Por Eustáquio Andréa Patounas
Convidado pelo editor a apresentar, nesta edição, nosso ponto de vista sobre o momento atual da Ufologia, eis que nos colocamos nessa difícil tarefa. A Ufologia Brasileira vive um momento ímpar, principalmente após a realização do 14º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, em Curitiba, quando conferencistas de outros países tomaram conhecimento oficial do Caso Varginha, além de conhecerem renomados ufólogos brasileiros.
Gradativamente apagamos a impressão que os estrangeiros têm de que o Brasil é aborígene e que não passa de um país de terceiro mundo. As evidências apresentadas e o gabarito dos ufólogos envolvidos na elucidação do caso certamente impressionaram esses colegas, que documentaram, filmaram e levaram o caso aos seus países.
A credibilidade dos ufólogos brasileiros, sempre muito bem representados por A. J. Gevaerd no exterior, recebeu o aval e o respeito daqueles que somente agora puderam conhecê-los. Vivemos, como já cansamos de repetir, o melhor momento da nossa Ufologia – que é uma das mais respeitadas e mais ricas do mundo.
É muito comum hoje, ao abrirmos revistas internacionais especializadas no assunto, encontrarmos nossos ufólogos em suas páginas, em reportagens muito bem elaboradas e documentadas, o que até pouco tempo atrás era impossível. Essa credibilidade adquirida no meio ufológico internacional teve seu preço: horas de vigília, pesquisa, documentação comprovação, audácia, persistência e, principalmente, muita coragem.
Os ufólogos brasileiros, em quase todo o país, têm se exposto em defesa daquilo que pesquisam e acreditam. Não têm mais vergonha de se apresentarem. Encaram os fatos adversos e o silêncio dos governos. Abrem mão de muitas horas de convívio com suas famílias para alertarem as demais pessoas de que alguém mais espreita no universo. Entre esses ufólogos, há um estudo para a viabilização de uma diretriz geral, onde todos representam a Ufologia Brasileira, e não apenas o grupo ao qual pertencem.
Não podemos mais viver isolados. O intercâmbio deve ser freqüente e desinteressado. Somos alvos de freqüentes críticas, ataques e tentativas de descrédito. Devemos estar sempre cientes de que, quando damos uma entrevista em rádio, TV ou jornais, não estamos representando apenas a nós ou nosso grupo, mas sim toda a Comunidade Ufológica.
Somos responsáveis por aquilo que dizemos. Quando nos dirigimos a grandes platéias, podemos orientar muitas pessoas, mas da mesma forma, podemos também jogar por água abaixo anos e anos de tentativas de credibilidade e conquista. Não temos mais o direito e nem tempo para errar. Assim como em todo o universo, ocorre um processo de transformação. Nossa Ufologia, também inserida nesse contexto, permite que hoje possamos saber dentre nós quem é joio e quem é trigo.
Quem não tem condição de se auto avaliar, está delegando esse direito aos outros representantes da Ufologia, que primam por sua credibilidade – que não pode, em nenhuma hipótese, ser abalada. Mãos dadas são mais fortes do que mãos isoladas, e esse elo que se fortalece cada vez mais não pode ser rompido.
Temos liberdade de credo, de imprensa, direito à informação e uma legislação que nos permite alcançar objetivos que interessam à Humanidade. Não somos diferentes de ninguém, apenas optamos por uma causa universal, onde não somos remunerados nem glorificados, muito pelo contrário! Sujeitos a todo tipo de jocosidade e tentativas de ridicularização.
Um minuto de reflexão é suficiente para reavaliarmos nossa participação nesse maravilhoso mundo da Ufologia Brasileira. Se pudermos melhorar, lutemos para isso. Caso contrário, devemos ter coragem para sair fora do cenário, se não conseguimos desenvolver esse sentimento de unicidade de pensamento, conduta e responsabilidade.
Não queremos perder ninguém, ao contrário, almejamos a aumentar essa grande família. E sua participação é imprescindível. Nós, amigos e colaboradores da Revista UFO, estaremos sempre dispostos a dar a nossa mão amiga a todos que quiserem fazer parte dessa nova Ufologia Brasileira.