Há 25 anos estudando por conta própria o Fenômeno UFO, Marcílio Porto não se considera um ufólogo de bureau e nem mesmo um pesquisador de campo. Todo seu conhecimento relativo ao fenômeno vem de muita leitura de obras de renomados pioneiros no assunto, além dos periódicos que muito o auxiliaram em suas pesquisas, dentre eles a Revista UFO. A outra parte de sua experiência vem de relatos de pessoas que Porto colheu durante muito tempo e em espaçadas oportunidades. Essas pessoas residem, na maioria, em zonas rurais e urbanas. Marcílio nunca teve a preocupação em catalogar e arquivar ocorrências usando uma ordem sistemática, seguindo padrões técnicos de anotações de data, hora, locais e nomes. Sempre procurou apenas extrair dados comparativos, entre uma ocorrência e outra, confrontando-as com os vários aspectos do fenômeno, no âmbito científico, espiritual, histórico, fisiológico, arqueológico e religioso. O pesquisador tentou então unir todos estes aspectos em um só conteúdo, tentando não citar trechos e passagens de fontes pesquisadas. Quando se apaixonou pela Ufologia ainda não existia a internet: a qual acredita que mais tem prejudicado do que ajudado o estudo dos discos voadores, por gerar uma quantidade enorme de informações difíceis de serem tratadas, devido a várias distorções e especulações ? nem sempre benéficas ? feitas em cima dos fatos. Sua convicção da existência dos UFOs vem de três experiências vividas ao longo da vida. Experiências estas que o pesquisador dispensa com convicção toda e qualquer tentativa de explicação racional, deixando-o, assim, diante da maravilhosa certeza pessoal da existência dos objetos voadores não identificados. Durante suas indagações sobre o Fenômeno UFO com os moradores de zonas rurais, um dos mais espetaculares foi o relato de um senhor sempre considerado um mentiroso na sua limitada região. Este homem, em uma certa ocasião, viu dois seres de aspecto humanóide em um pasto, que fugiram para dentro de um objeto metálico, em forma de ovo, ao perceberem que tinham sido descobertos. ?Eu não daria nenhum crédito ao relato, se não conhecesse a total ignorância técnica e cultural da pessoa que descreveu o episódio com riqueza de detalhes, que só quem tem conhecimento da casuística poderia citar?, comentou Marcílio Porto. Também o caso de uma pobre senhora que foi seguida de perto por um objeto luminoso. A mesma o descreveu, com seu limitado vocabulário, como parecendo um caixão de defunto. Porto sempre se contentou com os relatos mais tímidos, de pessoas humildes, sobre estranhas luzes fazendo evoluções no céu. ?Os relatos que envolvem contatos com tripulantes dessas máquinas entram em um terreno inseguro e sempre agride o bom senso, devido à sua natureza espetacular?, considerou. UFOs: espiritualidade, ciência, tecnologia e história As duas correntes de pensamento da Ufologia ? ciência e espiritualidade ? que sempre estiveram em atrito, terão que caminhar juntas, querendo ou não. O Fenômeno UFO sempre teve uma conotação espiritual, desde os mais remotos tempos. Os seres que aqui vinham sempre demonstraram seguir um código de ética universal, quando precisavam interagir com o homem. As aparições com características religiosas e espirituais, como as aparições marianas, vêm confirmar isso. Os relatos bíblicos estão cheios de incidentes, sugerindo o uso de uma sofisticada parafernália tecnológica. Será que um espírito precisaria de uma máquina como a descrita por Ezequiel, para vir à Terra? Assim, como em várias passagens na Bíblia, anjos vieram ao nosso planeta trazendo mensagens à humanidade e a educando para um futuro menos primitivo, sem precisar citar aqui as mensagens trazidas por Jesus. A conotação científica está na tecnologia usada por esses anjos, que vêem à Terra e provocam fenômenos interpretados como milagres. A conotação espiritual está na forma ética de aproximação do homem, sem escravizá-lo ou tirá-lo de sua rota evolutiva. E também sem deixar explícitas as suas intenções. As mensagens que deixaram, apesar das distorções feitas pelos tradutores dos antigos documentos, estão recheadas de um alto teor moral para a humanidade e parecem ter vindo de algo muito acima do pensamento de uma raça que visava apenas o monitoramento e o desenvolvimento tecnológico da humanidade. Tudo indica que esses seres sabiam muito mais do que simplesmente ciência. Muitos relatos de contatos com esses seres se deram de forma telepática e também através de materializações. Fenômenos que sempre foram associados à paranormalidade, assim como outros que, conseqüentemente, estão associados à espiritualidade por não conseguirem ainda explicá-los à luz da ciência. Ë interessante lembrar a mudança radical de comportamento dessas divindades, no Antigo e Novo Testamento. Nos primeiros contatos com esses ?deuses?, descritos no Antigo Testamento, existem características agressivas e rudes, subjulgando o homem a penosos castigos, e até mesmo dizimando tribos inteiras. No Novo Testamento ? ou na segunda fase dos contatos ? essas entidades extraterrestres chegaram já trazendo mensagens do mais puro amor universal, dando a entender que, quando aqui chegaram pela primeira vez, encontraram a humanidade mergulhada em tanta barbárie, que os obrigaram a agir com força e castigo, para tentar fazer um bando de quase animais olharem para cima e descobrirem que existia algo mais poderoso, capaz de colocar ordem no caos. Não podemos esquecer que essas duas fases de contato com a humanidade foi precedida, conforme registros, por outros, muito antes do homem engatinhar. O trabalho de melhora que essas entidades fizeram no comportamento humano parece que não foi só por intermédio de força bruta: tudo indica que houve uma lenta miscigenação com raças divinas, gerando homens com nível mental mais altruísta. Estaremos nós hoje fazendo parte de uma nova fase já pré-estabelecida por essas divindades? Os seres, descritos como grays na atualidade, não seriam entidades de uma hierarquia extraterrestre inferior, trabalhando como cientistas e fazendo até hoje alterações na raça humana a serviço de uma raça superior? Não estariam outros seres de comportamento benévolo, como descrito nos relatos ufológicos, cuidando da parte espiritual da humanidade, deixando sinais ? como os círculos ingleses ? para instigar o ser humano à busca de algo mais profundo, também a serviço de uma raça superior? Assim, podemos ver como são vastos os caminhos da Ufologia e como é fácil neles nos perdermos. Existe ainda a possibilidade de que esses seres nada tenham a ver com anjos ou espíritos, mas, quando atingem velocidades muito altas, atravessam portais dimensionais que os fazem ficar muito próximos dos planos ditos espirituais. Talvez quem sabe até interagir nesses planos. A espantosa capacidade dessas máquinas, que aparecem e desaparecem como fantasmas num piscar de olhos, nos faz desejar que isso seja possível. Existem hoje três grandes dúvidas sobre a procedência desses seres ? uma delas é se eles vêm de outros planetas, a outra é se são entidades provenientes de outras dimensões. A terceira é apresentada com menor embasamento: seria a teoria da origem desses seres, os quais poderiam ter vindo de nosso futuro. Em geral, acredita-se nas duas primeiras hipóteses: os extraterrestres, para vencerem grandes distâncias interplanetárias, ou para se projetarem em outra dimensão, abrem, utilizando sofisticado recurso tecnológico, portais dimensionais, que os fazem se deslocar instantaneamente de uma dimensão à outra, ou através de distâncias imensuráveis, usando o mesmo processo. A teoria de uma civilização intraterrena, dona de uma tecnologia super avançada, vivendo a mercê da irresponsabilidade humana na superfície do planeta, não é muito convincente, mas é perfeitamente aceitável que seres originários de outros pontos do universo tenham bases subterrâneas em nosso planeta. A Ufologia tem ido muito além da sua causa primeira ? que é provar sem sombra de
dúvidas que as estranhas luzes no céu não são oriundas de uma tecnologia terrestre, nem de fenômenos naturais ? e deixar as outras teorias como causa secundária. É natural que os seres extraterrestres sempre usaram o disfarce religioso para se aproximar do homem, porque não haveria outra forma de ser. A humanidade, na sua ignorância, não tinha outro conceito para entender a vinda de seres do espaço, a não ser o do misticismo. E parece que os nossos visitantes deixaram a história correr da melhor forma que o homem pudesse entender. Tentar explicar ao homem a verdade poderia muito provavelmente dificultar os propósitos da sua missão, seja ela qual fosse. A forma furtiva que esses seres aparecem na atualidade indica que eles apenas querem sugerir ao homem a possibilidade de sua existência. O mistério dos círculos ingleses deixa uma clara suspeita do quanto eles aguçam nossa curiosidade, deixando propositalmente à humanidade a mesma dúvida em relação à vida após a morte, e todos sabemos que essa imprecisão é que leva a humanidade a se enveredar na busca do conhecimento espiritual. Dar ao homem tais segredos é podá-lo de seu crescimento pessoal, isso nos arremete a pensar que existe uma inteligência maior, regendo esse processo. Aspecto fisiológico e Chupacabras Uma parte da receita do mingau ufológico está pronta, vamos agora pegar um ser humano debilitado fisicamente, devido ao excesso de conforto propiciado pelos bens de consumo, e soltá-lo em um ambiente primitivo. Quais seriam as chances de sobrevivência? Muito poucas, é claro. Dentro das ocorrências ufológicas, é unânime a descrição do aspecto franzino desses seres ? características físicas facilmente explicadas se levarmos em conta que tais seres passam grande parte do seu tempo em ambientes com temperaturas controladas e em total estado de suspensão gravitacional, causados pelas longas viagens interespaciais ou interdimencionais. Quanto à forma humanóide desses seres, é razoável pensar que para um ser chegar a um nível tecnológico ele tem que no mínimo ser dotado de membros de locomoção bípede como pernas; membros de manipulação como braços, com pinças ou mãos nas extremidades; olhos fixados na parte superior do corpo, para melhor visão panorâmica, facilitando o uso de instrumentos e ferramentas. Tais dotes físicos são característicos do ser humano, e indispensáveis na construção de aparatos mecânicos e eletrônicos. Podemos pensar que a semente da fôrma humana foi plantada em outros locais do universo, sugerindo Deus como o semeador. Talvez seja essa uma das grandes razões para algumas pessoas se apaixonarem pela Ufologia, um mistério tão intrigante quanto a morte, e que, ao contrário, tem maiores possibilidades de ser desvendado e que trará praticamente a prova científica da existência de um ser maior que rege e organiza a vida no universo. Em alguns casos clássicos da Ufologia, como o Caso Varginha, entra uma enorme contradição: ?como seres humanóides, dotados de tecnologia avançada, possuíam um aspecto (conforme testemunhas oculares) tão primitivo, sem roupas e sem instrumentos adequados para uma possível jornada de pesquisa de campo?? Tudo isso nos leva a crer que uma raça extraterrestre utiliza seres de nível mental inferior e melhor adaptados fisicamente para trabalhos manuais junto à superfície terrestre, tal como um pesquisador humano que utilizaria um aborígine para adentrar em um ambiente natural e hostil para coleta de materiais, ou um caçador que utiliza seu cão para capturar presas ariscas, deixando para as sondas apenas o trabalho de monitoramento e coleta de dados atmosféricos. É estranho também pensar em como estes seres se deixariam capturar tão ingenuamente, nos deixando assim uma intrigante dúvida quanto à sua capacidade de raciocínio. Podemos pensar que estes (animais) foram mudados geneticamente para desempenharem tarefas especificas, e talvez até morrerem ao entrarem em contato com o ser humano, para uma eventual queima de arquivo. O Caso Varginha nos sugere isso. Na Ufologia Mundial há vários relatos de testemunhas que viram seres de fisionomias frágeis, acompanhados por criaturas de aparência primitiva. Levando em conta a aparência grotesca de muitos desses personagens descritos na casuística ufológica, podemos supor que os hábitos alimentares dessas criaturas tenham características animalescas que nos fazem automaticamente assimilar o Fenômeno UFO ao Chupacabras. Estariam os extraterrestres soltando os seus animais ensinados para se alimentarem na Terra? Animais por sinal muito bem treinados, que não se deixam apanhar em armadilhas, e evitam com destreza o contato com seres humanos, pois não se tem, ainda, noticias sobre mortes em série e retirada de fluídos de humanos, e é interessante lembrar também que não há registros de mortes de animais silvestres. Levando em conta a quantidade de carcaças que essas criaturas deixam empilhadas quando se alimentam, imaginem o estrago que fariam na nossa fauna. Isso nos leva novamente a crer que essas criaturas são realmente treinadas a agir em nosso meio ambiente. É claro que a destreza do Chupacabras contradiz com a ingenuidade das criaturas supostamente capturadas em Varginha. Isso nos faz supor que existem criaturas serviçais para vários níveis de tarefas no solo terrestre, e os seres capturados em Varginha, com certeza, não tinham dotes físicos para se livrarem da inusitada situação, pois, no caso em questão, uma dessas criaturas, que não tinha em sua posse nenhum instrumento de proteção ou ferramentas de trabalho, supostamente foi dominada fisicamente por um ser humano. No caso da Operação Prato, na Amazônia, em que houve extração de fluidos humanos, logicamente para algum tipo de pesquisa, as criaturas usaram, para obter o material, uma força muito menor do que a que eles realmente poderiam ter empregado, sugerindo um certo cuidado no trato com o ser humano. É fato que eles não conseguiriam recolher material biológico humano sem um mínimo de resistência física por parte das vítimas. Com certeza, anúncios de doação voluntárias não iriam funcionar. Se houvesse uma imparcialidade deles em relação ao ser humano, eles poderiam levar o corpo inteiro para pesquisa, sem o mínimo esforço, devido ao grande poder detido por eles. Acredito que as lesões causadas no contato com as máquinas e seus tripulantes, na casuística ufológica, tenham mais a ver com a desinformação das vítimas em como se proteger. Aspecto sociológico A visita de seres provenientes de outros mundos parece que sempre afetou os grupos sociais na Terra ? desde as mais remotas eras, esses seres têm afetado o cotidiano humano, na astronomia, agricultura, astrologia, religião e muitas outras áreas do conhecimento humano. Na atualidade, ainda vêm causando forte impacto, nem sempre benéfico a certos grupos. O questionamento mais comum que a sociedade cética tem feito aos ufólogos é: ?quais mensagens concretas que esses seres teriam para nos dar, se de fato eles estão nos visitando?? A humanidade, na sua arrogância, sempre acha que esses seres saíram de tão longe para nos trazer mensagens ? se este fosse realmente o intento das visitas, francamente ninguém iria gostar de ouvir o que eles teriam para dizer. Outra pergunta que já se tornou um chavão, até mesmo entre intelectuais da mídia televisiva é: ?se eles existem, porque não aparecem em praça pública?? Esta talvez seja a pergunta mais infantil e sem visão, feita a um defensor da Ufologia. A ingenuidade desta pergunta traz preguiça na elaboração de uma resposta, e deve ser rebatida com outra pergunta: ?o que aconteceria ao diabo se ele entrasse em uma igreja evangélica ou de qualquer outra religião ocidental de pés e mãos atados?? A resposta é uma tanto óbvia. O que mais intriga na Ufologia, perante a sociedade, é a impraticabilidade das provas deixadas nas aparições dos objetos voadores não identificados e de seus tripulantes. A devastadora ridicularização da mídia em relação ao fenômeno deixa o ser humano ins
aciável a qualquer quantidade de provas documentais. Podemos assim afirmar que, se um continente inteiro tiver uma observação simultânea de uma nave alienígena, o continente do lado oposto do planeta, ainda assim, não se convencerá. A mentalidade humana atual não está preparada para aceitar a realidade dos discos voadores, por mais consistentes que possam ser as provas. Além das dificuldades que os pesquisadores encontram, devido aos poucos recursos e meios de pesquisa, eles ainda enfrentam o escárnio da sociedade e até mesmo daqueles grupos de cientistas e militares que já tiveram provas suficientes da existência dos discos voadores e que, por motivos sociais, não se abrem ao assunto. Tudo indica que a Ufologia terá de ser uma busca e uma ciência pessoal. É como o guru que se retira para encontrar Deus e, ao encontrá-lo, não consegue levar sua mensagem a ninguém ? é frustrante. O ministro das Forças Armadas do Brasil sai em capa de revista e admite a aparição de vários objetos não identificados no céu do país. O presidente da França admite a existência dos discos voadores. O presidente do Chile admite a existência dos UFOs. Um coronel da Força Aérea Brasileira libera documentos secretos sobre aparições de UFOs na Amazônia. E nada acontece, ninguém se convence. O papel mais importante da pesquisa ufológica na sociedade ainda tem sido a instigação da curiosidade do ser humano a fazer a sua própria busca. Este ainda parece ser o melhor caminho e, aos poucos, tem arrebanhado um grande número de estudiosos e aceitadores desta maravilhosa ciência, perante a doença da incredulidade humana. O ser humano, na sua maioria, ainda não se deu conta da transcendência da descoberta de vida inteligente extraterrestre, preferindo viver absorto em seu pobre cotidiano a se maravilhar com esta verdade. O que estraga a Ufologia é o mesmo motivo que arruina qualquer outro ramo da ciência: são os excessos e a inescrupulosidade de alguns profissionais. A Ufologia, por não ter um uso prático no cotidiano humano, dificilmente vingará como ciência. Como se isso não bastasse, ela é constantemente invadida por falsos místicos, sensitivos e curiosos delirantes, que mal esperaram a sociedade digerir as estranhas luzes no céu, e já estão empurrando, goela abaixo, complicadíssimas teorias conspiratórias governamentais de alianças com extraterrestres, mensagens esotéricas absurdas sem nenhum valor substancial para a humanidade, e promessas de contatos que nunca se concretizaram, provocando gargalhadas nos detratores da Ufologia. Não que se descarte todos os casos da Ufologia que vão além de observações de luzes inexplicáveis no céu. Com certeza já houve contatos, mas vamos tentar provar primeiro que tais luzes no céu são máquinas, e se são máquinas não foram construídas pelo homem, e se não foram construídas pelo homem, em que possibilidade se pode chegar? Quando o tema das luzes estranhas no céu é debatido, o nível de aceitação da sociedade é muito grande, sempre preferi discutir os casos de terceiro e quarto grau nos bastidores. O requisito básico de um ufólogo é acreditar no que estuda e não ultrapassar além do que a sua experiência própria do assunto lhe permite. E como tem muito ufólogo que nunca viu um disco voador, tem que ir com cautela. As informações estão voando a mil nos meios de comunicação, e nesta mesma velocidade estão sendo alteradas e distorcidas a bel prazer dos afoitos. É admirável a coragem dos ufólogos que nunca tiveram uma experiência própria que, ao contrário dos que tiveram contato, não têm onde se apoiar, a não ser nos testemunhos alheios, ou na sua própria fé. Os ufólogos de bureau, assim como os leitores curiosos que por motivos diversos não têm como fazer pesquisas direto na fonte, estão sujeitos a obter e passar informações distorcidas, se por acaso a fonte for inescrupulosa, tornando a empreitada da pesquisa árdua, insegura, e prejudicial à toda Ufologia. Vamos deixar a Ufologia jornalística divulgar com responsabilidade todas as possibilidades, nos vários aspectos do fenômeno, porque este é o seu papel, independente da veracidade dos fatos. E vamos deixar para os pesquisadores esmiuçar sem alardear. As teorias conspiratórias Não se acredita que os governos mundiais saibam mais do que os ufólogos sobre a presença extraterrestre em nosso planeta. É lógico que eles têm evidências concretas das constantes visitas desses seres à Terra, mas estão tão perdidos quanto nós sobre suas intenções. Com a tecnologia de deslocamento e comunicação, disposta hoje pelos governos, fica relativamente fácil o monitoramento e o acobertamento das ocorrências. A teoria de seres alienígenas invadindo a Terra é muito contraditória se levarmos em conta que este planeta tem sido visitado por essas criaturas há milhares de anos atrás, e as mesmas já tiveram a oportunidade de até reinarem como deuses sobre os homens fazendo deles, através de manobras religiosas, um manso rebanho para manipulação. Por que só agora que o homem tem a capacidade de se autodestruir eles resolveram tomar posse? Por que essa suposta invasão tem que ser lenta, se o nível tecnológico possuído por eles é avassalador? Devido à grande diversidade de raças que se supõe, estão nos visitando, já era hora de estourar uma guerra entre eles pela supremacia de direitos de extração de recursos naturais. Se bem que na história antiga do planeta existem relatos de combates entre esses seres por motivos ainda obscuros. Isso nos leva a suspeitar da existência de uma raça superior organizando, disciplinando, e talvez até protegendo a humanidade de um saqueamento desregrado, ou até mesmo uma invasão total, ironicamente fazendo o papel do ?IBAMA galáctico?. É razoável pensar assim se dermos créditos à grande superioridade tecnológica extraterrestre, créditos que há muito vêm sendo colocados em xeque, devido à quantidade de ocorrências de quedas de UFOs no planeta. Não podemos saber se os UFOs acidentados no planeta são muitos, porque com certeza não conseguimos ainda contabilizar a quantidade de visitas que nos são feitas. Acredito que é pouco se compararmos com a quantidade de observações realizadas em todo planeta. É óbvio que todo aparato tecnológico, dentro do nosso limitado conhecimento, está sujeito a defeitos, principalmente um aparelho que transita em várias condições atmosféricas. Mas, pesquisando as fantásticas proezas dessas máquinas, não deixa de ser contraditória a ocorrência de tantos acidentes. Talvez estejamos sendo visitados por raças de diferentes níveis tecnológicos, que ainda não atingiram a perfeição de fabricarem naves que funcionem perfeitamente em quaisquer intempéries. Já existem teorias de que essas naves e sondas extraterrestres são feitas de materiais orgânicos, com a capacidade de se auto-regenerarem, sendo sensíveis às reações emocionais humanas, mas, ao mesmo tempo, há relatos de incidentes com essas máquinas que apresentam características similares aos nossos arcaicos modelos. Estranha também é a atitude dos seus tripulantes, que em muitos casos de abdução, apresentam uma forma de pesquisa médica um tanto primitiva no trato com o ser humano e os animais terrestres. Como se pode observar, a Ufologia é muito contraditória aos seus próprios argumentos. A Ufologia, por estar envolvida em todos os aspectos da vida terrena, forma um enorme leque de suposições, inevitavelmente abrindo a mente de pesquisadores, cientistas, místicos, espiritualistas e lamentavelmente de loucos e charlatões. Os céticos, que se organizam em grupos, parecem ser os que mais têm fome de ver a Ufologia se concretizar. Na falta de coragem de se expor ao ridículo, instigam os pesquisadores a obterem provas irrefutáveis. Na certeza da existência do fenômeno, só pode-se lamentar pelos céticos. Os ufólogos tem no mínimo a possibilidade de um fenômeno para estudar. E o que os céticos têm a mais para buscar, se para eles já é fato a inexistência de tudo? A maior possibilida
de de se obter provas da existência dos discos voadores é através de fotos e filmagens, mas, infelizmente, hoje são as mais sujeitas a fraudes. Isso torna o fenômeno praticamente impossível de ser provado. Talvez um dia possamos colocar um extraterrestre na coleira para lhes saciar tal fome! Marcilio de Sousa Porto, 45 anos, é comerciante na área de áudio e vídeo. Leitor da Revista UFO desde a edição número um, pesquisa o fenômeno há 28 anos. E-mail: mtecnico@superig.com.br.