Editor da UFO fala sobre a Operação Prato para a rede britânica BBC
“Ainda restam muitas perguntas a serem respondidas, além de diversos arquivos a serem dados a conhecer ao público, a respeito da maior missão militar de pesquisa ufológica já realizada oficialmente no mundo, a Operação Prato”. Quem garante é o editor da Revista UFO A. J. Gevaerd, que conversou com a reportagem da BBC Brasil no início de agosto. A matéria descreveu o clima de medo vigente no Pará, em 1977, quando muitas pessoas foram vítimas do que ficou popularmente conhecido como chupa-chupa. Colares, Mosqueiro e Ananindeua foram as localidades mais afetadas, em uma intensa onda ufológica que teve a cobertura feita pelo jornalista Carlos Mendes [Veja matéria nesta edição].
Em plena época da ditadura militar, Mendes desafiou a censura oficial para publicar várias reportagens a respeito no jornal O Estado do Pará. O então capitão Uyrangê Hollanda foi designado para investigar as ocorrências, resultando em 2.000 páginas de relatórios, mais de 500 fotos e 16 horas de filmagens. Hollanda, já reformado como coronel, relatou as impressionantes ocorrências em sua histórica entrevista para Gevaerd [Acima]. “O militar ainda descreveu o impressionante avistamento que teve ao lado de seus comandados no Rio Guajará Mirim, quando ficaram frente a frente com um objeto de 100 m de comprimento e estacionado em posição vertical a somente 70 m de onde estavam”, disse o editor.
Eles obtiveram fotos e filmes dessa nave e em 05 de dezembro de 1977 Hollanda os apresentou, bem como seu relato, para o brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, comandante do 1º Comando Aéreo Regional (COMAR I), em Belém. Porém, Oliveira, ao contrário do que se esperava, ordenou o final da investigação — decisão que intriga até hoje os pesquisadores, que lutam para que a totalidade dos materiais da Operação Prato seja finalmente divulgada.
UFO mutante é criação de computação gráfica
Em Cornwall, Roche Rock, Fistral Beach e outras localidades na Inglaterra foram filmados UFOs de aparência mutante, que alteravam sua forma diante das aparentemente atônitas testemunhas. Outro vídeo foi alegadamente obtido por uma moça no meio da rua em sua cidade e o caso foi intensamente divulgado em veículos sensacionalistas e conhecidos canais de fraudes na internet. Aventou-se a possibilidade de ser um bando de pássaros ou insetos, porém logo se descobriu que se tratava somente de um filme de computação gráfica com propósitos publicitários.
Sistema de Trappist-1 é mais antigo que o Sistema Solar
Em fevereiro passado ocupou enorme destaque na imprensa a descoberta do sistema estelar Trappist-1, a 39 anos-luz do Sol e que abriga sete planetas com tamanhos comparáveis ao da Terra, conforme publicamos em UFO 245. A estrela central é uma anã vermelha classe M e recentes estudos têm mostrado que esse tipo de astro emite muitos flares, radiações e outros tipos de ondas — uma ameaça a planetas próximos, que podem perder suas atmosferas nesse período. Assim, mesmo que um mundo esteja na região habitável de uma estrela desse tipo, tais condições impediriam a eclosão e evolução da vida.
Mais antigo que o Sol e a Terra
Porém, em artigo a ser publicado no periódico The Astrophysical Journal, a equipe liderada por Adam Burgasser, astrônomo da Universidade da Califórnia, em San Diego, analisou a velocidade com que Trappist-1 orbita o centro da galáxia, além de dados como atividade magnética, densidade, absorção de linhas espectrais, metalicidade e sua taxa de emissão de flares, entre outros dados. Assim, determinou-se que esse sistema deve ter uma idade entre 5,4 e 9,8 bilhões de anos, sendo mais antigo que o Sol, a Terra e nossos vizinhos planetários.
Mais uma nova temporada de Arquivo-X está sendo filmada
Começaram as filmagens da 11º temporada de Arquivo-X. Após os seis episódios inéditos exibidos no início de 2016, com grande sucesso, a Fox, canal que exibe a série, confirmou a produção de 10 novos capítulos. Em seguida a algumas críticas quanto aos episódios mitológicos — centrados na presença alienígena na Terra e a conspiração para ocultá-la —, os produtores confirmaram que seguirão a intrincada mitologia da série somente o primeiro e o décimo episódios da nova temporada.
O primeiro capítulo deverá concluir os acontecimentos deixados em suspense após o final da décima temporada, e os restantes oito terão histórias fechadas. Está confirmado o retorno dos agentes Miller (Robbie Amell) e Einstein (Lauren Ambrose), e foi confirmado que muitos elementos do primeiro episódio terão ligação com William, o filho dos agentes Scully (Gillian Anderson) e Mulder (David Duchovny), nascido ainda na primeira fase de Arquivo-X e desde então desaparecido quando a mãe o deixou para adoção para protegê-lo. A 11º temporada da série deve ser exibida na Fox no início de 2018.
Missão Voyager completa 40 anos de seu lançamento
Em 20 de agosto de 1977 foi lançada a nave Voyager 2, e em 05 de setembro seguinte a Voyager 1. A primeira seguiu uma trajetória bem mais lenta, aproveitando-se de um peculiar alinhamento entre os planetas para, lançada pela gravidade de um mundo rumo ao seguinte, se tornar a única nave até hoje a visitar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, completando o Grande Tour, ou Grande Expedição, imaginado pelo engenheiro Gary Flandro nos anos 60. A sonda número 1 visitou somente Júpiter e Saturno e em agosto de 1977 tornou-se o primeiro engenho humano a entrar no espaço interestelar, abandonando o Sistema Solar.
Regiões da periferia do Sistema Solar
As Voyager foram construídas com robustez a fim de sobreviverem à passagem pelos cinturões de radiação de Júpiter, e seguem funcionando e enviando informações até hoje. Suas fontes de energia nuclear devem durar pelo menos até 2030, e os cientistas as estão utilizando para estudar essas remotas e inexploradas regiões da periferia do Sistema Solar e além. A Voyager 1 descobriu nos últimos cinco anos que os raios cósmicos são quatro vezes mais abundantes no local que atravessam do que nas cercanias da Terra — e quando a Voyager 2 também entrar no espaço interestelar, em alguns anos, os cientistas irão analisar esse meio em duas direções diferentes. A Voyager 2 está a cerca de 18 bilhões de km da Terra e a Voyager 1, responsável pela famosa foto do Pálido Ponto Azul, a 21 bilhões de km de distância. Cada uma delas leva uma cópia do Disco Dourado da Voyager.