A Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) do Chile acaba de reativar o Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos (CEFAA), que analisará o Fenômeno UFO sob a perspectiva científica. O CEFAA foi criado em 1997, entretanto, manteve-se em atividades mínimas e discretíssimo, devido a escassez de fundos e falta de interesse das autoridades, segundo seus representantes. A partir deste momento, contará com escritórios próprios e um orçamento anual de 100 mil dólares. O secretário geral da Dgac, Pablo Ortega, disse a jornalistas que na atualidade “existe mais informação, tecnologia e colaboração internacional para estudar estes fenômenos anômalos que incidem na operação e segurança aérea”. Reconheceu que “existe um registro de fotografias e reportes de pilotos que falam de situações dignas de ser estudadas pelo Cefaa, onde trabalharão dois especialistas em trânsito aéreo”.
A entidade investigadora será dirigida pelo oficial na reserva da Força Aérea do Chile (FACH) Ricardo Bermúdez, que interessou-se por abordar o fenômeno de um ponto de vista científico. Bermúdez disse que “podem ser luzes, cores, movimentos ou objetos. Os UFOs são reais. Em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra, existem entidades que estão averiguando sobre estes temas com rigor científico”. Apontou que existem evidências de que nos Estados Unidos alguns acontecimentos aéreos já colocaram em risco a segurança de alguns vôos, “coisa que no Chile não tem ocorrido até agora, mas precisamos zelar por nossos pilotos”. Descartou que no país existam arquivos ufológicos secretos ou que a FACH esconda documentos, depois ressaltou que “nossos conhecimentos e arquivos serão de caráter público, qualquer pessoa poderá os conhecer”. A América do Sul vem dando exemplos memoráveis em termos de Ufologia. Enquanto o UFO Project inglês fecha as portas ao público, o Chile, como que em contrapartida, ativa o CEFAA para informar a população. Parabéns à Aeronáutica chilena!
O Ministério da Defesa Britânico (MoD) fez um comunicado, no início de dezembro, sobre encerramento de atividades no seu Projeto UFO, que contava mais de 50 anos de pesquisa e investigação do Fenômeno UFO. A notícia surgiu de maneira singela, claramente para não atrair atenção, fazendo-se uma emenda a um documento já existente na seção de Liberdade de Informação [Freedom of Information] do site do MoD, intitulado How to report a UFO sighting [Como reportar um avistamento de UFO]. O anúncio diz que “em mais de 50 anos, nenhum relatório de UFO revelou qualquer evidência de uma ameaça em potencial ao Reino Unido”, e ainda diz que “o MoD não irá mais responder a avistamentos de UFOs ou investigá-los”.
O ufólogo inglês Nick Pope, consultor e correspondente da Revista UFO na região, que trabalhou no Projeto UFO de 1991 a 1994, lamentou o fato: “Me entristece ver o MoD desistir dessa forma. Existindo evidências que sugerem que o espaço aéreo do Reino Unido tem sido penetrado por UFOs, isso deveria automaticamente ser do interesse da Defesa e investigado de forma apropriada. Ainda estou certo de que este é praticamente o caso dos Estados Unidos, onde avistamentos de pilotos e alvos localizados por radar continuarão a ser analisados, mas longe de um órgão constituído formalmente”, disse Pope.
Desde os anos 50, o MoD recebeu cerca de 12.000 relatórios ufológicos. Mesmo que a maioria fosse interpretação errônea de objetos e fenômenos comuns, ao redor de cinco por cento permanece inexplicado. O “fechamento” parece que foi estritamente a população, numa ação de censura a informações deste gênero e ninguém engoliu a conversa, pois sabe-se muito bem nos bastidores que o MoD divulgava nada mais do que uma pontinha do iceberg, desde sempre. Como se diz por aqui, “ficou pior a emenda que o soneto”.