Finalizados os trabalhos do IV Fórum Mundial de Ufologia em dezembro do ano passado, neste início de 2013 a Comissão Brasileira de Ufólogos deu início a uma nova fase campanha UFOs: Liberdade de Informação Já. Naquele encontro, ocorrido na cidade de Foz do Iguaçu (PR), foi assinado um protocolo de suma importância para a continuidade da tão sonhada abertura total e irrestrita dos documentos ufológicos militares: a Carta de Foz do Iguaçu, endereçada ao senhor ministro da Defesa, embaixador Celso Amorim.
Considerado por alguns como pretencioso, mas inquestionável diante dos fatos e dotado de profunda razoabilidade perante aspectos legais dos pleitos nele contidos, o documento reitera as premissas básicas do estudo ufológico e solicita das três Forças Armadas uma posição concreta, em relação às medidas que tomarão a respeito das informações que ainda não foram disponibilizadas à comunidade ufológica brasileira e mundial. E, claro, sendo o Ministério da Defesa o órgão máximo de comando militar, essa posição deveria, como deve, ser tomada pelo ministro.
Ainda falta informações a serem liberadas
Como é de conhecimento de toda a Ufologia, apenas a Força Aérea Brasileira (FAB) tem se manifestado a respeito de seus arquivos, enviando periodicamente, a partir de 2008, cópias de parte deles ao Arquivo Nacional, em Brasília, desde que o Governo Federal foi instado a se manifestar através do Dossiê UFO Brasil, protocolado na Casa Civil da Presidência da República no dia 26 de dezembro de 2007. Já da Marinha e do Exército não se pode dizer o mesmo. Apesar das insistentes tentativas, algumas inclusive por meio do Poder Legislativo (RIC 4470/2009 e RIC 679/2011) nem sequer as cópias dos demais documentos listados no referido Dossiê foram enviadas àquela autarquia.
É bom lembrar também que desde que a Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), efetivamente entrou em vigor, no dia 16 de maio de 2012, e foi acionada por dezenas de cidadãos durante todo o segundo semestre daquele ano, elegendo o tema Ufologia como um dos assuntos mais solicitados segundo a Controladoria Geral da União (CGU), quase nada foi disponibilizado. A exceção – que não pode ser considerada exatamente como tal –, foi um “Relatório de Fim de Comissão do Posto Oceanográfico da Ilha de Trindade”, referente ao Caso Trindade de 1958, fornecido pelo Comando da Marinha, mas que sequer veio com as fotos do disco voador que rondou a região mais de uma vez, numa delas registradas pelo fotógrafo Almiro Baraúna.
Protocolada a Carta de Foz do Iguaçu no dia 11 de janeiro, o Ministério da Defesa respondeu com uma reunião entre a Secretaria de Coordenação e Organização Institucional daquele Ministério (SEORI) e oficiais representantes dos Comandos da FAB, Marinha e Exército. A reunião, ocorrida no dia 7 de fevereiro, teve exclusivamente como pauta as reivindicações contidas na Carta, não tratando genericamente da LAI, como noticiaram alguns órgãos de imprensa. É claro que se a LAI está citada na Carta, também foi incluída na pauta.
Razão e o espírito de cooperação
Nessa reunião ficou decidido que um novo encontro seria agendado entre os três Comandos para discussão dos termos e reivindicações contidos na Carta, inclusive e principalmente, a criação de um grupo de trabalho entre ufólogos e militares. Segundo o Chefe da SEORI, senhor Madruga, a nova reunião só depende de um acerto de data em que os Comandantes militares não estejam com outros importantes compromissos agendados.
Portanto, esses são dias de muita expectativa na Ufologia Brasileira e Mundial. A CBU sabe do seu compromisso com a verdade, e por isso está se preparando para um momento em que prevaleçam a razão e o espírito de cooperação. Estamos no limiar de um passo histórico no estudo dos UFOs.
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Saiba mais:
Livro: UFOs: Arquivo Confidencial