Nave europeia poderá catalogar até 70 mil novos exoplanetas
O satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), foi lançado em 19 de dezembro de 2013 com a missão de mapear precisamente a posição de ao menos um bilhão de estrelas de nossa galáxia, a Via Láctea. Seu objetivo principal é auxiliar os cientistas a elaborar um detalhado mapa 3D da galáxia, permitindo que saibamos mais sobre sua estrutura e evolução. Porém, graças a esse preciso mapeamento de estrelas, Gaia poderá também detectar milhares de exoplanetas. Uma equipe liderada por Michael Perryman, da Universidade Princeton, publicou um estudo a respeito.
O artigo aponta que a missão irá encontrar planetas em áreas que até o momento não foram suficientemente estudadas. Perryman e sua equipe utilizaram dados de modelos das estrelas e planetas da Via Láctea — as mais recentes informações sobre distribuição de exoplanetas utilizando dados do Kepler —, e detalhes das capacidades da própria Gaia. Assim eles estimam que a nave deverá encontrar 20 mil mundos alienígenas em sua missão primária de cinco anos, e talvez 70 mil se sua operação seguir por dez anos. A precisão de seus instrumentos permitirá a Gaia encontrar principalmente gigantes gasosos, detectados graças aos efeitos de suas gravidades sobre suas estrelas, com o método da velocidade radial. A nave de um bilhão de dólares realiza desde julho passado suas observações, estacionada no Ponto Lagrange 2, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
Mais uma obra de Arthur Clarke será adaptada
Depois de O Fim da Infância, conforme mostramos em Mundo Ufológico da edição UFO 217, mais uma obra de Arthur C. Clarke [Ao lado] será adaptada pelo canal SyFy. Trata-se do livro 3001: A Odisseia Final [Nova Fronteira, 1997], sequência de 2001: Uma Odisseia no Espaço. O protagonista da história é o astronauta Frank Poole, cujo corpo estava perdido no espaço desde a missão da Discovery a Júpiter, em 2001, mas é encontrado por uma nave e revivido com as avançadas técnicas do novo milênio. Em 3001 Clarke explora o espantoso desenvolvimento tecnológico da humanidade, questionando ainda seu destino final. O responsável pelo roteiro da minissérie será Stuart Beattie, de Piratas do Caribe, e dividirá a produção executiva com Ridley Scott e David W. Zucker. A série de livros inclui também os romances 2010: Uma Odisseia no Espaço 2, em que o monólito alienígena se multiplica e transforma Júpiter em um novo sol, e 2061. O primeiro foi adaptado ao cinema em 1984, e a nova minissérie ainda não tem data de estreia.
Planetas em formação ao redor de estrela distante
Nos últimos anos, diversos discos protoplanetários — vastas regiões de gás, poeira, rochas e detritos —, foram observados ao redor de várias estrelas. O radiotelescópio Alma [Sigla em português para Grande Arranjo Milimétrico e Submilimétrico do Atacama] obteve imagens do disco que orbita a estrela HL Tauri, uma anã laranja da Constelação de Touro, a 450 anos-luz de distância, que são as melhores já conseguidas. Inúmeras faixas escuras comprovam a presença de planetas sendo formados, retendo material da nuvem original e crescendo até seus tamanhos definitivos, no processo chamado de “acreção de núcleo”. O sistema de HL Tauri é extremamente jovem, com somente um milhão de anos de idade, e as observações confirmam os modelos atuais de formação planetária. Ao mesmo tempo, a presença de protoplanetas nas regiões externas aponta para outro processo de formação, o colapso gravitacional. Analisando esse e outros sistemas, os astrônomos pretendem obter um melhor entendimento dos mecanismos de formação planetária, refinando os modelos atuais.
Fundação, de Asimov, na HBO
Outro mestre da ficção científica terá uma de suas obras adaptada para a televisão. Na trilogia Fundação, Isaac Asimov descreve como o Império Galáctico da humanidade, milhares de anos no futuro, encontra-se em decadência. Um genial cientista, Hari Seldon, criador de uma ciência chamada psico-história, consegue prever o comportamento de imensos grupos humanos e prevê uma longa era de caos de 30 mil anos, antes que um novo império se erga. Ele então estabelece a Fundação para produzir a Enciclopédia Galáctica, com o que o retorno à civilização ocorreria em somente 1.000 anos. O roteirista da ficção científica Interestelar, Jonathan Nolan, está desenvolvendo para o canal HBO uma série baseada nos livros de Asimov. Anteriormente havia notícias de que Roland Emmerich, de Independence Day, faria uma adaptação cinematográfica de Fundação, porém, dada a complexidade da trama de Isaac Asimov, uma série de TV se mostra mais adequada para a saga. Nolan já tem experiência com a série Person of Interest e, também para a HBO, Westworld.
Metade das estrelas do cosmos pode estar à deriva
Entre 2010 e 2012, a NASA lançou diversos foguetes em diferentes períodos daqueles anos, como parte do Experimento de Fundo Infravermelho Cósmico. Várias regiões do universo foram observadas com o objetivo de localizar algumas das primeiras galáxias. Contudo, ao analisar os dados, os astrônomos descobriram que boa parte da luz infravermelha captada vinha de distâncias muito menores e de objetos mais novos. Além disso, extrapolando os dados, foi determinado que há muito mais luz no cosmos do que a proveniente de todas as galáxias conhecidas. Isso levou os pesquisadores à ousada conclusão de que aproximadamente metade das estrelas existentes deve estar vagando no espaço intergaláctico, para lá empurradas por colisões de galáxias. Sua observação é extremamente difícil, pois individualmente sua luminosidade é fraca demais para nossos instrumentos. Harvey Moseley, astrofísico da NASA, comentou: “Deve haver povos vivendo lá fora no meio da escuridão fria do espaço, que não têm uma Via Láctea, uma galáxia como a nossa”.
Siding Spring passou por Marte
Pela primeira vez na história a passagem de um cometa foi analisada e fotografada a partir de outro mundo. Em 19 de outubro, o C2013 A1, mais conhecido como Siding Spring, passou a somente 139.500 km de Marte, sendo alvo de investigação com a utilização das naves e rovers no planeta. As sondas orbitais descobriram que o trajeto do cometa adicionou à atmosfera superior de Marte grande quantidade de partículas carregadas e elementos como magnésio, ferro e outros metais. O rover Opportunity obteve a primeira foto de um cometa a partir da superfície de outro mundo, ao passo que imagens da Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), permitiram determinar que o núcleo do Siding Spring tem cerca de 400 m de extensão.