O interesse dos jovens pela Ufologia vem aumentando gradativamente. Não são raras as vezes que pessoas enviam correspondências ao Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) informando o surgimento de um novo grupo de pesquisas ufológicas, ou mesmo pedindo auxílio para se filiar a algum já existente. De cerca de dois anos para cá, um sem número desses grupos surgiu. É gente do Oiapoque ao Chuí, de todos os cantos do país, imbuídos em dar sua contribuição à Ufologia. Decididos a fazer parte daquela pequena porção de pessoas que realmente faz algo para o entendimento e divulgação do Fenômeno UFO.
Mas por que justo agora? Será que esses jovens estão realmente convictos de levar as pesquisas adiante ou é apenas uma febre repentina e passageira? Só o tempo poderá nos responder… Os pesquisadores de renome têm suas próprias – e divergentes – opiniões em relação aos novos grupos. Entretanto, as expectativas são as melhores possíveis e o apoio é total. Grande parte dos ufólogos está entusiasmada diante dessa iniciativa fantástica. É fato que esses grupos auxiliam toda a Comunidade Ufológica Brasileira, porque nós somos um país de dimensões exorbitantes, praticamente um continente, e temos uma casuística riquíssima.
E, levando em consideração que a maior parte dos pesquisadores se encontra nas grandes cidades, reduzidos aos grandes centros, os grupos pequenos que estão se formando no interior do país, do Norte e Nordeste, por exemplo, em cidades pequenas, que nem se vêem no mapa, fazem com que ao longo dos tempos nós tenhamos a casuística desses locais amplamente divulgada e estudada.
E a única forma para que isso aconteça é com o auxílio e informação dos grupos menores. Os ufólogos veteranos têm que transferir essa atuação para os mais jovens, que estão começando agora, cheios de energia e vontade de ir em frente. Mas é importante ressaltar que esses novos pesquisadores só vão ajudar caso se unam aos antigos, e se espalhem pelos quatro cantos do país, nos lugares mais ermos e longínquos possíveis.
Afinal, não são apenas os ufólogos da velha guarda que existem. Por trás deles, há um trabalho muito importante de base, pois para o topo se manter em pé, precisa de uma base de sustentação muito bem alicerçada, e isso nós encontramos nos pequenos grupos, os quais são importantes porque estão surgindo pelo Brasil inteiro.
Acesso facilitado – Se cada vez nós tivermos mais pessoas que estudam a Ufologia espalhadas pelo país, então teremos um acesso mais facilitado a casos que acontecem em determinadas regiões. Antes da existência dessas agremiações ficava mais difícil tomarmos conhecimento da casuística num lugar distante.
Ou seja, com a rede de pessoas interessadas aumentando, evidentemente, teremos acesso mais rápido aos avistamentos que ocorrem no país. Quanto mais pesquisadores tiver o Brasil, melhor. Pois, se nós pesarmos na balança, o número de uólogos ainda é pequeno para fazer a cobertura de nosso território, devido às grandes proporções que este tem. Um outro fator que desencadeou essa grande febre é o apoio e cobertura da Imprensa que, em nenhuma outra época, deu tanto espaço para a divulgação da casuística mundial. Vide o frenesi que foi o Caso Varginha, a cobertura dos avistamentos e manifestações iniciadas em 1996, que tomam proporções cada vez maiores, os estranhos e misteriosos ataques do Chupacabras, e mais recentemente a abertura de documentos oficiais, com base na Lei de Liberdade de Informação.
Deslumbramento – De grande relevância, as declarações do coronel Uy-rangê Hollanda, comandante da Operação Prato, da Força Aérea Brasileira (FAB), que pesquisou as manifestações na região Norte, principalmente o Estado do Pará, ajudaram a aumentar a curiosidade. Fazendo com que os jovens vissem o assunto com mais credibilidade, valorizando os estudos e levando os ufólogos mais a sério.
Pessoas que, antes, apenas tinham interesses remotos pelo Fenômeno UFO, agora pensam em fazer parte ou formar centros de estudos ufológicos – alguns até mesmo já formaram seus próprios grupos. Alguns, no entanto, são apenas jovens que se deixam contagiar pela febre ufológica, pela mídia. Começam a colecionar recortes de jornais, comprar revistas que abordam o tema etc, porém fica só nisso – embora todos os centros de pesquisa tenham começado assim. Entretanto, agora o deslumbramento é maior: essa enxurrada de centros ufológicos, de pequenos e precários grupos, é decorrente dessa em polvorosa onda de informações ufológicas que estão sendo divulgadas.
É necessário que haja pessoas que queiram realmente provar a Ufologia, e não apenas aparecer nela. Porque até mesmo dentro de grupos antigos, alguns pesquisadores visam apenas auto promoção e enriquecimento ilícito. E resultado, mesmo, vemos pouco. Para ser um ufólogo de verdade é preciso ir a campo
Porque não é só dizer que formaram um centro de pesquisa, despender do-is ou três meses a isso e pronto. Pesquisa ufológica é muito mais complexa. Porém, existem alguns grupos que continuam. E, por sinal, muito bons.
O ufólogo e pesquisador mineiro Antonio Faleiro, presidente do Cosmonig – Observatório Astronômico Antonio Souza Faleiro, não acredita que essa procura seja uma onda passageira. “A Imprensa está divulgando o assunto com credibilidade, e não com estórias fantasiosas. Dessa forma, valoriza os contatos verdadeiros e as pesquisas ufológicas sérias. E com mais divulgação, o povo que gosta do assunto passou a se interessar ainda mais”, afirma o ufólogo.
Já Reginaldo de Athayde, diretor do Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), tem certeza de que isso é muito comum quando acontece um fato de grande importância: “Está havendo uma quantidade substancial de avistamentos, de fatos relevantes que fazem com que determinadas pessoas, principalmente jovens, procurem se dedicar à pesquisa e automaticamente formar seus grupos ufológicos”.
Embora as opiniões se divirjam, todos têm em mente que a relação entre os grupos antigos e os novos, com troca de materiais e intercâmbio de informações, é primordial. “Todo novo ufólogo é muito bem vi
ndo. Agora, acho que o mais importante é que os novos grupos ufológicos sigam uma linha científica, trabalhem com o pé no chão, não se deixem envolver emocionalmente, pois os pesquisadores que se envolvem emocionalmente com o caso podem tirar conclusões erradas”, declara Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Investigações de Fenômenos Aeroespaciais (INFA) e um dos mais respeitados – e requisitados – ufólogos do país.
Quanto à formalização jurídica, basicamente, esses grupos não estão oficializados, registrados nem organizados como instituição. Mas a maioria se preocupa com a parte judicial, pois cerca de 80% dos representantes de centros ligam ou escrevem ao CBPDV pedindo a cópia de nosso estatuto. Preocupado em sanar este problema, o ufólogo grego, radicado em Florianópolis (SC), Eustáquio A. Patounas, à frente da Sociedade de Estudos Extraterrestres (SOCEX), publicou no Correio Extraterrestre, órgão de divulgação do centro, a cópia de seus estatutos, “…para que os novos grupos possam ser orientados corretamente, assim como a ufóloga Irene Granchi, do Centro de Investigações Sobre a Natureza dos Extraterrestres (CISNE), orientou-nos quando nos forneceu seus estatutos”, explica Eustáquio.
As situações vividas pelos representantes desses novos centros são bastante distintas. Alguns, como André Azevedo, presidente do Centro de Estudos Ufológicos de Maringá (CEUM), no Paraná, não tiveram experiências muito agradáveis – chegando às vezes a serem desencorajadoras, mas nunca desestimulando a busca de seus objetivos.
Exército de um homem só – “Praticamente o meu grupo é um exército de um homem só. Tem muito curioso que aparece de vez em quando. Porque eu faço reuniões com o grupo de estudos, e em cada uma delas não aparecem as mesmas pessoas. É difícil você manter um grupo. A gente fala assim: ‘Vamos fazer uma vigília hoje?’, aí respondem: ‘Ah, não dá…’, ou então: ‘Que pena! Sábado eu tenho outro compromisso…”, desabafou.
Contando com um centro muito bem equipado, com computadores, telescópio, telefones etc, André lembra que na época em que apareceu o ET em Varginha, seu grupo teve 36 adesões. Seria então apenas um modismo? Sabemos que o interesse pela pesquisa ufológica vai ainda continuar crescendo, numa grande progressão. Até porque nós temos praticamente a certeza de que o fenômeno vai continuar a crescer, ele não vai parar simplesmente. Pode até haver uma redução nessas ondas, mas a tendência, em termos gerais, do fenômeno é crescer até um desfecho definitivo.
Pensando dessa maneira, Marco Antonio Petit de Castro, diretor da Associação Fluminense de Estudos Ufológicos (AFEU), entidade carioca de pesquisas, afirmou à Redação de UFO: “Acredito que esse grande número de grupos que está surgindo na atualidade, principalmente nos últimos meses, é um fenômeno ligado ao momento histórico, digamos assim, que nós estamos vivendo, não só no Brasil como no exterior. Com uma quantidade muito grande de aparições e de contatos que estão se multiplicando e que mostram um interesse cada vez mais crescente da população, da nossa Humanidade frente o tema ufológico”.
O clima entre a nova e a velha guarda da Ufologia não podia ser melhor. O presidente do Arquivo UFO, com sede em Campo Grande, Jair Soares Rocha Jr, define essa relação: “Nós, que formamos a elite nova de ufólogos, respeitamos e admiramos muito o trabalho da velha guarda, principalmente os pesquisadores brasileiros que já se destacam em nível internacional. São ufólogos de suma importância que prestam um serviço de orientação aos menos experientes”.
Daniel Pátaro, do Grupo de Estudos Extraterrenos Clube dos Jovens Astronautas (GEE/CJA), de Campinas (SP), concorda, porém acrescenta que há um grande obstáculo separando os ufólogos de renome dos menos conhecidos, e lembra as vezes que tentou manter contato via correspondência com determinados pesquisadores.
Trabalho de base – “Vejo uma distância muito grande entre eles e os outros grupos. Aquele Clube dos Sete… Acho que não é por aí, não. Porque a gente pesquisa, descobre coisas (eu moro ao lado da Unicamp e descobri coisas sobre o ilustre ET de Varginha que passei adiante). Não são só eles que existem. Há um trabalho de base também, que é muito importante. E a base está sendo esquecida”.
Mas apesar desse contratempo, Daniel garante: “Tive a oportunidade de trabalhar com vários pesquisadores reconhecidos e, sinceramente, vejo um pouco de estrelismo em certos momentos, e em outros, um extremo profissionalismo. Porém gosto muito deles. Sobretudo, eu os respeito muito. A-prendi muita coisa com eles”. E André Azevedo concorda: “Tenho um respeito muito grande por eles. Nunca deixaram de apoiar em minhas pesquisas.
“Sempre que eu telefono, atendem como se me conhecessem há dez ou quinze anos, como se fossem meus amigos. São pessoas que têm o mesmo amor, a mesma paixão que eu tenho pela Ufologia. Não há o que questionar”. Mas Covo se defende, e aos outros pesquisadores: “Eu recebo um número muito grande de cartas por mês. É humanamente impossível responder a essas cartas. 90% pedem material ufológico.
E se para cada uma delas, mandasse um relatório, uma foto etc, teria que dispor de muito dinheiro, além de tempo. Infelizmente, as pessoas acham que é desinteresse meu. Engana-se aquele que pensa que é estrelismo da parte dos ufólogos mais gabaritados”. É certo que a grande maioria desses grupos é inoperante. Não há neles uma atuação ciente e ativa.
“Eles nascem, permanecem um determinado tempo e depois se dissolvem por si só”, diz Reginaldo, e completa: “Aqui em Fortaleza, por exemplo, nós tivemos vários centros de pesquisa que foram criados nos últimos anos. Depois as pessoas se afastam ou vêm para o CPU. Nós temos observado que fatos como Varginha, e outros mais q
ue balançam a estrutura da Ufologia, fazem com que algumas pessoas comecem a se dedicar, criam centros de pesquisas, mas estes não têm vida muito longa”.
Simples modismo – Podemos perceber, claro, que existem grupos se formando que possuem pesquisadores sérios, que desejam realmente levar o trabalho com afinco e maturidade e que não estão interessados em um simples modismo. E é por causa dessas pessoas que acreditamos que daqui a alguns anos haverá uma nova safra de pesquisadores despontando e se sobressaindo nos palcos ufológicos.
“Como esses grupos estão aparecendo a partir de uma série de contatos – como a Revista UFO, por exemplo –, estão começando a ter uma formação séria em Ufologia. A partir disso, com o passar do tempo eles vão desenvolver trabalhos que merecerão credibilidade”, prevê Petit.
Agora, na formação desses centros, é necessário que haja pessoas que queiram realmente provar a Ufologia, e não aparecer nela. Porque até mesmo dentro de grupos antigos, alguns pesquisadores visam apenas auto promoção e enriquecimento ilícito. E resultado, mesmo, vemos pouco. Para ser um ufólogo de verdade, é preciso ir a campo e enfrentar cobras e lagartos – literalmente.
Mas não é o que acontece com a grande maioria dos jovens. Agora há um meio muito mais rápido e cômodo de se “fazer Ufologia”: a Internet, onde ele tem a informação que quiser, na hora que quiser. Mas isso não é Ufologia. Quem age assim é simplesmente um colecionador de informações. Ufólogo de verdade faz vigília no matagal à noite, tira fotografias, traz a notícia, corre riscos. Reginaldo de Athayde lembra um fato que lhe sucedeu numa de suas incursões atrás de discos voadores, quando foi preso na Praia do Futuro, em seu Estado, o Ceará, com material de pesquisa e levado a uma delegacia: “Pensaram que eu era contrabandista, terrorista, sei lá… Esses jovens nunca passaram por experiências assim, por isso não têm idéia do que é fazer pesquisa realmente”.
A bem da verdade, muitos dos novos pesquisadores penetraram o campo da Ufologia movidos por mera curiosidade. Outros juram que não tem nada a ver com essa invasão da mídia. Porém é difícil manter um grupo só com a curiosidade, sem a vontade de acampar e fazer vigílias. Na primeira vez, vão todos empolgados, esperançosos por verem UFOs. Mas não vêem.
Além disso, os pesquisadores são obrigados a mostrar a esses novatos um ser extraterrestre, se não esses novos ditos ufólogos saem maldizendo os antigos. É preciso ter muita paciência e demasiada cautela. Não adianta pensar que vão ter um contato já na primeira incursão. Há ufólogos que estão aí há mais de 10, 20 anos e nunca, jamais, viram sequer uma sonda.
Alçar seu próprio vôo – Além disso, muitas pessoas procuram esses centros somente por divertimento. E ainda existem alguns problemas para se fazer pesquisa séria e organizada no Brasil. Despende-se de dinheiro, material, tempo, e geralmente quem promove e participa dessas aventuras não dispõe deles. A sociedade, de um modo geral, aceita bem a iniciativa, gosta muito do assunto, mas olha apenas com mera curiosidade. Nada mais expressivo. Por exemplo, uma empresa patrocina esportes sem problema, mas pesquisa ufológica fica mais difícil.
Na hora de esclarecer e aconselhar, sem exceção, os pesquisadores tarimbados concordam em um ponto: para se fazer um trabalho de pesquisa e investigação sério, é preciso procurar orientação daqueles que já possuem uma bagagem de experiências. Para só depois alçar seu próprio vôo – sempre seguindo as diretrizes já traçadas. Devem se dedicar de corpo e alma à Ufologia, pois já não há mais dúvidas de que dentro de pouco tempo essa pseudo-ciência será essencial à Humanidade.
Atualmente, os pesquisadores veteranos representam quase que a totalidade da Ufologia Brasileira, diferente do ocorre no restante do planeta. Pois praticamente toda a Comunidade Ufológica Nacional fala a mesma língua. Eles conquistaram uma coisa que os jovens não podem perder. Essa é a maior orientação e conselho que vão deixar: união, respeito e trabalho mútuo. E podem ter certeza que os antigos estão aí apoiando no que for preciso. Agora é só se armarem de binóculos, lunetas, mapas estelares, vários exemplares de UFO – para passar o tempo -, mochilas, barraca, acamparem em algum local de aparições ufológicas e terem muita calma e perseverança para esperarem o momento certo do encontro. Enquanto isso, não desistam no primeiro obstáculo e boa sorte nas pesquisas!
Para fazer Ufologia, siga estas pegadas…
Quando entramos em contato com alguns dos maiores pesquisadores brasileiros, para que expusessem suas opiniões a respeito dessa febre ufológica que se alastra pelo país, estes discordaram entre si sobre certos pontos – como as expectativas que têm nesses jovens –, entretanto, todos – sem exceção – deram conselhos úteis para a perpetuação do ideal ufológico. Se você está pensando em formar um grupo, ligue-se nessas dicas.
Claudeir – Pesquisar sem se envolver emocionalmente, analisando todos os detalhes sob os mais diversos ângulos, com uma metodologia que tenha caráter científico. E procurar sempre que possível, quando não conhecer um assunto, um especialista na área [Contatos com Claudeir: Caixa Postal 42700, 04299-970 São Paulo (SP)].
Petit – Procurar ligação com os pesquisadores e instituições de Ufologia do Brasil que já têm uma reputação séria. Não se deixar levar pelos falsos contatados que se utilizam da Ufologia para satisfação de seu ego [Contatos com Petit: Caixa Postal 62603, 22252-970 Rio de Janeiro (RJ)].
Faleiro – Pesquisar o assunto com seriedade e buscar a verdade, simplesmente a verdade. Sem colocar fantasias em suas pesquisas, apresentando a veracidade dos fatos ufológicos a toda a população [Contatos com Faleiro: Rua Francisco Teodoro 36, 35537-000 Passa Tempo (MG)].
Athayde – Dedicar-se com perseverança e afinco à Ufologia. Além disso, o ufólogo precisa ter conhecimento de Física, Química, Biologia, Astrobiologia, Parapsicologia, tem que ir para o campo e entender o c&eacut
e;u perfeitamente [Contatos com Athayde: Rua Franklin Távora 351, Centro, 60150-110 Fortaleza (CE)].
Eustáquio – Ter seriedade, perseverança, humildade, muito trabalho, e seguir a orientação dos mais experientes em termos de conduta, pesquisa etc. Espelhar-se nos mais antigos, mais organizados e criar independência depois [Contatos com Eustáquio: Rua Felipe Schmidt 515/112, 88010-001 Florianópolis (SC)].
A contaminação ufológica
Claudeir Covo
Na Ufologia existem dois tipos de vírus. E a grande maioria dos jovens que procuram a Ufologia está infectada com o vírus que, quando contamina a pessoa, só dá febre. Com o passar do tempo essa febre acaba e o jovem esquece a Ufologia. Quase a totalidade dos novos grupos sofre dessa enfermidade. Isso é temporário, coisa de momento. Daqui a seis meses ou um ano, talvez alguns deles continuem. Pois vão acabar percebendo que a Ufologia é uma trilha difícil, é um hobby caro, em que gasta-se muito tempo e dinheiro pra se fazer um bom trabalho.
Então quando o dito pesquisador chega à conclusão de que o seu passatempo é dispendioso, árduo e difícil, acaba desistindo. Principalmente aqueles que acham que em apenas uma semana já vão dar uma voltinha num disco voador. Este é o vírus do tipo “A”. Mas a realidade, infelizmente, não é bem essa. Agora – ainda bem –, existem aqueles jovens que se contaminam com o vírus do tipo “B”. Esse é pior do que a AIDS: não tem cura. A pessoa o adquire para o resto da vida. Mas apenas 10% desses grupos novos são contaminados por esse vírus, o restante é somente febre e deslumbramento.