O responsável por capturar aquela exibição atmosférica rara e inefável foi o rover Curiosity, marcando a primeira vez raios solares foram tão claramente observados em Marte. O pôr-do-Sol dramático foi pintado em luz conhecida como raios crepusculares. Coloquialmente, você pode conhecê-los como “raios divinos”, frequentemente observados na Terra como feixes de luz divinamente brilhantes irrompendo através das nuvens, que parecem adequados para anunciar a descida de uma divindade dos céus.
A imagem foi tirada como parte da pesquisa de nuvens crepusculares da NASA. Desde 2021, a agência fotografa nuvens noctilucentes, ou nuvens noturnas brilhantes, em um esforço para entender melhor a atmosfera marciana. Essas nuvens aparecem em altitudes mais altas e mais frias do que as típicas nuvens marcianas, que raramente excedem uma altitude de 60Km, sugerindo que podem ser compostas de gelo seco em vez de gelo de água.
Essa não foi a única beleza rara que o Curiosity conseguiu capturar no crepúsculo. Em 27 de janeiro, o rover capturou uma nuvem iridescente em forma de pena, uma cicatriz diáfana brilhante contra o céu que escurecia. “Onde vemos iridescência, significa que os tamanhos das partículas de uma nuvem são idênticos aos de seus vizinhos em cada parte da nuvem”, disse Mark Lemmon, cientista planetário do Space Science Institute, em um comunicado da NASA.
“Ao observar as transições de cores, vemos o tamanho das partículas mudando na nuvem”, acrescentou. “Isso nos fala sobre a forma como a nuvem está evoluindo e como suas partículas estão mudando de tamanho ao longo do tempo.” As imagens trazem certa familiaridade com a Terra, mas o fato de ser em outro planeta é definitivamente espetacular.