por Jonatas Oliveira
A nave alienígena de Tunguska
Quem olha hoje para a planície de Tunguska, na Rússia, está longe de imaginar o que ali se passou há 100 anos. Em 30 de junho de 1908, uma explosão de tremenda intensidade abalou a Terra. Na época, o fenômeno passou quase despercebido internacionalmente, talvez devido ao isolamento da região, situada em pleno coração da Sibéria. Apenas anos depois foram feitas explorações do local, mas a turbulência dos anos que se seguiram – a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa, seguida de uma guerra civil – apagou boa parte dos registros do acontecimento. Foi preciso esperar até 1920 para que uma expedição científica consistente fosse enviada a Tunguska, liderada pelo mineralogista russo Leonid Kulik. É a ele que devemos grande parte do conhecimento acerca deste fenômeno, ainda nebuloso, que um dia precisaremos decifrar.
As observações feitas por Kulik o levaram a deduzir que a explosão se deu no ar, visto que as árvores imediatamente abaixo estavam em pé, apenas com os galhos arrancados, e à medida que se afasta do centro da explosão, as árvores estão deitadas ou foram arrancadas, orientadas para o ponto de impacto. Kulik chegou a propor uma teoria que permanece até hoje para explicar o mistério nos meios científicos, a de que tenha sido a explosão de um meteorito ou de um asteróide a poucos quilômetros do solo. Os ufólogos, no entanto, crêem que o que explodiu lá foi mesmo um UFO. Imagens do local, captadas recentemente, dão conta de uma região que ainda não recuperou seu aspecto normal. Já as fotografias feitas durante as expedições de Kulik são o único testemunho de um ambiente devastado e insólito naquela época, como até então nunca se tinha visto no planeta.
O duvidoso ET de Stan Romanek
Stan Romanek é um norte-americano que está no meio do furacão ufológico daquele país. Ele é o homem que teria visto e filmado um ser extraterrestre do lado de fora da sua casa, espreitando-o no interior, através da ampla janela. Ele já tinha causado surpresa antes, ao afirmar ser a pessoa no mundo que tem o maior número de encontros com ETs documentados em vídeo. Nas últimas semanas, a polêmica em torno de seu caso se acirrou, com defensores de um lado e atacantes do outro. Entre os do primeiro grupo está Jeff Peckman, um estudioso do Fenômeno UFO residente em Denver, no Colorado, que submeteu o vídeo da janela a análises, e estas, segundo ele, teriam garantido sua autenticidade. Peckman disse que a gravação é de um contato verdadeiro.
Em 10 de junho, ele esteve no programa The Late Show, do famoso apresentador David Letterman, e, naturalmente, sofreu bastante com as brincadeiras. Mas sustentou a autenticidade do material. “Romanek é uma pessoa sincera sendo exposta a uma situação muito difícil, que são os contatos com aliens”, disse a Letterman, sem convencê-lo. É quase unânime entre os ufólogos norte-americanos que o vídeo é uma fraude, e mesmo entre os brasileiros. “Trata-se de um mero boneco”, sentenciou Claudeir Covo, co-editor da Revista UFO e especialista em análises de imagens. Peckman iniciou uma votação para formar em sua cidade uma comissão para assuntos extraterrestres, com a pretensão de preparar Denver para um contato iminente com forças galácticas do bem. Ele precisa de 4.000 assinaturas para levar a proposta à votação. Em 2003, Peckman patrocinou uma iniciativa que exigia da cidade a implantação de técnicas de redução de estresse e tensão. A idéia não ganhou apoio dos eleitores na época. Vejamos agora.
A Pioneer deixa o Sistema Solar
02 de março de 1972. Nesta data, a nave Pioneer 10, da NASA, foi lançada para uma viagem aos rincões mais afastados do Sistema Solar, e depois para além dele, com a missão de procurar formas de vida em outros mundos e entregar a elas uma mensagem da espécie que povoa o pequeno planeta Terra. Em 13 de junho de 1983, a Pioneer saiu dos limites de nosso sistema estelar, às cegas, atravessando e atingindo um local do universo onde a presença humana nunca foi registrada. O foguete Atlas Centauro, de três módulos, a colocou na órbita de Júpiter a mais de 50 mil km/h, transformando-a na máquina mais veloz já fabricada pelo homem.
Vinte e cinco anos depois, a comunicação com a nave acabou, devido ao esgotamento da fonte radioisotópica de energia que a mantinha. O último contato ocorreu em janeiro de 2003, quando o mensageiro espacial estava há 12 bilhões de quilômetros da Terra. “Para nós, a missão terminou quando foram interrompidas as comunicações. Não sabemos nada da Pioneer 10, mas supomos que continuou sua viagem pelo cosmos para realizar sua missão”, disse um porta-voz do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA. “Passou-se toda uma geração e quem tinha em mãos o controle da Pioneer, engenheiros e cientistas, já não estão mais conosco para ver os resultados”, acrescentou. Entretanto, mesmo que sejam praticamente nulas, as façanhas científicas da nave estão longe de ficar no esquecimento e a Pioneer 10 continua sendo uma das grandes iniciativas da exploração espacial dos Estados Unidos. Ela foi a primeira nave a fazer observações diretas e a transmitir imagens em primeiro plano de Júpiter. Também enviou informações sobre seus cinturões de radiação, localizou seus campos magnéticos e constatou que o planeta é gasoso. Não é pouca coisa.
Descobertos exoplanetas gigantes
Cientistas suíços e franceses anunciaram há algumas semanas a descoberta de mais três planetas extrassolares, que já chegam a quase 300. A diferença destes é que têm massa até 10 vezes superior à da Terra. Michel Mayor, especialista suíço que trabalha no Observatório Europeu Austral, localizado no Chile, em colaboração com colegas franceses, descobriu o trio de “super terras” – como já estão sendo chamados – gravitando uma estrela situada a apenas 42 anos-luz de nosso planeta, denominada HD40307.
Segundo o Le Monde, Mayor, que em 1995 descobriu junto com Didier Queloz o primeiro planeta extrassolar da história, divulgou a descoberta durante um congresso realizado pela Universidade de Nantes, na França. Além de gigantesca massa, os novos mundos têm uma gravitação extremamente veloz em relação à sua estrela – um deles completa uma volta ao redor dela em apenas quatro dias, contra os 365 da Terra em torno do Sol. Os outros dois demoram 10 e 20 dias, respectivamente, para concluir suas órbitas. Além disso, os cientistas descobriram outros dois sistemas estelares nos quais também há pequenos exoplanetas, como também são conhecidos.
NOVA SÉRIE SOBRE UFOs NO THC
Os canais de TV por assinatura sempre produzem especiais com a temática alienígena. Desta vez, o The History Channel (THC) apresenta a série Caçadores de OVNIs, na qual, com auxílio de especialistas de diferentes áreas, serão seguidas pistas em busca da verdade sobre ETs. Com arquivos de vídeos inéditos, documentos secretos e testemunhos de primeira mão, a série promete separar a ficção da realidade. Os episódios irão ao ar às quartas-feiras. O capítulo inaugural foi apresentado em 25 de junho e se chamou OVNIs Antes de Roswell, retratando seis casos ufológicos na Ilha Maury, apenas uma semana antes do famoso incidente do Novo México. Depois foi a vez de Abduções, em 02 de julho, que mostrou que os seqüestros alienígenas são um fenômeno comum, amplamente documentado. O episódio examinou vários casos nos quais reféns de ETs foram submetidos a exames, sendo que alguns deles tiveram objetos implantados em seus corpos. Além desta série, o canal mantém no ar outra em caráter permanente, chamada Arquivos Extraterrestres, que já conta com mais de 22 episódios, exibidos todas as quartas-feiras, às 23h00.
TEORIAS
O Mar do Diabo e os discos voadores
Todo mundo já ouviu falar do Triângulo das Bermudas, uma área no Oceano Atlântico famosa por desaparecimentos de aviões, navios e tripulações, que receberam explicações extrafísicas e sobrenaturais, como as discutidas em profundidade no novo lançamento da coleção Biblioteca UFO, OSNIs: O Enigma dos Objetos Submarinos Não Identificados [Código LIV-022 da seção Shopping UFO desta edição]. Mas muito pouco se sabe sobre o Mar do Diabo, também chamado de Triângulo de Formosa, na costa do Japão, cerca de 180 km ao sul de Tóquio.
O Mar do Diabo não aparece em nenhum mapa oficial, mas é temido por pescadores e navegadores japoneses por ser uma área conhecida por estranhos desaparecimentos. Assim como no Triângulo das Bermudas, especula-se que por trás dos sumiços estejam anomalias magnéticas e gravitacionais, além de aberrações do tempo-espaço. Ou então, os causadores dos raptos seriam mesmo extraterrestres, segundo teoria proposta pelo biólogo norte-americano Ivan T. Sanderson em Invisible Residents [The World Publishing, 1970]. Para ele, uma raça submarina inteligente, proveniente de outros planetas, habitaria ou teria bases nas profundezas abissais da Terra.
Outra teoria diz que, assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo é a única área em que a bússola aponta para o norte real, em vez do norte magnético. A lenda popular diz ainda que um vulcão submarino poderia ser a causa dos desaparecimentos. Mas descobriu-se que a expressão Mar do Diabo já era conhecida dos samurais japoneses há vários séculos, desde quando nunca se confirmou qualquer atividade vulcânica ali.