por Renato A. Azevedo
Decisão sobre McKinnon sai em breve
Preso há sete anos, o hacker Gary McKinnon pode ter seu destino selado muito em breve. Em maio passado, a secretária de Interior da Inglaterra, Teresa May, interrompeu o processo justamente quando parecia provável que McKinnon seria extraditado para os Estados Unidos, que requerem sua guarda. Mas no começo de outubro o primeiro-ministro David Cameron afirmou em entrevista que o caso terá uma decisão em questão de semanas. McKinnon invadiu sistemas de computadores do governo norte-americano, alegadamente procurando informações a respeito de UFOs e sistemas de propulsão antigravitacionais, que ele afirma que teriam sido obtidos a partir da engenharia reversa de naves alienígenas resgatadas. O governo norte-americano nega a existência dos arquivos que ele alega ter acessado, garantindo ainda que ele causou prejuízos de 750 mil dólares.
Planetas habitáveis nas redondezas do Sistema Solar já se aproximam de 500
Até recentemente era impossível determinar a existência de planetas ao redor de outras estrelas. Mas nos extraordinários tempos em que vivemos, entretanto, já podemos ouvir de um cientista como Steven Vogt, um dos autores de novas descobertas de exoplanetas, que “as chances de que exista vida em um desses planetas, o Gliese 581g, são totais”. Gliese 581g foi descoberto no final de setembro e tem raio uma vez e meia o da Terra. Sua massa é aproximadamente quatro vezes maior do que a nossa e sua órbita se inscreve exatamente na zona habitável de sua estrela. Com o 581f, anunciado ao mesmo tempo, a estrela anã vermelha Gliese 581 — a 20,5 anos-luz de distância — já tem confirmados seis planetas ao redor.
Gliese 581 é uma estrela muito antiga, com idade estimada entre 7 a 10 bilhões de anos — para comparação, o Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos. Como as estrelas anãs vermelhas são muito estáveis, condições favoráveis à vida podem existir nesse sistema há muito mais tempo do que no nosso. Assim, as próximas descobertas em Gliese 581 e seus planetas prometem ser espetaculares.
De acordo com Vogt, Gliese 581g deve ter uma face voltada permanentemente para sua estrela, causando um dia perpétuo, enquanto no outro hemisfério a noite nunca termina. O astrônomo especula que seres vivos podem se desenvolver tanto na zona intermediária entre as duas faces como em cada uma delas. Os radioastrônomos do Projeto SETI, o programa de busca por vida extraterrestre inteligente, alegam que não foi detectado qualquer sinal vindo desse sistema, apesar de mensagens da Terra já terem sido enviadas em sua direção. Analisar a atmosfera de Gliese 581g dependerá de uma nova geração de avançados telescópios, que devem ficar prontos em terra ou ser lançados ao espaço nos próximos anos.
John Kennedy em Transformers 3
Em 2007, o filme Transformers, descrevendo a guerra entre duas facções de robôs alienígenas chegando à Terra, ganhou aplausos de público e de crítica, fazendo de Megan Fox e de Shia LaBeouf — que depois esteve em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal [2008] — astros de primeira grandeza. A sequência, Transformers: A Vingança dos Derrotados, com enredo confuso, não repetiu o sucesso do primeiro. Agora os produtores prometem melhorar no terceiro filme, cujo título já foi revelado: Transformers: O Lado Oculto da Lua. Pouco se sabe da trama, em que deve continuar a batalha entre os Decepticons e os Autobots. Mas o que chama a atenção é o boato a respeito de uma tomada em flashback, ambientada nos anos 60.
Na cena, um distúrbio é detectado na Lua e a informação corre pela cadeia de comando, causando pânico. Na Casa Branca há atropelo e homens de terno irrompem no Salão Oval. “Senhor presidente, algo aconteceu na Lua”, diz um deles. Voltado para a janela, o presidente então se vira e revela sua face: é John F. Kennedy. Fica implícita a sugestão de que teria sido essa a razão de o chefe da Casa Branca anunciar os planos para pousar na Lua ainda antes do final da década de 60. Transformers 3 estréia nos Estados Unidos em 01 de julho de 2011.
Apoena irá monitorar a Amazônia
Apoena é um veículo aéreo não tripulado (VANT) da empresa brasileira Xmobots, que está sendo testado para monitorar a Amazônia e outras reservas naturais. Com envergadura de 2,5 m, é dotado de sensores que captam imagens em alta resolução e outros dados, permitindo que especialistas analisem informações a respeito de queimadas com muito mais precisão e eficiência — satélites em órbita não conseguem monitorar o desmatamento em dias nublados, o que não é problema para um VANT. O Apoena é controlado por uma central, mas tem capacidade para voar também de forma autônoma. O monitoramento deve começar em novembro, vigiando atividades de uma empresa atuando na floresta, com dados sendo enviados ao IBAMA em tempo real.
Algo está para acontecer?
São muitos os eventos ocorridos nos últimos meses dos quais pode derivar a suspeita de que algo de grandes proporções pode estar em vias de acontecer. Os indícios são inúmeros, e um deles partiu do próprio Vaticano, que organizou em novembro de 2009 uma conferência de astrobiologia comandada pelo padre José Gabriel Funes, a quem se atribui declarações ufológicas substanciais [Veja UFO 143]. Do mesmo evento participou a astrônoma Jill Tarter, importante figura do Projeto SETI que anunciou, em uma conferência da Royal Society, ocorrida em 30 de setembro, mudanças nos protocolos do SETI — eles agora determinam que uma possível detecção de sinais de rádio provenientes de uma civilização extraterrestre deve ser tornada pública. Uma resposta a tal sinal deverá ser dada pelo secretário-geral das Nações Unidas, que tem legitimidade para representar toda a humanidade.
Finalmente, aconteceu em 27 de setembro, no Clube Nacional da Imprensa, em Washington, a conferência Conexão UFOs e Armas Nucleares, promovida pelo consultor da Revista UFO Robert Hastings, autor de Terra Vigiada [Código LIV-025 da coleção Biblioteca UFO]. Entre as atividades destacam-se os depoimentos de sete ex-oficiais da Força Aérea Norte-Americana (USAF) que declararam ser preocupante a ação de UFOs sobre áreas de depósito e manuseio de armamentos nucleares. “Essa é uma questão de segurança nacional de importância fundamental”, declarou Hastings. Combinando tudo isso com as recentes descobertas de novos exoplanetas e liberações de documentos ufológicos secretos por vários países — inclusive o Brasil —, forma-se um cenário complexo e intrigante. São muitas as informações que convergem para o mesmo ponto: a realidade da existência de vida extraterrestre pode estar para ser confirmada.
Um disco voador gigante
A empresa australiana Skylifter apresentou o projeto de um disco inflável para o transporte aéreo de cargas pesadas. Ainda que similar a um dirigível, o modelo seria muito menos sensível a ventos, uma necessidade nesse tipo de transporte. A nave deverá ter um diâmetro de 150 m — quase duas vezes maior do que o novo jato comercial A380 — e poderia levar uma carga de até 150 toneladas a distâncias de 2.000 quilômetros por dia. O próprio formato de disco permitiria que a carga pousasse devagar e em segurança, e os projetistas já falam em transportar até 1.200 pessoas por vôo. Células solares no topo do disco forneceriam energia elétrica para os sistemas de bordo.
ENFOQUE
O imperdível Física do Impossível
O físico norte-americano Michio Kaku, cujo artigo ilustra a capa desta edição, é uma celebridade em ascensão e um dos mais notáveis divulgadores da ciência na atualidade. Mas, ao contrário de muitos de seus pares, ele não se omite quando é chamado a discutir a problemática ufológica, como confirmam suas participações em alguns episódios de Arquivos Extraterrestres, série do The History Channel. Seu livro mais conhecido, Física do Impossível, lançado no Brasil pela Editora Rocco em 2008, discute com seriedade possibilidades que parecem retiradas de filmes de ficção científica, como o teletransporte, a telepatia, as viagens superlumínicas e opináutica [Navegação através de buracos negros].
Para Kaku, impossibilidades são relativas e ele as aborda dividindo-as em classes: Impossibilidades Tipo I, Tipo II e Tipo III. Em Impossibilidades Tipo I estariam aquelas que não violam o conhecimento científico, e Kaku lista o teletransporte entre elas. Uma Impossibilidade Tipo II seria a viagem pelo hiperespaço, e na categoria Tipo III cairiam aquelas que violam as leis físicas, como o moto-perpétuo. Em Física do Impossível Michio Kaku também fala dos UFOs e do contato com extraterrestres, assuntos abordados de maneira surpreendentemente aberta. Para ele, discos voadores são mais do que prováveis, são fato. “Muitos desses conhecimentos poderão estar disponíveis mais cedo do que podemos imaginar”.