Os chineses mostram com suas várias missões ao nosso satélite natural que estão definitivamente dispostos a montar uma base e até mesmo uma colônia humana na Lua. Os experimentos recentes do programa espacial chines tiveram relativo sucesso ao transpor barreiras que americanos e russos encontraram.
No final de novembro, a China fez história com o lançamento da missão Chang’e 5, que seguiu com destino à Lua para coletar amostras do nosso satélite natural. Agora, segundo um anúncio feito nesta semana pela agência de notícias estatal Xinhua, a missão completou sua segunda manobra orbital e já está na órbita de transferência Lua-Terra. É esperado que a nave pouse na Mongólia até sexta-feira.
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A Chang’e 5 chegou à região de Oceanus Procellarum, no lado visível do nosso satélite natural, em 01 de dezembro com o objetivo de coletar mais de 1,8 kg de amostras. Então, já no dia 03, o módulo ascendente do lander decolou — como a nave é alimentada por luz solar e não foi criada para resistir às baixas temperaturas das noites lunares, a data foi escolhida para aproveitar a luz do Sol incidindo sobre a Lua.
Uma colônia humana na Lua?
As amostras obtidas ficaram em uma nave de subida acoplada ao módulo de pouso, que então se encontrou com o módulo orbital e, ali, transferiu o material para uma cápsula de retorno. A manobra orbital foi feita em cerca de 22 minutos, e a sonda já está na órbita de transferência para voltar para casa.
Mensagem da agência de notícias China Xinhua News sobre a missão Chang’e 5.
Crédito: China Xinhua News
Os cientistas planetários aguardam ansiosamente a chegada das amostras, já que, possivelmente, o material coletado é o mais recente que vem para a Terra para ser estudado, e poderá ajudar os cientistas a entender melhor a atividade vulcânica na Lua e refinar as técnicas para estimar a idade das crateras lunares e outras formações. A Chang’e 5 é parte de um longo projeto da China para a exploração da Lua, que tem como objetivo final o possível estabelecimento de uma estação de pesquisa internacional e uma colônia humana.
Se tudo correr bem, a China se tornará o terceiro país a trazer amostras lunares para cá: há mais de 40 anos, a União Soviética também coletou amostras do regolito lunar para análises. Em seguida, vêm os Estados Unidos, que coletaram as amostras durante as missões do programa Apollo, encerrado em 1972.
Fontes: NPR e Canaltech