Em abril de 1997, o Instituto de Biologia da Universidade de Campinas (Unicamp), no Estado de São Paulo, recebeu um insólito pedido de ajuda. O rebanho de ovelhas de Samuel e Rosimara Ramos Lago, agricultores na cidade de Campina Grande do Sul (PR), vinha sofrendo sistemáticos ataques de um predador desconhecido. Vinte e cinco animais já haviam sido vitimados – doze dos quais mortos em uma única investida. O casal estava impressionado com algumas características das agressões e com a estranheza das marcas deixadas pelo ser atacante. As orelhas de todas as ovelhas mortas, e as de algumas sobreviventes, foram arrancadas de maneira incomum, com corte preciso, como aqueles deixados por instrumentos muito afiados. No dia seguinte ao ataque, esses órgãos foram encontrados amontoados nas proximidades, envolvidos por um muco gelatinoso, como se tivessem sido vomitados.
Já era a terceira agressão naquele mês que o casal sofria. A primeira, no início de fevereiro, vitimou apenas uma ovelha, que foi encontrada morta com as orelhas decepadas. O incidente ocorreu em silêncio, durante a noite. Menos de dez dias depois, um novo ataque deixou cinco animais mortos e dois feridos, mas este foi surpreendente porque aconteceu à luz do dia. O caseiro da propriedade, José Batista de Moraes, disse que tinha alimentado o rebanho às 09:00 h da manhã. Uma hora e meia depois, quando voltou ao curral, o incidente já havia acontecido. “Ninguém ouviu sequer o gemido dos bichos,” afirma Moraes. Até aquele momento, apesar da estranha situação, os proprietários do sítio acreditavam no ataque de algum predador natural.
A pouco mais de 30 km de Curitiba, nas encostas frias da Serra do Mar, a pequena cidade de Campina Grande do Sul é cercada por grandes extensões de matas naturais. Nelas, ainda é possível encontrar felinos selvagens de médio porte, como pumas e jaguatiricas, ou raros espécimes de lobo guará. Por isso, o casal decidiu comunicar à Polícia Florestal local a eventualidade, pois precisava proteger a propriedade de uma possível nova ocorrência. Assim, uma equipe de policiais foi ao sítio, vistoriou as ovelhas mortas e autorizou a colocação de armadilhas. Mas estas providências foram em vão: apesar do sistema rigoroso de vigilância adotado pelo caseiro, poucos dias depois ocorreria um verdadeiro massacre, um novo incidente.
Por volta da meia noite do dia 20 de fevereiro daquele ano, Moraes dirigiu-se até o curral onde estavam as ovelhas para verificar se todas estavam bem. Com a situação sob controle, ele voltou a dormir, somente acordando quase às 02:00 h ao ouvir estranhos ruídos. Quando chegou perto do cercado escutou o gemido de alguns animais e também um rosnado. “Era um som estranho, um ronco que eu nunca tinha ouvido antes,” contou aos investigadores. Moraes forçou um dos portões do cercado, mas lembrou-se que havia esquecido as chaves dentro de casa. Correu em torno do alambrado alto em busca da outra entrada. “Acho que foi durante este tempo que o bicho fugiu,” acredita. De qualquer forma, ao conseguir transpor a cerca e acender a lanterna, deu-se conta da extensão do massacre: das 25 ovelhas que se encontravam ali, apenas duas haviam escapado ilesas. Doze estavam mortas e outras onze, muito machucadas. Todas tinham as orelhas decepadas com a mesma precisão cirúrgica verificada nos casos anteriores, assim como apresentavam o maxilar quebrado, acima do focinho, por um golpe violento. Muitas tinham as patas arranhadas, como se tivessem sido feridas por garras fortes e finas. Algumas mostravam-se com pequenas perfurações – aparentemente feitas por dentes pontiagudos, na parte traseira do corpo.
Ataques pelo Pescoço – Apesar da profundidade dos ferimentos nos animais, havia uma ausência quase completa de sangue no local. E para complicar ainda mais o quadro, nenhuma das ovelhas tinha servido como alimento, o que seria normal caso tivessem sido atacadas por um predador natural faminto. Assim, estarrecido com a carnificina, o caseiro telefonou para seus patrões, que se encontravam em Curitiba. O casal trouxe um veterinário que admitiu nunca ter visto algo semelhante antes. “Pumas e jaguatiricas não fazem ataques deste tipo e as marcas encontradas nas ovelhas jamais poderiam ter sido deixadas por um lobo guará,” afirmou Samuel, que também é biólogo. Dois dias depois, uma equipe da Polícia Florestal vistoriou toda a propriedade novamente e, em seguida, especialistas do Zoológico Municipal de Curitiba. Várias hipóteses foram levantadas para explicar o fato, mas todas as que poderiam levar a algum predador conhecido foram descartadas. Segundo Samuel, os únicos animais com garras e dentes suficientemente afiados para deixar marcas semelhantes são os felinos. No entanto, estes não mordem a traseira de suas presas como ocorreu ali e sim atacam no pescoço, para se defender ou em busca de alimentos.
Diante desta estranha situação, Samuel e Rosimara decidiram falar com os biólogos da Unicamp. Dias depois, a instituição informou que não possuía equipamentos para este tipo de investigação, orientando-os a procurar o Centro de Estudos e Pesquisas Exológicas (CEPEX), em Sumaré (SP), presidido por estes autores. O grupo não tem nenhum vínculo acadêmico e dedica-se exclusivamente à pesquisa de ocorrências ufológicas – e o fenômeno observado poderia, em tese, se enquadrar nesta classificação. Por isso, desde 1995, o centro é procurado por diferentes pessoas trazendo relatos de animais encontrados mortos em circunstâncias anormais. A história ocorrida em Campina Grande do Sul tinha uma forte relação com outros casos minuciosamente pesquisados pelos integrantes do CEPEX – alguns são até bastante surpreendentes. No início de 1996, por exemplo, o líder de um grupo de jovens campistas da cidade de Americana (SP) procurou a entidade munido de uma série de fotografias e um curioso relato. As fotos mostravam o corpo, já em estado de decomposição, de um animal desconhecido. Este profissional, que prefere manter-se no anonimato, contou que, no início de 1995, liderava um grupo de pessoas em um acampamento num sítio na vizinha localidade de Capivari (SP), um lugar que já havia sido utilizado muitas vezes em outras excursões. Mas, naquela oportunidade, a equipe foi recebida com apreensão pelo caseiro, pois há dias ocorriam fatos estranhos na região.
Animais eram encontrados mortos e mutilados, sendo que muitos apresentavam o couro rasgado em tiras, como se tivessem sido cortados por lâminas extremamente finas e afiadas. Os sitiantes e chacareiros das redondezas – quase todos moradores antigos – não acreditavam que as marcas pudessem ter sido feitas por algum predador natural. Desconfiavam que os animais estavam sendo vítimas de sacrifícios realizados por seitas religiosas. Por isso, montaram patrulhas armadas que esquadrinhavam a região durante a noite. O caseiro advertiu os campistas quanto ao fato, principalmente para evitar que um equívoco acabasse em tragédia, pois temia que uma destas equipes de guarda os confundissem com integrantes da tal seita… Assim, pediu para que todos se recolhessem cedo e na segunda noite de acampamento, depois de todos se reunirem ao redor da fogueira, respeitando os avisos do caseiro, os int
egrantes do grupo foram descansar. Dormiam no interior de uma velha casa de madeira já quase abandonada, que servia apenas como depósito de ferramentas e paiol.
Pouco depois das 02:00 h, notaram que os animais domésticos se alvoroçaram e o barulho intenso acordou todo o grupo, que ficou atento e assustado, tentando adivinhar o que estava acontecendo. De repente, os campistas ouviram passos pesados e firmes, seguidos de uma respiração ofegante de algo que circundava as paredes da casa. Este movimento durou quase uma hora e a porta foi forçada várias vezes, generalizando o pânico entre os campistas. A certa altura, eles ouviram uma violenta pancada, como se um corpo estivesse se jogando contra a entrada. Então, tudo ficou em silêncio e o ruído dos passos e a respiração ofegante afastaram-se para longe. Neste momento, pela primeira vez, o grupo abriu uma das janelas do cômodo e viu uma estranha criatura. O animal que os atacara não era semelhante a nada conhecido. Estava em pé, a cerca de 30 m da casa, agarrado a uma árvore e arranhando o tronco, como se afiasse as garras. Naquela posição, aparentava cerca de 1,8 m de altura e tinha o corpo inteiro coberto por pêlos escuros. Quando percebeu que estava sendo observado, o curioso ser correu novamente em direção ao abrigo, desta vez sobre as quatro patas, e investiu pesadamente contra a porta.
Pele Totalmente Arrancada – Em seguida, desapareceu nas matas próximas, deixando no ar um cheiro forte de carniça. Apesar do pânico daquela noite, o sol da manhã seguinte restabeleceu a confiança do grupo e todos optaram por seguir o plano original, que era permanecer ali por mais dois dias. Mas a certa altura, enquanto andavam pela floresta, observaram uma revoada de urubus e decidiram se aproximar. O que viram ali jamais foi explicado: o cadáver atacado pelas aves era o de um estranho animal. Sua cabeça e tronco estavam com a pele totalmente arrancada e abaixo da cintura havia pêlo espesso e negro. Três orifícios profundos, como se tivessem sido feitos por um arma de fogo de grosso calibre, formavam um triângulo na região do tórax e do ventre. A parte superior do corpo era musculosa e forte, e as patas anteriores pequenas. “O bicho não se parecia com nada que conhecíamos e, também, não era igual àquele que tínhamos visto na noite anterior,” comentou o líder do grupo.
Os campistas ainda tomaram o cuidado de investigar os arredores e descobriram inúmeras pegadas deixadas por pés muito grandes, arredondados e com três garras profundas. Estas marcas no solo não se pareciam com as patas do animal encontrado morto, que eram bem menores. Perto do corpo deste notaram também que o capim apresentava uma cor amarelada, diferente do verdejante dos arredores. Um dos integrantes do grupo tinha uma máquina fotográfica e o restante do filme – três fotogramas – foi utilizado para registrar os detalhes da criatura desconhecida. Foram estas as fotografias que chegaram ao CEPEX, um ano depois do ocorrido.
O centro de pesquisas encaminhou as fotos para vários especialistas, sendo que nenhum deles conseguiu identificar que tipo de animal era aquele, analisando seus traços morfológicos. Além das imagens, o que impressionou a equipe do centro foram as descrições das pegadas encontradas, muito semelhantes a alguns moldes de gessoarquivados no CEPEX, obtidos em São Roque da Fartura, cidade do interior de São Paulo, onde animais foram encontrados mortos em inusitadas circunstâncias em algumas chácaras da região.
Pegadas Inexplicadas – O agricultor Eduardo Roberto de Moraes, proprietário do Sítio Pessegueiro, na região, tomava água debruçado sobre uma bica quando viu, claramente registrado no solo úmido, um longo rastro de passos. Em certos trechos as pegadas aprofundavam-se na terra por mais de 5 cm – o que indicava um animal pesado. Moraes imaginava conhecer todos os bichos que andavam por ali, mas jamais tinha visto sinais semelhantes. Dois dias depois, o CEPEX foi à cidade participar das investigações juntamente com integrantes do Grupo Campinense de Pesquisas de Discos Voadores (GCPDV). Avaliados por biólogos, os moldes ainda permanecem inexplicados – eles demostram patas com mais de 15 cm de comprimento e garras longas, diferentes das encontradas em qualquer animal conhecido.
Entretanto, um caso bastante intrigante ocorrido na mesma cidade deu-se em março de 1996, com o proprietário Shyomi Iti. O caseiro desta chácara encontrou uma ovelha e dois carneiros mortos dentro do curral. Os quadrúpedes apresentavam sinais de mordidas pelo corpo e estavam completamente sem sangue, como se tivesse sido drenado por uma das feridas. Ao investigar os fatos, vimos que, num primeiro momento, o ataque foi atribuído a um predador natural – como os outros ocorridos. Sitiantes experientes sabem que cachorros de grande porte, mesmo os mais domésticos e aparentemente pacatos, podem se transformar em vorazes caçadores depois que descobrem a passividade de certas presas.
Não são freqüentes, mas existem descrições de casos de cães que fazem das ovelhas o principal alvo de seu botim. Mesmo assim, meses depois marcas semelhantes às encontradas em São Roque da Fartura seriam descobertas também em uma propriedade rural em Vargem Grande do Sul (SP). Mas, desta vez, o registro da ocorrência não se limitaria aos rastros deixados no solo. Durante aquela primeira quinzena de agosto de 1996, a cidade chamou repetidas vezes a atenção de jornais e emissoras paulistas de televisão e rádio, pois proliferavam relatos de avistamentos de objetos voadores não identificados e diversos moradores da região afirmavam ter visto seres e animais de aparência desconhecida. Jornalistas e integrantes de entidades dedicadas à pesquisa de UFOs colheram dezenas de depoimentos de moradores, sendo que um deles assemelha-se – e muito – aos casos investigados em São Roque da Fartura.
Este incidente ocorreu às 07:30 h de uma manhã ensolarada. Na noite anterior choveu bastante e o tratorista da Fazenda 3 Barras de Cima, Alaor Bernardes, aproveitava o tempo bom e o solo molhado para iniciar seu trabalho na terra. Ele e seu filho de doze anos trafegavam no trator por uma estrada que dá acesso a uma das áreas de lavoura da propriedade quando, ao passarem ao lado de um pequeno açude, perceberam um animal estranho e peludo que descia pela encosta de um morro. “Ele tinha um trote muito estranho, parecia que andava rebolando,” contou Bernardes. Desta maneira desengonçada o bicho caminhou em direção aos dois, mas parecia não ter notado sua presença. O tratorista então desligou o motor e, junto de seu filho, escondeu-se entre os arbustos floridos de primavera que ornamentam a cerca de aram
es ao longo da estrada. Quando voltaram a observar o animal, perceberam que ele já havia transposto um córrego e cerca de 200 m da área de plantio recentemente arada, aproximando-se de outra cerca de arames farpados, distante apenas 100 m deles. “De maneira meio abobalhada, o bicho trombou nos fios e o impacto fez com que voltasse para trás e caísse de costas,” relatou Bernardes. Rapidamente, o animal levantou-se e com incomum agilidade transpôs a cerca.
Em menos de um minuto, a estranha criatura chegou perto do tratorista e esbarrou em outra cerca. Desta vez, impedido pelos arbustos, não tentou saltá-la e enfiou-se entre dois fios de arame, forçando passagem com violência. Mas o vão era muito estreito e, depois de alguns segundos, ele desistiu. Novamente mostrando grande agilidade, deitou-se no chão e rolou por baixo da cerca, ganhando a estrada. “Nesse momento, o bicho estava próximo a nós, menos de 4 m, e eu fiquei assustado. Peguei uma pedra enorme e fiquei esperando para me defender caso ele atacasse,” explicou Bernardes. Foi então que, pela primeira vez, o animal parece ter notado a presença dos observadores, pois olhou para eles, arreganhou os dentes e começou a andar vagarosamente em sua direção. Assustados, Bernardes e o filho saíram correndo para o trator. Quando estavam prontos para dar partida no motor, olharam para trás e perceberam que o animal tinha se afastado, na direção contrária. Logo ele transporia novamente a cerca e desapareceria na encosta do vale, com o mesmo trote desengonçado.
Corpo Peludo e Assustador – As testemunhas descreveram a estranha criatura com pouco mais de 1,5 m de altura, o corpo totalmente coberto por uma pelugem longa, ondulada e amarela escura, clara na região do ventre e com uma linha mais escura ao longo de todo o dorso. O peito, arredondado e forte, assemelhava-se a um tonel, e a cabeça parecia com a de um cachorro, com os dentes caninos muito grandes – cerca de 10 cm. As pernas dianteiras, também robustas e longas, com grandes patas e garras, contrastavam com a parte posterior do tronco, mais fina e aparentemente frágil, de onde saíam membros parecidos aos de um cão. As marcas deixadas no solo úmido são semelhantes às pegadas registradas pelos integrantes do CEPEX no sítio de São Roque da Fartura.
A esta altura, final de 1996, ainda longe do interesse dos órgãos de comunicação, inúmeros relatos começavam a chegar ao CEPEX, a outros grupos de pesquisa ufológica e até aos bastidores de universidades e centros acadêmicos de análises. Alguns relatos haviam ocorrido há vários meses e outros eram mais recentes, mas todos vinham de pessoas que viveram o fato ou souberam-no através de terceiros, que decidiram torná-lo público depois de ouvirem rumores sobre a investigação. Entretanto, várias delas se recusaram a ter o nome publicado. Além disso, as provas testemunhais em assuntos desta natureza são importantes, mas também podem ser perigosas. A linha que separa a realidade da imaginação às vezes se torna errática e tênue. Por isso, até os depoimentos mais simples devem ser analisados com um apurado sistema de investigação. Sem exceção, todos os relatos que chegaram ao CEPEX foram submetidos a estes cuidados. Muitos foram rapidamente descartados, mas dezenas de outros, no entanto, são impressionantes pela extrema coincidência de detalhes.
Casos contados por pessoas de regiões distantes e com perfil sociocultural diferente descreveram algumas particularidades com considerável precisão – não se restringindo apenas às marcas deixadas nos animais encontrados mortos. Muitos falavam do avistamento de um bicho desconhecido – bípede ou quadrúpede – muito semelhante em quase todos os depoimentos àquele que havia sido visto pelo tratorista Alaor Bernardes e seu filho.
Em pelo menos um caso, ocorrido na cidade de Passos (MG), a estranha aparição chegou a ser exaustivamente investigada pela polícia, que fez até um retrato falado do ser. O delegado de Polícia Civil local, Carlos Augusto
da Silva, instaurou um inquérito para descobrir a natureza e a origem da inusitada criatura que, a princípio, imaginava ser algum animal selvagem ilegalmente mantido em cativeiro. Essa história começou na manhã do dia 18 de junho de 1996, quando Luciano Olímpio dos Reis, de 22 anos, com mais de 1,9 m de altura, foi à delegacia reclamar de um ataque inusitado que sofrera na noite anterior. Reis contou que voltava para casa, por volta das 23:00 h, e ouviu um ronco estranho que imaginou vir de um cachorro. Não deu mais do que cinco passos e um bicho peludo pulou na sua frente, tentando agarrá-lo. Assustado, o jovem golpeou-lhe o peito e, mesmo com arranhões pelo corpo, conseguiu escapulir. Foi perseguido por quase um minuto até aparecer um cavalo, que deteve a atenção da criatura. Na mesma hora, Reis procurou a Polícia Militar e pediu ajuda, tendo o comandante do posto escalado uma equipe para ir até o local investigar a denúncia do rapaz.
Os oficiais ainda tentavam identificar as pegadas encontradas quando receberam a informação de que outros moradores das redondezas também haviam acionado a PM depois de terem visto o estranho animal rondando seus quintais. Um dos policiais chegou inclusive a ver a criatura correndo para uma pequena mata. O delegado Silva conhecia Reis há anos, e por isso resolveu investigar o caso, mandando que ele fosse examinado pelo Instituto Médico Legal. Mas os especialistas não chegaram a nenhum laudo conclusivo sobre a natureza das feridas encontradas em seu corpo.
Mudança de Hábitos – Através de vários depoimentos consecutivos, surgiu o retrato falado do enigmático ser, mas o que surpreendeu os pesquisadores que investigavam o fato foi a semelhança do bicho com àquele descrito por dezenas de testemunhas de diferentes regiões. Este mesmo animal é muito parecido com a misteriosa criatura que recebeu, a partir de 1995, na ilha
de Porto Rico, América Central, o nome de Chupacabras. Naquele ano, uma grande onda de mortes e mutilações misteriosas também foi registrada no país. Até o início de 1996, no entanto, os casos de agressões eram praticamente desconhecidos no Brasil. Raros episódios haviam sido publicados pela Imprensa – quando não os tratavam com ironia ou descaso.
Apenas algumas revistas especializadas em Ufologia abordaram o assunto de maneira cuidadosa – mas estas enfocavam suas matérias nos casos ocorridos em Porto Rico, limitando-se a fazer pequenos registros das ocorrências no território brasileiro. Nos primeiros meses de 1997, três jornais deram o tratamento jornalístico que o tema exigia. A Tribuna de Campinas, a revista Já (encarte dominical do Diário Popular), e a Folha de Londrina publicaram quase simultaneamente reportagens aprofundadas com relatos e descrições minuciosas de diversos incidentes. Posteriormente, as histórias de Chupacabras adquiriram as dimensões de um fenômeno de massa. Notícias, lendas e mitos se misturaram à imaginação popular. Em cidades como Sumaré e Hortolândia, próximas a Campinas (SP), bairros inteiros mudaram seus hábitos noturnos.
Em Campina Grande do Sul (PR), quase 700 km ao sul dessa região, onde ocorreram diversos ataques a ovelhas, as luzes da cidade chegaram a ser inexplicavelmente desligadas no momento em que uma emissora de televisão regional transmitia uma reportagem sobre os casos. Pressionada pelo crescimento do fenômeno, toda a mídia nacional foobrigada a se envolver na história. Casos reais ou fictícios, lendários ou simplesmente forjados, de sul a norte do país, ganharam espaço nos grandes jornais, emissoras de rádio e televisão.
Em Monte Mor (SP), por exemplo, uma sucessão de ataques ao gado de um pequeno criador foi rapidamente atribuída ao Chupacabras. Mas as marcas deixadas nos animais mortos não resistiu às primeiras análises, pois haviam sido feitas por algum felino de grande porte em busca de alimento. Em alguns casos, investigadores do CEPEX constataram até indícios claros da ação humana. Ovelhas e aves foram encontradas mortas e retalhadas, talvez por pura perversão ou em algum ritual macabro de sacrifício de animais. Em julho de 1997, um programa dominical de uma grande rede brasileira de televisão anunciou durante todo o dia que iria mostrar a cabeça de um Chupacabras encontrado às margens de um rio na selva amazônica. Os índices de audiência explodiram e foram mantidos durante toda a tarde na marca dos 30 pontos, de acordo com os critérios do Ibope. Especialistas logo perceberam que o crânio se tratava mesmo é da cabeça de um peixe de grande porte, comum nas águas da Amazônia. Assim, pouco a pouco, o Chupacabras acabaria por se transformar em evidente peça de marketing. Em várias cidades foram lançadas grifes de camisetas com a estampa colorida dos desenhos do bicho. Pequenos dinossauros e monstrinhos, vendidos por camelôs em praça pública, foram apelidados de “chupinhas” e se esgotavam da noite para o dia. Um bar de Campinas aproveitou a onda e lançou o “Drinque do Chupacabras.” Os compositores Robson Arantes e Paulino Neves transformaram o personagem em tema do “Forró do Chupacabras,” uma música maliciosa. E por aí vai…
Durante essa época, as entidades envolvidas com as investigações foram atulhadas de telefonemas e cartas. Só o CEPEX chegou a receber mais de cem comunicações em uma única semana, sendo que apenas 2% eram fatos realmente inexplicáveis. Diante desta febre, que em alguns casos beirou a histeria coletiva, vários jornais chegaram a pedir o auxílio de outros especialistas, na tentativa de interpretar o fenômeno. O psicanalista Maurício Knobel, de São Paulo, afirmou que o surgimento de seres extraordinários como o Chupacabras é comum em todas as partes do mundo, “…principalmente em momentos de mal estar social ou econômico.” De acordo com ele, as pessoas costumam atribuir os problemas da sociedade a seres misteriosos e tudo acaba se tornando um mito coletivo. Duas das lendas mais arraigadas no inconsciente da Humanidade tornaram-se evidentes nesta ocasião: o lobisomem e o vampiro.
Assombração em Lua Cheia – O famoso folclorista brasileiro Luis da Câmara Cascudo publicara que desde a Grécia e Roma antigas, África, Europa e Ásia, o lobisomem é registrado sob diferentes nomes, com uma infinidade de histórias, mas sempre com as mesmas características: as de um ser humano que se transforma em lobo e ataca suas vítimas sob a luz da Lua cheia. “Em todas as cidades, vilas e povoados do Brasil, ele tem sua crônica. Ninguém o ignora e serão raros os que não têm um depoimento curioso sobre sua existência,” afirma Cascudo. Já o vampirismo foi registrado em praticamente todas as grandes culturas do mundo e acabou personificado no Ocidente, na imagem lendária do Conde Drácula. “Libertando-se lentamente da tradição oral, o vampiro vai pouco a pouco deixando de ser um monstro ameaçador para se transformar numa forma de entretenimento semelhante à montanha russa: prazer derivado do medo,” afirma o festejado escritor Paulo Coelho, autor de O Alquimista e Brida [Coelho fazia parceria com Raul Seixas nos anos 70 e meados de 80, quando juntos compuseram várias músicas que tratavam do tema ufológico].
No entanto, outros mitos invadiram o Fenômeno Chupacabras, por força da imposição da imaginação popular. A moderna criatura que acabara de surgir em nossas vidas já passava a misturar claramente características essenciais das seculares lendas do lobisomem e o vampiro. O sangue, a animalidade, a busca das regiões profundas, buracos, esgotos, rios, violência, mistério, origem essencialmente rural, matas, homens surpreendidos nos caminhos ermos – tudo isso foi misturado com os arquétipos ainda mais recentes de ETs e discos voadores. Este coquetel explosivo foi, com certeza, a caixa de ressonância onde repercutiram as histórias de Chupacabras, criando um novelo nem sempre fácil de deslindar.
Em muitos casos o fio da meada se confundia entre fatos reais, mitos, medo imaginário e especulação pura e simples. Qualquer cientista ou investigador sério, mas não familiarizado com as circunstâncias, corre o risco de confundir-se na interpretação do fenômeno. Talvez por isso muitos deles tenham sido precipitados quando chamados a explicar as ocorrências. Por exemplo, os ataques a ovelhas ocorridos no início de 1997 na região de Campina Grande do Sul tornaram-se conhecidos no Brasil inteiro e o pânico espalhou-se entre chacareiros e moradores. As autoridades, preocupadas, foram obrigadas a intervir durante várias ocasiões. Até hoje permanece inexplicado o corte de energia elétrica na cidade justamente no horário previamente anunciado em que uma emissora regional de televisão exibiria uma reportagem sobre as misteriosas agressões… Finalmente, em junho do mesmo ano, um laudo divulgado por biólogos do Zoológico de Curitiba e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) atribuiu os incidentes no sítio
de Samuel Ramos Lago a cachorros em busca de comida. Segundo os biólogos, existem na região matilhas de cães de origem doméstica que, abandonados à própria sorte, adquiriram características selvagens – são chamados de “alongados”.
Esta constatação surgiu da análise de alguns pêlos encontrados junto às ovelhas. Ao mesmo tempo, os cortes nas orelhas que haviam sido arrancadas e nos ferimentos foram analisados apenas a partir de fotografias feitas pelo proprietário, e não de material biológico em si. Prova disso foi que um dos biólogos do IAP que assinaram o laudo, Mauro de Moura Britto, afirmou que “as ovelhas são tão frágeis que às vezes chegam a morrer do coração, por causa de sustos.” Ou seja, ele acredita que não é difícil para um único cachorro dizimar mais de dez ovelhas de uma só vez. Sobre as características do ferimentos, foi ainda mais lacônico: “Isto foi um folclore criado em cima de um caso simples de ser explicado.” A secretária de Meio Ambiente de Campina Grande do Sul, Tosca Zamboni, corroborou a hipótese dos profissionais. “O número de cães soltos no município é grande. Mesmo não sendo notificados, os ataques a animais são freqüentes. A população dificilmente denuncia este tipo de ocorrência que, de uns tempos para cá, passou a ser comum,” disse. Mas apesar da objetividade dos biólogos, o laudo não convenceu os mais atentos…
Mandíbulas Destroçadas – Por isso, o jornalista José Antonio Pedriali, da Folha de Londrina, elaborou intrigantes questões em uma reportagem publicada no dia 11 de junho de 1997. “O que dizer dos cortes com precisão cirúrgica, que tanto encabularam outros especialistas que examinaram o assunto e não chegaram a conclusão nenhuma? E as mandíbulas destroçadas das ovelhas, como explicá-las? E os montes de orelhas intactas e envolvidas por um muco gelatinoso encontrado ao lado das vítimas?,” martelava Pedriali com justificada indignação. Além das suas, há pelo menos mais duas perguntas técnicas que devem ser feitas: como o cão – ou os cães – conseguiu transpor um alambrado de quase 2 m de altura, que permaneceu intacto? Como pôde manter-se em absoluto silêncio, assim como todo o rebanho, principalmente nos ataques realizados à luz do dia? Diante destes fatos, fica claro que as histórias de Chupacabras não podem ser atribuídas apenas às investidas de um bicho peludo, pois o fato generaliza um fenômeno amplo. O certo, então, seria dar a ele o nome que identifica as pastas sobre o assunto nos arquivos do CEPEX: “Animais Mortos e Mutilados em Circunstâncias Misteriosas.” Nesse ínterim, há pelo menos dois tipos de ocorrências claramente definidos. O primeiro refere-se às mutilações encontradas nos animais que estão além de qualquer possibilidade técnica da Ciência contemporânea – estes casos costumam ser associados ao Fenômeno UFO. Em Porto Rico e nos Estados Unidos quase sempre ocorreram simultaneamente a ondas de avistamentos de naves. No Brasil, praticamente não há registros.
No segundo tipo, as mutilações são mais grosseiras e nem por isso menos intrigantes. As marcas encontradas não são similares às deixadas por nenhum outro predador conhecido. Nas regiões onde ocorreram foi comum a aparição do estranho animal peludo que recebeu o nome de Chupacabras. É a partirdestas evidências que se tenta chegar a uma resposta. Os ufólogos e outros pesquisadores do fenômeno arriscam basicamente três hipóteses. Primeiramente, que a criatura seria um animal terrestre, resultado de algum tipo de mutação genética induzida e realizada em laboratórios, que teriam perdido o controle sobre suas experiências. Esta suposição exclui o Fenômeno UFO e simplifica as possibilidades de explicação. Mas não pode ser utilizada para esclarecer as mutilações com alto nível de sofisticação técnica, que se enquadram na primeira ordem de ocorrências. A outra hipótese afirma que o Chupacabras pode ser uma entidade extraterrestre, deixada em diferentes pontos da Terra por naves de vários planetas. Isso explicaria porque a maior parte dos fenômenos era registrada ao mesmo tempo ou logo depois de avistamentos de objetos voadores. No entanto, continua sem esclarecer o primeiro tipo de ocorrência. A terceira suposição conclui que a criatura seria o resultado de experiências genéticas realizadas por ETs com bichos terrestres, ou cruzamentos induzidos de animais da Terra com alienígenas. Esta hipótese elucida, de uma certa maneira, a primeira ordem de fenômenos, pois cientistas extraterrestres seriam os responsáveis pela extração cirúrgica de órgãos e tecidos de animais, com o objetivo de estudá-los e posteriormente realizar as experiências e cruzamentos genéticos.
Incisões Cirúrgicas – Enfim, o que podemos afirmar a respeito destes ataques é que dentro de uma estatística bastante sensata, baseada em pesquisas e laudos expedidos por cientistas de diversas áreas, concluiu-se que cerca de 97% de todos os casos pesquisados tiveram explicações lógicas – agressões de predadores como jaguatirica, suçuarana, cachorros-do-mato, etc. Os restantes 3%, nem ufólogos, nem zoólogos e nenhum outro especialista pôde esclarecer até então. Pode-se dizer ainda que o modus operandi destes ataques são semelhantes, mas as características são diferentes, pois em nenhum caso constatou-se a ausência total de sangue nos animais. Somente em alguns incidentes foi possível examinar incisões que pareciam ter sido feitas cirurgicamente – fato que o CEPEX preferiu tendenciar a uma provável mutilação, já que haviam precedentes de avistamento de luzes antes dos ataques. É importante ainda ressaltar que esta conclusão é baseada nas ocorrências pesquisadas pelo centro e basicamente enfocadas no interior de São Paulo, não desmerecendo os estudos realizados por outros grupos.
O que pensam os ufólogos
Os ataques a animais em circunstâncias misteriosas no Brasil podem ocorrer de duas maneiras básicas, segundo apuraram os investigadores do Centro de Estudos e Pesquisas Exológicas (CEPEX):
Mutilaç&
otilde;es sofisticadas e além de qualquer possibilidade técnica da Ciência.
Estas surgiram no Caribe se alastraram por Porto Rico e Estados Unidos, chegando ao Brasil e ao resto do mundo. Estão geralmente associadas a observações de UFOs
Mutilações grosseiras e explicáveis, mas nem por isso menos intrigantes aos estudiosos.
As marcas encontradas não são similares às deixadas por nenhum outro predador conhecido, embora tenham explicações naturais geralmente associadas a predadores
Hipóteses
Mutação Genética A criatura é um animal terrestre resultado de mutação genética em laboratórios que teriam perdido o controle das experiências. Esta teoria exclui os UFOs
ETs Predadores O ser é alienígena e foi deixado na Terra por civilizações avançadas. Isso explicaria por que muitas ocorrências são acompanhadas de observações de UFOs
Cruzamentos com Aliens A criatura é o resultado de experiências genéticas realizadas por ETs com bichos terrestres, ou ainda cruzamentos induzidos de animais da Terra com aliens
Predador Natural A criatura é uma fusão de um predador natural com lendas e mitos gerados pela imaginação popular e incentivados pela Imprensa sensacionalista
Nos EUA há mais de 15 mil casos
O mais prolífico país do mundo em registros de animais mutilados ou mortos em circunstâncias misteriosas são os Estados Unidos. Levantamentos feitos no início de 1996 contabilizam um número superior a 15 mil casos deste tipo, ocorridos em diferentes regiões do país. Foi um jornal da cidade de Denver, no Colorado, que publicou o primeiro relato sobre o assunto abordando um incidente que ocorreu no sul do estado, na fazenda de Harry King. No final da tarde de 7 de setembro de 1967, o rancheiro viu pela última vez um dos animais favoritos de sua família, uma égua da raça appaloosa de três anos. Todos os dias, o eqüino dirigia-se às proximidades da casa para tomar água e dormir, o que não aconteceu daquela vez. Na manhã seguinte, King encontrou-a morta, jogada sobre a grama com a pele, a carne e os tecidos arrancados da metade do corpo até a cabeça. O esqueleto apresentava-se branco e limpo, como se tivesse ficado exposto ao sol por vários dias. O resto do corpo não havia sido tocado, sendo que ao redor dele não haviam marcas de pegadas nem manchas de sangue, apenas uma estranha substância verde.
A égua foi examinada por um doutor em Patologia e Hematologia, que recusou-se a revelar o resultado da necrópsia. Ele só o faria no início da década de 90, quando uma grande quantidade de casos semelhantes tornou-se pública. O profissional concluiu através dos exames que o animal tinha um corte preciso em forma de incisão limpa e vertical, nas bordas da qual havia uma cor escura, parecendo que a carne tinha sido aberta e cauterizada por um instrumento cirúrgico – como um laser moderno. Mas em 1967 não existia esse tipo de tecnologia. “Quando, hoje em dia, cauterizamos para controlar o sangramento, a carne se mantém suave ao tato. Mas as bordas do corte daquela égua eram rígidas como couro endurecido,” afirmou. O fato, à época, foi imediatamente associado a ETs, pois uma profusão de luzes misteriosas havia sido avistada no céus de Denver. A partir dessa ocorrência histórias semelhantes nunca deixaram de surgir por todos os EUA. Em algumas regiões foram tão freqüentes que as autoridades intervieram para afastar o pânico da população. Um dos casos foi minuciosamente analisado pelo veterinário que fez a necrópsia na égua appaloosa, ocorrido no dia 10 de março de 1989, com cinco vacas prenhas que apareceram mortas em uma propriedade rural no estado do Arkansas.
Através de um microscópio, os médicos analisaram os tecidos das regiões feridas do corpo dos animais e constataram que os cortes haviam sido feitos muito rapidamente, não demorando mais do que um ou dois minutos em cada um. O tipo de instrumento utilizado, segundo eles, tinha que ser muito quente, algo como um feixe de raio laser. A morte das vacas jamais poderia ter sido atribuída a qualquer tipo de predador comum. Outro incidente com estas características aconteceu em 1981, no Colorado, e foi investigado por uma professora que, por conta própria, colheu amostras dos tecidos e do sangue de uma ovelha que tinha sido encontrada mutilada – algo difícil de se obter, pois estava quase sem nenhuma gota. Durante o trabalho de coleta, observou também pequenos restos de um líquido avermelhado que não evaporava nem era absorvido. Estava em duas regiões do pêlo do animal e no solo.
Laboratório Arrombado – No dia seguinte, o laboratório da escola onde a professora havia começado a fazer as análises tinha sido arrombado. Todas as amostras recolhidas foram roubadas. Em companhia da diretora do colégio, ela registrou queixa na polícia e conseguiu autorização do xerife para realizar nova coleta de material. Mas, desta vez, escondeu os indícios verdadeiros e colocou em seu lugar tecidos de animais comuns. Na manhã seguinte, o laboratório apareceu novamente violado. Diante dessa situação, a professora dedicou-se exclusivamente aos exames, que revelaram particularidades surpreendentes. O líquido vermelho encontrado no solo era uma substância orgânica, menos densa que o sangue e absolutamente estéril. Apesar de ter ficado todo aquele tempo em contato com o solo, não apresentava uma única bactéria. As gotas que ficaram na terra, ao redor de onde a ovelha foi achada, só foram absorvidas depois de duas semanas. Os cortes nos tecidos não poderiam ter sido feitos através de nenhuma tecnologia conhecida pela Ciência.