por Renato A. Azevedo
Depois de descoberto, Bóson de Higgs pode mudar tudo na ciência
No começo de julho, cientistas do Centro Europeu de Ciência Nuclear (CERN), responsável pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC), maior acelerador de partículas do mundo, anunciaram a descoberta dos primeiros indícios de uma nova partícula que pode ser o Bóson de Higgs, responsável pela massa de todas as demais partículas elementares. Em 1964, o físico Peter Higgs elaborou o chamado Modelo Padrão, descrevendo esses elementos, que formam tudo no universo e se dividiriam em dois grupos. O primeiro é o dos férmions, que constituem tudo o que é palpável (como os quarks), e os léptons, cujo representante mais conhecido é o elétron. O segundo grupo, os bósons, transportariam três das forças fundamentais por meio das quais interagem as demais.
Entre os bósons estão o fóton, partícula que forma a luz e transporta a força eletromagnética, o glúon, que é associado à força nuclear forte (responsável pela coesão de prótons e nêutrons), e os bósons W e Z, responsáveis pela força nuclear fraca (que produz a radiação e outras transformações no núcleo atômico). De acordo com o Modelo Padrão, faltava um bóson a ser descoberto — seu campo de energia, nos primórdios do universo, teria desacelerado as demais partículas após o Big Bang, conferindo-lhes massa.
O físico Leon Lederman, aludindo à dificuldade de localizar o Bóson de Higgs, escreveu um livro ao qual deu o título de Goddamn Particle, partícula maldita, mas o editor preferiu alterá-lo para God Particle, cunhando o apelido Partícula de Deus — que os físicos detestam. Completado o Modelo Padrão, cientistas agora se voltam a outras pesquisas, como a unificação da física pela união das teorias de partículas com a gravidade descrita na Relatividade de Albert Einstein — alguns teorizam que outra partícula, o gráviton, pode ser responsável pela gravidade. As pesquisas continuarão no LHC, onde cientistas afirmam que logo poderão ser encontrados tipos exóticos de matéria, dimensões extrafísicas e a comprovação da existência de universos paralelos.
Ex-agente secreto da CIA confirma Caso Roswell
Durante 35 anos, Chase Brandon foi agente da Agência Central de Inteligência norte-americana, a CIA. E por 25 deles trabalhou em setores clandestinos do órgão, antes de passar ao departamento de relações públicas, no qual deu consultoria para séries de TV como Alias e 24 Horas, e filmes como A Identidade Bourne. Em junho, em uma entrevista para o programa Coast to Coast, ele estremeceu a Comunidade Ufológica Norte-Americana ao afirmar que o Caso Roswell realmente aconteceu. Brandon disse que em meados dos anos 90 encontrou em uma seção reservada da CIA, em Langley, Virgínia, uma caixa identificada por uma etiqueta onde se lia “Roswell”. Ao examinar seu conteúdo, viu materiais e fotografias secretas da queda da nave extraterrestre, em julho de 1947. Isso é sem precedentes e pode ser a derradeira evidência de que o caso realmente ocorreu.
Bactéria que não utiliza arsênio
Em 2010, causou sensação o anúncio feito pela NASA da descoberta de uma “bactéria alienígena”, como ficou conhecido o organismo GFAJ-1, que seria capaz de substituir em seu DNA o fósforo pelo arsênio. Na época, a cientista Felisa Wolfe Simon, líder da equipe responsável pela pesquisa, reconheceu que havia contaminação por fósforo nas amostras analisadas, mas garantia que o elemento não significaria a sobrevivência da bactéria. Contudo, em dois novos trabalhos publicados na revista Science, outros cientistas contestaram o resultado, comprovando que é justamente a contaminação pelo fósforo que permite a GFAJ-1 sobreviver em um ambiente rico em arsênio. Além disso, confirmaram que o elemento não está presente no DNA da bactéria.
Curiosity buscará vida em Marte
Escalado para pousar em Marte em 05 de agosto, o rover Curiosity tem sido motivo de preocupação de alguns cientistas devido ao seu complexo sistema de pouso. Com uma tonelada de peso e do tamanho de um automóvel, a nave será baixada até a superfície do planeta por um guindaste sustentado por foguetes. Contudo, engenheiros da NASA estão certos de que esse ponto crítico da missão ocorrerá sem problemas. Abastecido por geradores nucleares, o Curiosity irá explorar a cratera Gale — um estudo sugere que moléculas orgânicas, que nenhuma outra missão conseguiu detectar em Marte, podem existir logo abaixo da superfície do planeta, agora ao alcance dos instrumentos do rover. Banhada pela radiação solar, a superfície marciana é hostil a todo material biológico, mas a essa profundidade os cientistas afirmam que blocos de vida podem ter sobrevivido. Creem que em crateras recentes estão as melhores chances de fazer esse tipo de descoberta.
Astrofísica garante que encontraremos alienígenas
Falando ao Euroscience Open Forum, em Dublin, na Irlanda, a renomada astrofísica inglesa Jocelyn Bell Burnell afirmou que encontraremos vida extraterrestre — até mesmo inteligente — dentro dos próximos 100 anos. “Os governos devem começar imediatamente a se preparar para o primeiro contato”, afirmou. Jocelyn questionou o nível de preparação da humanidade para esse momento e teorizou sobre como se aproximar dos aliens. Acrescentou ainda que o mais provável é encontrarmos vida em exoplanetas rochosos. A cientista questionou a que governo ou autoridade essa descoberta deve ser primeiro comunicada. “Se um ser extraterrestre nos bater à porta, vamos procurar o secretário-geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, da Rússia ou Papa? Quem, enfim?”
Gliese 581g confirmado
Em setembro de 2010, o anúncio da descoberta de Gliese 581g, o primeiro exoplaneta habitável, causou sensação no mundo. Contudo, poucos meses depois uma equipe do Observatório de Genebra, liderada por Michael Mayor e responsável por encontrar os primeiros quatro planetas daquele sistema, contestou a descoberta utilizando dados do HARPS, instrumento localizado em La Silla, no Chile. Agora, uma equipe liderada por Steve Vogt — que na época chegou a afirmar que 581g tinha 100% de chances de ter vida —, passou a se dedicar à análise do trabalho dos suíços. A equipe de Vogt publicou artigo no The Astrophysical Journal afirmando que as observações são compatíveis com a existência de Gliese 581g.
Michio Kaku novamente
Em entrevista para o programa News Room, da CNN, o astrofísico e divulgador científico Michio Kaku afirmou que o presidente Ronald Reagan estava correto quando, em seu discurso na ONU, em 21 de setembro de 1987, afirmou que “as divergências entre as nações desaparecerão por completo caso nos vejamos diante de uma ameaça extraterrestre”. Causando surpresa, Kaku disse que se a intenção dos aliens for hostil, nada poderíamos fazer a respeito. Entretanto, ele também afirmou crer que a maioria das civilizações extraterrestres sejam amistosas, e que, se estão em busca de recursos, há inúmeros planetas desabitados nos quais poderiam encontrá-los. Kaku disse também que, se aliens viajam entre as estrelas, estão milhares de anos mais adiantados do que nós. “Eles tiveram muito tempo para resolver suas diferenças. Penso que são amistosos, mas devemos estar preparados caso não sejam”.