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Construindo o futuro da Ufologia

XI Diálogo com o Universo reuniu o astronauta Marcos Pontes, militares e autoridades em apoio à abertura ufológica

A. J. Gevaerd
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A cerimônia de homenagem ao astronauta Marcos Pontes teve autoridades e militares. A partir da esquerda: professor Wilson Picler, vereador Paulo Salamuni, coronel Antonio Celente, coronel Leonidas Medeiros, Pontes, brigadeiro José Carlos Pereira, A. J. Ge
Créditos: Carlos Alberto Ferreira Francisco

A Ufologia Brasileira deu mais uma significativa demonstração de amadurecimento e seriedade nos dias 22 a 25 de maio, ao ser realizado em Curitiba o 36º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica – ou XI Diálogo com o Universo –, evento único na história dos discos voadores no país. Um público estimado em 300 pessoas, de todo o Brasil, compareceu ao auditório do Hotel Lizon, na capital paranaense, para prestigiar duas dúzias de conferencistas de várias nações, alguns de grande projeção mundial. Entre os palestrantes estavam, ineditamente, autoridades e militares que se apresentaram oferecendo apoio à causa que pede o encerramento dos segredos ufológicos militares, através da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já.

Entre as autoridades, os decanos vereadores curitibanos Paulo Salamuni (PV) e Jorge Bernardi (PDT) prestigiaram o evento e participaram das solenidades. Bernardi freqüenta eventos sobre Ufologia há 20 anos, tendo sempre demonstrado simpatia ao trabalho quanto aos ufólogos brasileiros. E entre os militares, os coronéis Antonio Celente Videira, da Escola Superior de Guerra, Leonidas de Araújo Medeiros Júnior, atual comandante do 2º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), e o brigadeiro José Carlos Pereira participaram do evento e deram importantes contribuições ao estudo da presença alienígena na Terra.

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O 36º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica contou ainda com a ilustre presença do primeiro astronauta brasileiro, o tenente-coronel Marcos Pontes, que fez uma emocionante palestra sobre sua carreira e conquistas. Nunca se viu um astronauta em congressos de Ufologia em parte alguma do mundo, exceto do I Fórum Mundial de Ufologia, também realizado no Brasil, em 1997, do qual participou o cosmonauta Alexandr Balandine. Em Curitiba, no entanto, Pontes foi o primeiro astronauta a oferecer apoio aos ufólogos, somando fileiras aos militares e às autoridades presentes. No conjunto, a Ufologia Brasileira nunca recebeu tanto suporte num evento, o que é uma demonstração inequívoca de que o congresso foi um passo definitivo na pavimentação do futuro da disciplina no país.

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crédito: Fotos Arquivo UFO

O ufólogo Rafael Cury [E], organizador do evento, e o professor Wilson Picler, diretor das Faculdades Facinter e incentivador da Ufologia

O ufólogo Rafael Cury [E], organizador do evento, e o professor Wilson Picler, diretor das Faculdades Facinter e incentivador da Ufologia

Como das vezes anteriores, que vêm se repetindo anualmente há mais de duas décadas, o 36º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica foi organizado pelo Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), tendo à frente o ufólogo e co-editor da Revista UFO Rafael Cury. “Foram meses de muito trabalho e de uma meticulosa organização da pauta do evento, cujo resultado se mostrou muito positivo”, declarou. O evento contou com o apoio desta publicação, do Instituto Wilson Picler e da Mythos Editora, sendo também mais uma etapa da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Vários integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que mantém o movimento, estiveram presentes para detalhar os passos mais recentes dados junto às autoridades brasileiras para a abertura dos arquivos secretos sobre UFOs no país.

Entre os conferencistas internacionais, particularmente interessantes foram as palestras dos jornalistas Jaime Maussán e Jaime Rodríguez, respectivamente do México e do Equador. Maussán, que há mais de 10 anos tem um programa de televisão semanal sobre Ufologia e temas afins, já se apresentou em mais de mil eventos na área em cerca de 30 países, mostrando a espantosa casuística ufológica mexicana, uma das mais ricas, complexas e diversificadas do mundo [Veja UFO 109 e 112].

O Fenômeno das flotillas

Respeitado nos mais importantes círculos ufológicos internacionais, o jornalista foi o escolhido pelo general Vega Garcia, diretor da Secretaria de Defesa Nacional (Sedena), para receber farto material ufológico, em especial sobre o Caso Yucatán, obtido por militares em diversas partes do México. Maussán manteve a numerosa platéia do evento sob suspense por quase duas horas, enquanto apresentou dezenas de novas filmagens de UFOs e flotillas sobre várias partes do globo. “As flotillas constituem o maior fenômeno da Ufologia Moderna e todos os esforços devem ser envidados para garantir que sejam registradas e estudadas a fundo”, declarou à UFO.

crédito: Arquivo UFO

Os ufólogos A. J. Gevaerd e Marco Antonio Petit conversam com o coronel Antonio Celente [E] e brigadeiro José Carlos Pereira [D], que se comprometeram novamente a apoiar o movimento UFOs: Liberdade de Informação Já

Os ufólogos A. J. Gevaerd e Marco Antonio Petit conversam com o coronel Antonio Celente [E] e brigadeiro José Carlos Pereira [D], que se comprometeram novamente a apoiar o movimento UFOs: Liberdade de Informação Já

O equatoriano Rodríguez, que também tem um programa de TV em seu país e já produziu mais de 170 documentários sobre Ufologia e temas interligados em 23 nações, também apresentou surpreendentes filmagens recentes de fenômenos ufológicos registrados por militares, inclusive uma flotilla de cerca de 60 objetos sobre a capital, Quito, filmada e observada simultaneamente por grande número de testemunhas. Rodríguez é idealizador e responsável pelo processo de abertura ufológica no Equador. Ele foi chamado pelo governo para coordenar a Comissão Equatoriana para Investigação do Fenômeno OVNI (CEIFO), criada em 2005 pelo Ministério da Defesa. No Equador, assim como no Peru, no Uruguai e no Chile, os discos voadores são reconhecidos oficialmente e a Ufologia é estudada abertamente por grupos mistos de civis e militares. “A abertura ufológica é absolutamente necessária em todos os países da América Latina. O Brasil tem que iniciar este processo, e talvez até liderá-lo, em função de sua importância no continente”, declarou Rodríguez, que trouxe ao Brasil documentos que mostram como as autoridades equatorianas tratam da questão.

Giorgio Bongiovanni, estigmatizado e ufólogo italiano já conhecido do público brasileiro, também fez reveladora apresentação de novos fatos sobre a presença alienígena na Terra, analisando a ação de civilizações extraterrestres em nosso passado, para antecipar o que pode nos esperar no futuro. Bongiovanni se apresentou sem o estigma em sua testa, que desapareceu em 2003 – os demais, nas mãos, pés e no tórax, permanecem, sangram regularmente e são reconhecidos como um fenômeno genuíno [Veja UFO 087]. O italiano tem um enfoque
que mescla profecias religiosas com o Fenômeno UFO, interpretando-as como presságios para nos informar sobre futuros eventos. “Toda a história da humanidade tem elementos religiosos, ao mesmo tempo em que há registros de que ETs estiveram presentes na Terra ao longo de nossa trajetória”, declarou. Outro estudioso a abordar temas polêmicos foi o norte-americano Joshua Shapiro, que falou sobre os misteriosos crânios de cristal. Programados para esta edição do Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, o argentino Fabio Zerpa e os espanhóis José Antonio e Marisol Roldán não puderam comparecer.

crédito: Arquivo UFO

A numerosa platéia do XI Diálogo com o Universo, que chegou a quase 300 pessoas

A numerosa platéia do XI Diálogo com o Universo, que chegou a quase 300 pessoas

Revelações militares

Um dos grandes destaques do evento foi a conferência do brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), que deu uma reveladora entrevista à Revista UFO publicada nas edições 141 e 142, de abril e maio. Pereira nunca havia comparecido a um congresso de Ufologia, mas aceitou prontamente o convite feito por este editor, quando o entrevistou, e sentiu-se em casa entre os ufólogos brasileiros. “Sou um grande apoiador da causa destes estudiosos e inteiramente a favor da abertura dos arquivos secretos”, declarou o militar, repetindo o apoio manifestado na entrevista à UFO. Em sua apresentação, foi ainda mais enfático e garantiu que não medirá esforços para sensibilizar seus colegas de farda, na Aeronáutica e nas outras armas, para a questão ufológica. “Há um clima de transparência no país, sobre todos os assuntos, e a Ufologia precisa ser reconhecida”. Outro militar que falou abertamente sobre o tema foi o coronel da reserva da Aeronáutica Antonio Celente Videira, que expôs um estudo estratégico sobre a manifestação de forças alienígenas na Terra. Convidado pelo co-editor da UFO Marco Petit, Celente aceitou e passará a fazer parte do Conselho Editorial da publicação a partir do próximo mês, o que representa mais uma sólida adesão à Equipe UFO.

Na tarde de sábado, 24 de maio, uma emocionante cerimônia tomou conta do auditório do Hotel Lizon, quando todos os presentes homenagearam o astronauta Marcos Pontes e a Câmara de Vereadores de Curitiba, representada pelos vereadores Salamuni e Bernardi, ofereceu a ele o título de Cidadão Honorário da cidade. Para o ato, foi composta uma mesa impressionante, que nunca se viu antes na Ufologia Brasileira – e talvez apenas raramente teria paralelo na história da Ufologia Mundial. Os citados vereadores e militares, além de personalidades do meio empresarial paranaense e ufólogos da CBU, se revezaram nas manifestações de apreço e admiração ao astronauta. “Foi muito difícil conquistar a chance de ir para o espaço, e mais ainda foi realizar a tarefa. Mas cada momento da extenuante jornada foi extremamente gratificante e hoje podemos dizer que o Brasil chegou lá”, declarou emocionado. Além de maciçamente saudado por todos os presentes, Pontes ainda recebeu, através deste editor, agradecimentos de toda a Comunidade Ufológica Brasileira por sua participação no evento e seu apoio à pesquisa dos discos voadores.

crédito: Fotos Jaime Maussán

O jornalista mexicano Jaime Maussán, um dos ufólogos mais ativos do mundo, trouxe ao Brasil novas e espantosas filmagens das flotillas, as esquadrilhas de dezenas e até centenas de objetos voadores não identificados que têm sido cada vez mais constantemente registradas em vários países. Elas foram analisadas com interesse pelos presentes no evento de Curitiba

O jornalista mexicano Jaime Maussán, um dos ufólogos mais ativos do mundo, trouxe ao Brasil novas e espantosas filmagens das flotillas, as esquadrilhas de dezenas e até centenas de objetos voadores não identificados que têm sido cada vez mais constantemente registradas em vários países. Elas foram analisadas com interesse pelos presentes no evento de Curitiba

Entre os brasileiros presentes no 36º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, muitos foram os destaques. Mas uma das conferências que mais chamou a atenção, no entanto, versou sobre um assunto tangencial à Ufologia: o ataque às Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001. O trabalho foi apresentado pelo estudioso curitibano Maurício Guérios, que defendeu uma tese já amplamente discutida nos Estados Unidos e em todo o mundo – de que a tragédia nada teve a ver com um ataque terrorista, e sim com uma ação deliberada realizada pelo completo industrial bélico norte-americano, com o conhecimento do governo, para estimular os conflitos que se seguiram no Afeganistão e no Iraque, alavancando a produção de armas e de petróleo. Sobre este mesmo tema foi apresentado o documentário September 11: In Plane Site [11 de Setembro: A Olhos Vistos, The Power Hour Production, 2006], que faz uma análise detalhada de cada aspecto da tragédia, desde o ataque ao Pentágono – por um míssil, e não um avião comercial – aos choques com as torres. “A importância de se mostrar estes fatos é inquestionável. Mas, sobretudo, tem a função de demonstrar como um governo é capaz de atos desta natureza e os esconde de sua própria população. Assim como faz com o Fenômeno UFO”, disse Guérios.

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Ademar José Gevaerd (Maringá, 19 de março de 1962 – Curitiba, 9 de dezembro de 2022) foi um ufólogo brasileiro, editor da Revista UFO, publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), entidade do qual também foi fundador e presidente. Também é director brasileiro da Mutual UFO Network (MUFON). Ele representou o Brasil no Center for UFO Studies e foi diretor para a América Latina do Annual International UFO Congress. Esteve em diversas redes brasileiras de TV, além do Discovery Channel, National Geographic Channel e no History Channel, tendo discursado em muitas cidades do Brasil e em outros 50 países, além de ter realizado mais de 700 investigações de campo dos casos de Ovnis no Brasil. Era considerado um dos maiores ufólogos do mundo, uma das personalidades máximas do Brasil nesse assunto, membro de várias associações internacionais de ufologia. Considerado um dos mais respeitados ufólogos, é conhecido por seu empenho em tentar amparar todo fenômeno ufológico com o maior número possível de provas e testes. Ainda na década de 1980, foi convidado pelo Dr. J. Allen Hynek para representar no Brasil o Center for UFO Studies (CUFOS). Gevaerd sofreu uma queda em casa, no dia 30 de novembro de 2022, vindo a morrer no dia 9 de dezembro de 2022 no Hospital Pilar em Curitiba.