A Antártida é a parte mais remota, inóspita e despovoada do planeta. É realmente um outro mundo, onde persiste há milhões de anos uma era glacial que no restante do globo terminou há pelo menos 10 mil anos. No entanto, em relação ao Fenômeno UFO, o chamado Continente Gelado não constitui exceção, sendo palco das mesmas manifestações e dos mesmos avistamentos descritos em outras partes mais habitadas do planeta — e sua casuística ufológica inclui até tentativas de abdução. No entanto, como era de se esperar, pela natureza das pessoas que habitam ou passam temporadas na Antártida, geralmente pesquisadores civis de diversas disciplinas ou militares em variadas missões, os casos quase nunca se tornam conhecidos.
Apesar de intensa e em alguma parte documentada, a casuística ufológica da Antártida chama a atenção por sua peculiaridade. E em pelo menos um importante ponto as observações de discos voadores no Continente Gelado se distinguem daquelas ocorridas em outras partes do mundo, justamente a mesma razão, descrita acima, que as levam a ser pouco conhecidas no resto do mundo: elas são feitas por pessoal de alta qualificação técnica, que trabalha em observatórios e laboratórios equipados com os mais avançados recursos da ciência para detecção e registro de fenômenos geofísicos.
Como veterano de diversas expedições antárticas — sendo duas pela Marinha dos Estados Unidos, oito atuando no Programa Antártico Brasileiro e uma no veleiro Rapa Nui, em apoio a Amyr Klink —, este autor teve seu próprio avistamento ufológico na região. Mais do que isso, como pesquisador, ouvi de companheiros de missão inúmeros relatos sobre suas insólitas experiências. E também tive acesso aos boletins dos programas antárticos de outros países — desconhecidos do público e até mesmo dos ufólogos, por serem de circulação restrita — que contêm relatos que não deixam dúvidas sobre a manifestação do Fenômeno UFO no Continente Gelado. A experiência pessoal que este autor viveu ocorreu durante a primeira viagem que fez à Antártida, em 16 de março de 1961 — coincidentemente, no local onde, 23 anos mais tarde, em 06 de fevereiro de 1984, assistiria a inauguração da nossa Estação Antártica Comandante Ferraz, a primeira base brasileira no Continente Gelado [Hoje destruída por um incêndio em 25 de fevereiro de 2012].
Aventuras em águas geladas
Em março de 1961, eu estava a bordo do navio quebra-gelos Glacier, da Marinha dos Estados Unidos, para uma expedição sem paralelos. Havíamos partido no final de janeiro da Nova Zelândia com o objetivo principal de explorar uma região desconhecida da Antártida, a Costa de Eights, ao sul do Mar de Bellingshausen, um setor do Oceano Pacífico. Após muitas aventuras durante a viagem — o que incluiu 20 dias presos no gelo, a perda de um helicóptero, o salvamento de cientistas isolados em uma tempestade etc —, rumamos para a região da Península Antártica. No dia 16 daquele mês, quando coletávamos amostras do fundo do mar entre a Península e as Ilhas Shetland do Sul, no Estreito de Bransfield, o Glacier foi apanhado por uma tempestade, forçando-nos a buscar abrigo na Ilha do Rei George — ali está a Baía do Almirantado, onde havia um dos raros ancoradouros na Antártida, muito bem estruturado.
Como meteorologista e primeiro cientista brasileiro a participar de uma expedição antártica, este autor não parava de olhar o céu e a fabulosa paisagem durante todo o tempo da viagem. Mas logo o nevoeiro se abrira e observei, então, que estávamos metidos na Enseada Martel, em cuja margem, a dois quilômetros, viam-se os edifícios de uma base inglesa desocupada. De montanhas de 600 m de altura no interior da ilha despejavam-se geleiras para o mar, soltando, de vez em quando, com grande estrondo, enormes blocos de gelo que flutuavam nas águas como ameaçadores icebergs. Do ponto de observação em que estávamos, 15 m acima da linha d’água, passava o momento conversando com alguns marinheiros que receberam instruções para manejar os refletores da embarcação.
A noite se avizinhava e era preciso vigiar os blocos de gelo à deriva, que poderiam obrigar o navio a mudar de fundeio. A esta altura, como escrevi em um relato publicado no jornal Folha de S. Paulo logo após meu regresso ao Brasil, iniciou-se a mais estranha e surpreendente aventura de toda a expedição. Para narrá-la, conservando a autenticidade e a emoção dos acontecimentos, seguiremos de perto o diário de viagem. De repente, em nosso curso, aconteceu algo inusitado. Olhando o horizonte, vimos um estranho fenômeno luminoso cruzar os céus e gritos partirem, simultaneamente, das testemunhas presentes. “É um teleguiado”, exclamou um dos marinheiros. “Não, são foguetes de sinalização”, disse outro. “Acho que é um meteoro”, disse um terceiro. “Talvez uma ogiva de foguete”, exclamou mais um. A estupefação foi geral e em segundos mergulhamos na aventura. A descrição do estranho objeto luminoso, cuja manifestação na Baía do Almirantado havia posto todos do navio em reboliço, requer detalhismo.
Corpo luminoso multicolorido
O relato do fato, conforme registrado no diário de bordo da embarcação, tenta fazer jus ao observado. “Positivamente, as cores, a configuração e os contornos do objeto, como uma luz corporificada de formas geométricas e não difusas, não pareciam coisa deste mundo e não conheço o que as pudesse reproduzir”. Foi o que escrevi na época. De fato, tratava-se de um corpo luminoso multicolorido e de forma oval que deixava um longo rastro na forma de um tubo oco de cor vermelha para alaranjada. De repente, aquilo se dividiu em duas partes, como que explodindo. Cada pedaço brilhou mais intensamente do que o todo, com cores branco-azuladas e vermelhas, e lançou para trás raios inclinados em forma de V.
Rapidamente aquilo tudo desapareceu por completo e não se ouviu mais qualquer ruído. No entanto, as luzes não eram muito fortes e as cores eram de tons suaves. O artefato era pequeno e se encontrava a cerca de 200 m de altura. Apresentava tamanho aparente de um punho fechado, antes de dividir-se em dois. O UFO deslocava-se com pouca velocidade, cerca de 80 km/h, segundo uma avaliação baseada em minha experiência de reboque de planador. Passou a bombordo em uma trajetória de noroeste para sudeste, horizontalmente ou formando le
ve arco, cerca de 50 graus acima do horizonte, como que originado sobre ou por trás das montanhas do outro lado da ilha.
UFOs fizeram uma de suas mais longas e espetaculares aparições na região sobre a base argentina da Ilha Decepção, em 02 de julho de 1965, voltando a aparecer no dia seguinte, quando o fenômeno foi também testemunhado nas bases chilena e inglesa
Este autor foi então chamado pelo capitão da embarcação, John Porter, à ponte de comando. Ao apresentar-me, contei o que testemunhei ao mesmo tempo em que Porter mandava responder ao fenômeno imediatamente com uma pistola de sinalização. Ao que se saiba, a base inglesa situada na margem da baía em frente ao navio havia sido desocupada há várias semanas. Porém, existia a possibilidade de serem as luzes avistadas um foguete de sinalização lançado por exploradores desconhecidos e talvez carecendo de socorro, talvez partindo de lá. “É uma regra fundamental no mar responder a qualquer sinal luminoso”, disse o comandante. Com isso, dispararam-se alguns foguetes e fizemos chamados com a lâmpada de sinalização em direção à base — tudo sem resultado. Porter, então, ordenou o envio de uma lancha de tipo Greenland Cruiser à margem para investigar e fui convidado a participar do grupo de desembarque. Levou-se 16 horas para cumprir a missão, sendo que o primeiro desembarque da lancha em terra, durante a noite, falhou, forçando-nos a tentar novamente no dia seguinte.
Falta de percepção a bordo
Só conseguindo o desembarque em terra firme na segunda tentativa, após uma tempestade, nada se encontrou ali que estivesse relacionado com o objeto luminoso que víramos na véspera. A Marinha dos Estados Unidos, dona do Glacier, registrou em documentação de bordo as luzes observadas como sendo “meteoro ou outro fenômeno natural luminoso”, conforme nos declarou mais tarde o capitão Porter. Foi uma surpresa, na ocasião, constatar a falta de percepção demonstrada pelos companheiros do navio. Ora, como é possível confundir com meteorito um objeto com antenas absolutamente simétricas, seguido de uma cauda sem o menor sinal de turbulência atmosférica?
A tal explosão que se ouviu durante o avistamento, utilizada como pretexto no relatório de que o objeto era mesmo um meteorito, foi na verdade originada da divisão em duas partes idênticas do artefato, um processo que lembrou a um cientista francês presente uma meiose celular. Certamente este autor não se deixou enganar por nenhum fenômeno natural conhecido durante a observação, mesmo que raro, baseado na extensa prática que adquirira como observador meteorológico, sendo a Antártida palco de estranhos fenômenos óticos e luminosos naturais — miragens, parélio, auroras etc. Além disso, já acumulava experiência prática de observação de satélites artificiais no Brasil, como colaborador da antiga Sociedade Interplanetária Brasileira (SIB). E para completar, a bordo do navio usávamos lunetas especiais cedidas pelo Smithsonian Institute, de Washington, e simultaneamente gravávamos em fita magnética os sinais dos satélites que registrássemos — essas observações ajudaram na determinação das características do avistamento e seu estabelecimento de que não se tratava de nada conhecido, natural ou artificial.
Este relato sobre a observação do UFO na Baía do Almirantado foi publicado pela primeira vez em junho de 1961 na Folha de S. Paulo, como parte da uma série de 20 reportagens sobre a expedição do Glacier. Posteriormente, durante um estágio que o autor fez no Goddard Space Flight Center, da NASA, entre outubro de 1962 e junho de 1963, preenchi, a pedido de um colega cientista, um formulário da National Investigations Committee on Aerial Phenomena (NICAP), na época uma das mais respeitadas entidades ufológicas do mundo. O caso relatado acabou publicado no anuário que a NICAP emitia na época. Só vários anos depois, no entanto, tive novamente a atenção despertada para aquela observação na Antártida. Em 1968, em Paris, tomei conhecimento da publicação Phénomènes Spatiaux, que era editada pelo Groupement d’ Étude des Phénomènes Aériens (GEPA), outra importante instituição ufológica da época. Lendo-a, surpreendi-me com descrições de UFOs apresentando características muito semelhantes ao objeto que avistara na Baía do Almirantado, embora associados a outros casos — era evidente, portanto, que um tipo similar de nave estava sendo observado em outras partes do mundo, por diversas testemunhas.
UFOs sobre as bases
Para tentar associar o avistamento na Antártida com outros, estabeleci contato com vários ufólogos franceses, entre eles alguns cientistas que elaboraram explicações físicas de certas características comuns ao UFO da Baía do Almirantado e a outros, observados em distintas partes do mundo, tais como descargas em campos magnéticos altamente canalizados, tubos finos de luz etc. Alguns anos depois, o livro The Invisible Residents, do biólogo e pesquisador norte-americano Ivan T. Sanderson, publicado em 1967, fazia referência à observação na Baía do Almirantado, ainda que de forma completamente inexata.
Seja como for, o fato é que a observação de um UFO no Continente Gelado, que mesmo naquela época já contava com inúmeras bases científicas e militares, chamou a atenção da Comunidade Ufológica Mundial. Em seguida ao caso descrito, vários pesquisadores passaram a dar mais atenção aos episódios ocorridos na Antártida e alguns deles se tornaram conhecidos. Por exemplo, descobriu-se que UFOs fizeram uma de suas mais longas e espetaculares aparições na região sobre a base argentina da Ilha Decepção, em 02 de julho de 1965, voltando a aparecer no dia seguinte, quando o fenômeno foi também testemunhado pelo pessoal das bases chilena e inglesa, situadas na vizinhança, na mesma ilha, e em uma unidade das Ilhas Shetland do Sul. Atendendo a inúmeras consultas feitas em Buenos Aires, ao transpirar o conteúdo de radiogramas recebidos da base da Ilha Decepção, finalmente a Secretaria da Marinha
Argentina divulgou, em 06 de julho daquele ano, um comunicado intitulado Observação de Objetos Voadores Não Identificados na Antártida Argentina.
s da Antártida com mais registros de avistamentos
Segundo as agências de notícias, foi este o primeiro documento oficial da história em que um governo fez referências a discos voadores. Dizia o comunicado que, no Destacamento Naval de Decepção, em 03 de julho de 1965, às 19h40, “foi observado um objeto voador de formato lenticular, de aspecto sólido e coloração predominante vermelha e verde, por momentos apresentando também tonalidades amarelas, azuis, verdes, alaranjadas e brancas”. O artefato passou em um ângulo de 45 graus acima do horizonte e a uma distância aproximada de 10 a 15 km da base, deslocando-se para leste e momentaneamente mudando seu curso para oeste, ora permanecendo estacionário, ora desenvolvendo velocidades variáveis e sem produzir ruído. O fenômeno durou de 15 a 20 minutos, sendo observado em condições ideais de visibilidade, com céu claro e Lua minguante, pelo meteorologista e mais 10 pessoas da base.
Alteração no campo magnético
Acrescenta ainda o comunicado oficial que na tarde do mesmo dia o UFO em questão foi também observado em outra instalação argentina nas Ilhas Orcadas do Sul, que é o mais antigo observatório estabelecido na região antártica. Instalada em 1904, a base vem funcionando desde então. Registros contínuos do magnetismo terrestre são feitos ali desde 1905 com o uso de aparelhos de vários tipos, tais como variômetros Eschenhagen, magnetômetros Kew e indutores terrestres Schulze. Por isso, registros de UFOs obtidos com estes instrumentos durante sua passagem assumem importância muito maior, como o caso observado em 03 de julho, quando o artefato provocou perturbações no campo magnético, acusadas nos traços magnetográficos.
Segundo fontes autorizadas da Secretaria da Marinha Argentina, citadas pelos jornais daquele país, a observação visual do fenômeno naquela base se prolongou por pouco mais de 20 minutos, enquanto que a presença do UFO pelos registros dos instrumentos da base durou aproximadamente uma hora. Segundo as mesmas fontes, as alterações magnéticas registradas não têm qualquer explicação natural dentro da estrutura do atual conhecimento científico. Porém, não foi apenas a Argentina a ter casos ufológicos em suas bases na Antártida, mas também o Chile e outros países. Igualmente em 1965 foram registrados vários casos de visitas extraterrestres ao Continente Gelado. A primeira observação do ano ocorreu em 19 de junho na base chilena Aguirre Cerda, também situada na Ilha Decepção e destruída por uma erupção vulcânica em 1969. Um telegrama enviado ao quartel-general da Força Aérea Chilena (FACH) informava que um estranho artefato teria permanecido visível durante 20 minutos, fazendo evoluções próximo à base para em seguida tomar rumo noroeste, desaparecendo à alta velocidade e em curso oscilante.
No dia seguinte, 20, a base chilena se comunicou com a base britânica vizinha, que confirmou a observação e descreveu ainda o UFO como sendo de cor vermelha, com variações de amarelo e verde. Os britânicos também disseram que o aparelho pareceu ficar estacionário durante 10 minutos antes de desaparecer. Igualmente a base argentina na ilha, consultada por rádio, confirmou a observação e informou que lá seus membros haviam tirado 10 fotografias coloridas do objeto. Despachos das agências de notícias, citando fontes da FACH, descreveram uma segunda observação feita ainda em 20 de junho como “algo parecido com uma nave espacial estranha e de cor alaranjada, que durante 40 minutos realizou numerosas manobras sobre a base, afastando-se velozmente a seguir, rumo ao sul”.
Observações múltiplas
Observações semelhantes voltaram a ser feitas na Base Aguirre Cerda em 05 de julho de 1965. Os despachos das agências, e mesmo as reportagens dos jornais argentinos e chilenos da época, fazem confusão entre as datas das diferentes observações. Mas não há dúvidas, porém, de que as manifestações se repetiram em dias sucessivos. O artefato visto naquele dia, durante 20 minutos, conforme divulgou a FACH, brilhava a grande altitude com uma luz branca e ia em direção sudoeste, à considerável velocidade e descrevendo zigue-zagues, às vezes detendo-se no ar. Também o pessoal da base britânica viu o misterioso veículo aéreo, descrevendo-o como amarelo em alguns momentos, verde em outros, mas sempre brilhando como uma estrela de primeira magnitude. Ainda de acordo com fontes chilenas, a observação foi igualmente confirmada pelo destacamento naval argentino — o objeto dali avistado mudava alternadamente de cores e deixou um longo rastro luminoso ao cruzar o céu.
Também há fatos semelhantes registrados pelas estações antárticas da África do Sul, da Nova Zelândia e dos Estados Unidos. Um relato enviado pela Base Sanae, da Expedição Antártica Nacional da África do Sul, e citado no boletim Antartic, da Sociedade Antártica da Nova Zelândia, informava que, às 20h07 de 18 de março de 1962 um objeto luminoso brilhante havia sido avistado a noroeste daquela estação, situada na costa da Antártida, a 70 graus de latitude. O disco voador deslocou-se de leste para norte a pouca altitude acima do horizonte, permanecendo visível durante apenas 10 segundos. No mesmo número da citada publicação aparece o relato de outra observação, feita em data diferente na Base Hallett, mantida conjuntamente pela Nova Zelândia e Estados Unidos, que é situada na costa da Antártida exatamente oposta à Sanae.
Segundo telegrama assinado por Claude Taylor, chefe da base, o artefato apareceu às 11h10 de 07 de julho de 1962, levando entre 3 a 4 minutos para cruzar o horizonte de sul a norte. O objeto apresentava algo como três manchas distintamente separadas, uma delas muito mais brilhante do que as outras duas. Percebia-se uma forma acinzentada ao redor das manchas, que os observadores interpretaram como uma possível trilha de condensação de vapor. Quando estava ao norte da base, o UFO emitiu um forte clarão de luz, porém sem qualquer alteração de órbita ou forma. Não se ouviu qualquer ruído. Diz ainda o relatório que, apesar de sua grande altitude, o objeto parecia estar dentro da atmosfera terrestre e abaixo do nível da aurora austral. Uma fotografia aumentou o mistério em torno dessa observação na Base Hallett, registrada depois por um aparelho fotográfico especial denominado All Sky Camera, destinado ao estudo das auroras polares boreais e austrais.
O aparelho conta com um espelho hemisf
érico que permite tomar fotografias de toda a abóboda celeste em intervalos frequentes. Segundo posteriormente divulgou o Departamento de Pesquisas Científicas e Industriais da Nova Zelândia, as fotografias coloridas obtidas pela câmera confirmaram as observações visuais do UFO. Uma das imagens, de longa exposição, mostra um rastro luminoso cortando toda a fotografia, porém em uma direção que seria leste-oeste — perpendicular, portanto, à da observação visual. Não se pode, todavia, precisar a natureza do objeto.