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Contatado recebe presente de extraterrestre

Comerciante espanhol, na década de 50, fez amizade com ETs e ganhou deles uma pedra do espaço, cuja origem não pôde, infelizmente, ser confirmada

Cláudio Tsuyoshi Suenaga
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Pacita Sanmartin mostra a foto da pedra do espaço com a qual seu marido diz ter sido presenteado na década de cinqüenta por um alien que acreditava vir de Marte
Créditos: Cláudio Tsuyoshi Suenaga

Nos dias que antecederam o peculiar encontro, Sanmartin vinha experimentando uma estranha sensação. Era como se alguém, alheio à sua vontade consciente, estivesse dentro de sua mente, infundindo-lhe idéias desconhecidas ou inéditas para ele. “Havia ocasiões em que imaginava paisagens maravilhosas de exuberante vegetação, plenas de harmonia e paz; lagos transparentes e serenos, nos quais se refletiam brilhantes flores amarelas, roxas e azuis, e cinzentas montanhas de brancos cumes que se erguiam contra um céu de rosadas nuvens. Outras vezes eram atraentes cidades, com prédios sempre em forma de cúpula, de vivos tons brancos e dourados, que brilhavam ao Sol. Um mundo maravilhoso e utópico, pensava eu, sem chegar a compreender muito bem a razão de tudo aquilo”, descreveu Sanmartin.

Naquela madrugada, estava ele comodamente sentado à sua casa, lendo um livro, quando tais pensamentos o assaltaram com mais força e nitidez do que nunca. Durante mais de uma hora ficou absorto contemplando interiormente um mundo maravilhoso e ignaro, perguntando-se, perplexo, que espécie de lugar seria aquele. E, de súbito, sentiu que alguém o chamava. Era como um chamado interior. Sem pensar mais, ficou de pé e saiu de casa. O sentimento que o dominava era o de uma poderosa e irresistível curiosidade.

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Por volta das 02h00, chegou à praça de Moncloa. Logo teve, de novo, o forte e persistente intuito de que alguém o esperava. E esse pensamento, essa nítida voz sem som e palavras, impulsionou-o irresistivelmente a caminhar, desta vez, pela Estrada da Coruña, que se inicia na mesma praça. A noite estava ligeiramente escura e havia algumas nuvens no céu. Sanmartin andava rápido e firme, e desta maneira chegou a pouca distância de uma figura que permanecia imóvel e em pé junto a um declive, no final das grades da célebre Puente de Los Franceses.

Algo inexplicável naquela figura, talvez a majestosa imobilidade, chamou poderosamente sua atenção. E de um modo brusco e instintivo, voltou-se. A uns poucos passos de distância, aquele ser o fitava. Trajava um macacão, como os de aviadores em vôo, porém muito mais fino, simples e ajustado ao corpo, aparentemente feito de uma só peça, sem aberturas, nem bolsos, pelo menos visíveis. O rosto irradiava bondade, serenidade, firmeza e equilíbrio, denotando uma certa perfeição.

IMOBILIDADE MAJESTOSA – Ao chegar a um passo dele, sem que sua vontade consciente o ordenasse, o contatado pôde contemplá-lo melhor. Para Sanmartin, o ente era – ou parecia ser – muito jovem, tinha cabelos claros, longos e abundantes, caindo sobre os ombros em forma de esplêndida melena. Sua expressão facial tinha aquela serena e acabada beleza que somente é possível encontrar nas mais perfeitas estátuas da antigüidade helênica. “Aquele ser tão perfeito em aparência, como também em âmbito espiritual e moral, sorriu. Seu aspecto de tranqüila dignidade, sem nenhuma espécie de afetação, devia contrastar notavelmente com o meu, pois me sentia tosco e rude perto dele”, detalhou.

O contatado informou ainda que o ente tinha estatura mediana, era talvez um pouco mais alto e menos encorpado do que ele próprio. O ET fez um singelo gesto correspondente a uma saudação, mostrando a palma da mão direita aberta em inconfundível sinal de paz. Seguidamente, colocou sua mão no ombro do contatado com uma ligeira pressão e, voltando-se de costas para ele, com a mais absoluta tranqüilidade e confiança, desceu com passos ligeiros e ágeis pelo íngreme declive ao lado da ponte e se perdeu na escuridão.

Enquanto Alberto esperou por mais alguns minutos a volta da desconhecida entidade. O contatado tinha a plena convicção de que algo importante ou decisivo iria acontecer. Pouco tempo depois, viu que o ser voltava, com o mesmo passo fácil e ligeiro, como se não lhe custasse esforço aparente andar pela vegetação. Ao chegar ao seu lado, estendeu a mão esquerda e lhe ofereceu um objeto retangular, que Sanmartin pegou sem saber bem do que se tratava. Por último, com um sorridente gesto de despedida, sumiu.

Passados uns breves momentos, um aparelho circular não muito grande, escuro e sem brilho, emergiu das sombras e, sem produzir mais do que um leve assobio, perdeu-se vertiginosamente entre as nuvens. Assim terminou seu inesperado encontro com um extraordinário ser, procedente talvez de outro planeta. E por incrível que possa parecer, a “… sem nenhuma outra espécie de complicação”, como reconheceu o próprio contatado.

POLÊMICA NA ESPANHA – Pacita conta que “naquele dia, ele esteve comigo à tarde e foi para sua casa, que ficava na localidade de Quatro Camiños, perto de Moncloa. Na hora em que tudo aconteceu, meu marido sentiu dor de cabeça e de dente, junto com um impulso irresistível de levantar-se e sair. Era algo superior à sua vontade. Estava lendo e saiu sem saber para onde ia. De manhã, telefonou-me – fui a primeira a ficar sabendo -, parecia atônito, e só se referiu a algumas partes da história. No mesmo dia, Alberto comunicou o fato ao jornalista Fernando Sesma, que se ocupava da questão dos discos voadores. Foi Sesma quem resolveu como deveriam encaminhar o caso”.

Enquanto gerava-se a polêmica na Espanha com a publicação de uma série de matérias referentes à pedra, em 1956, Alberto decidiu vir ao Brasil, onde permaneceria até sua morte. Ao chegar, dirigiu-se ao Centro-oeste brasileiro na esperança de encontrar vestígios de seres de outros planetas, inclusive entrar em contato com eles e até visitar o interior de uma nave ou conversar com os seus tripulantes. “Ainda em novembro, antes de decorrer um mês de minha chegada, já me encontrava percorrendo as luxuriantes e belas margens do Rio Verde, em companhia de três amigos que tiveram o ensejo de compartilhar minha aventura, muito embora não compartilhassem minha fé”, confidenciou.

Porém, suas expectativas de encontrar seres de outros planetas não chegaram a se concretizar. Não conseguiu nem ao menos captar uma simples fotografia de disco voador. “O que representa o cúmulo do azar. Especialmente se levarmos em conta que ainda continuo convicto de que no norte do Mato Grosso existem bases de seres alienígenas”, teria afirmado na época. Destarte, ficaria reservada para a capital paulista a primeira série de fotografias tão esperadas de um disco voador (foram seis posições diferentes do mesmo aparelho, em movimento muito lento). Este fato ocorreu por volta das 14h00 do dia 15 de dezembro de 1957.

As fotos foram publicadas na edição 1.760 do jornal diário Ultima Hora, e m 07 de janeiro de 1958. Sob o título Fotografado sobre São Paulo um disco voador, a reportagem assinada pelo jornalista Ipemery Cunha estampava quatro imagens do objeto semelhante aos de George Adamski e de Stephen Derbyshire – um menino de 13 anos de idade que, acompanhado de seu colega Adrian Myers, de 8, fotografou um objeto no dia 15 de fevereiro de 1954, nas cercanias do Lago Coniston, no condado inglês de Lancashire.

CIENTISTAS SURPRESOS – A segunda série de oito fotografias de outro disco foi feita um mês depois, isto é, em 15 de janeiro de 1958, na Vila Pompéia, igualmente em São Paulo, por
volta das 05h00. Pacita conta que na época em que Alberto tirou as fotografias, ela ainda se encontrava na Espanha. Só um ano e meio depois é que viria morar definitivamente aqui, contraindo, em seguida, matrimônio com o contatado. Sanmartin já tinha então montado uma casa no local, onde viveriam por 12 anos, após o quais se mudariam para o Bairro de Santo Amaro.

Em 05 de fevereiro de 1959 foi publicada no diário madrileno El Alcazar uma extensa reportagem sobre a pedra. A esta primeira exposição seguiram-se outras três, no mesmo mês. A matéria do dia 08 destacava no título a surpresa dos cientistas ante o mineral. “E muito rara esta pedra e provoca reações estranhas”, assegurou um especialista em mineralogia da Universidade de Madri. No decurso da reportagem, o jornalista Arcadia Baquero relatava os pormenores da análise de um pequeno fragmento da pedra, efetuada por Pedro Garcia Bayón-Canipomanes, professor de mineralogia daquela instituição.

Resumidamente, as conclusões obtidas podem ser as de que a pedra tem um acentuado sabor salgado, mas não contém sais. E solúvel em certas partes. Assemelha-se a um carbonato, ou algo de calcário que tenha tomado cor por meio de alguma matéria orgânica. A “pedra do espaço”, de formato retangular, media 12 em de comprimento, 4 de largura e 2 de altura, era de cor violeta, muito viva, salpicada de pontinhos amarelos brilhantes.

Sua cor primitiva foi desaparecendo aos poucos, tornando-se cinza-esverdeada. Trazia gravada numa de suas faces nove símbolos ou inscrições, que talvez constituíssem uma mensagem. Pacita, que um sem número de vezes manuseou a pedra, confirma que eia tinha sais, pois chegou a experimentar seu gosto. Algumas pessoas, ao tocá-la, sentiam uma espécie de vibração energética. Recorda-se de que era “como um marmorite, de aspecto esponjoso, parecida com pedra pomes, não muito resistente, tanto que, ao tirarem pedaços para análise, acabou se quebrando. Alberto teve que colá-la, deixando-a com algumas rachaduras”.

A grande quantidade de fragmentos que foram arrancados dela mutilaram-na bastante, restando a face na qual se encontravam gravadas as inscrições. “A pedra foi fracionada porque nunca senti o mínimo temor de oferecer amostras a qualquer cientista que se propusesse a analisá-la”, disse Alberto. Os resultados desses exames foram na maioria das vezes imprecisos, de maneira que restaram muitas questões a serem esclarecidas, algumas delas persistem até hoje. Um dos pedaços chegou, inclusive, até às mãos do Pai da Ufologia Científica. doutor Joseph Allen Hynek (falecido em 1986), em Illinois, que nunca emitiu um parecer sobre o caso.

“É claro que sempre que dava um fragmento da pedra para que fosse analisado exigia como condição sine qua non que me fosse entregue posteriormente o resultado da análise, escrito e assinado pelo autor, com o lógico intuito de exercer meu direito de utilizá-lo livremente. Pois bem, em quase todas as oportunidades, os mineralogistas se desculpavam, alegando que a pedra não oferecia nada de extraordinário. Tomemos como exemplo Rui Ribeiro Franco, o qual declarou que a pedra não apresentava nada fora do normal em seu aspecto físico, sendo apenas um calcário de estrutura vesicular”, justificou.

MINÉRIO ARTIFICIAL – De qualquer forma, a pedra era, sem sombra de dúvida, um composto artificial e muito bem trabalhado, a julgar pela sua perfeita forma retangular. Não era líquido nem metal, evidentemente. Certas pessoas, hoje em dia, asseguram que o objeto não passaria de um amálgama – material usado por dentistas -, abstraindo daí o fato de que teria sido esculpido por um profissional do ramo por encomenda do próprio contatado. Para Alberto, porém, a pedra espacial possuía características totalmente diferentes dos minerais conhecidos.

Entrementes, houve um momento em ele pensou ter chegado finalmente a unia conclusão. Foi quando recebeu, em outubro de 1969, o resultado da mais completa análise espectroscópica. Não obstante, a mesma pessoa que o entregou voltou dias depois para lhe pedir que não divulgasse o parecer final, pois, posteriormente à entrega do resultado, o analista tinha chegado à conclusão de que o material em questão consistia num certo tipo de cimento. “Um certo tipo de cimento? Ou um certo tipo de receio, tão incongruente como difundido, de comprometer-se publicamente em casos de UFOs?”. reagiu Sanmartin.

Quanto às inscrições, não foram poucos os que se arriscaram a decifrá-las. O epigrafista Joaquim Maria de Navas-cués. o sacerdote católico Severino Machado e o próprio Fernando Sesma forneceram interpretações por demais pessoais e subjetivas para os símbolos. Machado, no final de 1955, lançou o livro Los platillos volantes ante la razón y la ciencia, dedicado ao exame da pedra do espaço, analisando um por um e no seu conjunto os signos da rocha. Alberto apontou semelhanças entre essas inscrições e as deixadas pela pegada da entidade que contatou Adamski, em Desert Center, bem como os símbolos estampados na parte inferior do UPO fotografado por Hélio Aguiar, que apareceu na revista O Cruzeiro, na edição de 13 de junho de 1959.

Essas marcas foram também relacionadas com a Mensagem de Glozel, deixada na aldeia da comunidade de Ferrieres, situada uns20 km ao sul de Vichy. onde foram descobertas mais de 100 tábuas de argila gravadas com uns caracteres alfabéticos em forma de escrita linear. A elas atribuiu-se a idade de 12 mil anos, como as da Pedi a Sabão verificada em Diamantina (MG) por Guilherme Horta, durante uma escavação num sítio de sua propriedade, em 1964. li finalmente, com os símbolos vistos por Antônio Vidas Boas no interior do disco voador, na madrugada de 15 de outubro de 1957, também em Minas Gerais.

Um exemplar congênere da “pedra do espaço”, a “pedra do poeta” – assim chamada por ter sido descoberta pelo advogado e poeta José Alcides Pinto, no interior do Ceará, ao fazer escavações para construção de uma casa de fazenda, em Massapé surgiria no início da década de 80. Foram feitos exames de raios X na pedra, e através de ampliações das chapas descobriu-se uma série de sinais gravados em tomo da rocha. Além disso, era capaz de provocar alterações no estado físico e emocionai das pessoas que a seguravam.

RÉPLICA FIEL – Mas hoje em dia, onde estaria a famosa “pedra do espaço”, da qual vimos apenas uma réplica fiel, em metal, de posse do ufólogo Fernando Cleto Nunes Pereira, no Rio de Janeiro? Fizemos essa pergunta à Pacita, que nos esclareceu: “Pouco antes de morrer, Alberto fez contato com uma firma de São Paulo que iria fazer uma reprodução da pedra. Esta cópia está agora com sua afilhada. Dei a ela não só a cópia como também boa parte do material, como livros, reportagens, manuscritos pertencentes a ele. No entanto, a pedra verdadeira acabou ficando com a tal firma, que infelizmente a perdeu, conforme soube depois”. Seria lícito de nossa parte supor que a pedra ainda exista em algum lugar? Ou estará ela irremediavelmente perdida?

Nos 25 anos que Alberto permaneceu no Brasil, manteve rela&
ccedil;ões com ufólogos como Walter Bühler, Willi Wirz, Flávio Pereira e contatados que compartilhavam de sua história. Sua esposa, entretanto, rebate que “Pereira, aliás, o entrevistou num programa da TV Gazeta de São Paulo no ano de 1976, ocasião em que a pedra verdadeira foi exibida”. Pacita ressalta que possuía uma posição contrária àquilo tudo, pois não concordava com as idéias de seu marido. Em 1978, Sanmartin publicaria o livro A pedra do espaço, pela Editora Aquarius, uma continuação e complemento ao Embaixador das estrelas, publicado no ano de 1959.

crédito: UFO Library

O misterioso presente espacial criou forte vínculo entre contatado e alienígena, mas até hoje está desaparecido

O misterioso presente espacial criou forte vínculo entre contatado e alienígena, mas até hoje está desaparecido

Na página reservada à dedicatória em A pedra do espaço, aparece o nome, entre outros, de seu amigo João Evangelista Ferraz, mestre da Ordem dos Templários de toda América Latina. A esposa de Sanmartin revelou-nos também que o contatado preparava um livro em que traduzia e comentava as famosas profecias de Nostradamus, de quem era fiel seguidor. Cabe registrar ainda que Alberto escrevia muitas poesias, roteiros para televisão, novelas e teatros, a maioria dos quais permaneceu engavetada.

Pacita conta com muito pesar e tristeza o episódio do falecimento de seu marido, em 20 de dezembro de 1982: “Dias antes dele morrer, ofereceu-se para ir comigo ao supermercado. Assim que chegamos lá, começou a passar mal. De repente, teve uma dor forte no abdômen. Ao sair do estabelecimento, bateu o carro num poste da calçada e caiu meio desmaiado sobre o volante. Procurei ajuda e o levei ao hospital. Lá, o médico diagnosticou um aneurisma cerebral Foi imediatamente submetido a uma cirurgia, e depois de cinco dias internado na UTI, acabou não resistindo”. Sanmartin está enterrado no Cemitério do Morumbi, perto do túmulo da cantora Elis Regina.

Em seu epitáfio, bem que poderia ter sido gravada a profecia que fez constar em A pedra do espaço: “O tempo tem ficado curto, e muito em breve haverá uma purificação e depois uma transformação. E no alvorecer do Sétimo Milênio, então sim, a Humanidade terrestre deixará de estar isolada. Pois purificada, diminuída e transformada, integralmente moral, passará a tomar parte do concerto cósmico, quando o intercâmbio com os seres de outros planetas será um fato corriqueiro e normal”.

Alberto Sanmartin

A VIDA DO CONTATADO espanhol Alberto Sanmartin, nascido em 24 de janeiro de 1917, relaciona-se com uma pedra. Não uma pedra qualquer, mas uma em especial, com nove símbolos gravados, dada por um “embaixador das estrelas”, na madrugada de 17 de novembro de 1954, às 02h00, numa ponte na Estrada da Coruña, em Madri.

Na ocasião, Sanmartin esperou que o dia amanhecesse para contar o fato à sua esposa Pacita. Sabedora de todos os detalhes, após a morte de seu marido, foi entrevistada no ano passado pelo consultor de UFO Pablo Villarrubia Mauso. “Desde as primeiras ondas de aparições de UFOs na Espanha, Alberto já havia se empolgado com o assunto”, reportou a viúva, com 73 anos, endossando toda a história de seu esposo com informações surpreendentes.

O casal se conheceu em 1948, quando Pacita trabalhava como enfermeira na clínica médica Las Flores, em Argüelles. Alberto também exercia essa função. Casaram-se uma década depois. Seu marido confidenciava-lhe tudo o que ocorria, e não agiu diferente em relação aos UFOs. Contou, inclusive, para o jornalista Fernando Sesma, dando-lhe permissão para conduzir o caso perante a Imprensa.

Com a repercussão na mídia espanhola, em 1956, Sanmartin decidiu vir ao Brasil, onde permaneceria até sua morte. “Talvez ainda possa encontrar, se eu quiser buscá-las, razões particulares que me impulsionem a realizara viagem, porém o verdadeiro motivo, embora pareça absurdo, é o que declarei na Sociedade de Amigos dos Visitantes do Espaço, em Madri. Tenho absoluta convicção de que no Brasil se produzem fatos sensacionais relacionados a discos voadores e extraterrestres”.

Chegou a Santos em 02 de novembro de 1956, instalando-se em São Paulo. Mas, sua idéia era a de ir ao Mato Grosso, pois estava convencido de que Sá poderia encontrar vestígios de seres de outros planetas. Sanmartin permaneceu cerca de trinta dias na região. Porém, suas esperanças de encontrar ETs não chegaram a se realizar, nem mesmo durante os 25 anos que viveu no Brasil. No entanto, tinha certeza de que no Moto Grosso havia uma base alienígena.

Resultados da análise da pedra do espaço

Após as análises, Sanmartin ficou de posse da fotocópia da chapa espectroscópica [Editor: aparelho que estuda a radiação dos diferentes espectros luminosos fornecidos por prisma]. Eis os resultados:

COMPOSIÇÃO QUÍMICA: cálcio (22%), silício (33%), magnésio (4%), alumínio (4%), carbono (1%), titânio (0,1%), sódio (0,5%), manganês (0.01%), prato (0,003%), outros, oxigênio e impurezas (35%).

SUBSTÂNCIAS PRESENTES: coríndon (mais de 50% do alumínio está no coríndon), calcita desidratada, magnesita desidratado, carbonato de alumínio desidratado, sílica, silicatos de alumínio desidratados (argila), silicato de cálcio, silicato de magnésio.

OBSERVAÇÕES: a 2.500 volts, o material volatiza-se de maneira súbita, evidenciando assim uma porosidade anormal. Tais poros possuíam o tamanho médio de 0,01 mm. Sendo que o maior deles observado media 2mm, e o menor, 0,006 mm.

ASPECTO FÍSICO: se a amostra examinada fosse cimento, seria impossível a detecção de coríndon, e a presença de prata é anormal nas formas mais comuns de material semelhante. Arco pulsante de 60 hertz aplicado ó superfície: a amostra emitia linhas de luminescência constantes. A composição do material era uniformemente distribuída.

INCONGRUÊNCIA: Os testes na amostra levam à conclusão paradoxal, diametralmente oposta á origem, de que o material deve ser artificial ou natural. Entretanto, este não pode ser artificial, devido à uniformidade constante, tampouco pode ser natural, por causa da presença de alumina.

CONCLUSÃO: Não foi possível classificar a espécie mineral no Catálogo da Sociedade Americano de Geologia. Foi feita ainda uma análise pelo doutor Dieter Jung, do Instituto Mineralógico da Universidade de Hamburgo. O médico Walter Bühler, então presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV), do Rio de Janeiro, enviou dois pequenos fragmentos do pedra á
senhora Anny Baguhn, diretora regional de um grupo hamburguês de estudos de discos voadores (sob a sigla de DUIST), com sede em Wiesbaden, Alemanha.

A senhora Anny, por sua vez, foi quem encaminhou os fragmentos ao doutor Jung. A conclusão desse exame foi publicada no revista UN-Ufo Nachrichten, número 184, de dezembro de 1971, juntamente com o tradução de várias páginas da primeira edição em Português desta obra. Alberto recebeu o resultado final, traduzido do revista alemã pelo professor Willi Wirz. Eis um breve resumo das conclusões apresentadas: quartzo, feldspato-alcalino e biotita, com umas incrustações (macro-cristais de até 0,2 mm).

A maioria dos macro-cristais, porém, já foi eliminada ao entrar em contato com a atmosfera. Os cientistas observaram também alguns grãos de zircônio e, pelas características descritas, indicaram que poderia tratar-se de um tufo riolítico, porém fortemente modificado. Contudo, não é possível definira origem da rocha, dispondo apenas do prova que foi fornecida, se foram misturados ao material tufoso também componentes não magmatógenos [Editor: fluídicos de origem profunda que, ao se resfriarem e solidificarem, dão origem a rochas ígneas].

EM A PEDRA DO ESPAÇO, de Alberto Sanmartin, os seres de outros planetas que nos visitam são de diversas procedências, sendo que todos eles podem ser empiricamente classificados como autênticos mensageiros de pai. A respeito da tecnologia extraterrestre, tais seres demonstram um progresso técnico tão distante do nosso atual, que nada ou quase nada poderíamos fazer em resposta a um possível ataque dos ETs, se estes tivessem o propósito definido de nos conquistar.

A temática central da obra consiste na caracterização do pedra alienígena, nas circunstâncias em que o fato se deu e nas supostas análises efetuados – visto que não há o aval de cientistas renomados. O livro traz ainda uma reflexão sobre os caminhos que a Humanidade deve seguir quando chegar o momento de se decifrar a mensagem deixada pelo “homem do espaço”.

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