O Depoimento do doutor Ubirajara Franco Rodrigues (IPM)
Depoimento do doutor Ubirajara Franco Rodrigues: Um dos momentos mais importantes da história do Caso Varginha ocorreu após a deflagração do Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pelo General Sérgio Pedro Coelho Lima, comandante da Escola de Sargento das Armas (ESA), situada no Sul de Minas Gerais, na cidade de Três Corações.
O procedimento investigativo e policial teve início oficialmente para verificar a possível ocorrência de Ilícito Penal no conteúdo da obra “Incidente em Varginha”, de autoria do ufólogo Vitório Pacaccini e de Max Portes. O IPM surgiu como consequência de uma série de ações decisivas do grupo principal de investigadores tendo à frente além do próprio advogado do Sul de Minas (Rodrigues), o autor efetivo da obra alvo do procedimento, o ufólogo Pacaccini.
Na reunião histórica com a mídia nacional e internacional ocorrida no dia 04 de maio de 1996, Pacaccini havia divulgado publicamente pela primeira vez os nomes de vários militares do Exército envolvidos diretamente com os acontecimentos relacionados a queda de um UFO entre as cidades de Varginha e Três Corações e a captura de parte de sua tripulação, entre outros detalhes da história.
Como já é do conhecimento público ou pelo menos deveria ser daqueles que acompanham o caso, foi Pacaccini que trouxe de forma decisiva para estrutura da história, que começo agora a reconstituir (aspectos cruciais), os primeiros depoimentos militares não só de membros da Escola de Sargento das Armas (Exército), como de outras forças militares envolvidas (Bombeiros e Polícia Militar – MG).
Houve a substituição no comando da ESA do general Sérgio Pedro Coelho Lima (que havia deflagrado o IPM), depois de não conseguir estancar o processo de vazamento de informações mediante membros da mesma força militar, contrários as operações de acobertamento, pelo também general Marco Antônio Tilscher Saraiva.
O próprio IPM acabou por priorizar o aspecto da busca da identidade de nossos informantes na área militar, inclusive durante os depoimentos de Ubirajara Rodrigues e Victório Pacaccini, com destaque para esse aspecto ainda, conforme pode ser vislumbrado também nas questões formuladas aos militares que foram ouvidos no procedimento (IPM).
Resolvi iniciar essa série de postagens falando dessa história e dando destaque ao depoimento de Rodrigues prestado no dia 02 de abril de 1997, por conta de o nome do ufólogo ser usado hoje (diante de sua atual postura frente o caso) como base para questionamentos da própria veracidade ou interpretação ufológica. É de se destacar, que justamente ao prestar seus esclarecimentos diante do Ten. Coronel Lúcio Carlos F. Pereira (encarregado do IPM), Rodrigues foi mais do que firme na defesa e significado especial de toda a história.
Conheço o doutor Ubirajara Rodrigues desde o ano de 1980 e sei o quanto sua defesa do caso (por convivência pessoal com ele na época), trouxe problemas para ele em diversos aspectos e, apesar de hoje estamos afastados, continuo tendo respeito especial por sua dedicação e defesa da história ao longo de vários anos. Poucos fariam o que ele fez.
Sei por inúmeras razões, que aqui não preciso apresentar, que ele teria que ser o mais irresponsável dos ufólogos para em um momento de extrema gravidade, como o do seu depoimento no IPM, ter sido tão objetivo e inspirado ao defender o “Incidente em Varginha”, se o caso, depois de mais de um ano de investigações, não tivesse de fato sua realidade evidenciada.
Isso não é dito apenas por conta da importância do seu depoimento no IPM (abril de 1997), mas mediante gravações realizadas por minha própria pessoa com ele até o ano de 2000. Em seguida, um dos parágrafos mais memoráveis de suas declarações frente a autoridade militar, no qual Rodrigues chega a oferecer ajuda ao Exército para investigar o caso.
“Declarou que a postura do grupo de ufólogos do qual faz parte jamais afrontar as Forças Armadas nem mesmo ao Exército ou a Polícia Militar, que são participantes de um evento de significativa importância para a humanidade, em termos de evolução científica e filosófica; acrescentou que acredita que as Forças Armadas devam ter seus motivos extremamente importantes para não admitir oficialmente ocorrências como a citada no documento em tela (livro do Pacaccini).”
“Salientou que de sua parte, os ufólogos veem insistindo no fato de que tais setores tomem uma postura diferente e que admitam estas ocorrências, pela sua importância, contando inclusive com a modesta colaboração científica desses ufólogos; frisou que torce para que o Brasil, principalmente o glorioso Exército Brasileiro, seja o primeiro país do mundo a admitir oficialmente a realidade e a importância desses fenômenos, o que traria enormes benefícios, de várias ordens, para todo o país; esclareceu que no caso da ESA e do Exército Brasileiro virem a admitir a veracidade dos acontecimentos citados na publicação ora em evidência, poderão contar com a total colaboração dos ufólogos brasileiros de linha científica, caso essa colaboração seja bem vinda e necessária.”
(Ubirajara Franco Rodrigues)
Tive a oportunidade de conversar com ele (Rodrigues) no mesmo dia em que havia na parte da manhã defendido o caso de uma forma lúcida e responsável, tendo como base seu próprio conhecimento dos fatos. Nunca vou esquecer os momentos vivenciados ao longo de anos de minha presença no Sul de Minas, que hoje são fundamentais para a reconstituição da VERDADE.
Por Marco Petit
Ufólogo e escritor autor de 14 livros que abordam diferentes aspectos da Ufologia, incluindo a obra “Varginha – Toda Verdade Revelada.” Petit é Coeditor da revista UFO e membro fundador da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Consultoria jurídica: doutor Flori Tasca (OAB-PR) e Luiz Azenha (OAB-RJ).
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