Em 1981, um grupo de acadêmicos da Universidade Estadual de Maringá (PR) se reuniu e decidiu fundar o primeiro centro de pesquisas ufológicas dentro de uma fundação universitária brasileira. Dessa idéia surgiu, em agosto daquele ano, o Centro para Pesquisas de Discos Voadores (CPDV), uma entidade civil e científica, dedicada à pesquisa intensiva do Fenômeno UFO e sua divulgação – prioritariamente no meio acadêmico. Menos de um ano depois, em março de 1982, já em franca atividade, uma equipe de investigadores do recém fundado CPDV se deslocou para Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul, afim de cobrir um dos mais fantásticos casos de observação de UFOs em massa, ocorrido no dia 6 daquele mês e envolvendo mais de 30 mil pessoas. O caso apresentou-se tão complexo e ramificado, com ocorrências simultâneas de pousos e abducções em toda a região, que um membro da equipe permaneceu naquela localidade por vários meses. Com a continuidade do trabalho de investigação local e surgimento de um número cada vez maior de importantes acontecimentos ufológicos, além da total falta de pesquisadores no MS, alguns integrantes do CPDV decidiram transferir-se para Campo Grande. Assim, o grupo de Maringá se dissolveu e a entidade passou a atuar e crescer em seu novo domicílio, onde está até hoje, há mais de 12 anos.
A ESTRUTURAÇÃO DO CENTRO DE PESQUISAS
Em 1983, já instalado e em pleno funcionamento, o CPDV passou a organizar e a realizar variados simpósios e congressos sobre UFOs, entre eles o 5º Simpósio Brasileiro de Ufologia Avançada, com mais de 700 participantes, 6 conferencistas nacionais e apoio maciço da imprensa local e nacional. Ao longo de 2 anos de atividade, o CPDV já tinha realizado mais de 10 eventos de porte na capital e no interior do MS, resultando disso seu crescimento, estabelecimento de sua sede e melhor estruturação, com a participação ativa de mais de 100 associados e com concorridas reuniões semanais para debates e estudos (cinco anos mais tarde, o CPDV ainda organizaria o primeiro evento nacional de pesquisa de campo: o 1° Roteiro Ufológico do Pantanal, no qual conferencistas de todo o Brasil se juntaram a ufólogos para, durante 5 dias e noites, realizar vigílias no Pantanal de MS). A entidade, nesta época, já era considerada uma das mais ativas do Brasil, quando decidiu, em 1985, passar a atuar também no setor editorial, lançando no mercado publicações especializadas sobre Ufologia.
Também nessa época, seus representantes já participavam dos principais eventos ufológicos realizados no país, travando contato com outros ufólogos de renome nacional e internacional. Numa dessas ocasiões, fomos nomeados representantes no Brasil para organizações internacionais gigantes, tais como o Center for UFO Studies (CUFOS), estabelecido em Illinois (EUA) e dirigido até então pelo próprio Dr. Joseph Allen Hynek, figura máxima da Ufologia mundial durante 3 décadas, que remeteu correspondência pessoal ao CPDV expressando sua admiração pelo trabalho desenvolvido aqui e solicitando que representássemos sua instituição em nosso país.
ONDE FICA E COMO FUNCIONA O CBPDV
O CBPDV tem atualmente sede provisória situada à rua Bezerra de Menezes 68, em Campo Grande (MS). Uma de suas metas mais prementes é a construção de sua sede própria definitiva (ou a aquisição de tais instalações) no período máximo de 2 anos. A entidade é inteiramente dedicada ao tratamento aprofundado, imparcial e irrestrito do Fenômeno UFO, sem caráter político, religioso ou financeiro. Entre suas finalidades, estão: organizar e conduzir pesquisas, estudos e investigações científicas sobre todos os aspectos que constituem o Fenômeno UFO, para desenvolvimento cultural de seus membros e da sociedade geral; conhecer profundamente tal fenômeno, engajando-se na tentativa organizada de estabelecer contato e intercâmbio com seus responsáveis (tripulantes ou mandatários) e as civilizações de onde se originam; e prestar serviço de divulgação sobre o mesmo, principalmente através de suas publicações e com base em evidências obtidas sobre seu comportamento, suas características, origem e natureza.
O INÍCIO DAS ATIVIDADES EDITORIAIS
Muitas outras nomeações internacionais se seguiriam à essa, entre elas a de representante brasileiro para os grupos Intercontinental UFO Research Network (ICUFON), de New York, e o Skandinavisk UFO Information (SUFOI), da Dinamarca, o Centro de Estudios de Fenómenos Aéreos Inusuales (CEFAI), da Argentina. Neste mesmo ano, o CPDV lançou sua primeira revista, a Ufologia Nacional & Internacional, um verdadeiro sucesso editorial que foi mantido até junho de 1986, com 10 edições normais lançadas e 3 especiais. Até então, apenas duas revistas ufológicas tinham existido no país, a OVNI Documento, dirigida pela ufóloga carioca Irene Granchi – nossa principal colaboradora hoje – e que durou apenas 8 números, e a Disco Voador, com periodicidade irregular e que fechou em sua sétima edição. Paralelamente à Ufologia Nacional & Internacional, em dezembro de 1985 o CPDV decidiu diversificar suas atividades e lançou também a primeira publicação brasileira especializada em paranormalidade e psiquismo, a revista Parapsicologia Hoje, que chegou ao número 5, com uma edição especial. Em agosto de 1986, depurando resultados de suas realizações editoriais nos dois campos, a entidade realizou uma vasta campanha nacional de divulgação ufológica e parapsicológica e lançou, também com imenso sucesso, a publicação PSI-UFO, que unia os dois setores numa fusão bem representada pelo hífen que une o campo psíquico ao ufológico.
Sua atividade no setor foi tanta que, em 1986, o presidente do CPDV e vários membros de seu quadro editorial foram chamados à Brasília para receberem, das mãos do governador do Distrito Federal e junto a autoridades de vários campos científicos e paracientíficos, a Medalha do Mérito Alvorada, uma comenda que muito nos orgulhou. À esta altura, como era de se esperar, ambos os setores (UFO e PSI) já tinham atingido maturidade suficiente para tratarem os objetos de seus estudos como partes de uma unidade: a manifestação de discos voadores e os contatos com extraterrestres eram normalmente precedidos ou seguidos de manifestações parapsicológicas nas testemunhas ou vítimas. E muitas vezes o contrário também se verificava. Para dar suporte à PSI-UFO, que chegou a 6 números, no fim de 1987 foi lançada a série Temas Avançados, que teve apenas 2 edições. Todas estas publicações circularam nacionalmente em bancas, entre assinantes e também em Portugal e outros países de língua portuguesa. Até então, nunca a Ufologia Brasileira tinha
sido tão difundida em nosso país ou no exterior: quase 30 edições de nossas revistas, representando perto de meio milhão de exemplares, tinham sido produzidas!
CRESCIMENTO PARALELO ÀS PUBLICAÇÕES
Com tamanha atividade editorial, o CPDV, que sempre foi uma organização essencialmente aberta à participação de todos os interessados, passou a centralizar boa parte do movimento ufológico brasileiro. Em 1987, a entidade já era, disparadamente, a maior em todo o Brasil, contando com quase 2 mil associados em todo o país e no exterior, um escritório montado e funcionários devidamente registrados – algo inédito em todo o mundo e crescendo cada vez mais, profissionalizando definitivamente um bom segmento da Ufologia e abandonando de vez o amadorismo. A Ufologia, para o CPDV, deixava de ser um passatempo de fundo-de-quintal e de fins-de-semana para ser um segmento reconhecido de atividades científicas para conhecimento de um dos mais importantes fenômenos que desafia o homem terrestre. Como resultado desse processo, as reuniões semanais da entidade foram paralisadas e foi dada ênfase não somente à pesquisa ufológica, mas também – e principalmente – à sua divulgação, algo que parecia ser mais urgente em nosso país. Porém, devido à gigantesca inflação e recessão de 1987, o CPDV desativou suas publicações PSI-UFO e Temas Avançados no mês de dezembro, mantendo-se na espera por uma definição da situação brasileira.
COMO É A ESTRUTURA DA ENTIDADE
Todas as pessoas que assinam a Revista UFO passam a ser automaticamente, pelo prazo de validade de suas assinaturas, associadas ao CBPDV. A entidade pretende reunir e instruir um grande número de pessoas para trabalhar voluntariamente com o Fenômeno UFO, distribuindo atribuições compatíveis com suas capacidades e habilidades. O CBPDV é coordenado por uma diretoria constituída de um presidente, um secretário e um auxiliar administrativo, além de consultores técno-científicos, representantes estaduais, internacionais etc. Seu presidente, como representante legal, é A. J. Gevaerd, que nessa qualidade também atua como editor de UFO. O CBPDV ainda mantém departamentos para cumprirem tarefas específicas. O Departamento de Pesquisas e investigações de Campo (DEPIC) é responsável pelas atividades de pesquisas e estudos ufológicos, o Departamento de Catalogação Bibliográfica (DECAB) cuida da manutenção de seu acervo bibliográfico e instrumental, o Departamento de Publicações Especializadas (DEPTE) zela pela produção editorial, gráfica e circulação de todo seu material impresso, e o Departamento de Atendimento e Serviços (DEPAS) é responsável por toda correspondência recebida e remetida pela entidade e pela prestação de serviços.
CONTATOS CRESCEM NO EXTERIOR
Entrementes, a entidade já havia criado um enorme círculo de relações com outras similares de todo o Brasil e, principalmente, do exterior. Igualmente, já possuía o maior acervo privado de material ufológico em todo o país, com mais de 2,5 toneladas e erigido basicamente com a concentração e coordenação das atividades dos principais pesquisadores brasileiros, todos colaboradores de suas publicações. Com os crescentes processos de intercâmbio que manteve com entidades de mais de 40 países, centenas de publicações passaram a ser recebidas em nossa sede mensalmente, além de milhares de livros de todo o mundo que nos chegam a cada ano, dezenas de filmes, vídeos, fotos e toda a sorte de material documentário possível. Assim, paralelamente às suas revistas, o CPDV inaugurou outra linha de operação inédita no mundo ufológico nacional: o fornecimento de material de pesquisas especializado sobre todos os aspectos da problemática ufológica. Qualquer interessado pode adquirir cópias de praticamente todos os itens do acervo do CPDV, que, para gerenciar isso, possui computadores AT 386 e 486, impressoras matriciais e a laser, um pequeno estúdio de vídeo com equipamentos de última geração, entre outros equipamentos. A entidade é também a mais bem estruturada e uma das mais preparadas de todo o planeta. Uma de nossas metas sempre foi a aquisição de material para trabalho, novos equipamentos e crescimento interno, para assegurar a realização de pesquisas cada vez mais confiáveis.
LANÇAMENTO DA REVISTA UFO
Em março de 1988 veio a definição da situação econômica brasileira, tão esperada, e as atividades promocionais e editoriais no setor da Ufologia puderam ser retomadas com o mesmo empenho de antes. Nesta época, o CPDV associou-se à uma renomada organização de objetivos similares, o Grupo Editorial Paracientífico (GEP), e passou por um processo de avaliação de todo o seu trabalho até este momento. Tanto o CPDV quanto o GEP tinham a intenção de emitir uma nova série de publicações especializadas, porém exclusivamente volta à área de Ufologia e que aproveitasse, positivamente, a imensa experiência adquirida pela entidade nos 3 anos precedentes em que atuou no setor. De intensos estudos de viabilidade surgiu, então, a Revista UFO, dedicada à divulgação científica da Ufologia e com um enfoque específico: construir um conhecimento e uma consciência do assunto em nosso país, o que se traduzia por abordar a Ufologia de forma cada vez mais aprofundada, resgatando casos e conceitos históricos e aumentando seu nível de abordagem gradativa e sucessivamente. O GEP seria o responsável legal pela publicação, enquanto o CPDV teria exclusivamente a responsabilidade técnica. O primeiro número da série saiu em março de 1988, em 10 mil exemplares – média mantida por muitos meses.
COLABORAÇÕES PARA A REVISTA UFO
A entidade incentiva e agradece a participação de pessoas na produção de UFO, especialmente seus colaboradores, pesquisadores e ufólogos reconhecidos nacional e internacionalmente, relacionados no expediente de UFO. A revista ainda conta com vasto quadro de tradutores, que se dispõem a auxiliá-la voluntariamente. Até a formação deste quadro, o setor de traduções era um dos mais deficitários da entidade, já que recebemos imensa quantidade de material do exterior, em mais de 20 idiomas, e precisamos tê-los em português. Assim, o CBPDV está sempre aceitando novos colaboradores e tradutores voluntários, pois a Revista UFO é aberta à participação de qualquer interessado, ufólogo ou não, que pode enviar artigos, ilustrações, material de qualquer espécie. Essas contribuições editoriais são analisadas por nossa editoria e, se consideradas adequadas ao padrão de UFO, usadas. Porém, não há pagamento para a
utores, exceto em casos específicos. De qualquer forma, toda contribuição é reciprocada com envios de revistas e outros produtos do CBPDV. Os interessados em candidataram-se como tradutores e colaboradores podem escrever ao endereço: CBPDV, Caixa Postal 2182, 79008-970 Campo Grande (MS). Os candidatos a tradutor devem indicar o idioma que conhecem e os candidatos a colaborador devem enviar textos ou matérias para avaliação.
AMPLIAÇÃO DA ATIVIDADE EDITORIAL
A Revista UFO foi e é o trabalho mais importante da entidade, empreendido e realizado com sucesso até hoje, e, até julho de 1991, em parceria com o GEP. Os primeiros números desta nova série, absolutamente reformulada e apresentada em nível bem superior ao de suas antecessoras, lançados ainda em 1988, foram excepcionalmente bem recebidos pelo público e atingiram um sucesso instantâneo. Porém, logo de início ficou claro que só esta série, solitária, não teria condições de promover uma divulgação da Ufologia no nível de abrangência desejado ou necessário, já que se dirigia ao público geral. Dessa forma, idealizou-se outras publicações nos mesmos moldes de UFO e, meses depois, lançamos duas novas séries para lhe dar suporte: UFO Especial, designada a tratar de assuntos específicos, geralmente complexos e aprofunda-dos dentro dos diversos setores da Ufologia, e a UFO Documento, que tinha a incumbência de registrar os principais momentos da Ufologia, seus episódios clássicos e históricos, de forma a manter-se uma memória de sua trajetória nacional e mundial. Obviamente, tais séries eram voltadas, ao contrário de UFO, para segmentos diferenciados de leitores, aqueles já familiarizados com o assunto. Entretanto, através de pesquisas de opinião, descobrimos que mesmo os leitores sem grande afinidade com a questão ufológica também adquiriam, em larga escala, estas novas séries.
UM EFICIENTE QUADRO DE CONSULTORES
O Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) formalizou, ao longo de seus 12 anos de existência, contato com os principais ufólogos do país e do exterior, para assessorarem a Revista UFO. São cerca de 300 pessoas que estão envolvidas direta ou indiretamente na produção editorial da Revista UFO. Destas, mais de 40 são consultores da publicação. Veja quais são os consultores de UFO a seguir: Ademar Eugênio de Mello, Alberto Romero, Alonso V. Régis, Ana Santos, Ari J. M. Homem, Antonio Faleiro, Arismaris B. Dias, Belkiss Pontes, Claudeir Covo, Daniel Rebisso Giese, Edison Boaventura Jr., Encarnación Zapata Garcia, Ernesto Bono, Flávio Pereira, Gerson M. Britto, Gilda Moura, Húlvio B. Aleixo, Irene Granchi, Jean Alencar, José Victor Soares, Lúcio Manfredi, Luiz Gonzaga Scortecci de Paula, Marco Antonio Petit, Marcos Silva, Maria do Socorro Borges, Mônica B. Batello Jação, Ney Matiel Pires, Orlando Souza Barbosa Jr., Paulo F. Kronemberger, Rafael Cury, Reginaldo de Athayde, Roberto Beck, Romio Cury, Salvatore de Salvo, Rubens Góes, Sandra Hasmann, Ubirajara Franco Rodrigues e Walter Bühler.
NOVAS ALTERAÇÕES NAS ATIVIDADES
Ambas as séries foram editadas durante 1989 normalmente, porém, novamente devido ao forte processo inflacionário e recessivo brasileiro, agravado neste período, UFO Especial e UFO Documento foram temporariamente descontinuadas, respectivamente em suas edições 3 e 1 (um ano depois editaríamos as edições finais dessas séries: 4 e 2). Já UFO continuou a ser editada, porém com periodicidade irregular, o que perdurou também durante o ano de 1990 e no primeiro semestre de 1991. As edições desta revista passaram a ser lançadas quando as condições brasileiras melhoravam e permitiam sua impressão. Como todas as nossas publicações anteriores e atuais não têm finalidades lucrativas, assim como o próprio (então) CPDV e o GEP, as oscilações promovidas por diferentes governos em nossa política econômica nos afetam imensamente, chegando a proibir nosso trabalho em determinadas circunstâncias mais graves. Foram exclusivamente estas razões que, de tempos em tempos, obrigaram-nos a manter UFO em padrões de periodicidade irregular e que nos forçaram a descontinuar as demais séries. Estes momentos são gigantescamente prejudiciais não só à entidade, mas também aos leitores do assunto UFO no Brasil, e voltariam a se repetir no futuro, como veremos.
ATIVIDADES NORMALIZADAS E REFORMAS
Entretanto, a partir de 1º de julho de 1991, com a situação nacional relativamente estável e com o Fenômeno UFO em si dando mostras de imenso aumento no nível de sua manifestação em nosso meio – não só no Brasil, mas também no exterior –, reativamos com força total algumas de nossas linhas de atividade no setor de pesquisas e de divulgação da Ufologia, restruturamos o CPDV e sua relação com o GEP e ampliamos consideravelmente nossas atividades editoriais. Culminou, nessa época, a participação da entidade no 1° Congresso Mundial de Ufologia, em Tucson (EUA), de onde trouxemos novas idéias e onde mantivemos fortes contatos. A partir desta data, UFO volta a ser editada exclusivamente pelo CPDV – e passa a ser, também, o veículo oficial de divulgação de suas atividades. O Grupo Editorial Paracientífico, transferiu definitivamente o controle da revista para a entidade e se afastou das atividades ufológicas. Assim, além de transmitir todo um universo de informações atualizadas e aprofundadas sobre os discos voadores e seus tripulantes, UFO também teria a responsabilidade de orientar os associados do CPDV sobre tudo o que ocorre no mundo da Ufologia, no Brasil e exterior. Neste processo, ganharam seus assinantes anteriores, os leitores e, evidentemente, seus associados também.
CPDV É O MAIOR CENTRO DO MUNDO
Com a transferência do controle de UFO do GEP para o CPDV, todos os atuais e futuros assinantes da revista foram automaticamente considerados como associados do CPDV, passando a fazer parte da maior organização brasileira de Ufologia e com direito a todas as vantagens que tinham seus associados já efetivos. Novas carteiras de identificação, válidas e respeitadas em todo o Território Nacional, foram emitidas para seus associados e assinantes. Novas linhas de serviços (como o de fornecimento de material ufológico especializado) e de produtos (como a Coleção Biblioteca UFO) foram reformuladas para melhor atenderem à crescente demanda. Com estas mudanças e com um aumento considerável na qualidade e no volume de suas atividades, o CPDV passou a ser também a maior organização de pesquisas ufológicas em todo o planeta, com cerca de 5 mil associados, em todos os Estados brasileiros e em outros 32 países (a soma de seus 3 mil associados anteriores com os seus 2 mil assinantes). Até então, a maior organização ufológica mundial era a
norte-americana Mutual UFO Network (MUFON), sediada no Texas em com mais de 3 mil associados. Pois o CPDV tinha, agora, quase o dobro do número de associados da entidade texana. Por isso, seu nome também mudou: a partir de 1º de julho desse ano, o CPDV passou a se chamar CBPDV, ou Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores.
UM EXÉRCITO DE TRADUTORES VOLUNTÁRIOS
A Revista UFO conta com praticamente uma centena de tradutores que, de simples leitores, passaram a fazer parte do processo de produção da publicação oferecendo-se para verter textos de mais de 30 idiomas para o português. Formam um verdadeiro exército de voluntários que, pelo trabalho, recebem uma assinatura da revista gratuitamente e alguns outros materiais. Conheça nossos tradutores: A. Concli Júnior, Adair Tonon, Adriano Messias de Oliveira, Agop Agopian, Albertas Chaltiakchnis, Alfredo José Amaral, Ana Luiza Jacintho, Angélica Chassot, Antonio Augusto A. Machado, Antonio Carlos Almeida Diniz, Antonio Carlos de Souza, Belkiss Pontes, Boris Lessa, Carlos Dionísio Campanella, Caterine Thomé Garcia, Celso Benedito Zígara Araújo, Clube de Esperanto, Cristiano Silva da Rocha, Cristina Marques de Oliveira, Daniel Leal Werneck, David Hitzck Goichemberg, Edison Matos de Oliveira, Edson Ovídio Alves, Eduardo Rado, Encarnación Zapata Garcia, Erlan Luis de Souza, Fernando Antonio Andrade Lima, Fladner Cruz, Flaviano José Moreira Oliveira, Flávio M. Leal, Francisco José Penteado Santos, Franz Benz, Grupo Ufológico Extendeq, Gustavo Lujam, Havelock Candido da Silva, Hernan Emannuel Neves Mostajo, Humberto Barrancas Corrêa, J. C. Minervini, Jair Guimarães Rangel, João Paulo Ferreira Dias, José Amarildo Luz, José Anunciação da S. Filho, José da Silva Souza, José Elias R. Pena, José Heromar Coelho Muniz, José Joaquim Silva Filho, José Miguel Barbosa Santos, Luis Carlos S. Francisco, Luis Eduardo de V. Pereira, Manfrid Weismann, Mara Verônica Suassuna Lopes, Marcelo Andrade Leite, Marcelo Luiz Neves Esteves, Márcio Augusto Santos Valle, Marcos Corso de Campos, Marcus Rogério M. Sá, Maria Célia Menezes A. Ramos, Maria Z. Craveiro de Sousa, Mário C. Bernardino, Marley L. Moraes, Martinho A. B. Castro, Masanobu Ueno, Meire G. Figueiredo, Miguel A. Schwindt, Nailson Amorim de Lima, Netar Serilak, Newton Augusto R. de Oliveira, Octávio Augusto F. Presgrave, Octávio Caumo Serrano, Paulo Castro, Paulo Roberto Fernandes Jales, Paulo Sérgio de Lima, Pedro Raul Mercado de Medeiros, Randall Arburola Alfaro, Regina Flora Logulho Frentim, Reginaldo Miranda Júnior, Ricardo Varela Corrêa, Roberto Pereira Jr, Roberto Rall Santos, Rogério Alves Barbosa, Rogério Fonseca, Rogério Rodrigues de Melo, Ronaldo Jardim Martins, Rosilene Souza Adams, Rubens B. de Carvalho, Sérgio G. Dantur, Sérgio S. Sancevero, Sonia M. Guilliod, Stamatina Paticas Silva, Sueny L. S. Brum, Tereza Maria de Falcão Arantes, Tsutomo Asaina e Wagner W. Ferraro.
O CBPDV LANÇA NOVOS PRODUTOS
UFO passou a ter sua periodicidade novamente estabelecida como mensal, a partir de sua 15ª edição (julho 91), sua distribuição em bancas passou a ser mais abrangente e as condições para a assinatura, que agora era o mesmo que associação ao CBPDV, também passam a ser mais facilitadas. Paralelamente, UFO Especial e UFO Documento voltaram a circular em agosto desse ano, respectivamente com suas edições de números 4 e 2 (sua periodicidade não está estabelecida e elas só voltarão a circular quando houver material que justifique sua edição). Igualmente, o CBPDV lança um novo produto, a Coleção Biblioteca UFO, que não é vendida em bancas, mas através de pedidos por correio. A Coleção, em parte, substitui as séries desativadas, pois tem o objetivo de veicular – em níveis mais restritos a ufólogos – matérias que são ao mesmo tempo bem aprofundadas, extensas e importantes dentro da questão ufológica. Evidentemente, esse tipo de material não encontraria espaço em UFO, razão pela qual o CBPDV lançou a Coleção, hoje um sucesso editorial.
ATIVIDADES REDUZIDAS EM 1991 E 1992
UFO prosseguiu normalmente seu trabalho editorial atingindo ápices de excelência e aceitação em várias ocasiões, uma delas com a edição n° 10, em que abordou ineditamente no Brasil as bombásticas afirmações do exagente da CIA, Milton Cooper. A edição simplesmente esgotou-se nas bancas, o que significa que um número maior de pessoas passou a interessar-se pela revista. O fenômeno iria repetir-se com nossa edição n° 16, que abordava dois assuntos também espetaculares: a queda de um UFO e resgate de seus tripulantes na África do Sul (a primeira queda de UFO que se têm notícia na última década) e a atuação de mistificadores que usam a Ufologia como pano-de-fundo, promovendo confusão no setor. Entre essas duas edições, UFO funcionou perfeitamente, mas, a partir da edição n° 17, voltariam à toda carga os aparentemente intermináveis problemas inflacionários e recessivos brasileiros. Já no governo Collor, que todos sabem como foi, UFO sofreu seu maior baque, reduzindo sensivelmente suas edições, enquanto o CBPDV fazia o mesmo com suas demais atividades. Entre o segundo semestre de 1991 e o fim de 1992, apenas meia dúzia de revistas circulou, sendo que a produção se UFO foi totalmente paralisada em junho de 1992.
CBPDV BRILHA NO EXTERIOR
Não havia praticamente nada que se pudesse fazer por uma entidade do porte da nossa, sem recursos e profundamente atingida pela recessão que a desmoralização do governo citado provocou. A venda de UFO em bancas caiu de uma média de 65% (até o n° 16), para 17% (edição n° 20). Mediante isso, o CBPDV mais uma vez paralisou suas atividades, novamente aguardando uma oportunidade para retorná-las – algo que demorou muito a aparecer, já no governo Itamar, e ainda assim não definitivamente, como se sabe. Entretanto, embora a situação brasileira fosse das piores, no exterior as coisas eram bem melhores e o CBPDV passou a ser regularmente convidado para eventos nos mais diversos países, entre eles a Rússia, Hungria, Alemanha etc, além dos Estados Unidos. Comparecemos a alguns desses eventos – entre eles os 1°, 2° e 3° Congressos Internacionais de Ufologia de Las Vegas – e temos uma expectativa de participarmos de pelo menos 3 congressos internacionais por ano. Essas oportunidades – inéditas para um entidade brasileira – têm sido excepcionalmente úteis para reforçarmos nossos contatos e laços no exterior, de onde podemos trazer idéias que possam ser usadas no Brasil. Simultaneamente, cresceu o número de intercâmbio que passamos a manter com as principais organizações mundiais de Ufologia, intercâmbios que vão além da mera troca de publicações, mas se concentram em projetos internacionais tocados conjuntamente.
UFO VOLTA FINA
LMENTE EM PLENA FORMA
Depois de tantos sobressaltos, de períodos de máxima atividade intercalados com paralisações brutais, UFO volta a circular em abril de 1993, com a edição n° 21, incorporando nova formatação gráfica (seu tamanho passou a ser de 21,5 x 28 cm, adotado universalmente) e reformulação editorial. Ainda que o país continuasse atravessando um período de instabilidade – com trocas semanais de ministros que retiram a tranqüilidade necessária para qualquer setor trabalhar – a direção do CBPDV achou que não podia esperar mais por uma possível e aparentemente invisível estabilização. Retomou UFO com força total e, o que é melhor ainda, com periodicidade mensal. Num esforço de vários setores da entidade, verbas têm sido alocadas para a produção de um modelo exemplar de revista que não mais mantenha o leitor na espera pela próxima edição por período indefinido e que possa de fato suprir as necessidades de informação que a Ufologia exige. Para tanto, adquirimos novos recursos para computação nas áreas de editoração eletrônica e gráfica.
Hoje, o CBPDV possui um patrimônio superior a 20 mil dólares em equipamentos e programas (hard e softwares) para criação da revista. O mesmo também está sendo usado para armazenar dados relativos à toda casuística brasileira, inclusive imagens estáticas (fotos) e em movimento (filmes de UFOs), para compor um arquivo nacional sobre a manifestação do Fenômeno UFO no Brasil. Essa iniciativa inédita no Brasil nos levou a participar de um dos programas de maior audiência da TV brasileira, o Jô Soares Onze e Meia, em março de 1993. Ao mesmo tempo, a pujança das atividades da entidade fez com que seus dirigentes passassem a ser constantemente convidados a participar de diversos programas nacionais de TV, entre eles os espetaculares Globo Repórter de setembro e outubro de 1993. O CBPDV foi nada menos do que o consultor dos programas, desde seu primeiro minuto até irem para o ar, deu todas as informações possíveis para que a equipe da Rede Globo chegasse onde chegou e primou, sobretudo, para que os programas tivessem nível elevado e verdadeira importância para a divulgação do Fenômeno UFO.
O CBPDV E A REVISTA UFO HOJE
De passo em passo, o CBPDV foi crescendo e se aprimorando. Ao mesmo tempo, a Revista UFO foi estabilizando-se de forma gradual, chegando hoje, em maio de 1994, ao seu 30° número. Esse não é um dado qualquer: é um recorde nacional e mundial! Nenhuma revista ufológica no Brasil sequer chegou a 10 edições, recorde atingido apenas pela antecessora de UFO, a revista Ufologia Nacional & Internacional. E nenhuma publicação ufológica internacional (de venda em bancas; não confundir com boletins de grupos) chegou ao número 30. É certo que levamos 6 anos para chegarmos lá, o que dá uma média de uma revista a cada 2 meses e meio. Se a UFO fosse rigorosamente mensal, como sempre quisemos, hoje estaríamos comemorando algo perto da 70ª edição (a 30ª teria sido atingida há pelo menos três anos). Mesmo assim, chegar ao número 30 é uma grande glória que queremos repartir com o leitor. Hoje, o CBPDV tem algo perto de 3,3 mil associados. Com isso, ainda é uma das maiores organizações ufológicas do mundo.
Atualmente, UFO tem tiragem média de 14,2 mil exemplares, dos quais 10 mil são colocados nas bancas de 1.400 cidades de todos os estados. O restante é remetido para assinantes e para uma extensa lista de pessoas e entidades que recebem a revista gratuitamente. São cerca de 250 grupos de Ufologia (ou ufólogos individuais), 70 de outras áreas paracientíficas, 110 bibliotecas públicas estaduais e municipais, 30 autarquias e centros de ciência e 60 universidades. Além disso, UFO ainda é enviada gratuitamente, todos os meses, para cerca de 300 pessoas que compõem seu quadro editorial, entre colaboradores e tradutores. Só em remessas gratuitas, portanto, são investidos mais de 2 mil dólares por edição. Por outro lado, das 10 mil revistas colocadas em bancas, cerca de 4 mil são vendidas no primeiro mês; outras 3 mil serão vendidas com 5 e 10 meses, nos relançamentos da edição. É uma venda relativamente baixa para o mercado nacional, mas o necessário para manter a entidade funcionando.
Mas o importante é que isso tudo foi conseguido sem um único centavo de dinheiro governamental ou privado, que poderia ser recebido através de apoio, donativos ou publicidades, caso estes segmentos fossem sensíveis à Ufologia. A revista – mesmo que sem fins lucrativos – vive exclusivamente de sua (pouca) vendagem. Isso equivale a dizer que UFO vive do interesse real de seus leitores e assinantes, do trabalho contínuo e exemplar de seus colaboradores e do apoio de seus tradutores. Tudo, evidentemente, coordenador por uma reduzida mas incansável equipe local, composta por apenas 3 pessoas: duas secretárias e um editor. Você, leitor, é o grande responsável por tudo isso ser realidade. Neste momento de grande alegria para nós, queremos agradecer a você e reconhecer sua importância em todo o processo que culminou com a chegada de UFO à sua trigésima edição. Esperamos estar com você comemorando a 60ª edição também e as subseqüentes. Muito obrigado!
“O segredo do êxito está na constância e na pureza do propósito”