A suposta queda de um disco voador próximo a Kingman, Arizona, nos Estados Unidos, poderia ser ignorada se tivesse somente uma única testemunha. Quando relatado pela primeira vez por Raymond Fowler, em abril de 1976, numa edição da revista Official UFO [Já extinta], parecia que este seria mais um relato que não levaria a lugar algum. Sem nenhuma comprovação, seria impossível aceitá-lo. Fowler, entretanto, acolheu o relato porque tinha entrevistado as testemunhas, possuía um atestado assinado e alguns poucos documentos a respeito. A evidência era inconsistente, mas existia. E isso o levou a procurar outras testemunhas. A primeira entrevista com uma delas foi realizada no dia 03 de fevereiro de 1971, por Jeff Young e Paul Chetham, dois jovens interessados em Ufologia. Em artigo publicado no jornal Middlesex News, de Farmingham, Massachusetts, Young foi reconhecido como um garoto que escrevia livros sobre UFOs para jovens.
Os textos mencionavam que Young havia entrevistado um homem que afirmou ter trabalhado no Projeto Blue Book, o grupo de estudos sobre UFOs da Força Aérea Norte-Americana (USAF), e que tinha tido contato com uma espaçonave. Conforme Young, a testemunha, que mais tarde receberia o pseudônimo de “Fritz Werner”, dado por Fowler para proteger sua identidade, tinha estado no local onde um disco voador se acidentou havia 20 anos. Werner era engenheiro graduado em matemática e física e possuía mestrado em engenharia. Durante a entrevista, ele disse, primeiramente, que tinha somente avistado um UFO durante testes atômicos realizados em Nevada. Ele e seus colegas estavam bebendo cerveja quando ouviram um zumbido e um assobio e correram para ver o que era. O objeto, vindo na direção deles, os sobrevoou por um momento. O grupo não pôde ver mais detalhes porque estava de noite. Na entrevista concedida a Young, Werner confirmou que havia trabalhado no Projeto Blue Book. Ele especulou que o projeto tinha sido criado porque a USAF estava ficando muito em evidência na mídia e muitas pessoas estavam vendo discos voadores.
Alertado por fontes oficiais — Quando Young e Chetham finalmente perguntaram especificamente sobre a queda de um UFO no Arizona, Werner afirmou: “O objeto não foi construído por ninguém na Terra. Isso foi em 1954 [Na verdade em 1953]. Naquela época, eu não estava mais participando dos testes atômicos, mas ainda servia à Força Aérea, no Blue Book. Existiu um relatório sobre a queda de um inexplicável veículo no oeste do Arizona e eles organizaram um grupo de cerca de 40 pessoas. Eu era uma delas”. Werner disse ter sido alertado por fontes oficiais e por uma ligação particular do comandante da Base Aérea de Wright-Patterson, informando que era membro do Blue Book e que gostariam que ele pegasse um avião na manhã seguinte, com destino a Chicago e depois Phoenix. O objeto teria caído à 32 km de Phoenix. Com 3 m de comprimento e praticamente intacto, tinha a forma de uma lágrima, quase cilíndrica. Era feito de um material que Werner jamais tinha visto. Young mencionou que existiam histórias sobre um objeto que caíra no Arizona e que uma pessoa tinha afirmado ter fotografado um tripulante, vestido com uma roupa espacial prateada. Werner respondeu: “Vi a criatura da qual você está falando. Ela era real e acho que media 1,20 m”.
Werner descreveu o ser como sendo de cor marrom escuro, devido à exposição aos elementos da atmosfera. Viu também que possuía dois olhos, narinas e ouvidos. A boca parecia ser usada somente para se alimentar, embora não explicasse como sabia disso. Infelizmente, não pôde observar com mais atenção, porque os militares chegaram logo e levaram a criatura para uma tenda. Depois que deixou o local do acidente, Werner não viu mais o disco. Em outro trecho da entrevista, afirmou apenas que havia mantido contato com outros seres, de distintos discos. “Você está ouvindo coisas que eu só posso provar através das minhas palavras.”, comentou com Young. Raymond Fowler, que mais tarde descobriu através de um jornal que esse era apenas mais um conto sobre acidentes com UFOs, recebeu dois telefonemas de amigos interessados no caso. Então decidiu investigar. Ele contatou as testemunhas e começou sua busca. Werner contou uma versão um pouco diferente para Fowler. Contudo, nada pareceu significante na época. Contudo, ele fez afirmações perturbadoras. Disse que estava trabalhando na área de Frenchman Flats, em Nevada, em um condomínio em construção àquela época, quando seu patrão, De Boll, chamou-lhe e disse que tinha um trabalho especial.
Werner embarcou num vôo para a Base Aérea de Indian Springs e foi para Phoenix. Uma vez lá, foi colocado num ônibus com outras pessoas. Eles foram instruídos a não falar entre si e seguiram em direção ao nordeste do deserto. As janelas do ônibus foram vedadas para que os passageiros não pudessem ver para onde estavam indo. Werner acredita que viajaram por quatro horas até chegar a uma área próxima a Kingman, Arizona. A noite chegou antes deles atingirem seu destino. Quando o ônibus parou, desceram um de cada vez. Seus nomes foram chamados em voz alta. Embora não pudessem conversar entre si, havia um oficial chamando todos pelo nome. Mas se não podiam conversar entre si, era seguro todos saberem os nomes dos outros? Que tipo de segurança era aquela? Esse é o primeiro ponto obscuro no relato sobre o Caso Kingman. Werner foi escoltado para fora do ônibus por policiais militares. Dois holofotes iluminavam um objeto parecido com dois pratos sobrepostos, com 9 m de diâmetro e uma faixa escura no centro. A nave parecia ser feita de alumínio escovado. Werner estimou o peso da nave em cinco toneladas. Não havia trem de pouso visível na parte de baixo do objeto, mas um buraco na lateral, que deve ter sido causado na queda. O interior da nave era claro, mas esse efeito poderia ter sido causado pela iluminação instalada pela USAF.
Ele fez os seus estudos: a medição da marca que o UFO havia feito na areia, os fatores de compressão da areia e o peso estimativo da nave. Acreditava que estava à 19.000 km/h quando atingiu o solo. À medida que cada cientista ia terminando seu trabalho, tinha as conclusões gravadas numa fita e depois seguiam novamente para o ônibus. Ninguém podia ouvir a gravação do outro. Antes de entrar no veículo, Werner viu uma barraca que tinha sido erguida no local e estava sendo guardada por militares bem armados. Dentro dela havia um corpo de um ser humanóide, de uns 1,20 m. Ele estava vestindo roupa prateada, com um capuz que cobria a parte detrás da sua cabeça, mas deixava o rosto à mostra. A cor da pele do rosto era marrom escura. Na viagem de volta, Werner teve a oportunidade de conversar com um dos cientistas. Esse homem tinha olhado dentro da nave e visto duas cadeiras pequenas giratórias, instrumentos e painéis [Veja o documentário em DVD Acidente em Roswell, código DVD-006 da coleção Videoteca UFO, no Portal UFO: ufo.com.br]. Antes que pudesse ouvir mais sobre a nave, um dos guardas os viu conversando e os separou, advertindo-os. Dentro do ônibus todos tiveram que fazer um juramento de nunca contarem o que haviam observado. Depois foram levados aos seus trabalhos regulares.
Relatórios mili
tares — Werner mostrou seu resumo profissional para todos os investigadores que foram ao seu encontro. Ficou comprovado que era um engenheiro altamente competente, e não parece que iria arriscar tamanho currículo com uma história sobre discos voadores. E como não quis ter seu verdadeiro nome divulgado, é mais um argumento a seu favor. De fato, Fowler, no seu artigo para o National Investigations Committee on Aerial Phenomena [Comitê Nacional de Investigação de Fenômenos Aéreos, NICAP], documentou uma série de contradições entre o que Werner lhe disse e o que contou a Young na primeira entrevista. O maior problema foi que ele, originalmente, relatou que o objeto tinha 3 m de diâmetro e 1,5 m de altura e se parecia com dois pratos sobrepostos. No entanto, Fowler indicou que, para ele, Werner tinha mencionado que o objeto tinha a forma de disco, com 9 m de diâmetro e 6 m de altura. “Quando confrontada com essa contradição, a testemunha pareceu frustrada pela primeira vez e disse que tinha descrito aos jovens o objeto que tinha visto sobre Thule, Greenland. Lembrei-lhe que ele havia me contado que o objeto que observou em Thule era um disco escuro, visto a distância”. O rapaz disse que seu interlocutor começou a insistir, até que mostrou-lhe os papéis que indicavam claramente que tinha descrito para os meninos o objeto acidentado, e não o objeto de Thule.
Nesse momento, ele recuou e confessou que tinha mentido para os garotos. “Comentou também que a descrição dada a mim foi mais acurada, porque estava fazendo uma pesquisa realmente séria. Na minha opinião, esta foi a mais significava e prejudicial contradição, sem uma explicação coerente. Existe outra série de discrepâncias entre o que ele afirmou a Fowler, a Young e a Chetham. A maioria delas pode ser atribuída a lapsos de memória, ou como Werner sugeriu, ‘seus exageros aos garotos’. Não pareceu que queria enganá-los. Ele somente queria lhes contar uma boa história”, disse. Para Fowler, deu a página de um calendário seu, dos dias 20 e 21 de maio de 1953, que continha a seguinte anotação: “20 de maio. Bem, a tinta da caneta acabou. Passei a maior parte do dia no Frenchman Flat inspecionando cubículos e as soldas nas vigas mestras. Recebi um telefonema engraçado do doutor Doll, às 10h00. Tenho um trabalho especial amanhã”.
Não há a menor dúvida de que os UFOs existem, e uma prova disso é que temos vários em nosso poder, após os resgatarmos em acidentes que vêm ocorrendo desde os anos 40. Tentamos até reconstrui-los, mas os resultados foram muito limitados
— John Lear, ex-piloto de testes da USAF
Em busca de comprovação — O único ponto interessante foi a referência ao trabalho especial dado pelo doutor Doll. Entretanto, isso poderia não significar nada. “21 de maio. Acordei às 07h00. Trabalhei quase todo o dia no Frenchman Flat. Recebi uma carta da Bet. Ela está melhor agora, graças a Deus. Tenho que ir para a Base Aérea de Indian Springs às 16h30 para um trabalho sobre o qual não posso escrever ou falar”. Mais uma vez, não existe nada que comprove que Werner estava envolvido no caso com o UFO, somente que foi designado para uma tarefa. Parece realmente muito estranho o fato de que ele escrevia no seu calendário que estava participando de um projeto especial. Fowler tentou ao máximo comprovar a história. Para tanto, procurou constatar o que Werner havia dito, que tinha trabalhado no Projeto Blue Book. Em artigo para o NICAP, Fowler explicou que tinha falado com Dewey Fournet, ex-monitor do Pentágono para o Blue Book. Segundo Dewey, ele não reconheceu o nome da testemunha, mas se justificou dizendo que não conhecia muitos consultores do projeto.
Vendo que não conseguia comprovar nada, Fowler falou com Max Futch, que tinha sido chefe temporário do projeto, e esse lhe disse que conhecia todos os consultores e que nunca tinha ouvido falar em Werner. Por outro lado, Fowler conversou com três amigos de Werner, que disseram essencialmente a mesma coisa: tratava-se de um amigo confiável e ótimo engenheiro. Todas essas contradições fizeram Fowler ter sérias dúvidas sobre o caso. Quando entrevistou Werner, no dia 25 de maio de 1973, para falar sobre essas discrepâncias, a nossa testemunha afirmou que todas essas diferenças eram devido às datas, pois que havia se confundido, e que mais tarde as teria corrigido ao reler seu diário. Também acrescentou que estava sob influência de quatro martinis quando prestou depoimento para Young. Ele estava “enterrando” a própria credibilidade. Amigos dele disseram que não era uma pessoa que exagerava nas coisas e nem mentia, mas ele mesmo confessou que procedia assim quando bebia. A partir daí, muitos ufólogos começaram a desconfiar do caso. Não havia relatos independentes parecidos, e quando a história foi investigada, verificou-se que suas informações deixaram muito a desejar.
Willian Moore, co-autor com Charles Berlitz do livro The Roswell Incident [O Incidente em Roswell Berkley Press, 1998], em sua palestra em 1982, no simpósio da Mutual UFO Network (MUFON), expôs o fato: “A fonte de Fowler, conhecida pelo pseudônimo de Fritz Werner, afirmou que na noite de 20 de maio de 1953 recebeu um telefonema do doutor Ed Doll, informando-lhe que tinha uma tarefa especial para o dia seguinte”. De fato, Fowler confirmou que Doll existia, que era membro da Comissão de Energia Atômica e tinha trabalhado no Instituto de Pesquisa de Stanford. Moore continuou a afirmar que o caso de Kingman não era verdadeiro. Aqui a história começa a se tornar mais interessante, já que aparecem outras testemunhas. Leonard Stringfield, já citado, encontrou outra pessoa que daria informações sobre o Caso Kingman [Veja o documentário em DVD Segredos Governamentais, código DVD-005 da coleção Videoteca UFO, no Portal UFO: ufo.com.br].
Com os olhos vedados — Segundo Stringfield, Charles Wilhelm disse que um homem identificado somente como “major Daly” contou ao pai de Wilhelm que, em abril de 1953, havia voado até um local desconhecido para examinar os restos de um disco voador. Ele teve os olhos vedados e foi levado de ônibus pelo deserto, até o lugar onde viu uma nave metálica, de cerca de 9 m de diâmetro. Ele passou dois dias examinando o metal da nave e concluiu que não era natural da Terra. A Daly não foi permitido entrar na nave, mas mesmo assim ele descreveu que a entrada possuía de 1,20 a 1,40 m de altura e 1 m de largura quando aberta. Quando terminou suas análises, foi escoltado para fora da área. A informação de Daly não bate exatamente com a dada por Werner,
mas é bem parecida. O grande problema é que se trata de uma testemunha não envolvida diretamente com o caso, o que torna inviável uma revisão independente.
Mais informações de segunda-mão sobre Kingman vieram da Base Aérea de Wright-Patterson. Uma mulher que trabalhou na área de pára-quedismo relatou que um sargento que possuía acesso livre a todos os locais da base tinha acabado de chegar do sudeste. Pensando sobre isso durante vários anos, ela acreditava que ele tinha falado sobre Roswell, mas pesquisas posteriores revelaram que a mulher não estava trabalhando em Wright-Patterson até o início dos anos 50. Além disso, segundo as fontes envolvidas com o Caso Roswell, o vôo com os corpos não foi para Ohio, e sim para Washington, primeiramente. Pesquisas mais profundas mostraram que o incidente do qual ela se lembrava aconteceu no final de 1952 ou início de 1953. O sargento contou a todos sobre os corpos alienígenas naquela sala, mas é claro que ninguém acreditou nele.
Uma hora depois, entretanto, o comandante da base, coronel C. Pratt Brown, entrou no escritório. Ele explicou que a história contata pelo sargento era apenas rumores e especulações, e que ninguém deveria comentar nada sobre isso. Trouxe, inclusive, um formulário oficial para que todos assinassem. Quem quebrasse a promessa pagaria uma multa de 20.000 dólares e pegaria 20 anos de cadeia. O grande problema é que a mulher não se lembrava exatamente da data ou da localização. Para sugerir que isso venha fazer parte do Caso Kingman, temos que recorrer à especulação baseada nos poucos documentos que a mulher não identificada conseguiu durante o seu período de trabalho na base. O caso de acidente que se encaixa na data que ela forneceu é o de Kingman, e a sua ligação é muito fraca. Ademais, o caso tem sido rejeitado durante anos. Seria fácil ignorá-lo, principalmente com as contradições de Werner, se não fosse por uma outra testemunha descoberta por Don Schmitt.
Durante a investigação de um possível caso de abdução, ele ouviu de uma mulher chamada Judy Woolcott que seu marido, um oficial militar, enquanto lutava no Vietnã, em 1965, lhe havia escrito uma carta pensando que não voltaria para casa, contando-lhe um fato estranho. Conforme suas lembranças daquela correspondência, ele tinha visto alguma coisa muito esquisita 12 anos antes. Judy disse que achava que tivesse sido em agosto de 1953, e embora não tivesse certeza da data, confirmou que o fato aconteceu próximo a Kingman. Naquele mês, seu marido estava em serviço na torre de controle da base quando detectou alguma coisa no radar. O objeto começou a perder altitude, desapareceu das telas e então um grande flash de luz foi visto a distância. Judy contou que os soldados comentavam sobre uma coisa que tinha caído. Seu marido e a maioria dos homens que estava na torre foram em direção ao local onde o clarão de luz foi visto. Quando lá chegaram, encontraram um disco com uma cúpula na parte superior, enterrado na areia. Parecia não haver danos externos no objeto e nem pedaços do mesmo espalhados pelo chão.
“Não eram mortes de humanos” — Antes que tivessem chance de avançar, um comboio militar apareceu. O senhor Woolcott e aqueles que estavam com ele foram parados antes que pudessem se aproximar do objeto. Em seguida, foram ordenados a deixar o local e escoltados de volta à base. Lá chegando, foram instruídos a nunca comentar sobre o que tinham visto. Como todos os outros, juraram segredo. O senhor Woolcott não escreveu muito mais naquela carta. Não pareceu haver qualquer razão externa para que a nave tivesse caído e ele não viu nenhum corpo. Mas falavam sobre isso. Alguns policiais militares da base disseram que houve mortes, mas que não eram humanas. Woolcott deixou bem claro que não os tinha observado, somente ouvido. A carta indicava que ele sabia mais, mas não queria escrever sobre aquilo. Uma semana depois, Judy recebeu a notícia de que seu marido havia morrido em combate.
Temos aqui uma testemunha que não sabia muito sobre o episódio vivenciado pelo senhor Kingman, mas que pôde prestar algumas poucas informações. Embora as lembranças sobre a data sejam um tanto vagas, é interessante notar que Judy tinha certeza da localização. O Caso Kingman não tinha mais só uma testemunha. Werner pareceu ser uma pessoa séria e um engenheiro competente que conta histórias quando bebe. Só isso já transformaria o caso num grande conto de fadas. O simples fato de que nada foi publicado nos jornais, defendido por Moore no seu artigo em 1982, pode não ser tão relevante. Mas se o resgate do UFO foi feito por militares e testemunhado só por militares, sem a presença de civis, é claro que os jornais não teriam essa história. Os militares conseguiram acobertar o caso com sucesso. Mas agora, com outras duas testemunhas, fontes independentes que nos levam a Kingman, talvez seja a hora de revermos o caso [Veja edições UFO Especial 47 e 48].
É interessante também mencionar que Werner forneceu uma data. O major Daly e Woolcott informaram meses diferentes, mas coincidiram com o local e o ano. Porém, os testemunhos e documentos sobre os eventos em Kingman ainda são frágeis. Temos uma fonte que supostamente participou do caso, que contou uma história que aumentou o interesse após a publicação num jornal local. Possuímos também duas fontes independentes que dizem coisas em comum, que ouviram a história de outros. Woolcott forneceu mais informações sobre o caso, mas infelizmente não pôde ser interrogado pessoalmente. Ao contrário de alguns relatos de acidentes com discos voadores, o de Kingman possui múltiplos depoentes, poucos documentos e uma testemunha ainda viva. Mesmo com todos esses problemas, ele ainda é melhor do que a maioria de outros casos. Com poucas informações e testemunhas que participaram diretamente do caso, temos pouco a falar sobre o episódio Kingman. Com o que sabemos agora, parece que os relatos merecem mais atenção. O mínimo que podemos fazer é tentar comprovar a veracidade ou provar que o episódio trata-se de uma farsa.