Dia do Ufólogo é instituído em Buritama, cidade de São Paulo
Em 09 de maio de 2016, Buritama, cidade situada a 530 km de São Paulo, aprovou em sua Câmara Municipal a instituição do Dia do Ufólogo, a ser comemorado em 24 de junho. A data é a mesma da conhecido Era Moderna dos Discos Voadores, sendo o início oficial da pesquisa ufológica marcado nesse dia, em 1947, quando do avistamento do piloto civil norte-americano Kenneth Arnold, que observou nove objetos voadores desconhecidos enquanto realizava um voo próximo ao Monte Rainier, no estado de Washington. Presente à solenidade e representando a Revista UFO e a Comunidade Ufológica Brasileira estava Gener Silva, consultor especial da publicação, acompanhado de Carolina Reghim, Fabrício Machiti, Eustáquio Rangel, Lourney Faria Pires, Érika Domingues Caldeira e outros membros do Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais (Inape). Silva ainda ocupou a tribuna para fazer uma apresentação sobre a história e a importância da Ufologia.
A criação do Dia do Ufólogo foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal do município e os vereadores se dispuseram inclusive a auxiliar na realização de uma semana ufológica na cidade. Buritama é a segunda municipalidade do país a oficializar o Dia do Ufólogo. A primeira é Campinas, também em São Paulo, em cuja Câmara dos Vereadores o editor da Revista UFO A. J. Gevaerd será homenageado e receberá uma medalha por serviços prestados à Ufologia no próximo dia 24. Peruíbe e Curitiba também estudam instituir seu Dia do Ufólogo. Se a moda pega, logo serão inúmeras as cidades a reconhecerem a Ufologia.
Cientistas concluem que não estamos sozinhos no Universo
Baseando-se nas descobertas de mundos alienígenas proporcionadas pelo telescópio espacial Kepler, da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), um grupo de cientistas liderado por Adam Frank, professor de física e astronomia da Universidade de Rochester, e Woodruff Sullivan, do Departamento de Astronomia da Universidade de Washington, realizou uma nova análise da famosa Equação de Drake. Proposta pelo astrofísico Frank Drake, em 1961, a fórmula se propõe a calcular a quantidade de civilizações tecnológicas capazes de se comunicar que existiriam em nossa galáxia, a Via Láctea. Infelizmente, até pouco tempo atrás, a determinação dos fatores da equação dependia mais da convicção pessoal dos cientistas do que de fatos concretos. Mesmo diante das descobertas de exoplanetas — dezenas deles habitáveis —, ainda há incertezas quanto à frequência com que a vida em determinado mundo se torna inteligente, se tal espécie desenvolve tecnologia e quanto tempo dura, em média, uma civilização avançada. Assim Frank e Sullivan mudaram o enfoque, tentando determinar qual a probabilidade de a humanidade ser o único exemplo de vida inteligente que existe.
São insignificantes as chances de estarmos sozinhos
Sob esse ponto de vista, Frank e Sullivan calcularam a probabilidade de que os seres humanos fossem a única civilização no universo, no que chamam de “linha pessimista”. Os cientistas então calcularam que existe uma só chance em dez bilhões de trilhões de sermos os únicos no cosmos. Essa baixíssima probabilidade indica, de acordo com eles, que certamente existiram muitas espécies inteligentes capazes de produzir tecnologia — os números indicam que, ao longo da história de mais de 13 bilhões de anos de existência do universo, civilizações alienígenas devem ter existido. Somente para a Via Láctea os números são de uma só chance em 60 bilhões de estarmos sozinhos. Frank e Sullivan afirmam ainda que, “como não sabemos quanto tempo pode durar uma civilização avançada, várias destas podem estar extintas, e que, conhecidas as imensas distâncias entre os sistemas estelares, a comunicação com alienígenas é muito improvável”.
Mais descobertas do Kepler
A NASA anunciou em meados de maio que está estudando os dados da primeira missão do Kepler, que foi encerrada em 2013. Cientistas confirmaram a existência de mais 1.284 mundos alienígenas. A imensa quantidade de informações obtidas por esse e outros novos instrumentos dificultam a confirmação por outros meios, daí que um novo programa de computador, trabalhando com probabilidades, foi utilizado para separar exoplanetas reais de “falsos positivos”. O primeiro mundo gêmeo da Terra — com tamanho similar ao nosso e na região habitável de uma estrela semelhante ao Sol — ainda não foi encontrado. Contudo, outros mundos habitáveis fazem parte do achado. Um deles é Kepler 1638b, que orbita uma estrela semelhante à nossa, mas é 60% maior do que a Terra. Já Kepler 1229b tem tamanho quase idêntico ao de nosso mundo, porém orbita uma anã vermelha menor e mais fria do que o Sol. Os dois mundos caem, assim, na mesma categoria de outros onde a água líquida pode existir em sua superfície, requisito essencial à vida, como Kepler 452b e Kepler 186f. Os exoplanetas que reúnem as condições mais semelhantes às da Terra são GJ 667Cc e Kepler 442b, de acordo com o Índice de Similaridade com a Terra. O índice 1,0 significa um gêmeo terrestre e os dois últimos mundos mencionados têm valores atribuídos de 0,84. Até meados de maio, o número de exoplanetas confirmados, conforme a Enciclopédia de Planetas Extrassolares, era de 3.411.
Sistema planetário próximo tem três planetas habitáveis
Utilizando o Pequeno Telescópio de Trânsitos de Planetas e Planetesimais (Trappist), situado no Chile, astrônomos encontraram três planetas ao redor da estrela 2-Mass J23062928-0502285, agora designada Trappist 1. Esse astro situa-se a 39 anos-luz de distância da Terra, na Constelação de Aquário — é uma estrela do tipo anã vermelha ultrafria, 2.000 vezes menos brilhante do que o Sol, com menos da metade de sua emissão de calor e um oitavo de seu diâmetro, pouco maior do que Júpiter. Esse tipo de estrela representa 15% das que existem na galáxia. Os trânsitos de três exoplanetas foram detectados, cada um cerca de 10% maior do que a Terra. Os dois mais próximos têm períodos, respectivamente, de 1,5 e 2,4 dias, ao passo que o terceiro e mais externo ainda está em estudo, seu ano variando entre 4,5 e 73 dias terrestres.
A vida pode existir na fronteira entre o dia e a noite perpétuos
Cientistas comparam esse sistema ao de Júpiter e que os dois mundos internos recebem quatro e duas vezes a quantidade de radiação que a Terra recebe do Sol. Tal quantidade de radiação é menor do que a nossa e o planeta cai na região habitável de sua estrela. Além disso, os três exoplanetas devem manter a mesma face apontada para a estrela, como a Lua faz com a Terra, e nos mais internos a face voltada para a estrela deve ser muito quente — aquela onde sempre é noite deve ser muito fria. Contudo, a região fronteiriça entre o dia e a noite perpétuos pode ser habitável. Os cientistas afirmam que estrelas como as anãs vermelhas ultrafrias permitem estudar melhor os planetas em órbita, pois seu brilho é bem menor, tornando tais mundos mais visíveis. O estudo foi publicado no periódico Nature.