Iapetus é um estudo em contraste. Este hemisfério do satélite é tão escuro quanto asfalto fresco, mas o outro hemisfério reflete as luzes como neve nova recém caída. A Cassini focalizou o lado escuro. Uma bacia de impacto mais velha está rodeada por crateras mais jovens que exibem beiras luminosas e cumes centrais tipo bullseye. Uma costura como espinha se arrasta na esquerda das montanhas.
No dia 31 de dezembro de 2004, a astronave Cassini fez sua passagem mais próxima de um dos menores e frios satélites de Saturno quando voou perto de Iapetus. Este vôo da Cassini foi o mais próximo de uma lua de Saturno desde sua chegada ao redor do planeta dos anéis em 30 de junho de 2004. Iapetus é o terceiro maior satélite de Saturno, com um diâmetro de 1.400 km. A Cassini se aproximou a 123.400 km do satélite. Outro vôo próximo a Iapetus está marcado para 2007. O último olhar a Iapetus foi realizado pela Voyager 1 e 2 em 1980 e 1981, respectivamente.
O satélite foi descoberto pelo astrônomo francês Jean-Dominique Cassini em 1672, de quem a astronave recebeu o nome. Cassini deduziu, corretamente, que um lado de Iapetus é escuro enquanto o outro é branco. O hemisfério principal de Iapetus é uma das superfícies mais escuras do Sistema Solar. Em contraste, o outro hemisfério é tão branco quanto neve recém caída. A questão que os astrônomos querem responder é: o material escuro originou-se de uma fonte externa, ou foi criado dentro de Iapetus?
Uma possível fonte do material escuro externo é Phoebe, outro satélite de Saturno. O material pode ter sido lançado de Phoebe e caído em Iapetus. O material escuro em Iapetus é mais vermelho que o material de Phoebe, mas alguns astrônomos pensam que o material pode ter sofrido uma mudança química depois que deixou Phoebe. Por outro lado, a teoria de origem interna tem alguma possível evidência observacional.
O pavimento das crateras mostra uma concentração mais alta do material escuro, insinuando que algo está enchendo as crateras. Os astrônomos propuseram um modelo por meio do qual o metano estoura do interior de Iapetus e, então, é escurecido pela radiação ultravioleta do Sol. Em outubro de 2004, Cassini remeteu estas imagens da lateral de Iapetus. Uma linha de montanhas e uma grande bacia de impacto não erodida podem ser vistas.