliar melhor estes 50 anos de pesquisa ufológica. Na oportunidade, o NPU irá apresentar um dossiê relatando cinco dos aspectos do fenômeno: histórico, sociológico, psicológico, científico e governamental. Esse dossiê está em fase de preparação e solicitamos à Comunidade Ufológica Brasileira colaboração para sua confecção. O fórum será realizado entre os dias 01 e 04 de maio de 1997, e duas são as cidades que poderão sediar o evento, Curitiba e Brasília.
Estamos convidando representantes da ONU para participarem do fórum mundial, assim como enviamos um convite à rede CNN para fazer a cobertura televisiva. Com o término do evento, encaminharemos à ONU o dossiê ufológico elaborado pelo NPU, assim como um ofício solicitando junto àquela organização a realização de uma nova etapa nas discussões em torno da Ufologia. A iniciativa deve partir do Brasil – em razão das várias etnias que aqui existem e também por ser nosso país palco de fantásticas e numerosas aparições ufológicas.
Devemos aproveitar este momento para que a ONU considere a pesquisa ufológica. Cabe a nós, pesquisadores do Fenômeno UFO, uma melhor organização na forma de conduzirmos nossos trabalhos, realizarmos intercâmbios, adquirirmos conhecimento etc. É tempo de união. Somos poucos, mas os escolhidos.