
Mucugê tem se revelado à Ufologia Baiana como fonte inesgotável de acontecimentos, por vezes, quase permanentes. Recentemente, em outubro de 1996, outros avistamentos ocorreram no local. O agricultor Raimundo Oliveira voltava tranqüilamente para sua casa em uma bicicleta, quando repentinamente uma grande luz surgiu cm cima dele, muito intensa. Eram 18h30, Raimundo, apavorado, pulou da bicicleta, jogou suas compras e utensílios no chão e correu o mais que pôde para refugiar-se numa casa de fazenda próxima a uma olaria, às margens da estrada que liga Mucugê a Barra da Estiva.
O UFO era circular (não podendo determinar se era esférico ou discoidal), silencioso e emitia intensa luminosidade, transformando a noite em dia. Ao chegar na casa, a esposa do dono, um amigo seu, foi quem saiu para atender seus gritos nervosos. Houve ainda tempo dela também ver o UFO, que a essa hora emitia luzes vermelhas e pousava às margens de um rio afluente do Paraguassu. Depois de aproximadamente dois minutos flutuando à baixa altitude, ele decolou e rumou para as serras, perdendo-se de vista.
Também no ano passado, porém em novembro, o senhor Antônio Valter viajava entre Andaraí e Mucugê por volta das 22h00. De repente, notou à sua esquerda, pousado nos campos, um aparelho emitindo uma luz vermelha. Não estava próximo, por isso. o senhor Antônio o descreveu meramente como uma grande luz. Nos dias 19 e 23 de fevereiro de 1997, aconteceram mais manifestações. Porém, desta vez, foram de madrugada.
SANTO OU ALIENÍGENA — Uma grande luz amarelada em forma de globo sobrevoou Mucugê causando muita agitação entre os cães, inclusive um deles amanheceu com um estranho ferimento na orelha. Em 08 de janeiro do ano passado, os senhores Vali de Oliveira e José de Andrade observaram, no Sítio Shalom, a descida de um globo luminoso que, meia hora mais tarde, decolou verticalmente à grande velocidade e sumiu no espaço. Parece que Mucugê, bem como a região circunvizinha, não atrai apenas turistas interessados em suas belezas naturais. Os ETs também devem considerá-las espetaculares, ou qual seria o motivo de tantas visitas a uma das mais importantes chapadas do país?
Para se ter uma idéia, em Boa Vista do Tupim, a 22 km da Chapada, um suposto ET apareceu em 16 de agosto de 1995 — exatamente o dia em que todo ano se comemora a festa de São Roque — confundindo a população: alguns pensavam em se tratar do santo religioso, outros criam na hipótese de ser um alienígena. Era um dia ensolarado e a vida corria mansa naquele rincão longínquo e rural do interior baiano. Porém, lá por 10h00 algo inusitado surgiu em meio à vegetação da Fazenda Bom Jardim, no distrito de Mata do Óleo. Em plena festa de Ave São Roque, uma criatura bizarra — que se movimentava de forma esquisita, balançando-se no ar para frente e para trás, como se fosse uma folha de papei suspensa — foi vista por nove garotos, residentes no local, entre os quais três eram filhos do agricultor Edilson de Souza Pinheiro. Os meninos, munidos de atiradeiras, desciam uma encosta íngreme para caçar passarinhos, quando de repente um deles, o que ia à frente, exclamou: “Olha ali um bicho!”
Ao olharem na direção apontada pelo garoto, onde havia uma grande gruta a cerca de 100 m, todos se admiraram com o que viram e, curiosos, tentaram se aproximar. O pai dos meninos, que acompanhava o grupo, inicialmente pensou que estava diante de uma criança. Ao chegar mais perto, porém, pôde notar que era um ser com mais ou menos um metro de altura, com compleição física humanóide, vestia um macacão colado ao corpo e capacete — ambos de cor verde. Sua “máscara” tinha uma viseira que deixava transparecer um rosto do qual o senhor Edilson não fixou detalhes, embora estivesse apenas a cerca de 25 m de distância.
“O que realmente me despertou a atenção foi um aparelho de forma circular que o ser levava ao peito e que brilhava como um espelho”, relatou Edilson ao ufólogo Alonso Valdi Régis, da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF). A testemunha não sabe se o círculo refletia a luz do Sol ou emitia luz própria, lembra apenas que era subdividido em três ou quatro partes, com botões ou letras que não conseguiu identificar e que lhe pareceram ser uma caixa de controle de movimentos. Alguns outros detalhes, entretanto, passaram em branco. No momento em que o cachorro que os acompanhava se aproximou, não houve qualquer tipo de reação, quer por parte do ser, quer do animal que nem sequer rosnou como normalmente faz quando encontra alguém estranho. O grupo ficou espantado ao notar que o cachorro não via o ser e, por isso, reagia daquela maneira.
BÊNÇÃO A TODOS — À certa altura, o senhor Edilson tentou uma nova aproximação. Mas, infelizmente, não teve tempo, pois ao acabar de sussurrar a seus filhos que iria até sua casa para apanhar um facão, o ser fez um giro rápido em torno de si, em sentido horário, e subiu com os braços juntos ao corpo e as pernas eretas, como que aspirado por alguma coisa. Essa imagem, que durou cerca de 20 minutos, também foi vista pela esposa de Edilson que se manteve na soleira da porta de sua casa. Como as testemunhas são gente simples, com pouco conhecimento, ou quase nenhum, de assuntos ufológicos, o casal recorreu à crença religiosa, interpretando tal avistamento como uma visita de São Roque à Terra, ou seja, o santo teria vindo para os abençoar, já que naquele dia, 16 de agosto, era dia de São Roque.
Para eles, não havia outra explicação, senão essa. Edilson chegou ao ponto de se sentir culpado e fazer penitências por ter ameaçado pegar uma arma para afrontar o santo que não era santo. Para esclarecer a dúvida, o senhor Getúlio Sena Barros, ex prefeito da cidade, mostrou à testemunha uma edição da revista IstoÉ em que foram publicados alguns retratos falados de ETs. Edilson identificou um como sendo muito semelhante ao que tinha observado. Felizmente, o modesto agricultor não precisou passar o resto de sua vida rezando para um suposto santo e seu caso se tornou público.