Entre 8 de maio e 29 de agosto de 1989, nada menos que 63 novos círculos misteriosos e dois anéis individuais foram encontrados nos campos ao sul da Inglaterra, como parte da rotina que já se repetia há vários anos. Como se não fosse o bastante, durante o mesmo período, os ufólogos de todo o mundo tiveram sólidas informações de que o mesmo tipo de fenômeno estaria ocorrendo agora também na França e na Austrália, entre outros países. Nossa equipe de investigação dos círculos – formada por engenheiros e cientistas, incluindo um membro do Parlamento e um diplomata inglês aposentado – está muito confiante de que a causa dessas misteriosas “condensações”, como têm sido chamados os misteriosos e desconcertantes círculos, não são meteorológicas ou produtos de fraudes de qualquer espécie. Os vastos dados já reunidos em nossa base de pesquisas em Andover, Hampshire, próximo de onde o fenômeno se manifesta, indicam que alguma forma de inteligência está envolvida na produção das figuras nos campos, provavelmente trabalhando por toda parte em nosso planeta, em veículos com campos magnéticos. Esta inteligência poderia até ser uma entidade etérea, de alguma espécie, na falta de definição melhor.
Círculos que desconcertam a capacidade humana
Um número de fatos igualmente estranhos tem sido observado ao lado dos círculos – e não apenas por nossa equipe, mas também por pessoas perto dos locais onde aparecem. Dois deles são mencionados no livro Circular Evidence. que será publicado dentro em pouco na Grã-Bretanha pela editora Souvenir Press. O livro é de um engenheiro elétrico da NASA, atualmente aposentado, Pat Delgado, e tem a minha co-autoria. Nele, assim como antecipamos neste artigo, publicamos algumas ilustrações realmente interessantes sobre o fenômeno. Numa das fotos pode se ver o único círculo em forma de anel duplo conhecido dos pesquisadores e já produzido dentro desta “onda” de manifestações. Nossa equipe está efetuando uma intensa investigação dentro deste círculo em particular, já que os anéis são tão grandes que podem ser vistos claramente até da colina situada atrás, próximo de Brighton Castle. Um fato que ocorreu poucos minutos após esta foto ter sido obtida por nossa equipe é significativo e será apresentado mais tarde.
Esta formação enorme, com um diâmetro de 30,28 m, foi uma das muitas que surgiram na área, em 8 de agosto de 1989. O grande circulo de 16,3 m de diâmetro consistiu de plantações de trigo achatadas, “enroladas” em circunferência (como nos fogos de artifício do tipo Catherine Whell, em forma de catavento). As plantas não estavam presas firmemente ao solo, como muitas que vimos antes, dentro de outros círculos. O anel interno tinha um metro de largura, variando em alguns centímetros em certos lugares. O trigo havia sido forçado para baixo com pressão significativa e dobrado como por um redemoinho no sentido anti-horário. O anel externo era levemente mais largo, mas desta vez as plantas estavam empurradas para baixo, já no sentido horário. A posição das cercas que envolviam a formação estava tão ereta como sempre, não tendo sido afetadas pelo acontecimento. As condições do tempo na data e hora da ocorrência, dadas pelo Gabinete Meteorológico Britânico foram intensamente checadas para um possível relacionamento com fenômenos atmosféricos. Em resposta, nada obtivemos: o tempo esteve normal, com a direção do vento variando entre 270 a 280 (velocidade de 6,3 a 9,3 nós), durante o período. Já o dia 8 de agosto esteve nublado, com apenas alguns minutos de sol brilhante durante o dia e uma temperatura máxima de 16,9 C. A chuva ajudou a comprovar a origem não identificada dos círculos: os altos montes próximos estavam ao sul desses campos e, conseqüentemente, não permitiram a formação de algum novo tipo desconhecido de vórtice de temperatura que pudesse produzí-los.
Círculos que lembram os anéis de Saturno
Os membros da família Wingfield, moradora próxima do local, haviam lido sobre os círculos na revista Times daquele dia e tiveram uma estranha experiência. Situados no local chamado White Horse, observaram os círculos e nossa equipe, logo abaixo da escarpa do castelo Bratton. onde estavam. George Wingfield, a esposa e dois filhos jovens caminharam em direção a um declive, na extremidade do campo onde estavam os dois anéis de Saturno e os círculos. Nesse ponto, a Sra. Wingfield sentou-se no declive e segurou firme seus dois cães para tentar mantê-los fora do trigal; mas, por alguma razão, ela se sentiu estranhamente inquieta e decidiu recomeçar a descer, enquanto seu marido e filhos caminhavam poucos metros adiante. Quando desviou os olhos dos degraus do declive, foi surpreendida por uma luz azul muito brilhante, que parecia vir de cima e que volteou através do solo, em frente. “A luz varreu o solo como se refletisse uma superfície brilhante, em rotação”, declarou-nos a Sra. Wingfield. “De repente, eu me senti inquieta e, enquanto caminhava pelo declive em direção ao círculo, vi flashes azuis ocorrendo numa freqüência regular, sobre o solo. Isto aconteceu com o sol da tarde a brilhar e era completamente evidente, mas nem meu marido, nem meus filhos viram aquilo, pois estavam mais adiante, colina abaixo”. E completa: “Os flashes surgiram de algo invisível, como refletores no céu, e ocorriam a cada segundo ou talvez em menor tempo; eram como reflexos de um refletor sobre as hélices de um helicóptero, girando vagarosamente. Quando o sol se escondeu atrás de uma nuvem, os flashes azuis cessaram”.
Um outro círculo de 15,6 m de diâmetro possuía um dos mais espetaculares modelos de figura (formada pelo amassamento do trigo) que já vimos. A torção radial era tão impressionante que nos sentíamos estranhamente muito bem ao caminhar sobre ele – que tinha enorme semelhança com o efeito que se vê numa exibição de fogos de artifícios mais extravagantes, quando explodem no céu, espalhando centenas de linhas radiais de combustão fosforescente. O círculo foi feito no extremo de um campo de trigo em Westbury e tinha uma revolução de 0,5, de forma “redemoinhada” em sentido anti-horário, como se a “entidade” que a gerou estivesse revolvendo-o. Dez hastes (caules) de trigo estavam partidas e muitas delas estavam inexplicavelmente atiradas ao redor da área. A energia que criou tal figura foi com certeza tão grande que formara uma crosta seca na superfície do solo, que logo se transformou em pó. Nossa equipe tratou com especial dedicação este círculo, chegando a fretar um pequeno avião no aeroporto de Old Sarum para fazermos um reconhecimento aéreo deste e de outros cinco novos círculos simultaneamente descobertos em Upton Scudamores, os quais foram formados em intervalos regulares, no entardecer de 6 de agosto, até aproximadamente meio-dia do dia seguinte.
Nosso piloto, Barry Dyke, que encontrara os círculos quínt
uplos, também viu o círculo solitário que pesquisávamos, no meio de um campo entre a aldeia de Westbury e o famoso White Horse. Incluímos neste artigo a foto que mostra este e outros campos onde muitos círculos aparecera, nos últimos anos – o mais recente pôde ser fotografado apenas dois dias após ter surgido, no sábado 8 de agosto do mesmo ano. Nossa curta viagem com o monomotor sobre os campos ingleses foi memorável: não apenas fotografamos os seis círculos e fizemos nossa observação, como encontramos vários outros! Estamos plenamente convictos de que os cinco círculos iniciais surgiram nas redondezas de Westminster em menos de 24 horas, mas os demais foram “feitos” em menos de 12 horas, justamente pouco antes de os descobrirmos. As fotos que fizemos desses círculos, batidas do avião, mostravam algumas coisas insólitas. Estávamos colocando-as em nosso arquivo quando percebi, em uma delas, uma marcação no campo, a uns 35 metros a sudoeste do círculo; sob a lente de aumento, constatamos que aquilo era um único e limitado anel, solitário. Assim, como mais um fora descoberto, pedi ao Dr. Terence Meaden, um pesquisador dos círculos que mora próximo do local, checar aquilo. Sua resposta foi afirmativa: Meaden confirmou que aquele era um novo anel, surgido do nada, independente, como o outro anel achado em Kimpton, próximo a Andover, Hampshire.
O mesmo fenômeno pareceu ser o responsável tanto pelos círculos anteriores quanto por este novo e os demais anéis. Além do mais, estranhas naves passaram a ser vistas próximas dos locais de maior concentração de círculos. Nossa Equipe investigou detidamente uma foto tirada de um círculo, com um pesquisador dentro, Pat Busty, onde pode ser visto claramente, no céu, um objeto em forma de disco branco, a cerca de 18 cm (para a proporção da foto) do centro do círculo redemoinhado (Editor: infelizmente, esta foto não pode ser aproveitada neste artigo pois, se impressa em preto-e-branco, o objeto mencionado não apareceria; a cores, em que apareceria, sua reprodução não foi possível). Tanto Pat, dentro do círculo, como eu, fazendo a foto, não pudemos observar qualquer coisa ou objeto anormal no céu – mas a câmara registrou! O sol estava declinando justamente atrás de Pat quando a foto foi tirada, o que excluiu ser uma retração de luz. De mais a mais, fizemos várias ampliações fotográficas magníficas do objeto, que é visível também nos negativos: um objeto em forma de disco muito claro, de cor branca e reluzente, com bordas bem definidas.
Isto é a outra intrigante faceta do fenômeno dos círculos, a questão em que os UFOs estão envolvidos -assunto que nós, francamente, ainda somos incapazes de esclarecer. Porém, temos aprendido como é importante manter a mente aberta e continuar flexíveis e receptivos para o que pode vir.