Por várias vezes me questionei se eu era maluca ou se apenas gostava de perder tempo com bobagens. Passei vários momentos procurando por tudo que fosse relacionado à Ufologia, livros de Psicologia, Parapsicologia, Astronomia etc. Olhava para o céu à procura de qualquer coisa… Inúmeras vezes abri mão de horas de lazer para ler livros pelos quais ninguém esperava que me interessasse, devido à minha pouca idade. E o que eu realmente tinha de concreto? Nada. Não sei se posso me considerar uma sortuda por ver UFOs. Alguns até de forma bastante clara, como quando observei um objeto em forma de charuto, enorme e bem próximo. Outros nem tanto. O irônico é que, justamente os avistamentos coletivos mais questionáveis, foram imediatamente interpretados, inclusive pelos mais céticos, como um caso óbvio de disco voador. Enquanto os outros gritavam atônitos “É um disco voador, olha lá!”, sempre optei por dar margem à dúvida.
Claro que minha curiosidade e sede de conhecimentos sempre foram grande. Já ouvi pessoas afirmarem que se encontraram com alienígenas através de contatos psíquicos. As explicações para esse tipo de contato são um tanto quanto problemáticas por envolverem assuntos de ordem religiosa. Porém, continuo acreditando em formas de vida inteligente em outros planetas, sistemas, galáxias. Mas, alguém conseguiu provar essa teoria? A verdade é simples: seja em qual dimensão for, independente da forma que esses seres assumam quando aparecerem, não terão sua existência escondida ou negada, por mais que as autoridades queiram. Não sei dizer se isso será bom ou ruim para nós. Mas ao menos não teríamos mais que conviver com essas dúvidas.
Giselle dos Santos,
giselle_bender@yahoo.com
Aliens e o Cotidiano da Humanidade
Muito se tem falado sobre os fenômenos espaciais que poderiam significar a presença de alienígenas em nosso cotidiano. Poderia, a princípio, configurar uma intromissão discreta, uma tentativa de conhecer nossos costumes para um posterior contato. Seria bom se assim fosse, já que aprenderíamos muito de sua tecnologia, o que seria de grande utilidade para a Humanidade. Mas de onde vem toda a perspectiva desta existência? Ao que se sabe existe muita especulação e quase nenhuma prova tangível que possa corroborar as assertivas a respeito desta hipótese. As fotos publicadas na mídia têm algo em comum: todas são reproduções de objetos captados de longe e, invariavelmente, desfocadas a ponto de não permitirem uma avaliação precisa. Além de, em sua maioria, serem oriundas de fontes são oficiais e de difícil verificação de autenticidade.
As teorias conspiracionistas também encontram um campo fértil neste mistério. Afinal, em nosso íntimo, todos somos sonhadores inveterados e desejamos secretamente que algo incrível e fantástico se transforme em realidade, talvez como forma de vislumbrarmos uma saída para os inúmeros problemas com que nos defrontamos no dia a dia de nossas vidas. Seria como uma espécie de ajuda celestial para consertar tudo que existe de errado em nosso comportamento e no modo como convivemos em sociedade. Entendo que no Universo possam existir formas primitivas e/ou avançadas de civilizações desconhecidas. Mas, mesmo aceitando esta probabilidade, cada vez mais considerada nos círculos acadêmicos, restaria ainda a evidência definitiva baseada em provas e não em circunstâncias.
A partir disso, pode-se refletir sobre uma realidade palpável configurada em elementos de convicção – e não em meras suposições ou afirmações quase sempre desprovidas de conteúdo. Particularmente, não acredito que possa haver uma conspiração de todos os países no sentido de ocultar a eventual presença extraterrestres. Seria praticamente impossível que todos os governos aceitassem uma diretriz internacional para que silenciassem o assunto. Haveria pelo menos algumas nações que se disporiam a revelar a sua existência. E não haveria razão de ser para esse procedimento de negação generalizado, já que o mundo atual possuiu muito mais informações a respeito dessa possibilidade do que os nossos ancestrais tinham em sua época.
Roberto Manstein,
manstein@terra.com.br
Ufologia: Ciência ou Religião?
Desde do início das minhas pesquisas ufológicas, nunca algo me fez refletir tanto sobre essa onda de divinizar os ETs, como agora. Acredito em um ser supremo que é pai de tudo e que não criaria um Universo infinito para limitar a vida em nosso planeta. Por isso me tornei um ufólogo quando, aos 14 anos, avistei um UFO. Estou percebendo que em nosso meio existem pessoas que, por falta de uma fé fundamental, querem colocar os ETs em altares e divinizá-los. Sempre acreditei que a Ufologia deveria ser uma ciência – quem sabe até experimental –, mas me parece que ela pende mais a se tornar uma religião, ou melhor, uma seita! A Ufologia precisa ser experimental e não mística.
Acho ridículo quando ufólogos perdem tempo querendo provar que Jesus ou a Virgem Maria são ETs, que Chico Xavier e Mãe Menininha do Gantois são filhos de extraterrestres, que todos os acontecimentos bíblicos possuem um dedo de alienígenas. Pior são aqueles que perdem tempo dando atenção a pessoas como Urandir Fernandes de Oliveira ou Thomas Green Morton, que em nada se relacionam com o Fenômeno UFO e ainda ganham espaço na Ufologia. Acredito que os ETs não são espíritos, anjos ou Deus. São seres vivos com corpos físicos e donos de uma tecnologia mais avançada. Devemos estudar o Fenômeno UFO como cientistas, e não como religiosos. Não precisamos da Bíblia, de Allan Kardec, dos orixás ou de Buda para provar sua presença entre nós.
No entanto, estes credos precisam e devem ser respeitados. A Ufologia é capaz de caminhar sozinha. Mas não devemos ficar atrelados ao mundo ufológico, a ver um ET em tudo que olharmos. Assim como os UFOs, não é preciso provar a existência de Deus. Ele existe e é uma realidade. Sabe-se hoje que tudo surgiu de uma única origem, terrena ou não. Mas este começo não pode ter se auto gerado. Este algo criador é Deus. Deixemos os assuntos transcendentais com os religiosos e vamos nos dedicar aos assuntos ufológicos, sem mitos ou misticismos.
Dinho,
Maceió (AL)
Ainda o Sindicato dos Ufólogos
Considero a idéia da criação de um sindicato de ufólogos um raciocínio ilógico, já que um sindicato tem conotação trabalhista. No caso da Ufologia, só agora a pesquisa científica está se desenvolvendo – a as atividades científicas ainda estão em fase embrionária. Embora seja um assunto promissor e positivo. Sugiro que se discuta a idéia de uma associação brasileira de Ufologia, que é o ideal para a exist&ec
irc;ncia de uma entidade oficial representativa da Ufologia Brasileira. No próximo congresso da categoria poderia haver uma reunião com a presença dos ufólogos mais experientes para a criação dos estatutos. Estes seriam aprovados e formar-se-ia a Diretoria, com um quadro de sócios, Assim, então, a entidade representaria a Ufologia Brasileira.
Arnaldo Alves de Oliveira,
arnaldoesp@ibest.com.br
Identidade Planetária
Achei interessante a participação do consultor de UFO Wilson Geraldo Oliveira na edição 82. E gostaria de também dar a minha opinião sobre a nossa identidade planetária. Estou plenamente convencido de que não estamos sós no Universo, como declarou um dia o sábio Carl Sagan: “Se não houvesse vida fora da Terra, o Universo seria um grande desperdício”. É verdade o que as palavras de Sagan nos faz refletir. Estou certo – e minha intuição me leva a crer – que o Universo não é obra do acaso ou similar a uma grande explosão por parte da natureza, que acabou gerando os sistemas e planetas. Toda a criação tem um propósito chamado Deus.
Entretanto, a Ciência não admite Sua presença como o todo da criação do Universo. Para ela, tudo que existe provém dos gases atmosféricos, da água ou de uma célula que acabou gerando a vida. Assim é desde a formação dos organismos unicelulares até a origem da vida. Chegará o dia em que a Humanidade enxergará o homem com o verdadeiro sentimento do amor, que precisamos redescobrir. E só assim poderemos entender o mundo e o propósito de cada um de nós. Seria interessante que a comunidade ufológica começasse a retratá-los como seres humanos e filhos de Deus, assim como nós. Porém, de outra parte do Universo.
Márcio S. Porto,
Juiz de Fora (MG)
Perguntas e Respostas
Carlos Paz Wells escreveu o livro Um Extraterrestre na Galiléia, no qual afirma que Jesus teria sido um ET e que a constatação disso seria resultado de mais de 20 anos de contatos e diálogos que o autor manteve com alienígenas. Qual é a opinião dos ufólogos brasileiros sobre sua obra? Thomas Wiedermann, wwtt1@ig.com.br.
Resposta do Editor: A afirmação de que Jesus seria um extraterrestre não é nova e tem sido usada por inúmeros autores em todo o mundo. Alguns deles, que são também estudiosos, apresentam seu raciocínio de forma convincente e consistente. Outros não, aproveitando-se da impossibilidade de checagem dos fatos e do apelo emocional que afirmações do gênero causam. É consenso quase geral entre ufólogos, no entanto, que a Bíblia está repleta de descrições de naves espaciais e seres não terrestres, apresentados com uma linguagem evidentemente histórica. UFO já veiculou inúmeros artigos a respeito. Quanto à afirmação de Paz Wells, de que teve mais de duas décadas de contatos com aliens, a mesma, embora muito propalada, não encontra respaldo em qualquer evidência sólida mensurável. Assim como ocorre com tantos contatados que alegam tais fatos. Seu irmão, o também peruano Sixto Pax, cujo repertório é semelhante, foi reprovado num teste com um detector de mentiras [Foto acima]. Suas afirmações são basicamente as mesmas que estão na obra citada.